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Introdução ao Sistema Endócrino

A endocrinologia concentra-se nos hormônios, os mensageiros químicos do corpo. Esses hormônios se originam em uma parte do corpo e viajam para outra para estimular a atividade. Eles se comunicam através de vários métodos, desde contato direto até sinalização de longa distância. Glândulas cruciais como hipófise, tireoide e pâncreas desempenham papéis significativos nesse processo, regulando aspectos como metabolismo e crescimento. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA14C Alô, alô moçada! Tudo bem com vocês? Nosso tópico de hoje é sobre a endocrinologia, que é o estudo dos hormônios. A palavra "hormônio" é derivada do grego e significa "despertar a atividade". Os hormônios são mensageiros químicos que são feitos em um certo lugar do corpo e vão até outra parte do corpo. Então, como sugerido pelo nome, despertam a atividade e determinam uma função para outro órgão. Portanto, os hormônios são um tipo de sinalização, uma maneira entre uma parte e outra do organismo se comunicarem, e são comunicadores muito sofisticados. Outra maneira de pensar sobre isso é que o seu corpo consegue se comunicar diretamente. Por exemplo: nervos inervam os músculos... Quando você quer contrair seu músculo, você recebe um sinal do seu cérebro que vai pelo nervo diretamente conectado ao músculo, fazendo com que haja contração, certo? Pense que os hormônios são mais como uma rede wi-fi do corpo humano. Eles são sem fio. São produzidos em um lugar, chegam à corrente sanguínea, que é como se fosse as ondas de sinal, e os hormônios exercem sua função em outra parte do corpo, à distância, sem direta e mecanicamente conectar uma parte do corpo com a outra. Os hormônios podem ser constituídos de proteínas ou outros componentes químicos. Podem ser pequenos como os aminoácidos, pesando de 300 a 500 daltons, ou até bem grandes, com centenas e centenas de aminoácidos em sequência. Os hormônios podem ser classificados de três maneiras: de ação endócrina, ação parácrina e ação autócrina. Os hormônios endócrinos são aqueles que ganham a circulação sanguínea e vão exercer sua função em um lugar distante. Logo nós veremos exemplos. Hormônios parácrinos, por sua vez, têm uma ação mais regional. Portanto, eles podem ser produzidos, por exemplo, em uma parte do organismo e agir a uma pequena distância desse local. Os hormônios autócrinos são feitos diretamente em uma certa célula, e agem dentro da mesma célula, ou em uma célula vizinha, no máximo, a uma distância muito pequena. Os hormônios endócrinos são liberados e, bem longe no organismo, eles são ligados a um receptor. Os hormônios endócrinos, quando liberados, ganham a corrente sanguínea e vão percorrer bem longe no organismo até encontrar o seu receptor. Os parácrinos têm uma ação local, ganham a circulação sanguínea, mas a concentração dos receptores está muito próxima do local em que esse hormônio foi produzido. Então, os hormônios parácrinos tendem a ter uma ação mais regional devido à alta concentração de receptores, que está muito próxima do local de síntese desse hormônio. O mesmo acontece com os hormônios autócrinos. Eles são produzidos, e há uma grande concentração de receptores dentro da própria célula que produziu o hormônio. Todos os hormônios são estudados pela endocrinologia, uma área médica. Neste diagrama aqui, você pode ver alguns dos principais órgãos endócrinos, em que vamos focar mais tarde, em outras aulas. Na cabeça, na base do cérebro, há esta estrutura laranja, que seria a glândula pituitária. A pituitária é chamada de glândula mestra porque é nela que são produzidos os hormônios que agem nos outros órgãos como, por exemplo, o TSH ou o hormônio estimulador da tireoide. Depois que esse hormônio deixa a pituitária, ele ganha a circulação e vai agir lá na tireoide, onde há muitos receptores para TSH na superfície das células da tireoide. O TSH estimula a tireoide a fazer hormônios da tireoide, como a tirotricina (T4) e a triiodotironina (T3). Esses dois são os principais hormônios circulantes da tireoide. O que esses hormônios fazem? Eles regulam o metabolismo, o apetite, a termogênese, a função muscular... Enfim, eles têm uma grande atividade em várias partes do corpo. Inclusive, esse hormônio é capaz de aumentar ou diminuir o metabolismo de todo o seu organismo. Então, alguém com hipertiroidismo vai ter um metabolismo muito alto. Você deve conhecer a imagem clássica de alguém com taquicardia, metabolismo acelerado, perda de peso... Isso seria alguém com muito hormônio da tireoide. Você pode imaginar o contrário para alguém com deficiência de hormônio da tireoide, o hipotiroidismo. Portanto, é vital manter exatamente a quantidade certa desses hormônios, mas a regulação final se dá pela glândula pituitária. Ela realiza esse controle por um mecanismo conhecido como feedback negativo, que é semelhante a um termostato. Ela percebe o nível de hormônio da tireoide no sangue, e, quando a quantidade está correta, ela vai diminuir, porque não tem por que fazer mais se está tudo certo. Se os níveis estão baixos, ela vai estimular a produção de TSH para que a tireoide faça mais hormônios. Além de produzir a TSH, a pituitária também faz um hormônio chamado de ACTH, o hormônio adrenocorticotrófico, que age no córtex da adrenal, ou seja, nas camadas mais externas de tecido dessa glândula. Mesmo que a glândula adrenal esteja acima dos rins, ela não influencia no funcionamento renal, tudo bem? Por estar logo acima dos rins, o nome adrenal remete ao fato de estar adjacente ao rim, mas ela não filtra o sangue ou exerce qualquer outra função nos rins, tudo bem? As adrenais produzem seus hormônios, como o cortisol, que regula o metabolismo da glicose e mantém a pressão sanguínea e o bem-estar. Também produzem mineralocorticóides, como a aldosterona, que é muito importante na regulação do balanço de sal e água. Você também tem os andrógenos na adrenal, que têm certa importância. Esses três hormônios são os principais hormônios produzidos pelo córtex da adrenal. A pituitária também produz o hormônio luteinizante e o hormônio folículo estimulante, que são abreviados em LH e FSH. Esses hormônios agem nas gônadas, portanto, nos homens, agem nos testículos estimulando o desenvolvimento dos espermatozoides, e, nas mulheres, agem nos ovários estimulando os ovócitos. Estimulam também a produção nas gônadas de esteroides, principalmente a testosterona no homem, e o estradiol nas mulheres. Bom, há outros dois hormônios que são derivados da parte anterior da pituitária. O hormônio do crescimento, que é abreviado em GH, indispensável para o crescimento adequado, por exemplo, dos ossos longos do nosso corpo... Nossa pituitária realmente faz muita coisa, não é mesmo? E também temos a prolactina, LTH, um hormônio feminino muito importante na lactação, permitindo que a mulher esteja apta a amamentar logo após o parto. Vamos agora para outra região: o pâncreas, que é esta estrutura que estamos vendo aqui. Dentro do pâncreas, há ilhas de células chamadas de ilhotas de Langerhans. Essas ilhas, com o pâncreas, produzem hormônios endócrinos, como a insulina e o glucagon. A insulina é vital, sem ela você teria diabetes, pois atua retirando a glicose do sangue e transportando para um músculo. É a falta de insulina que pode gerar sintomas de diabetes, sobre os quais conversaremos depois. Percebeu que tanto as adrenais quanto o pâncreas estão bem próximos aos vasos sanguíneos? Isso porque sua atuação depende necessariamente de um fluxo sanguíneo, ganhando a circulação muito rapidamente. Mas vamos conversar mais sobre isso depois. Bom, por hoje é só. Bons estudos e até a próxima aula!