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Porque a biodiversidade é distribuída desigualmente

Fatores que influenciam a distribuição global da biodiversidade. Vídeo de California Academy of Sciences. Versão original criada por Academia de Ciências da Califórnia.

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Transcrição de vídeo

RKA - Vamos falar de alguns fatores que contribuem para distribuições desiguais de vida na Terra. Porque os organismos possuem diferentes alcances e distribuições. Primeiro, vamos imaginar do planeta sem os seres humanos. Quais fatores iriam governá-lo? Onde você encontraria diferentes tipos de vida, sem a nossa influência? A vida ao redor do mundo ainda exibiria distribuição distinta, variações distintas e diferentes intervalos de sobreposição. Os intervalos de algumas espécies são grandes. Algumas são pequenas. Mas a chave aqui são as distribuições. Na verdade, existem alguns lugares na Terra que possuem o maior número de sobreposição de distribuições do que em outros lugares. Isso ocorre porque cada espécie tem o seu lugar preferido para sobreviver. E, às vezes, as preferências se sobrepõe mais em alguns lugares do que em outros. Agora, não significa que as espécies estão pensando sobre isso, dizendo, por exemplo, que o Havaí nessa época do ano, é um lugar bom para se estar. Mas isso significa dizer que cada espécie possui um conjunto de condições, nessa faixa, que o permite alimentar, reproduzir e fazer coisas que os membros de uma determinada espécie precisam fazer para sobreviver. No seu habitat, preferência são determinadas por três fatores principais: fatores físicos, fatores bióticos e fatores evolutivos. Vamos dar uma olhada em cada um desses fatores. Fatores físicos ou ambientais são coisas como a geografia do lugar, se a água é doce, se a água é salgada. se os organismos preferem viver no ar ou na água, se os organismos não preferem viver em montanhas desertas, terras planas, ou em cavernas. Fatores físicos incluem coisas também, como: a temperatura do clima e chuvas, que são duas das coisas que impulsionam a distribuição de organismos. Elas podem governar onde determinadas formas de vida podem viver. Se olharmos mais de perto a temperatura, vemos que não é só dizer se está quente ou frio o tempo todo, ou se está perto do equador. Mas diz respeito também às variações de temperatura ao longo do dia. Pode ser muito frio à noite, ou muito quente durante o dia. Ou pode variar por estações. À medida que você sobe montanhas, fica mais frio. Organismos que preferem diferentes regimes de temperatura, possuem adaptações específicas para esse regime. Outra coisa que podemos dizer, é que fatores físicos que podem ser obstáculos reais, ao movimento de organismos. Eles podem restringir fisicamente os organismos a um espaço em particular. Mesmos os rios podem ser barreiras em ambientes terrestres. Alguns organismos não podem cruzá-los. Podem existir barreiras de água doce no oceano. O rio Mississipi faz barreira para diferentes espécies oceânicas, que gostam da água salgada. São separados no lado leste e oeste por esse rio perigosamente fresco. Pelo menos perigoso para esses animais marinhos. De qualquer uma dessas maneiras, ou mesmo por ilhas, eles podem ser isolados pela água em torno deles. Uma tartaruga que vive em Galápagos, por exemplo, não seria capaz de voltar para a América do Sul. Ou alguma outra massa terrestre sem atravessar o oceano. As tartarugas até flutuam no oceano. Mas ninguém diria que são seu modo de vida preferido. Assim, o oceano é uma barreira para muitos organismos terrestres. Vamos falar aqui sobre biogeografia de ilhas que muitos cientistas gostam de estudar. Isto porque ilhas são como laboratórios para estudar a evolução Poderíamos estudar, por exemplo, como as barreiras alteram as propriedades, as variações e as distribuições de diferentes organismos que se restringem às ilhas. O oceano, ou mesmo grandes lagos, são boas barreiras para a dispersão. Vamos falar agora, muito brevemente, sobre como fatores bióticos, fatores vivos que podem influenciar a distribuição dos organismos. Aqui está um exemplo. Existem lugares no oceano que são essencialmente desertos. Onde há baixa produtividade, baixa biomassa e baixa diversidade. Sem riquezas de espécies ou grandes populações de plâncton. Baleias aqui passa um mau bocado. Igualmente na terra, nenhuma grama, nenhum antílope. Esses são exemplos, de como determinados tipos de vida podem ditar a preferência de outros tipos de vida, em um determinado ambiente. Outro grande exemplo, voltando às baleias. É que eu amo sobre como algumas pessoas pensam que as baleias andam elegantemente em altas velocidades no oceano. Mas quando você olha próximo, na extremidade dianteira de uma baleia, há todo um pequeno ecossistema vivendo lá de cracas. Para esses seres vivos, você pode imaginar que as baleias são grandes. São grandes também para os crustáceos, que vivem como piolhos entre as cracas. E em toda a baleia. Mas as baleias parecem lidar de forma tranquila com isso. A baleia anfitriã é o habitat preferido para esses parasitas. O alcance dos crustáceos vai depender da gama de ofertas do hospedeiro. O fator final na distribuição desigual de vida é evolução. O curso da evolução não é uma escada. Não é uma linha de mudança. A vida evolui como um arbusto bifurcando em uma sequência de galhos. Por meio desses galhos, que a vida está constantemente diversificando. Com isso, você pode notar, o quanto é complicado para uma forma de vida depender de outra forma de vida. E o fato de que fatores físicos podem governar esse processo. Nós estamos vivendo de outras possibilidades de vida. Outro elemento de mudança, que se alimenta na complicada sequência de ramificação, que levam à diversidade e à localização da vida na terra, pode ser as tartarugas de Galápagos. Se voltarmos a Galápagos novamente, nossas tartarugas flutuaram para Galápagos. Foram apresentadas a um habitat um pouco diferente do habitat desfrutado no continente sul-americano. Como Rolling Stones diz, você não pode sempre obter tudo o que quer. Mas as tartarugas descobriram que o que havia ali era o suficiente. As tartarugas não estavam mais no seu habitat preferido. Mas algumas estavam aptas às novas circunstâncias para sobreviver e reproduzir. E assim, a população evoluiu pelo acaso, quando chegou nesse novo habitat. Em seguida, ficou adaptado para sua nova casa, que acabou se tornando seu habitat preferido. Ok. Então nós olhamos alguns fatores naturais, que contribuem para os padrões de vida no planeta. Agora, vamos colocar de volta os seres humanos na equação. Não podemos ignorar o assunto. Isto, porque nós, seres humanos, somos claramente uma parte integrante do nosso ambiente. Querendo ou não querendo as atividades dos seres humanos podem restringir a uma espécie local. Em outros casos, pode aumentar o alcance de uma espécie. Nós exploramos os organismos e os usamos para o nosso próprio fim. Quando a agricultura foi inventada, por exemplo, selecionamos plantas específicas para expandir a nossa capacidade de obter comida. Começamos a criar animais para o nosso próprio uso também. E como os seres humanos se mudaram de um lugar para outro, nós trouxemos esses organismos conosco também. E esses organismos aumentaram o seu alcance. Seus estuários foram alargados, sendo apresentados a novos ambientes. A baía de São Francisco é um dos estuários mais invadidos do planeta em termos de introduzir novas espécies. Você está vendo que diferentes organismos foram introduzidos, acidentalmente, pela atividade humana. Principalmente, pela circulação de navios, que transportavam esses organismos das docas para os nossos portos. Agora, esses organismos estão em um ambiente que podem viver e proliferar. Algumas vezes, uma espécie pode dominar completamente um habitat, que nos leva à questão da enorme biomassa, mas baixa riqueza de espécies, que amamos cultivar. O que nós gostamos de fazer com a nossa cultura de vegetais é ter certeza que é uma espécie cresce naqueles muitos milhares e milhares de acres. Ou hectares, para ser provocativo. Eu costumo dizer que a maior mudança a ser perpetrada no continente norte-americano é o milho. Isto porque o milho é cultivado em uma monocultura. Nada que possa comer, ou competir com o milho, é permitido crescer nessas monoculturas. Assim, a riqueza de espécies, dos milhões de acres de campos de milho através dos Estados Unidos, é extremamente baixo. Tão baixo quanto você pode obter. Com certeza, há uma alta biomassa. Mas antes de plantar tudo que é milho, havia uma maior riqueza de espécies. Aquelas pradarias eram muito biodiversas. Agora, a riqueza é preservada em alguns pequenos bolsões. Aqui e ali. Mas, obviamente, você pode ver que a biomassa das populações selvagens é bem menor, assim como o seu alcance. Os seres humanos podem fazer outras coisas em termos de diminuir o número de organismos. Simplesmente, aumentando o seu próprio alcance. Seres humanos podem reduzir o alcance de outros organismos construindo estradas e rodovias, que funcionam como barreiras aos movimentos naturais dos organismos. Nós estamos mudando, também, o curso de água de certos rios. Podemos mudar habitats inteiros construindo um lago no lugar onde existia um rio, diminuindo o número de espécies e o tamanho da população desses organismos. Que costumavam viver nesses rios. Mudanças promovidas pela atividade humana, podem ser mais significativas do que os fatores naturais, ou a mudança evolutiva. Fazemos isso por acidente, ou fazemos de propósito. Mas não podemos negar, o quão enorme é o impacto que produzimos, na maneira como a diversidade é distribuída na Terra.