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Exemplo de uma via de transdução de sinal

Ilustrando a complexidade de transdução de sinal com uma via MAPK. Como mutações na via estão ligadas ao câncer.

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Transcrição de vídeo

RKA3G Nos vídeos anteriores falamos sobre sinalização celular e ideia de que se temos uma célula, ela deve ter algum tipo de receptor em sua membrana. E esse receptor é específico para sinalizadores. E este sinalizador funciona em um mecanismo tipo chave e fechadura. Este sinalizador, ao ligar-se ao receptor, vai, então, transmitir um sinal para o interior da célula e desencadear uma cascata de eventos. Este mecanismo é chamado de transdução do sinal. Agora, você pode estar pensando: "Como um sinal pode entrar na célula? Como ele pode desencadear toda uma série de eventos?" E é o que eu quero fazer neste vídeo. Claro, sem entrar em todos os detalhes. Eu vou te dar uma ideia de como a transdução pode acontecer. E isso pode acontecer em cada uma das células individuais dos sistemas complexos, incluindo você e eu. Vemos esse caminho aqui e você pode ver que há um grupo de vias funcionando em paralelo e as vias interconectadas. Isto aqui é chamado de diagrama clássico da MAP quinase. Agora, você pode estar se perguntando: "O que quer dizer MAP?" MAP vem do inglês Mitogen Activated Protein Kinases, ou proteínas quinases ativadas por mitógenos. Agora, você deve estar pensando: "O que mitógeno quer dizer?" Mitógenos são substâncias que ativam o processo de replicação celular. A célula, então, entra em mitose. Esse mecanismo é, na verdade, bastante complexo, mas eu quero te dar uma pequena ideia dele. Então, uma proteína quinase está envolvida em muitos mecanismos biológicos. E o que são as proteínas quinases? Proteínas quinases são enzimas que catalisam a fosforilação através da transferência de um grupo fosfato, de um ATP ou de um GTP, para moléculas específicas. E, dessa forma, elas atuam como um mecanismo eficiente para o controle da atividade das proteínas. Agora, como eu disse, não vou entrar em todos os detalhes. Então, o que você tem bem aqui? Aqui temos o fator de crescimento epidérmico, o EGF, que vem do inglês Epidermal Growth Factor. É importante ressaltar que em 1986, a descoberta desse fator por Stanley Cohen e Rita Levi Montalcini rendeu a eles o prêmio Nobel de medicina. Então, esse sinalizador do fator de crescimento epidérmico se liga ao seu receptor específico, o receptor do fator de crescimento epidérmico, que é parte de uma molécula mais complexa aqui. Ao se ligar ao seu receptor, ele leva à fosforilação dessas proteínas e à ativação da "Ras". Ras vem do inglês Rat Sarcoma, ou sarcoma do rato. E ela recebeu esse nome porque os pesquisadores viram que ratos que apresentavam sarcomas, ou seja, cânceres, tinham mutações nos genes que codificam a Ras. E a Ras faz parte deste mecanismo que leva a célula a entrar em proliferação e diferenciação. E o que acontecia nestes ratos? Eles tinham este sistema superativado, produzindo, então, células sem parar, que é justamente o que acontece no câncer. Então, esta via é muito importante no desenvolvimento do câncer, você vê bem aqui a via dela. Ela foi descrita, originalmente, como ERK e hoje ela é chamada de ERK MAP. Mais uma vez, a ideia deste vídeo não é entrar em todos os detalhes do percurso da MAP quinase, mas de mostrar que, se você tem uma cascata de eventos que acontece a partir do momento em que uma substância se conecta ao seu receptor, há uma fosforilação aqui e toda uma cascata acontece, levando à divisão celular. E isso precisa acontecer em, praticamente, todas as células do nosso corpo. Mas se há uma mutação em algum lugar, como o que eu disse, aqui na Ras, isso pode levar ao desenvolvimento de uma célula cancerosa. Eu espero ter dado a vocês uma noção de como ocorre a transdução dos sinais nas células.