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Estratégias de história de vida e fecundidade

Como os organismos usam diferentes estratégias de histórias de vida para maximizar a aptidão? Saiba mais sobre as maneiras que diferentes espécies alocam energia e outros recursos entre crescimento, manutenção/sobrevivência e reprodução.

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Transcrição de vídeo

RKA - O assunto que iremos tratar neste vídeo, é um dos assuntos mais fascinante na biologia. Que é a variação que nós podemos ver de espécie para espécie na história de vida, expectativa de vida e taxa de reprodução. Por exemplo, nós temos aqui três diferentes espécies. À esquerda temos o elefante africano. E os elefantes africanos, como vocês podem saber, vivem um longo tempo. Especialmente se for na natureza. Eles vivem muitas décadas, cerca de 40, 50, 60 anos. E a sua história de vida é semelhante a dos humanos em alguns aspectos. Nos dez primeiros anos de suas vidas, os elefantes são muito dependentes de seus pais. Depois disso, eles entram em um tipo de adolescência, que é muito parecida com a dos humanos. Onde, em teoria, eles podem se reproduzir, mas eles não costumam fazer isso. E eles continuam dependente de seus pais de alguma forma. Logo depois, eles mudam para uma fase em que eles se reproduzem. E uma fêmea de elefante, ela vai se reproduzir cerca de uma vez a cada dois ou quatro anos. O período de gestação de uma fêmea elefante, ou seja, a quantidade de tempo que um bebê elefante vai ficar dentro do útero da mãe é cerca de 22 meses. O que parece bem longo para nós humanos, já que no nosso caso, o tempo de gestação é de nove meses. E é por conta disso, por conta desse longo período de gestação que as fêmeas elefante se reproduzem cerca de uma vez a cada dois ou quatro anos. Agora, um outro exemplo são os coelhos. À primeira vista, elefante e coelhos podem não parecer muito relacionados. Mas na verdade, eles são bastante parecidos se você pensar na árvore da vida. Ambos são mamíferos. E na verdade, todos os exemplos aqui nesse vídeo são de animais. Mas, o que eu estou falando aplica-se a todo o tipo de vida. Se aplica às bactérias, se aplica às árvores. Há uma enorme variação em fecundidade na taxa em que eles se reproduzem. E também é há uma grande variação em suas expectativas de vida. E tudo isso se aplica se nós estivermos falando sobre uma árvore, uma bactéria, um peixe ou um mamífero. Agora, nós vamos apenas mudar o exemplo de um mamífero para o outro. Falando no coelho, mesmo tendo uma pequena diferença entre espécies, em geral, eles vivem um número de anos que tem apenas um dígito, e diferente de um elefante nos primeiros 10, 15 ou 20 anos de suas vidas, eles não estarão em fase reprodutiva. Na verdade, um coelho entra na sua fase reprodutiva dentro de alguns meses. Aproximadamente quatro ou cinco meses após o nascimento. E uma vez que eles entram na fase reprodutiva, eles reproduzem muito. Eles têm uma alta fecundidade, uma taxa reprodutiva muito alta. Toda vez que uma coelho fêmea tem uma ninhada, ela pode ter muitos, muito bebês coelhos. Aproximadamente, de 1 a 14 bebês coelhos. e não apenas elas podem ter até 14 coelhos por ninhada, como elas podem ter uma ninhada cerca de uma vez por mês. Então, a cada mês, durante toda a sua vida, isso pode ser 3, 4, 5, 6 anos. Durante todo esse tempo, os coelhos se reproduzem. Vamos supor que uma fêmea tenha dez filhotes a cada ninhada, e ela pode ter uma ninhada uma vez por mês. E se ela produz 10 filhotes por mês, 12 meses em um ano, então são 120 filhotes por ano. Durante alguns anos. E se nós assumimos que metade desses filhotes vão ser fêmeas, e que essas fêmeas filhotes podem entrar rapidamente na fase reprodutiva, rapidamente essas fêmeas vão começar a se reproduzir a uma taxa similar. Em um nível individual, um coelho fêmea tem uma alta fecundidade. E o nível populacional também, um grupo de coelhos também tem uma fecundidade muito alta. E agora, a gente pode olhar para um outro exemplo, que é um pouco diferente, que é o caso do salmão. Há muitos tipos de salmão. Mas de uma forma geral, o ciclo de vida de um salmão é: eles nascem, e geralmente isso acontece rio acima, em algum local com pouca correnteza. E uma vez que o bebê salmão nasce, e eles podem nascer em grupos de centenas ou milhares, eles descem o rio em direção ao oceano. Onde eles passam muitos anos em fase de crescimento e vão se tornando cada vez maiores. Nessa fase, eles ainda não estão se reproduzindo. Quando o salmão está pronto para se reproduzir, ele vai fazer o caminho de volta. Nadando contra a correnteza, para voltar ao lugar onde ele nasceu, e então poder se reproduzir. E isso acontece tanto pra fêmeas quanto para machos, as fêmeas vão produzir os ovos, e os machos vão fertilizar esses ovos. E logo depois disso, eles morrem. Então o salmão ele tem um único evento reprodutivo. Eles se reproduzem, e logo em seguida eles morrem. E algumas pessoas ainda não compreendem, mas como isso pode acontecer? Apenas um evento reprodutivo e logo depois eles morrem? Na realidade, existe um termo técnico para espécies em que isso acontece. E o salmão não é única espécie que isso acontece. Essa característica é chamada de semelparidade. "Semel" vem do latim para uma vez. "Paridade", vem do latim para gerar. Então, semelparidade, é gerar uma vez. E você pode pensar: Ok, se isso é semelparidade, como nós chamaríamos, então, o caso do elefante ou do coelho que podem ter múltiplos eventos reprodutivos? Bom, isso é chamado de iteroparidade. Você já deve ter ouvido a palavra "iterar". "Iterar" significa repetir alguma coisa ou fazer uma coisa várias vezes. Então, "itero" significa repetir. Logo, iteroparidade, é gerar repetidamente. Então é isso que animais como elefantes e coelhos fazem. E o que é fascinante sobre tudo isso, e essa é uma questão que eu tenho me perguntado muito, é porque há tanta variação? Provavelmente é porque a seleção natural tem selecionado vários tipos de expectativa de vida. Diferentes taxas de reprodução e variação de fecundidade, em que algumas espécies apresentam iteroparidade, e outras apresentam semelparidade. E isso é apenas uma parte disso, e muitas pessoas estão estudando e tem boas hipóteses. Mas nós não sabemos com certeza o que ocorre de espécie para espécie. E espécie é uma estrutura que nós podemos realmente usar para pensar sobre isso. As espécies vêm tentando otimizar sua sobrevivência, e não apenas a do indivíduo. Elas estão tentando otimizar a sobrevivência, na verdade, da sua informação genética. E isso não é como se as espécies ou genes fossem ativados para tentar fazer isso. Não, a seleção natural está fazendo isso por elas. Então, nós vamos chamar essa caixa aqui de seleção natural. E então, o que você tem vindo disso são os genes mais aptos. E quando nós falamos sobre genes mais aptos, nós não estamos falando sobre genes que são melhores de alguma forma. Nós estamos apenas falando aqui, para aquele ambiente onde a espécie vive, os genes produzem os traços que são mais adequadas para a sobrevivência, e mais adequados para reprodução. Então, o que nós estamos colocando nessa caixa de seleção natural são coisas como: a disponibilidade de energia, de comida, que vamos chamar de energia livre. Podemos pensar também no ambiente predatório, e nas doenças. O indivíduo, ele tem que se preocupar em encontrar comida ou competir por comida, ele tem que se preocupar com predadores, e ele tem que se preocupar com doenças. E não é como se o indivíduo estivesse sentado pensando sobre isso. Não é como se o salmão pensasse: nossa, espero não pegar uma doença hoje. Mas eles podem se preocupar, por exemplo, com os ursos e com a possibilidade de serem predados. E esses são fatores que podem influenciar na seleção. E, pensando no ponto de vista da espécie, dos vários estilos de reprodução, como uma espécie decide o que fazer, dadas as restrições? Além disso, a taxa de reprodução, fecundidade e a idade de reprodução, de expectativa de vida são toda características que estão relacionadas de alguma maneira. A expectativa de vida, o crescimento, a reprodução. E as espécies passam também por desafios o tempo todo. O salmão, por exemplo, ele aplica toda a sua energia para o crescimento e sobrevivência. E de repente, quando entra na fase reprodutiva, ele aplica toda essa energia armazenada, para nadar contra a correnteza e poder se reproduzir. Mas logo depois disso, ele morre. E a seleção natural, está indiscutivelmente agindo aqui. Porque isso de alguma forma ajuda a espalhar o DNA do salmão. É possível que isso, de alguma forma, confira vantagem da prole do salmão Há também outros desafios, como o desgaste da reprodução, em relação ao sucesso reprodutivo. Uma fêmea de salmão pode botar centenas, milhares de ovos. Mas poucos desses filhotes irão realmente vingar, e chegar à idade adulta. A estimativa do salmão vermelho, é que apenas três ovos vinguem. Pode-se dizer então, que a fêmea tem um desgaste bem grande para a reprodução. Isso é diferente dos elefantes, que investem mais tempo cuidando de um único filhote, aumentando assim, a probabilidade de que esse filhote vá sobreviver. E ainda, há muitos outros tipos de desafio que as espécies enfrentam relacionados ao ciclo de vida, a expectativa de vida, e a taxa de reprodução.