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Biologia AP
Isolamento reprodutivo
O que faz com que dois organismos sejam membros de diferentes espécies? Aprenda sobre os fatores que impulsionam o isolamento reprodutivo. Por Ross Firestone.. Versão original criada por Ross Firestone.
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Transcrição de vídeo
RKA12MC - Olá, meu amigo ou minha amiga.
Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a
mais um vídeo da Khan Academy Brasil! E, neste vídeo, vamos conversar
sobre o isolamento reprodutivo. E, para começar, eu quero te fazer uma pergunta. Você já se perguntou como nós classificamos
diferentes organismos em espécies diferentes? Bem, antes de responder isso, vamos relembrar qual é a diferença entre reprodução
assexuada e reprodução sexuada. Na reprodução assexuada, um
organismo com uma única célula divide-se em duas células-filhas que são
ambas geneticamente idênticas à célula original. Na reprodução sexuada, dois membros
da mesma espécie irão reproduzir juntos a fim de formar uma descendência
geneticamente única. Em geral, organismos que geralmente
se reproduzem assexuadamente têm baixa diversidade genética, e espécies que se reproduzem
sexualmente têm alta diversidade genética. Mas o que é uma espécie? Isso pode ser uma pergunta
muito difícil de responder. Para organismos que se
reproduzem sexualmente, podemos dizer que dois organismos,
como esse gato e esse humano, são membros de espécies diferentes. Eles são incapazes de ter descendência juntos. No entanto, para organismos que
se reproduzem assexuadamente, como bactérias, protistas e Archaea,
isso fica um pouco mais confuso. Essas espécies não acasalam com outros organismos, com isso, temos uma grande dificuldade
para classificá-los em diferentes categorias, e, aí, nós chamamos isso
de “o problema das espécies”. Não se preocupe com isso agora. Neste vídeo, eu apenas vou olhar para
organismos que se reproduzem sexualmente, ou seja, em que temos uma
reprodução de forma sexual. E esses organismos são
separados em espécies diferentes por diferentes formas através do que
nós chamamos de isolamento reprodutivo. Isso é uma ideia de que existem
muitas forças ou barreiras que fazem com que dois organismos
diferentes não tenham filhos juntos. Podemos dividir essas forças
em duas categorias distintas: barreiras pré-zigóticas e
barreiras pós-zigóticas. O isolamento pré-zigótico refere-se
a todas as diferentes forças que previnem dois organismos
de terem filhos juntos que ocorrem antes da
formação de um zigoto. Não se esqueça de que
um zigoto é uma única célula que é feita de material genético de ambos
os organismos que se reproduziram juntos. Agora, as barreiras pós-zigóticas são forças
que surgem após a formação do zigoto. Mas a gente vai conversar
sobre isso daqui a pouco, ok? Sendo assim, vamos observar aqui agora os tipos de
isolamento pré-zigóticos, ou barreiras pré-zigóticas. E o primeiro é o isolamento
temporal e o isolamento de habitat. O isolamento temporal se refere ao
fato de que nem todos os organismos são companheiros ao mesmo tempo. Alguns podem acasalar à noite,
enquanto outros se acasalam durante o dia. Alguns podem acasalar na primavera,
enquanto outros se acasalam no verão. Se dois organismos não encontram
companheiros ao mesmo tempo, eles estão isolados temporalmente. O isolamento de habitat se refere ao
lugar onde os organismos se acasalam. Alguns podem preferir acasalar na floresta,
enquanto outros preferem acasalar nas montanhas. E, se dois organismos não encontram
companheiros no mesmo lugar, então eles estão isolados também. Se tempo e lugar não é um problema, então a
próxima barreira é o isolamento comportamental, que se refere à seleção de companheiros e como os organismos circulam
atraindo um companheiro. Afinal, nem todos os organismos vão
atrair um companheiro da mesma forma. Temos um animal como um pássaro que vai
atrair um companheiro cantando uma música, enquanto um coelho pode fazer uma
pequena dança para atrair um companheiro. Portanto, isso é o isolamento comportamental. Agora, temos o isolamento mecânico, que lida com a incapacidade física de
dois organismos poderem se acasalar, mesmo se eles quisessem. Um ótimo exemplo desse caso é o fato
de um animal enorme, como um elefante, ser incapaz de acasalar
com um pequeno rato. Se mesmo assim dois organismos
encontrarem um companheiro com sucesso, eles ainda podem encontrar
o isolamento gamético, que é quando a fertilização entre dois
gametas para formar um zigoto é impossível. Agora, uma vez que o zigoto foi
formado, a gente pode seguir em frente e olhar nas barreiras pós-zigóticas
de isolamento reprodutivo. A primeira forma é a mortalidade do zigoto, e isso ocorre mesmo que os dois
gametas dos dois organismos possam se fundir com
sucesso e formar um zigoto. Esse zigoto teria uma
alta taxa de mortalidade e seria incapaz de se
desenvolver em uma prole madura. Em seguida, temos a
inviabilidade dos híbridos, que ocorre quando um zigoto é capaz
de crescer e se tornar uma prole madura, mas essa prole vai ter uma
alta taxa de mortalidade e não será capaz de crescer e
se tornar um adulto maduro. Finalmente, temos a última
forma do isolamento reprodutivo, que é a esterilidade do híbrido. Isso ocorre quando a prole pode
crescer e se tornar um adulto maduro, mas aquele adulto maduro não será capaz de
acasalar e ter os seus próprios descendentes. Assim, se dois organismos
sexualmente reprodutores não são isolados por
qualquer uma dessas barreiras, então, geralmente, podemos dizer que
eles são membros da mesma espécie. Sendo assim, o que
aprendemos com tudo isso? Bem, primeiro, nós aprendemos
sobre o problema das espécies e como classificar organismos diferentes
em espécies diferentes pode ser muito difícil. Nós temos uma definição muito boa para
organismos que se reproduzem sexualmente, mas não temos o mesmo para organismos
que se reproduzem assexuadamente. Também aprendemos sobre
o isolamento reprodutivo e que podemos dizer que dois organismos
que se reproduzem sexualmente são isolados reprodutivamente se eles juntos são
incapazes de livremente produzir descendente fértil. Enfim, meu amigo ou minha amiga, eu espero que você tenha compreendido
tudo o que a gente conversou aqui. E, mais uma vez, eu quero deixar para
você um grande abraço, e até a próxima!