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O que é um hotspot de biodiversidade?

Os hotspots de biodiversidade, áreas únicas na Terra com um elevado número de espécies endêmicas e uma perda significativa de habitat, são cruciais para os esforços de conservação. Esses pontos críticos, que representam menos de três por cento da superfície terrestre da Terra, servem como uma ferramenta científica para medir o impacto humano na biodiversidade e orientar a alocação de recursos para os esforços de proteção. Versão original criada por Academia de Ciências da Califórnia.

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Transcrição de vídeo

RKA12C Vamos falar sobre algo chamado de hotspot de biodiversidade. Como sabemos, quais os locais na Terra merecem atenção especial ou quais devem ter foco para a preservação, garantindo para as futuras gerações? É óbvio que a Terra está com problemas e que não podemos salvar todo o planeta de uma vez. Precisamos de foco! Não conseguiremos triar todo o planeta, temos limitações de tempo e recursos. Estamos correndo contra o relógio e ficando sem tempo para proteger muitos desses lugares. Quais critérios utilizamos para saber o que são hotspots e quais precisam dessa atenção especial? Se voltarmos ao ano de 1988, veremos um cientista chamado Norman Myers. Ele escreveu um artigo científico muito importante analisando diferentes tipos de critérios geológicos, climáticos e singulares para propor um conceito único de hotspot. Cientistas dessa área decidiram que há dois critérios realmente importantes para garantir a conservação em nível internacional de um hotspot de biodiversidade. Um critério é ter ao menos 1.500 espécies endêmicas de plantas, vamos falar de endemismo daqui a pouco. Também tem uma característica adicional que torna a área única e justifica merecer nossa atenção especial, que é ter ao menos 70% do habitat original perdido, ressaltando a necessidade de chamar essa localidade de hotspot. Agora, por que plantas? Porque plantas, particularmente em ambientes terrestres, são cruciais. Animais vão onde as plantas estão. Plantas são produtores primários, sendo a base das redes da vida, atraindo a vida e sendo vida. Mas, agora, vamos voltar à ideia de endemismo. Uma espécie endêmica pode ser encontrada em uma área e em nenhum outro lugar na Terra. Em outras palavras, endemismo é uma forma de medir o quão única e insubstituível é uma determinada coisa. Um exemplo de endemismo é a tartaruga. Pessoas adoram tartarugas! Se pensarmos nas ilhas Galápagos, por exemplo, a maioria de suas ilhas têm espécies de tartarugas que vivem lá e em nenhum outro lugar. Então, se algo acontece com essas tartarugas e elas desaparecem, nós não vamos encontrá-las em nenhum outro lugar. Elas são insubstituíveis! Atualmente, a conservação internacional reconhece 34 hotspots de biodiversidade no planeta. O interessante é que menos de 3% da superfície do planeta é representada por esses hotspots, então, estamos falando de áreas muito, muito especiais. Há outra forma de se olhar para essas áreas sem chamá-las de hotspots se lembrarmos de alguns conceitos que nos ajudem a pensar nas unidades geográficas, grandes proporções de terra ou de água que possuem características próprias, espécies únicas ou condições ambientais que os distinguem e os tornam merecedores de nossa atenção especial. É importante entender que o conceito de hotspot é muito mais do que uma ferramenta para a conservação das espécies. Ele é, na verdade, uma poderosa ferramenta científica, porque hotspots são como a medida de pressão do planeta Terra. Você pode voltar no tempo e medir as consequências das ações humanas em diferentes lugares ou as mudanças ambientais de várias formas e usar a ciência para medir a pressão dessas ações na biodiversidade. De certa forma, hotspots são quase como avatares, ou seja, são representativos de outras áreas do planeta que podem não se enquadrar nesse critério de ter pelo menos 1.500 espécies endêmicas de plantas ou ter ao menos 70% do seu território original destruído. Mas são ainda, obviamente, áreas críticas e importantes para vários organismos viverem. Você precisa pensar em hotspots como áreas do planeta que conectam uma rede, não simplesmente como locais isolados que têm espécies conservadas, mas como áreas do planeta que ajudam na conservação da biodiversidade de outros hotspots e do planeta como um todo. Várias organizações de conservação, agências governamentais e pessoas preocupadas, como nós, podem ajudar na seleção de lugares que receberão recursos e nossa atenção especial. Acima de tudo, temos que pensar no princípio fundamental de que buscamos preservar o máximo de espécies que podemos, especialmente aquelas que estão mais ameaçadas, é isso que esse conceito de hotspot está tentando fazer! Queremos aumentar a nossa habilidade de proteger a riqueza de espécies e, assim, podemos melhorar a estabilidade e capacidade de resiliência dos ecossistemas. Então, para mim, hotspots carregam aquele sinal especial e realmente merecem esforços extras que vêm sendo desenvolvidos nas últimas décadas com bons e sólidos conhecimentos científicos que nos ajudam não só a defini-los, mas também a monitorá-los e mantê-los saudáveis. Assim, conseguimos atrair pessoas para avançar e promover a proteção da vida na Terra.