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Biologia AP
Curso: Biologia AP > Unidade 5
Lição 1: Seleção naturalSeleção natural e a borboleta-coruja
Como a "Borboleta-Coruja" pode ter ganhado a mancha em suas asas. Versão original criada por Sal Khan.
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- Qual a diferença entre a borboleta coruja em relação á outras especies ?(3 votos)
- A limitasão do globo ocular ,abilidades de voo, codificasoes geneticas e capacidades de reprodução(3 votos)
- Este caso da borboleta coruja, se encaixaria em um exemplo de mimetismo? Pq?(3 votos)
- Eu acredito que o exemplo dessa borboleta está mais para mimetismo do que camuflagem. A borboleta tem vantagem pelo fato de sua asa parecer com o olho da coruja e não com o meio, portanto seria mimetismo.(7 votos)
- As mudanças de padrões da mariposa, borboleta coruja e das bacterias são convergencias adaptivas ou divergencias..?(2 votos)
- Uma mistura dos dois. Mas foi primeiramente uma divergência tendo em vista que a borboleta não teve um propósito, simplesmente nasceu com uma mancha que posteriormente foi se somando, ou seja, foi se convergindo para algo que parecia um olho, e as que possuíam este padrão se reproduziram com maior frequência.(2 votos)
- a borboleta pode para de existe??(2 votos)
- Seria um acontecimento muito difícil, pois borboletas são muito abundantes na natureza, mas como qualquer outro ser vivo, se estiverem em ambientes impróprios e desfavorecidos, elas podem se extinguir. Muitas espécies de borboletas já deixaram de existir principalmente pelas ações irresponsáveis do homem como urbanização e exploração da natureza de forma equivocada.(3 votos)
- Porque as borboletas ganham esta camuflagem diferente com um olho? somente para funcao de afugentar os predadores?(1 voto)
- Na verdade essas borboletas não ganham estas manchas por motivo algum, é como foi dito no vídeo, houve uma variabilidade em que começou a surgir uma mancha e as borboletas que herdaram esse padrão de mancha obtiveram mais sucesso na seleção natural. Esse sucesso porém, pode ser devido a essa mancha parecer um olho e afugentar os predadores, mas, as borboletas não desenvolveram isso para se defender, foi tudo resultado da variabilidade junto da seleção natural.(1 voto)
- O processo da metamorfose é perpetuo?(1 voto)
- Eu diria meu colega que sim.Contarei para ti o Devir de um Filósofo Grego chamado Heráclito.Este homem dizia que tudo estava em um fluxo constante e eterno. Aqui o Devir deste; Um homem nunca entra no mesmo lago duas vezes. Logo- ou o homem mudou o lago ou ambos.(1 voto)
- Se a teoria de Darwin está correta , por quê os primatas como chimpanzés e gorilas não evoluiram conosco ?(1 voto)
- tem que ter muita fé para acreditar nesse tipo de evolucao(1 voto)
- eu netendi tudo nos 3 primeiros videos e seria melhor se ele nao enrolasse tanto mas minha pergunta é por que o nome olho de coruja se o ponto e parecido com um olho de rã(1 voto)
- É correto dizer que a borboleta - coruja desenvolveu esta camuflagem só quando sente que o perigo está por perto?(1 voto)
- Não, a borboleta não desenvolveu esta camuflagem. De todas as variações de borboletas com elementos aleatórios nas asas somente esta sobreviveu e prosperou mais ainda pois não havia competição por alimento e por suas asas simularem animais maiores.(4 votos)
- As mudanças de padrões da mariposa, borboleta coruja e das bactérias são convergências adaptativas ou divergênciais?por que e o que seria convergências adaptativas e divergênciais?(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA2G No primeiro vídeo sobre a evolução,
dei como exemplo a mariposa durante a Revolução Industrial na Inglaterra. Antes dela, existiam muitas mariposas.
Algumas eram escuras, algumas eram claras, outras eram no meio. Uma vez que tudo ficou cheio de fuligem, de repente, as mariposas escuras ficaram menos prováveis de serem pegas pelos predadores e as brancas, em menor quantidade,
se reproduziram com menos sucesso. Assim, o traço da mariposa preta
(ou essa variante) dominou. Se você veio um pouco mais tarde
e viu que todas as mariposas se tornaram pretas, você diria que todas essas mariposas são gênios. Parece que elas, de alguma forma, pensaram
em um jeito de permanecer camufladas. E o ponto que eu queria dizer
é que isso não foi planejado ou um movimento explícito
da parte das mariposas ou do DNA. Isso foi um subproduto natural delas
com alguma variabilidade e algumas das variações foram selecionadas. Aquele exemplo era simples: preto ou branco. E sobre coisas mais complicadas? Por exemplo, aqui eu tenho algumas fotos
do que geralmente chamamos de borboleta-coruja. O que é incrível aqui
(e é óbvio, já que não tenho que mostrar a vocês): as asas se parecem com os olhos de uma coruja. Correto? Eu quase posso desenhar um bico aqui e desenhar outra asa ali... E você pode imaginar uma coruja olhando
para a gente, né? E aqui, também, eu poderia imaginar um bico
e imaginar uma coruja. A pergunta é: como algo bom assim
se mostra aleatoriamente? Eu acho legais as pequenas manchas
pretas e brancas ou cinzas, mas como algo que se parece tanto
com um olho é gerado aleatoriamente? A resposta é... Existem várias respostas. Uma é por que esse olho existe, ou esse padrão parece um olho, ou esse padrão parece um olho de coruja. E lá o júri continua fora disso. Eu li um pouco sobre isso na Wikipédia e peguei todas essas imagens lá. Na Wikipédia, eles dizem que
há duas teorias competindo aqui. Uma teoria é a maneira como vemos as coisas. Isso parece um olho de coruja
e se trata realmente de um chamariz. Quando um predador quer comer uma dessas,
ele vai para o que parece mais real. Em vez de ir para o corpo da borboleta, que não parece real,
eles vão para a coisa preta e grande. Eles dizem que parece que isso é rico em proteína
e seria uma boa alimentação. Eles tentam agarrar e morder isso e, se eles morderem ali, com certeza a asa ficará um pouco cortada, mas o animal (a borboleta real) iria sobreviver
e talvez pudesse reparar seus estragos. Eu não sei, na verdade, a biologia
de uma borboleta-coruja. Essa é uma teoria. E o argumento que vai contra ele é que,
se esse fosse o caso, você iria querer o ponto preto ainda mais para trás. Você iria querer a mancha preta bem longe do corpo. Você iria querer a mancha lá atrás e não aqui,
porque aqui, continua tendo uma chance de, se algo morder essa pequena mancha preta,
ele ainda pegue o abdômen da borboleta. A outra teoria quanto ao porquê disso existir (e, quem sabe, talvez seja um pouco de ambos, talvez as duas sejam verdade,
talvez isso ofereça duas vantagens)... A outra teoria é o que pensamos quando vemos isso. Isso parece uma coruja. Talvez isso seja
para espantar as coisas que são gostosas de comer. Existem lagartixas que gostam de comer
esse tipo de borboletas. Essas lagartixas não gostam de estar por perto
de pássaros ou corujas, porque essas corujas as comem. Assim, isso pode ser um impedimento. O outro exemplo que eles deram é que elas tendem
a ser comidas por essas lagartixas aqui. Isso foi o que a Wikipédia disse. E essas lagartixas
tendem a ser comidas por este sapo. E que os olhos dessa borboleta não são
tão diferentes dos olhos desse sapo. Podemos debater se é ou não o caso e, se esse era o predador
que ela estaria tentando imitar, você poderia ter um argumento de que talvez
deveríamos ter mais verde na asa, mas esse não é o ponto deste vídeo. Se bem que é uma discussão engraçada
para ter (além de ser útil) sobre esse olho. Vamos perguntar: como o olho surgiu? Quando eu digo sobre esse olho, imagine o padrão da asa. Qual conjunto de eventos permitiu que isso acontecesse? Porque, quando descrevi a evolução, e sabemos que tudo no nosso reino biológico
é só um conjunto de proteínas, principalmente proteínas, essas proteínas todas foram codificadas por DNA. Farei vídeos sobre o DNA, mas o DNA é só
uma sequência de pares de bases, isto é, uma sequência dessas moléculas. Representamos adenina, guanina, citosina e timina. Talvez você tenha algumas adeninas em ordem,
alguma guanina e timina... Eu vou fazer mais sobre isso no futuro, mas a ideia é que ela é apenas codificada
por essa sequência de moléculas. Como você vai de uma borboleta que não tem
um olho para um olho que vemos aqui? Lógico, foi só uma mudança que aconteceu,
uma mutação aleatória. Talvez aquele G vire um A, ou esse C e T
tenham sido excluídos, enfim. Tudo que, sozinho, não teria desenvolvido
esse belo padrão ou esse útil padrão. Como as mudanças aleatórias
explicam algo que é tão intrincado? Essa é a minha explicação. Obviamente eu não estava lá, vigiando
mais de milhares ou milhões de anos quando essas borboletas-coruja surgiram. Isso é só minha teoria de como a seleção natural
explica esse tipo de fenômeno. Você tem um mundo onde, em alguns ambientes,
você tem borboletas cujas asas parecem... Ou melhor, você tem algumas borboletas
que são parecidas com essa. Essa é a asa delas. O desenho está bem ruim, mas eu acho que você pode ter uma ideia. E são somente alguns padrões gerais. Já vimos isso, há uma variabilidade. E a variabilidade mostra-se com poucas
mudanças aleatórias de DNA. Acho que podemos acreditar que a maioria
dessas mudanças são só o começo. Talvez elas apenas se configurem diferentemente
e um pequeno padrão vai aparecer, ou uma pequena partícula de pigmento irá mostrar
uma cor ligeiramente diferente. Ainda vemos isso entre essas borboletas-corujas;
é a variabilidade. A asa dessa aqui é diferente da asa
dessa outra semelhante, com essa forma que parece um olho.
E não é apenas uma, são várias, na verdade. Essa aqui tem uma coisa que parece interessante.
Tem múltiplas coisas, mas uma característica realmente notável
é essa coisa do tipo olho. Como vamos disso para uma coisa
que parece um olho? A ideia é você ter alguma variabilidade.
Uma delas pode parecer assim, outra pode ter a sua mancha parecida
com isso aqui. Essas asas estão muito mal desenhadas,
mas você pode ter uma ideia. Essa é uma borboleta... Essa é a antena, logo aqui... Esse é o corpo... Outro padrão de borboleta pode parecer assim, não é? São apenas aleatórios. Quando eles vão para certo ambiente onde,
por qualquer razão, um dos seus predadores tenha medo de olhos,
a teoria de que eles devam se parecer com olhos é correta. Talvez esse tenha um padrão aleatório aqui e esse aqui. Não estou dizendo que definitivamente é melhor. Ambos serão encontrados e mortos pelos predadores, mas isso são só probabilidades. Talvez esse aqui tenha 1% menos probabilidade
de ser encontrado pelo predador porque, quando ele olhar com o canto do olho,
essa pequena região nebulosa se pareça um pouco com um olho e, para o predador,
seria melhor não mexer com isso. É só uma leve probabilidade. Você pode dizer: "Ok, o que 1% vai fazer?" Quando você determina 1% em milhares
e milhares de gerações, de repente esse traço pode dominar
porque só será morto menos frequentemente. 1% menos frequentemente. Talvez esse tenha um traço igual, mas
essa mancha é mais perto do abdômen. Isso é uma compensação,
porque talvez alguns predadores sejam afastados por causa
dessa concentração de pigmentos. Mais uma vez, não estou dizendo
que nós estamos aqui ainda. Não estamos ainda nesse padrão
muito avançado nem sofisticado, Estamos em uma concentração aleatória
de pigmentos que acabou de aparecer. Vemos essa turminha que tem essa concentração
de pigmentos afastada do seu abdômen. Elas ficam bem. Mas, quando é muito perto,
talvez alguns predadores pensem que seja um inseto e queiram comê-lo, assim, acaba sendo um traço ruim. O que acontece é que esse aqui domina. E então, dentro dessa população,
você começa a ter muitas variações, porque ele começa representando
o que é mais provável de passar esses traços. Quero fazer esse ponto bem claro. Isso não é
o que acontece ao longo da vida de um animal. Não é como se, de certa forma,
eu experimentasse uma coisa, como a nossa atual teoria, e que eu poderia, de certo modo, passar
esse conhecimento para os meus filhos. Se por acaso acontecer de o meu DNA
ter apenas alguma variação que passa a ser mais útil
ou mais provável para eu sobreviver ou reproduzir e para os meus filhos sobreviverem,
então esse traço vai começar a dominar na população. Assim, na população, você terá
variabilidades dentro dela. Talvez algumas dessas irão começar
a se parecer um pouco como essa, talvez outro vá se parecer um pouco com aquele,
talvez tenha algumas manchas aqui... Você pode ver isso como uma variação
à medida que exploramos. Quero ser bem claro para não usar nenhum verbo ativo, porque tudo isso está sendo feito quase
como um processo de senso comum, onde tudo muda. As alterações que são mais adequadas
são as que irão mais frequentemente sobreviver e as próximas gerações terão mais desses
e, então, você terá variações dentro dessa mudança. E esse aqui talvez possa ser como aquele
e talvez esse seja único. Essas foram boas comparadas com essa,
mas quando estão competindo entre si, esse indivíduo aqui é capaz de reproduzir
1% mais do que este ou este aqui. E talvez este aqui seja uma combinação
de todos os outros acima e eles se misturam e se combinam.
Isso é um sistema muito intrincado. Esse cara aqui representa a maioria da população.
Quando digo "cara", estou dizendo a sua informação genética,
ou pelo menos o que é pertinente às suas asas. Em seguida, você começa a variabilidade entre estes. Talvez alguns deles tenham um pequeno ponto
e há alguns pontos em volta, talvez seja como esse. Talvez um deles se diferencie e vai voltar aqui,
mas depois ele terá problema competindo e "dança" de novo. Em seguida, alguns outros vão voltar aqui. Acho que você pegou a ideia de que isso
não está acontecendo de um dia para o outro. Essas mudanças podem ser claramente aumentadas,
mas está acontecendo durante milhares de gerações. Quando você está falando sobre milhares de gerações
ou mesmo milhões de gerações, mesmo 1% de vantagem pode ser significante e, quando você acumula essas variabilidades
em um grande período de tempo, você pode obter um padrão bastante intrincado,
como este. Eu só queria explicar isso porque
é frequentemente usado como exemplo. Eu posso acreditar na mariposa, posso acreditar no exemplo
dos antibióticos e da bactéria, ou no da gripe, porque esses são
um tipo de exemplo em tempo real. Mas como algo assim tão intrincado aparece? Eu realmente tenho um ponto de visão aqui. Pensamos que isso é mais complicado porque
podemos relacioná-lo em nosso dia a dia. Se você realmente olhar a estrutura de uma bactéria
e como ela funciona, ou o que um vírus faz para infiltrar
um sistema imunológico ou uma célula, isso está em níveis muito mais complicados
do que um desenho. Na verdade, a razão por que estou usando isso
como exemplo é porque é um exemplo mais simples,
em vez de explicar o metabolismo de certo tipo de bactéria e como isso pode mudar e como talvez
se torne imune à penicilina, enfim. Eu quero tornar isso bem claro:
que essas coisas muito complicadas não acontecem de um dia para o outro. Não é como se uma borboleta fosse completamente
uniforme rosa-choque e, de repente, eles tivessem um filho
cujas asas aparecessem assim. Não. Isso acontece durante longos períodos de tempo! Embora possa haver alguma mudança estranha
hormonal que faça isso, não vou por aí. É possível. Eu só queria fazer esse ponto porque acho que,
quanto mais exemplos vemos, mais eles serão absorvidos e isso é um processo passivo.
Não estamos falando sobre essas coisas acontecendo de um dia para o outro. Isso é realmente interessante, olhar nosso mundo
em volta, ver ecossistemas como são hoje e tentar imaginar como algo veio a ser, o que é útil, porque ele pode ter sido selecionado. Por exemplo, há traços que ocorrem
depois de reproduções selecionadas? Provavelmente não, a menos que eles afetem
a reprodução do próximo ciclo. Por exemplo, talvez você diga:
"O traço pode ir se aperfeiçoando após vários anos e anos reprodutivos".
Não, mas isso ajuda as suas proles a se reproduzirem. Nós já vimos muitas doenças, especialmente
quando vamos além dos nossos anos reprodutivos e criação de filhos. Uma vez quando chegamos aos 50 e aos 60 anos,
a incidência de doenças aumenta exponencialmente em relação a quando éramos jovens. E por que eles deixaram de ser selecionados? Porque isso não mais afeta
a nossa habilidade de reprodução, porque já reproduzimos, já criamos nossos filhos
e, assim, eles podem reproduzir. A única coisa que acontece nesse ponto
é que não estamos sendo selecionados. De qualquer forma, espero que esse vídeo
lhe dê uma pequena ideia sobre a evolução e quero fazer mais uns vídeos assim,
porque realmente quero explicar que não é uma afirmação sem sentido, mas uma reivindicação de que isso
aparece espontaneamente e que é realmente uma coisa que acontece.