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Biologia AP
Curso: Biologia AP > Unidade 5
Lição 6: Ancestralidade comum e evolução contínuaEvidência celular de ancestralidade comum
Que evidência celular temos para construir árvores evolucionárias e acreditar que toda a vida na Terra compartilha uma ancestralidade comum?
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Transcrição de vídeo
RKA12MC - Olá, meu amigo ou minha amiga.
Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a
mais um vídeo da Khan Academy Brasil! E, neste vídeo, eu vou conversar com você sobre
a evidência celular da ancestralidade comum. Talvez a ideia mais alucinante em toda a Biologia esteja no conceito de que todas
as coisas vivas que conhecemos, com base nas evidências atuais que temos,
originaram-se de um ancestral comum. Então, não importa se estamos falando
sobre uma célula bacteriana simples, que, na verdade, nem é tão simples assim, ou uma árvore feita de
trilhões e trilhões de células, ou ainda um primata peludo feito
de trilhões e trilhões de células, ou gatinhos aparentemente
vestidos de agricultores que também são feitos de
trilhões e trilhões de células, todos eles compartilham
um ancestral em comum. Provavelmente, você já viu algo como isto aqui, que são essas árvores evolucionárias. Este exemplo aqui desta árvore está
dizendo a mesma coisa que eu falei antes, que tudo o que nós vemos no
mundo, todas as coisas vivas independente de qual domínio eles estejam (por exemplo, nós temos esse subconjunto
de animais aqui onde nós estamos. Existem tantas espécies de animais!) Mas, enfim, todos eles compartilham um ancestral
comum que viveu vários milhões de anos atrás. Você deve ser cético, afinal, somos cientistas. Então, como acreditamos nisso
e qual é a evidência disso? Uma evidência disso é que,
quando olhamos para o nível celular, a gente encontra muitas
semelhanças entre grupos diferentes. Com isso, percebemos que seria improvável que eles se
desenvolvessem de forma independente uns dos outros. Por exemplo, todas as formas de vida que
conhecemos têm DNA. Todas também têm RNA. E não é só com a codificação de informações, há também processos bioquímicos
que ocorrem nas células; todas elas têm alguma forma de glicólise. E um detalhe: essas não são as
únicas coisas que observamos e que são comuns a todas as formas de vida. Todas as formas de vida são baseadas
em células como unidades básicas, que estão ligadas por uma membrana. Então, em teoria, estas coisas aqui poderiam ter se
desenvolvido independentemente umas das outras, sem ter um ancestral em comum. Mas, tendo o ancestral em comum,
nós temos uma explicação muito boa do porquê observamos essas coisas. Inclusive, tem algumas coisas
que são muito complexas mas que caracterizam a
vida como a conhecemos. Talvez agora você deva estar dizendo: ok, eu vou acreditar nessa ideia, na ideia de
que existe esse ancestral comum bem aqui, mas como construímos essa árvore? Como sabemos quando as coisas se ramificaram? Principalmente, porque
alguns dos galhos dessa árvore se ramificaram centenas de
milhões ou bilhões de anos atrás, e nenhum de nós estava por
perto para observar isso acontecer. Mais uma vez, observamos isso
através de evidências mais estruturais. Então, por exemplo, entre as coisas que
classificamos atualmente como Eukaria, que é tudo isso que está nessa cor marrom, possuem organelas ligadas à membrana,
que são coisas como o núcleo, ou a mitocôndria, que estudamos
em muitos outros vídeos. Além disso, todos eles têm cromossomos lineares. Já em outros grupos, aqui nesta
árvore da vida, nesta árvore evolutiva, vamos ver cromossomos circulares, mas é comum a todas as
eucariotas cromossomos lineares. E todos eles têm cromossomos que contêm íntrons. Os íntrons são sequências de DNA que não
codificam para genes que vão codificar em proteínas. Ainda estamos pesquisando sobre os íntrons, então, é importante apenas que você
fique com isso aqui nesse momento, ok? Mas a razão pela qual todas
essas foram classificadas juntas é porque elas têm essas semelhanças. Sendo assim, acreditamos que eles
teriam formado o seu próprio ramo. Aí, com base em quão semelhantes as coisas são, nós teorizamos quando as
coisas podem ter se ramificado. Agora que temos ferramentas mais sofisticadas
para o sequenciamento de DNA e RNA, podemos ver quão diferentes essas sequências são
e construir mais e mais árvores precisas como essa. Eu espero que você tenha compreendido
tudo direitinho o que conversamos aqui. E, mais uma vez, eu quero deixar
para você um grande abraço, e falar que te encontro na próxima!