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Visão geral das células animais e vegetais

As células animais e vegetais compartilham elementos comuns como membranas plasmáticas, citoesqueletos e mitocôndrias. Entretanto, elas diferem em determinados aspectos. Por exemplo, as células vegetais possuem uma parede celular e um vacúolo central, enquanto as células animais contêm centrossomas. A compreensão destas estruturas celulares continua a evoluir por meio de pesquisas contínuas. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA - Nesse vídeo, vamos dar uma visão geral, ou uma síntese, de tudo o que nós aprendemos sobre as células de plantas e de animais. Aqui, eu tenho duas células. A célula da esquerda se trata de uma célula animal. Então, a gente tem aqui, célula animal. A célula da direita se trata de uma célula vegetal, ou seja, uma célula de uma planta. Então, vamos começar falando sobre fora da célula, tanto em plantas quanto em animais. Temos aqui, então, a matriz extracelular. Você pode ver a matriz extracelular, incluindo as fibras e demais coisas, tanto em animais quanto em plantas. Essas fibras de colágeno, e outras coisas da matriz extracelular, mantém as células em seu devido lugar, e ainda permitem que as células se comuniquem umas com as outras, além, é claro, de ajudar no processo de sinalização para a célula. Agora, quando pensamos sobre a matriz extracelular de uma planta, temos que levar em consideração outros componentes que estão na parede celular. A parede celular é uma diferença fundamental entre a célula de plantas e de animais, ou seja, a parede celular só existe nas células de plantas. As células animais não possuem parede celular. Agora que já vimos isso, se entrarmos na célula, nos deparamos inicialmente com a membrana plasmática, e isso é algo comum às duas células. A célula animal tem uma membrana plasmática, e a célula vegetal também tem uma membrana plasmática. O legal é que elas podem ter túneis para as células vizinhas. Quando nós falamos sobre a parede celular, no vídeo sobre as células das plantas, vimos umas coisas, bem aqui, chamadas "plasmodesmos", que literalmente são túneis para as células adjacentes. Eu poderia até começar a desenhar outra célula aqui. Então, isso aqui seria o plasmodesmo. Em células animais, temos as junções comunicantes, ou junções gap, que também são espécies de túneis entre as células adjacentes. Então, vamos escrever aqui também isso, junções comunicantes. Agora, algo que precisamos destacar, é que os plasmodesmos são muito mais comuns em grande maioria das células vegetais, do que as junções comunicantes em células animais. No entanto, as junções comunicantes podem ser muito relevantes para determinados tipos de células animais, em particular, como as células do coração, onde graças às junções comunicantes entre as células adjacentes, sinais elétricos podem ser enviados através do tecido, fazendo com que todas as células adjacente saibam o momento exato da contração. Então, essas junções comunicantes são essenciais para determinadas células animais. Vamos nos aprofundar um pouco mais nas células, mas antes, deixa eu enfatizar algo que eu já falei aqui em outros vídeos. Aqui na membrana, temos, na verdade, uma dupla camada lipídica, ou uma bicamada fosfolipídica. Temos isso nas membranas das organelas também. Então, vamos dar um zoom aqui. Temos aqui essas duas linhas, que representam a dupla camada. Dando um zoom aqui, e destacando aqui ao lado, temos os fosfolipídios, tendo suas cabeças hidrofílicas apontadas para o exterior, e suas caudas hidrofóbicas que apontam para dentro. É bom deixar bem claro, porque todas as membranas que eu desenhar terão essa bicamada lipídica, ok? Vamos em frente, então. Vamos para o interior da célula. Vemos aqui, que ambas as células possuem um citoesqueleto. Temos um citoesqueleto, e esse citoesqueleto tem microfilamentos aqui, tem microfilamentos aqui e aqui também. E eu não estou sendo muito justo com a complexidade, afinal, o máximo que consigo fazer é um diagrama bem simples para representar as ideias, ok? Aqui também tem os microtúbulos, os filamentos intermediários. Já falamos sobre todas essas coisas em outros vídeos, aqui é só pra gente ter uma ideia geral também da diferença entre essas duas células. Nas células animais, ainda temos os "centríolos", que são fundamentais para a organização dos microtúbulos. E nós vamos falar muito sobre eles quando estivermos falando sobre a mitose. Nós não vemos centríolos em células vegetais, eles vão buscar outra forma de organizar os microtúbulos. Quando falarmos sobre mitose, também vamos ver que existem outras diferenças entre as duas células, ok? Olhando para a célula vegetal ainda, você pode notar que tem uma coisa aqui, grande, azul, algo que parece um ovo, não é? Ah, e essas coisas verdes não estão dentro dele, ele está atrás dessas coisas. Essa coisa azul aqui, que só tem nas células vegetais, é chamada "vacúolo". Esse vacúolo pode acumular fluido e pode armazenar enzimas, como também armazenar resíduos. Na verdade, mesmo que seja algo comum para as células vegetais, dependendo de qual células de plantas estamos nos referindo, ela pode ter funções bem diferentes. E eu quero deixar isso bem claro pra você. Em relação às organelas, nós podemos até tirar fotos, fazer alguns esquemas, e ainda saber muito sobre as suas funções, mas as organelas, e na verdade, quase toda célula, é uma área de investigação ativa. Provavelmente, na próxima década, vamos encontrar muito mais coisas diferentes que as organelas podem fazer, as formas como elas podem sinalizar umas para as outras, ou interagir umas com as outras, além da forma que se comportam em diferentes circunstâncias. Nós estamos apenas começando a entender o que está lá, e a ter uma ideia do que eles fazem, mas nas próximas décadas vamos aprender muito, muito mais sobre as diferentes estruturas e funções de uma célula. Mas, voltando aqui, isso daqui é o vacúolo, como já falei. Ele é grande, pode ajudar a fornecer suporte estrutural para célula, ele pode armazenar coisas, e o que temos mais parecido com isso na célula animal, é o lisossomo. Tudo bem que algumas células animais podem ter um vacúolo também, mas nem todas têm. Por isso, a coisa mais parecida, que tem propriedades semelhantes ao vacúolo, seria o lisossomo. Deixa eu escrever isso aqui, isso aqui é um lisossomo. O lisossomo poderia ser visto como um depósito de resíduos de uma célula animal, o qual vai ter muitas enzimas. Dessa forma, quando as coisas forem para lá, serão quebradas, digeridas. Ele tem o pH relativamente baixo, um pH mais ácido, para que as coisas possam ser divididas de diferentes maneiras, e em seguida, as suas peças individuais possam ser recicladas, para talvez serem catalisadas, ou metabolizadas em certas regiões da célula. Não podemos esquecer de falar dos peroxissomos, algo que vemos em ambas as células. Os peroxissomos possuem esse nome porque são responsáveis por realizar reações de oxidação, ajudando a metabolizar o peróxido de hidrogênio, substância que é altamente tóxica para célula. Mas, enfim, é por isso que elas recebem esse nome, ok? Apesar de ainda estarmos buscando compreender todas as coisas que elas fazem, nós já sabemos que elas são muito importante para quebrar os ácidos graxos de cadeias longas, para que eles possam se tornar mais fáceis de serem utilizados por outras partes da célula. Mas, eles possuem outras funções e mecanismos que ainda não foram totalmente compreendidos. Agora, voltando às diferenças entre as células vegetais e as células animais, uma diferença fundamental vai ser sobre esse cara bem aqui, o cloroplasto. Esse é o lugar onde a fotossíntese ocorre, essa é forma como elas são capazes de criar, essencialmente, alimentos, ou, eu acho que você poderia dizer, carbono fixado, através da energia luminosa. Os cloroplastos estão bem aqui. Claro que não vamos ver cloroplastos em células animais, no entanto, quando estamos falando sobre energia, e estamos falando sobre as fábricas de ATP nas células, e nesse caso, essas fábricas são chamadas de "mitocôndrias". E as mitocôndrias, nesse caso, se encontram nas duas células. Além das mitocôndrias, temos um monte de outras coisas que são comuns às duas células, por exemplo, o Golgi, o aparelho ou o complexo de Golgi, temos ele aqui nas duas células. O complexo de Golgi é responsável pelo empacotamento de proteínas para serem utilizadas tanto dentro, quanto fora das células. Também temos aqui o retículo endoplasmático. O retículo endoplasmático rugoso tem ribossomos ligados à membrana. É aqui onde grande quantidade de proteínas são fabricadas, incluindo até mesmo os lipídios. É claro que não podemos deixar de falar sobre a membrana nuclear. Aqui, é a membrana nuclear interna, a membrana nuclear externa dá continuidade ao retículo endoplasmático, mas você pode ver isso em ambas as células. Outra coisa que você também pode ver em ambas, é que no interior do núcleo tem o DNA. Claro que aqui, o DNA está em forma de cromatina. Além disso, tem essa parte mais densa aqui, que aparece em microscópios, e que chamamos de "nucléolo", que possui ribossomos e até mesmo DNA ribossomal. Não podemos esquecer também que ainda temos os ribossomos livres. Claro, isso tudo que vimos é uma visão das células eucariontes, mas esse vídeo também serve para começar a mostrar algumas das distinções fundamentais entre as células animais e vegetais.