If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Reprodução assexuada e sexuada II

Esta videoaula é uma continuação da anterior e comparamos os processos de reprodução assexuada e sexuada nos animais e vegetais.

Quer participar da conversa?

Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA - Olá, meu amigo ou minha amiga! Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo(a) à segunda parte da aula sobre reprodução. E, nesta aula, nós vamos conversar um pouco sobre os diferentes tipos de reprodução assexuada. Em relação à reprodução assexuada, nós podemos ter quatro tipos diferentes: a bipartição, o brotamento, a regeneração e a esporulação. A bipartição, que é um termo equivalente a "cissiparidade", ou simplesmente divisão binária, é um processo de reprodução assexuada em que o indivíduo se divide em dois outros indivíduos sensivelmente iguais. O progenitor, no processo de bipartição, é destituído de sua individualidade e origina com isso dois indivíduos semelhantes. Para entender legal isso aqui, vamos fazer um desenho. Uma célula-mãe se divide em duas outras células aproximadamente iguais, que se desenvolvem até atingirem as dimensões da célula progenitora. Então, nós temos aqui a célula-mãe que vai se dividir em outras duas células, que são aproximadamente iguais, mas de tamanho menor; aí, elas vão se desenvolver até atingirem um tamanho muito próximo ao tamanho da célula-mãe. A bipartição é um processo simples de reprodução assexuada e frequentemente ocorre com seres unicelulares, ou seja, seres constituídos por uma única célula. Um exemplo desse tipo de ser é a paramécia. A paramécia é um protozoário e micro-organismo unicelular que apresenta membrana celular coberta por cílios. Os cílios móveis permitem o seu movimento e deslocação pelo meio. Eu sei que essa aula não é bem sobre isso, mas vale a pena a gente comentar aqui. A paramécia possui uma cavidade por onde os alimentos são ingeridos até chegarem ao citoplasma. Bem, a gente não vai falar tudo aqui sobre a paramécia, afinal de contas não é o assunto dessa aula, mas é legal conhecer esse ser que realiza o processo de reprodução por bipartição. Agora, que já falamos sobre a bipartição, vamos falar sobre o brotamento. No brotamento, como o nome sugere, há o surgimento de brotos na superfície do organismo. Esses brotos vão dar origem a um novo indivíduo, que poderá crescer sobre o organismo que o originou, formando uma espécie de colônia; ou ser liberado no ambiente. Esse tipo de reprodução é comum em várias espécies de plantas, ocorrendo com mais frequência nas angiospermas; e também em algumas espécies de animais, principalmente os do grupo dos cnidários e poríferos. A hidra é um exemplo de cnidário que se reproduz por brotamento. Nesse caso, é observada a formação de uma massa de células que se dividem por mitose no corpo do animal. Essas células produzem uma pequena hidra que se separa do pai. Os corais pétreos são outros exemplos de seres que realizam esse tipo de reprodução assexuada. Nesses organismos, os brotos são formados, porém permanecem aderidos aos pais. Isso leva à formação de uma colônia, a qual pode ser constituída por milhares de indivíduos conectados. Bem, e a regeneração? A regeneração, ou fragmentação, ocorre quando um novo indivíduo é formado por fragmentação a partir de um pedaço que se desprendeu acidentalmente do corpo de um indivíduo adulto. Como o próprio nome já diz, se um ou mais pedaços do progenitor for desmembrado, esse pedaço será capaz de crescer e se desenvolver até se tornar um ser completo. Esse processo é realizado pelas esponjas; também por alguns platelmintos, como as planárias; e também por alguns equinodermos, como a estrela-do-mar. Ah, um detalhe muito interessante é que as estrelas-do-mar nunca envelhecem; elas só morrem devido a doenças. Todas têm um extraordinário poder de regeneração, podendo substituir partes do corpo que foram perdidas ou danificadas. As estrelas-do-mar regeneram porções do disco e braços perdidos desde que um pedaço do disco central esteja presente. Infelizmente, um braço isolado não tem essa capacidade e acaba morrendo; com exceção das espécies do gênero linckia, que podem regenerar um indivíduo completo a partir de um único braço. Isso é incrível, não é? Por último, nós temos a reprodução por esporulação, que é uma reprodução que ocorre por meio de esporos: células especializadas que são liberadas e, quando as condições ambientais são favoráveis, um novo indivíduo vai se desenvolver. Esse processo biológico é muito comum entre fungos e diversas espécies de vegetais. O esporo é uma das células reprodutoras produzidas pelas plantas, podendo permanecer inativa durante o período de tempo necessário até que ocorra o surgimento de condições climáticas propícias à sua germinação e desenvolvimento. Devido a isso, esse processo exige tempo e uma grande quantidade de energia para sua realização, sendo algo completamente irreversível depois de terminado. Devido às dificuldades inerentes ao processo de esporulação, é essencial que os indivíduos estejam ligados ao ambiente que os cerca, de forma a prever se as condições são as ideais e se o momento é o mais indicado para a realização deste processo. Se as condições não foram as ideais, a célula pode morrer. Por se tratar de um processo que pode causar a morte do indivíduo, a ativação da esporulação só ocorre após a célula passar por várias etapas, de forma a perceber se está realmente preparada para desenvolver o processo. Essas etapas têm como objetivo impedir a iniciação da esporulação se o indivíduo não se encontrar em ótimas condições para a sua realização, uma vez que se trata de um processo irreversível. Os fatores que levam à esporulação são muito variados, e dependem muito do tipo de organismos e da espécie que vai realizar a esporulação. Um detalhe interessante é que a esporulação pode ser recriada em laboratório, mediante o uso de um meio de crescimento adequado. Depois de falar sobre todos esses processos, não podemos deixar de falar aqui também sobre a partenogênese e a pedogênese. A partenogênese é um tipo de reprodução assexuada de animais em que o embrião se desenvolve de um óvulo sem a ocorrência da fecundação. Alguns tipos de vermes, de insetos e uns poucos animais vertebrados, como certas espécies de peixes, de anfíbios e de répteis, se reproduzem por partenogênese. Já a pedogênese é uma partenogênese que ocorre em indivíduos que ainda se encontram na fase de larva, e com isso produzem outras larvas. Um exemplo típico é o esquistossomo, que realiza pedogênese no interior do caramujo. É interessante perceber que as larvas desse parasita, em um certo estágio do ciclo, produzem óvulos que, sem serem fecundados, originam larvas em um estágio seguinte. Esse processo consiste em uma adaptação à vida parasitária, uma vez que encurta o ciclo reprodutivo, contribuindo assim para o aumento populacional da espécie. Bem, agora que já conversamos sobre os diversos tipos de reprodução assexuada, vamos pausar essa aula novamente, e, aí, no próximo vídeo, nós vamos conversar sobre a reprodução sexuada. Então, eu quero deixar aqui para você um grande abraço e até a próxima parte dessa aula!