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Ecossistemas e redes ecológicas

A biodiversidade, especificamente a riqueza de espécies, desempenha um papel crucial na estabilidade e resiliência dos ecossistemas. O campo emergente da função biodiversidade-ecossistema estuda essas interações. Uma maior biodiversidade espalha interações entre mais espécies, reduzindo a possibilidade de colapso ecológico. Os ecossistemas com mais espécies e interações têm menos probabilidades de sofrer impactos negativos de perturbações, pois é menos provável que componentes cruciais sejam removidos. Versão original criada por Academia de Ciências da Califórnia.

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RKA12C Vamos pensar que nossos tutoriais aqui são arquipélagos e que hoje vamos visitar esta ilha para descobrir por que a biodiversidade é tão importante. Em termos de biodiversidade, estamos falando de várias coisas. E, neste caso, vamos falar de algo conhecido como riqueza de espécies, que é algo mensurável, já que você pode sair lá fora e contar o número de espécies que existem em um dado ambiente. Isso é algo que realmente podemos fazer. Há muitas espécies de plantas, muitas de animais, muitas de microorganismos e muitos fungos, e todos eles interagem no meio ambiente criando o que nós chamamos de ecossistema. A palavra "eco" é bem interessante! É uma palavra bem antiga que significa "casa". Então, é um sistema de como andam as coisas na sua casa, que é onde todos nós moramos. Todos esses organismos estão interagindo e se comportando ao mesmo tempo. Interagem uns com os outros, uns comem o que os outros decompuseram, e eles, somados ao ambiente físico ou à casa, formam o ecossistema. Por que o número de espécies, em outras palavras, a riqueza de espécies, é crucial na forma em que o ecossistema funciona? O que é essa coisa de o número de espécies fazer o ecossistema trabalhar de forma melhor e contribuir com a resiliência e a estabilidade do ecossistema? Cientistas já estão pesquisando isso, está surgindo esse campo da função da biodiversidade no ecossistema. Podemos pensar em ecossistema como espécies que se conectam com outras, que interagem entre si. Elas podem ser muito diferentes, podem viver umas sobre as outras, como certas aves que fazem ninhos em suas árvores. E o mais crucial: essas coisas podem se comer. Este é um diagrama das redes de um ecossistema bem simplificado em que os organismos estão interagindo uns com os outros. Podemos desenhar linhas entre essas espécies para indicar essas interações e podemos fazer linhas direcionais para mostrar como a matéria e a energia estão se movendo de uma espécie para outra. Quando um organismo dá uma mordida em outro, ele não apenas fica com a boca cheia de matéria ou comida, mas essa comida contém energia. Estas setas mostram a direção em que a energia está fluindo de uma espécie para outra. A coisa mais importante a respeito dessas teias é que as forças dessas interações podem variar. A interdependência desses organismos na teia pode variar, e aí está algo que pode ser complicado de entender. Essas interações são menos importantes quanto mais organismos você possuir dentro dessa rede. Dá para pensar nisso como as interações se espalhando entre jogadores. Mas o que acontece quando há menos jogadores? Vamos dar um exemplo de uma interação bem simples aqui. Suponha que esta coruja se alimente deste rato, mas também possa comer este esquilo. Isso dá opção à coruja. Se removermos um desses, só teremos duas espécies interagindo, é muito fácil perturbar esse sistema. A coruja vai acabar comendo todos os ratos até que... Imagine! Você pode causar um colapso ecológico enorme. Então, quanto maior a biodiversidade, maior a riqueza de espécies em um sistema ou rede, mais forte e estável ele é, porque todas as opções adicionais estão ali. Lembre-se de um velho ditado sobre colocar todos os ovos em uma única cesta! Nem todas as interações dentro de um dado ecossistema ou rede possuem a mesma força, porque algumas espécies possuem interações mais fortes entre si do que com outras espécies. Por exemplo, vamos imaginar um desses caras se alimentando de plânctons, aqueles organismos microscópicos que vivem na água. Eles são os produtores, aqueles que conseguem fazer fotossíntese, isto é, energia a partir da luz do Sol. Lembre-se de que comida é igual a energia. O que estamos mostrando aqui, então, é a energia fluindo dos produtores para os consumidores. É isso que essas linhas representam: o fluxo de energia através do ecossistema. Eventualmente, a baleia sucumbe e acaba morrendo, e a pobre baleia acaba no fundo do mar. As coisas acabam nesse ponto? Definitivamente, não! Pois é aí que ela começa a perder o que acaba como comida dos produtores. Foi mostrado, encontrando novas evidências, que, quando as baleias caem no assoalho marinho, começam um ecossistema próprio que é conhecido como a queda da baleia. Nunca esteja debaixo de uma baleia caindo! Porém, quando a baleia atinge o chão, muitas coisas interessantes acontecem. Vários organismos vêm se alimentar da baleia. Existe uma sucessão de organismos, ou comunidades de organismos, que muda ao longo do tempo conforme a condição da baleia e transforma esse organismo cheio de carne em ossos. Às vezes, nem ossos sobram. Então, toda a energia que a baleia adquiriu por meio dos produtores, por meio do plâncton do qual ela se alimentou, retorna ao ambiente, é reciclada no ecossistema. Você pode imaginar que este diagrama aqui é parte de uma grande teia, e coisas acontecem em grupos concentrados. Há uma energia que corre pelos maiores organismos do sistema e, quando você perturba um pouco disso, terá uma grande quantidade de energia fluindo pelo sistema, podendo causar até uma queda na função do ecossistema. E, se você tirar a baleia do jogo por meio da caça, acaba diminuindo essa função do ecossistema, porque há a retirada do maior fluxo de energia do sistema dessa rede. Pense um pouco agora sobre essa tecnologia enorme que temos hoje: a internet. Se você desenhar um diagrama das interações de todos os servidores e todas as coisas que mandam mensagem por meio da internet, existem locais que vão ter muita coisa acontecendo, um cubo maior na internet. Muitas mensagens estão passando, por exemplo, pelos servidores do Google. O Google seria um desses grandes grupos com muitas coisas acontecendo. Outros servidores podem não ser tão importantes assim. Por exemplo, pode ser a minha área de trabalho, e eu estou simplesmente falando com meu filho para vir para casa jantar. Se você retirar o meu servidor da rede, não vai perturbar a internet inteira, mas você pode imaginar o que aconteceria se tirasse o Google do sistema. Você vai perturbar muito esse ecossistema! Então, essas teias ou interações entre ecossistemas são realmente muito importantes. Se o ecossistema é grande, com muitas espécies e muitas interações, você reduz significativamente as chances de perturbações e distúrbios ou de ter impactos negativos. Outro ponto sobre isso é que cada um deles faz coisas diferentes dentro do ecossistema. Por exemplo, aqui nós temos um avião bem complexo, com quatro turbinas, várias partes que se movimentam, motores movidos a pistão, um leme aqui, janelas, asas... E essa máquina, então, está voando. Se você retirar as cortinas que estão nas janelas, provavelmente não vai derrubar o avião, mas, se você retirar alguns parafusos da asa, aqui onde eles se conectam à fuselagem, a asa vai cair e teremos um grande problema! Caso você não saiba, o nosso avião vai cair. O mesmo ocorre com o ecossistema: tudo tem um papel diferente. Umas coisas são mais importantes que as outras caso você as remova. E, quanto mais parafusos, melhor!