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Biologia - Ensino Médio
Curso: Biologia - Ensino Médio > Unidade 12
Lição 2: Evidências da evolução- Evidências da evolução
- Visão geral sobre a evolução humana
- Biogeografia: onde a vida mora
- Exemplos de evidência molecular das relações evolutivas
- Revisão sobre evidências da evolução
- Evidências da evolução
- Evidências da evolução
- Evidências da evolução
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Evidências da evolução
Uma visão geral dos diferentes tipos de provas que suportam a evolução, incluindo características homólogas e análogas e estruturas vestigiais. Versão original criada por Sal Khan.
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- No futuro haverá uma bactéria tão resistente que nenhum antibiótico irá matá-la? Ou já existe?(4 votos)
- olha pergunta outra coisa ninguem e vidente. mais acho que sera uma produzida pelo ser humano uma tipo que se formou e tals acho que nao.(1 voto)
- As fendas faríngeas do embrião humano não têm qualquer relação com as brânquias dos peixes, nme têm qualquer relação provada com o sistema respiratório, tal como nos peixes. Além disso, os desenhos de Haeckel são totalmente não-confiáveis e fraudulentos. Inclusive descobriram que ele copiou o embrião da tartaruga três vezes para diferentes espécies, apagou de propósito membros em desenvolvimento, etc., tudo para dar uma ilusão de igualdade.(1 voto)
- A definição comumente dada de que evolução é "mudança genéticca ao longo do tempo" é simplesmente insuficiente. De fato, mudanças genéticas ocorrem o tempo todo, mas aquele tipo especial de mudança necessária para que a evolução seja verdadeira não existe, nem pode existir. Ex.: o genoma básico de uma bactéria contém cerca de 500.000 nucleotídeos, ou "letras" do código genético. O DNA humano tem cerca de 3.000.000.000 (3 bilhões). Portanto, aproximadamente 2.999.500.000 de nucleotídeos, que codificam toda a gigantesca diferença genética entre humanos e micróbios, devem ter vindo de algum lugar, não importando se foram adicionados rapidamente ou durante longos 3 bilhões de anos. Entretanto, não existe nenhum mecanismo conhecido que possa criar informação genética do nada. Na verdade, as leis d física impedem que nova informação(1 voto)
- Os cientistas de Genética ainda não sequenciaram todo o genoma de todos os animais existentes, ao contrário do que se assume. As máquinas de leitura de DNA não conseguem sequenciar todo o genoma de vez, mas apenas pedacinhos, que precisam ser montados como um quebra-cabeça gigante. Entretanto, para a vasta maioria das espécies animais, não existem muitas informações sobre como essas "pecinhas" se encaixam. Portanto, para produzir essas porcentagens, eles utilizam, além dos dados que já têm, modelos de outros animais com genomas melhor registrados. E o critério que utilizam para escolher o "modelo-padrão" é, justamente, aquele da relação evolutiva.
Ou seja, essas porcentagens não podem de jeito nenhum provar a evolução, pois elas foram calculadas supondo antes que a evolução fosse verdadeira. Usá-las como argumento cairia na falácia do "argumento circular", ou usar a conclusão como prova.(1 voto) - "Nada na Biologia faz sentido à luz da evolução"(1 voto)
- Como podemos ter certeza absoluta de que todas as características homólogas não são convergentes, ou vice-versa?
O avanço da biologia revelou que muitos orgãos considerados vestigiais na verdade têm funções bem definidas. Por exemplo, ossículos das baleias que eram considerados resquícios de pernas, na verdade auxiliam na reprodução, e são diferentes para machos e fêmeas. Sendo assim, o argumento dos orgãos vestigiais não seria baseado na ignorância, ao invés de no conhecimento biológico?(1 voto) - Como podemos ter certeza de que essas espécies de cavalo evoluíram umas para as outras? Sendo que:
a) a única espécie atual, Equus caballus, apresenta drásticas variações de tamanho, desde a raça Shire (média: 1,78 m de altura, máximo registrado: 2,19 m) até o pônei Falabella (média: 61 a 71 cm de altura; o menor de todos é da raça Shetland, com 55,9 cm de altura);
b) há relatos de cavalos modernos com mais de um dedo (fonte: O. C. Marsh, 'Recent polydactyle horses', American Journal of Science 43, 1892, pp. 339-354);
c) Diversos fósseis de "cavalos primitivos" já foram encontrados juntos, sugerindo que viveram na mesma época e que nenhum deles representava um "elo evolutivo" para o próximo.(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA8JV Nós já fizemos vários vídeos na Khan Academy sobre evolução e seleção natural, explicando esses conceitos, mas, agora, nós vamos fazer este vídeo para nos aprofundarmos mais nas evidências da evolução e da seleção natural. Vamos começar por essa citação aqui de um
famoso biólogo já falecido, Theodus Dobzhansky. Ele diz que "nada na Biologia faz
sentido exceto à luz da evolução." O que ele está dizendo é absolutamente verdade, e é por isso que é tão importante estudarmos
as evidências da evolução e da seleção natural e entendê-las, porque antes da teoria da evolução, a Biologia tratava-se somente
da observação e classificação, sem uma narrativa coesa de como tudo isso aconteceu. Desde que Darwin surgiu com
essa teoria em meados do século XIX, nós conseguimos muitas outras ferramentas
para sustentá-la, além da observação, que era apenas o que ele tinha naquela época. Nós temos ferramentas sobre informações e
registros de fósseis, que nos dá muito mais evidência, nós temos ferramentas sobre microbiologia e genética,
que nos dá evidências ainda mais fortes. Aí a gente pode pensar:
"ah, a evolução é só uma teoria". Mas, essa é "a teoria", e sem ela, como disse Dobzhansky, a Biologia como nós a conhecemos e todo o progresso feito nela até hoje não faria nenhum sentido
e provavelmente nem teria acontecido. Neste vídeo nós olharemos amplamente três tipos
de evidência para a evolução e seleção natural. A primeira é estrutural, e esses são o tipo de coisa que caras
como Darwin teriam observado, que as pessoas vêm observando
na Biologia há muito tempo. Mas a evolução e a seleção natural
começam a fazer muito mais sentido com isso. Aqui, nós estamos falando de macroestruturas, coisas que nós podemos observar a
olho nu, ou com um simples microscópio. O próximo tipo de evidência é o que nós aprendemos nos últimos 100 anos mais ou menos, que é no nível micro, com a microbiologia, e especialmente com a genética. Isso realmente firmou a teoria da evolução,
vamos dizer assim. E o último nível é a observação direta,
e é aqui que vamos realmente além da teoria, nós estamos vendo acontecer. Muitas vezes as pessoas dizem: "ah, é uma teoria, e ela diz que isso aconteceu
há milhares de milhares de anos", mas ninguém estava por perto mesmo
para observar, de fato. Mesmo que temos muitas evidências,
ninguém sabe se aconteceu com certeza, mas se você está observando as coisas diretamente você sabe que elas certamente estão acontecendo. Como nós veremos, a evolução ocorre não somente
em escalas de tempo de milhares de anos, na realidade, nós vemos
a evolução ocorrer o tempo todo, dentro de uma escala de tempo coerente para nós seres humanos, meses ou anos, por exemplo. Ok, vamos passar por cada um desses níveis
que estabelecemos aqui. Primeiro, é o estrutural. Antes de mais nada eu quero deixar claro
que essa é uma visão bem ampla, então, você pode e deve pesquisar
mais profundamente esses níveis, e você vai encontrar muitos,
mas muitos tipos de evidência como essa. A primeira coisa que veremos são estruturas homólogas, que você vê por todo o mundo da Biologia. A palavra homóloga significa
que tem uma estrutura parecida, uma posição parecida, uma descendência parecida, mas, não necessariamente, a exata mesma função. Aqui, podemos ver um exemplo de uma estrutura
que, nos humanos, é o antebraço e o pulso, e a mesma estrutura homóloga
em cães, pássaros e baleias. O humano não anda apoiado
sobre as mãos, em sua maioria, mas um cão sim, anda sobre as patas frontais. Um pássaro está usando essa estrutura para bater
suas asas, o que é completamente diferente. E a baleia, essa aqui seria a sua nadadeira,
deixa eu desenhar aqui mais ou menos, e ela está sendo usada para controlar
os seus movimentos dentro da água. Apesar dessa estrutura ter funções
bem diferentes em cada animal, no humano, no pássaro, na baleia, a parte externa é bem diferente, mas quando observamos as estruturas ósseas elas são incrivelmente parecidas, principalmente se observamos
esse padrão de cores que eu coloquei aqui. Ok, essa é uma insinuação bastante forte de que talvez humanos, cães, pássaros e baleias tenham um ancestral em comum, em um passado mais recente do que
os outros animais ou organismos, talvez, cujas estruturas não sejam
tão homólogas quanto essas aqui. Se você estivesse, independentemente, tentando criar estruturas para o que cada uma
dessas diferentes espécies está fazendo, não é tão óbvio que você teria
estruturas tão homólogas envolvidas. Essas espécies são espécies que existem hoje,
que existem no planeta ao mesmo tempo, mas nós também podemos ver evidências estruturais
observando os registros de fósseis. Nos últimos 100 anos nós ficamos muito bons em observar diferentes camadas de estratos rochosos e sermos capazes de datá-los e dizer: ''ok, essa camada foi assentada
há 'x' milhões de anos atrás, e essa aqui foi assentada um pouco
mais recentemente e essa mais ainda". Então, observando os fósseis
nesses estratos, podemos dizer: ''ok, 20 milhões de anos atrás
havia espécies que eram desse jeito, e 10 milhões de anos atrás,
espécies que eram desse outro jeito". Um exemplo é, se observarmos
animais similares a um cavalo, que seriam cavalos, zebras, asnos, mulas. Essa é a estrutura óssea dos animais modernos, mas se observarmos os registros fósseis de 12 a 5 milhões de anos, atrás veremos fósseis assim, que são muito parecidos com os de hoje, então, é bem fácil de acreditar
que houve uma evolução deste para este. E aí, vamos voltar mais ainda. E, novamente, parece ser um processo bem gradual. Isso vai acontecendo. Esses aqui são de 12 a 5 milhões de anos atrás, esses de 16 a 12 milhões de anos atrás, e estes aqui são de mais de 34 milhões de anos atrás. Então, podemos ver que isso
aconteceu em um ritmo bem gradual. Os mecanismos disso, temos resumidos
em outros vídeos da Khan Academy. Nós temos a variação entre espécies,
a seleção do meio. O meio pode mudar, ou coisas variadas podem acontecer, então temos formas diferentes de seleção, surgem diferentes combinações,
que são mais convenientes para o ambiente, então, eles começam a se reproduzir melhor, tornam-se a espécie dominante ou se apropriam
de certas partes de um nicho ou de um ecossistema, então, acontece essa mudança, essa mudança hereditária de traços com o passar do tempo. Quando olhamos para esses registros fósseis, faz muito sentido de que essa seja
uma evidência bastante forte da evolução, de que os animais que vemos hoje
não foram simplesmente colocados aqui, criados de repente, não mudaram desde então, mas sim de que existe uma mudança constante e nós podemos vê-la diretamente
através dos registros fósseis. Muito bem, a próxima evidência,
vamos observar com o pé atrás um pouco, porque o senhor que a criou,
em primeiro lugar, foi Haeckel, e ele foi uma figura um tanto quanto controversa. Ele tinha algumas teorias ilegítimas, e até mesmo esse diagrama que ele criou parece que foi um pouco forjado, os desenhos foram um pouco forjados, com o objetivo de que ele tivesse um argumento mais forte. Mas mesmo com observações modernas, esses desenhos estão bem perto de estarem corretos, e esse desenho chama muita atenção. Ele mostra o desenvolvimento embrionário
de uma série de espécies, de um peixe, à esquerda, até um réptil, depois pássaros, mamíferos não humanos e até, claro, os humanos. Podemos ver aqui, que nos estágios iniciais
eles são incrivelmente parecidos. Na verdade, podemos ver fendas branquiais primitivas em todos esses animais, que, mais tarde, irão se diferenciar em coisas que serão mais convenientes para o se tornará cada animal. O Haeckel foi o cara que reivindicou
que a Ontogenia recapitula filogenia, o que é uma maneira bem chique de dizer que o seu desenvolvimento embrionário
está contando a história do seu caminho evolutivo. Mas isso não é verdade, apesar de a gente ouvir
as pessoas até citarem isso hoje em dia. Mas os desenhos e as observações dele são evidências claras de que seres vivos
compartilham um ancestral comum, vêm de origem similares, de que se tornaram mais e mais diferentes
com o passar do tempo, através do processo da seleção natural. Pois bem, tudo o que falamos até agora foi macroestrutura, coisas que podemos observar, certo? A próxima coisa que vamos ver são microestruturas
ou processos, a microbiologia. Quanto mais compreendemos a microbiologia, mais nos certificamos de que é um caso convincente da evolução, porque olha só, todas as formas de vida
que conhecemos envolvem o DNA. A forma como o DNA é replicado, traduzido e transcrito é muito similar de uma forma de vida para outra. A ideia do DNA sendo codificado para proteínas, que são feitas de aminoácidos, é uma coisa que vemos na Biologia, o que, novamente, nos mostra um ancestral em comum. Muitas das proteínas são bastante similares, mais similares do que se observarmos o nível macro,
ou o nível estrutural entre espécies diferentes. E essas formas de vida não só compartilham
dessas microestruturas e processos, mas a informação armazenada em coisas como o DNA, também são uma grande evidência da evolução. Essa imagem nos mostra o quanto de similaridade genética existe entre diferentes espécies, e esses números nos mostram o quanto
esse nível de similaridade genética é grande entre nós e chimpanzés, ratos, moscas da fruta, levedura e plantas. O fato de que 26% dos nossos genes
é similar ao de uma levedura é surpreendente, porque no nível macro não parece que temos muito em comum, mas no nível microbiológico, sim. Quanto ao chimpanzés, nós temos sim
muito em comum com eles, suas expressões faciais são, muitas vezes, incrivelmente humanas, o comportamento deles é,
muitas vezes, humano, e os genes mostram o quão próximos dos humanos eles realmente são. Na verdade, isso mostra que
até os ratos são bem próximos, se olharmos na árvore da vida
baseada em evidência genética, e até as moscas da fruta
estão bem próximas dos humanos, principalmente se nós fôssemos
compará-los a bactérias ou plantas. Tudo isso nos permite criar
uma árvore da vida bastante precisa, principalmente se pensarmos o quão longe no passado nós tivemos ancestrais evolutivos em comum. Muito bem, a última coisa de que vamos falar
é sobre evidência direta da evolução. No primeiro vídeo sobre evolução
já foi falado sobre isso, aliás. Enfim, nós vemos evidência direta o tempo todo,
em bactérias, por exemplo. Então, nós temos bactérias
crescendo aqui, vamos supor, e nós temos antibióticos que usamos
em nosso corpo para matar a bactéria. Mas, a razão pela qual muitos
cientistas e médicos dizem: "não usem antibióticos em excesso". É por quê? Porque quanto mais você faz uso deles, mais acontecerá uma seleção natural
para as bactérias que são resistentes a ele. Então, se você continuar a utilizar antibióticos
e as bactérias continuarem mudando, haverá mais e mais varição. Então, tudo bem, você vai tomar o antibiótico,
vai matar muitas bactérias, mas se apenas uma delas for resistente
ao antibiótico que você usar, então, toda a competição dela será morta, e essa superbactéria resistente à droga,
como nós chamamos, se reproduzirá loucamente, e aquele antibiótico
não terá efeito nenhum. Se observarmos a ciência e a medicina hoje,
é quase que uma corrida armamentista. Existe uma constante necessidade
de criar novos antibióticos, porque mais e mais bactérias
estão ficando resistentes às drogas, estão se tornando a superbactéria de que nós falamos, que são resistentes aos antibióticos que nós temos. Isso é a evolução, a seleção natural,
ocorrendo em uma escala humana. Poderíamos também pensar no vírus da gripe. Todo ano precisamos tomar uma nova vacina
para a gripe, porque o vírus está mudando. A habilidade do seu sistema imunológico
para reconhecê-lo não consegue reconhecer o do ano seguinte,
de tanto que ele mudou.