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Retrovírus

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RKA21MC - Alô, alô, moçada! Tudo bem com vocês? Você com certeza deve saber um pouco sobre replicação viral, mas há um caso em particular que não se encaixa perfeitamente nem em ciclo lítico em em ciclo lisogênico, e é sobre isso que iremos valor hoje. Os retrovírus. Em primeiro lugar, vamos dar uma olhada em algumas características exclusivas dos retrovírus que os tornam diferentes de outros vírus. O retrovírus é um vírus envelopado de RNA fita simples, e neste RNA ele carrega três proteínas especiais, e logo iremos conversar mais a respeito delas. Vírus envelopados podem entrar dentro da célula por duas vias. Uma é a via de receptores que mediam a endocitose, e a outra via é por fusão direta. No caso do HIV, um retrovírus, ele entra por fusão direta. Note as proteínas dentro do nucleocapsídeo. Agora que o a nucleocapsídeo está dentro da célula, ele passa por uma etapa de remoção de revestimento onde esse capsídeo é dissolvido e seu conteúdo é liberado. É aqui que ocorre a primeira etapa especial. Essa proteína que ilustrei aqui de vermelho é a transcriptase reversa, que vai transcrever reversamente o RNA viral em DNA da ponta cinco linha para a ponta três linha, formando o DNA complementar que estou mostrando aqui em rosa. A razão pela qual é chamada transcrição reversa é que, normalmente, você pega DNA e faz RNA, mas nesse caso você pega o RNA para fazer DNA. Como essa fita é de DNA complementar, chamamos isso de cDNA. Então, a transcriptase reversa funcionará novamente nesse mesmo RNA para fazer outra fita de cDNA, porque é exatamente o mesmo código e ele pode se recombinar com outra fita de cDNA para fazer um DNA de fita dupla. Agora, uma outra proteína especial que identifiquei aqui em azul, chamada de integrase, corta um pedacinho de cada uma das extremidades três linha, deixando-as livres para se ligarem ao DNA da célula hospedeira. Você deve estar pensando: e esse RNA aqui, o que acontece com ele? Ele é digerido por uma ribonuclease normal do próprio organismo, e agora integrase atua como o próprio nome nos leva a entender sua função, integrar, integrando esse DNA dupla fita viral no DNA do hospedeiro. É importante mencionar que eu fiz um esquema bem simplificado para um primeiro entendimento, tudo bem? O HIV infecta as células eucarióticas, logo elas possuem núcleo, e se eu tivesse feito um esquema bem detalhado você veria se DNA viral viajando através do envoltório nuclear até entrar dentro do núcleo e atingir o genoma do hospedeiro. Portanto, esse é o DNA viral integrado no DNA hospedeiro, e essa etapa é chamada de estágio pró-vírus e é semelhante é o ciclo lisogênico, mas ao contrário do ciclo regular, o vírus não está adormecido ou latente, pois ele é transcrito ativamente sempre que o DNA do hospedeiro é transcrito pela maquinaria do próprio hospedeiro, que acredita que todo aquele DNA inserido é dele mesmo, e ao transcrever produz não só seu próprio RNA como também o RNA viral. Esse RNA mensageiro agora sai do núcleo e está lá no citosol como qualquer outro RNA mensageiro. Alguns desses RNA são traduzidos em proteínas virais, como, por exemplo, a proteína do capsídeo, a transcriptase reversa e a última que eu mostrei aqui em verde, mas ainda não mencionei nada, a protease. Agora que o vírus tem todas as suas principais proteínas e RNA mensageiro viral de fita simples, ele pode voltar a uma nova partícula viral, e para se certificar que todas as suas proteínas estão funcionando de maneira correta, a protease vai clivar essas proteínas. Mas lembre-se que eu disse que o HIV é um vírus envelopado, e onde é que sai esse envelope lipídico? É por isso isso que nós dizemos que este vírus ainda se encontra imaturo, porque ele ainda não possui envelope e, ao contrário do ciclo lítico típico, ele não só rompe a membrana celular ao brotar para o meio interno da célula como também leva uma parte dela, formando seu envelope. Muito interessante esse mecanismo replicativo dos retrovírus, não é mesmo? Bons estudos e até a próxima!