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Papel dos fagócitos na imunidade inata ou inespecífica

O papel dos fagócitos em imunidade inata ou específica. Neutrófilos, macrófagos e células dendríticas. MHC II. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA3JV Todo o propósito do sistema imunológico é afastar as coisas suspeitas do seu corpo ou matá-las, caso elas entrem. Então, essas coisas suspeitas incluem proteínas que podem causar danos, vírus, bactérias, até parasitas eucariontes, e até mesmo fungos. Ou seja, todo tipo de coisa que fosse inserida no seu corpo que poderia causar alguma doença. Essas coisas são coletivamente chamadas de patógenos. Então, todo o propósito do sistema imunológico é, em uma primeira linha de defesa, afastar estes patógenos e, então, se eles estavam entrando no seu corpo, nosso sistema vai matar e eliminá-los para que a gente não fique doente e não morra. Eu já mencionei que existem dois tipos de linhas de defesa com as suas subclassificações. Sobre a primeira linha de defesa eu vou apenas pincelar, porque ela é apenas para afastar as coisas, manter todos estes patógenos fora. E há alguns óbvios. Existe a pele, a pele afasta os patógenos e, na verdade, mesmo os óleos da pele são um pouco mais ácidos, o que dificulta que alguns tipos de bactérias possam se desenvolver nesse tipo de ambiente. Existem as membranas mucosas e no muco há algumas substâncias químicas que talvez tornem um pouco mais difícil a sobrevida das bactérias. Existem, ainda, ambientes ácidos, como o ácido gástrico. Você não pode ver seu próprio estômago, mas ele é fundamental. Todo o aparelho digestivo, sobre qual vou fazer alguns vídeos brevemente, é realmente importante para nós. Você poderia modelar a maioria dos organismos vertebrados como uma rosquinha. Nosso aparelho digestivo é o interior da rosquinha, então, o ácido gástrico, que está no interior do estômago, é um ambiente muito difícil para a maioria desses patógenos sobreviverem. Esta é a nossa primeira linha de defesa, mas sabemos que ela não é boa o bastante e que às vezes estes patógenos podem entrar nos nossos corpos. E aí temos que começar a pensar na segunda linha de defesa. O que vamos fazer uma vez que eles já estão no nosso corpo? Deixe-me mudar de cor. Nós temos a segunda linha de defesa. E aqui, tanto na primeira quanto na segunda linha, eu estou falando sobre a imunidade inespecífica, e isso vai fazer bastante sentido quando começarmos a falar sobre imunidades específicas. Então, estas duas são inespecíficas. E quando eu digo inespecífica, você também pode chamá-las de inata, o que significa que elas geralmente apenas respondem a coisas que parecem ser ruins, elas não se lembram das coisas ruins que vieram antes, elas não respondem a um tipo específico de vírus ou um patógeno específico. As linhas de defesa respondem a cada tipo de vírus ou a cada tipo de bactéria, mas elas não dizem: "ah, isso é um vírus tipo A, B ou C ou essa é a bactéria tipo ABC". Elas apenas dizem: "isso é um vírus, deixe-me livrar dele! Eu não vou deixá-lo entrar! Esta é uma bactéria, deixe-me livrar dela! Não vou deixá-la entrar!". Ela não sabe com que tipo de bactéria está lidando, portanto, esta é a inespecífica ou sistema imunológico inato. A gente vai falar com mais detalhes sobre o sistema imunológico específico, porque como você imagina, é muito complicado ou interessante pensar como seu organismo se lembra de um vírus visto antes e que ele é capaz de responder melhor contra esse vírus ou contra uma bactéria ou proteína reconhecida numa segunda vez. Neste caso estamos lidando com a resposta inespecífica e a segunda linha da imunidade inespecífica. Existem duas, a primeira é uma resposta inflamatória e eu vou fazer um vídeo inteiro sobre este assunto, mas, em geral, todos já experimentamos respostas inflamatórias. Quando você vê o sangue fluindo para certa parte de uma área e você vê que há pus. Eu vou entrar mais detalhadamente sobre o que realmente é uma resposta inflamatória, mas essa é só uma ideia. E o que ela realmente está fazendo é trazer o sangue e as células que podem lutar contra a infecção que você tem. Ela está enviando ao local onde talvez você tenha um corte ou onde numerosas bactérias ou qualquer outro patógeno está. Então, a resposta inflamatória é, basicamente, trazer fluido e guerreiros para a luta. Eu vou fazer um vídeo inteiro sobre isso. Mas, o subproduto é a inflamação desta parte do seu tecido ou desta parte do seu corpo, onde uma grande quantidade de fluido e muitos subprodutos da batalha continuam. Nós vamos fazer um vídeo inteirinho sobre isso. Eu garanto, tá legal? Bom, enfim. E a outra segunda linha de defesa realmente é parte da resposta inflamatória, é a fagocitose ou os fagócitos. E o que eu quero fazer, para rever o restante deste vídeo, é falar um pouco mais detalhadamente sobre os fagócitos, porque é importante que se entenda o que os fagócitos fazem. Eles constroem uma barreira na entrada do sistema imunológico específico, o que na verdade vai ajudar a levar a discussão sobre a resposta inflamatória, além de que os fagócitos são, realmente, parte da resposta inflamatória. Os fagócitos apenas são uma classe de célula que pode digerir os patógenos. Na verdade, podem digerir outras coisas, mas falando sobre o sistema imunológico, estamos falando sobre patógenos. Digamos que esta célula aqui é um fagócito, ele tem algum tipo de núcleo, qualquer que seja. Eu não vou focar sobre o interior dos fagócitos, é uma célula eucarionte tradicional, mas o que eu quero fazer é observar o que acontece quando um fagócito encontrar uma partícula estranha ou uma bactéria estranha. Digamos que esta é uma bactéria estranha. O fagócito, conforme já dissemos, é inespecífico, ele faz o seguinte: ele tem receptores que respondem apenas às coisas que ele reconhece como ruins. Poderia pensar que são supersensores, talvez estes sejam supersensores para as bactérias aqui. As bactérias têm proteínas em suas superfícies que talvez se pareçam com uma coisa mais ou menos assim. Obviamente, eles não parecem exatamente como isso, eu só estou desenhando como uma espécie de "Y" e um triângulo, para você poder ver que eles se encaixam. Mas, uma vez que estes dois se conectam, deixe-me desenhar a situação. Deixe-me desenhar aqui. Esta é a bactéria, este é o patógeno. E é a mesma ideia com o vírus ou qualquer outro tipo de coisa. Veremos em vídeos futuros que estes patógenos podem ser marcados por outras moléculas, o que faz os fagócitos quererem atacá-los ainda mais. Uma vez que estão ligados, esta é a bactéria, o patógeno invasor, e agora ela está ligada. Ela acionou o receptor sobre este fagócito. Este fagócito vai começar a digerir, ele vai envolver o patógeno. E estes dois extremos vão, eventualmente, se encontrar. Uma vez que os dois se encontrem, o que é que vai acontecer? Deixe-me mudar de cor aqui, para fazer o núcleo e não confundir. Muito bem, todas aquelas bactérias vão ser completamente digeridas, todas as bactérias serão digeridas. As bactérias estão indo para o interior da célula. Na célula, uma vez que estes dois extremos se encontram e estas membranas se fundem, o patógeno estará na sua própria pequena bolha de membrana, ele está na sua pequena vesícula. Então, neste caso, o patógeno é uma bactéria, mas em termos de fagocitose, o processo é absolutamente idêntico na digestão das coisas. Se fosse um vírus ou algum tipo de outra proteína estranha ou qualquer tipo de molécula realmente estranha, mas às vezes mesmo com substâncias estranhas a fagocitose não ocorre. Pode ocorrer a morte de moléculas que não são estranhas, que só precisam ser limpas. Agora, vamos focar no sistema imunológico e nas coisas estranhas. Deixe-me desenhar aqui. Esta membrana irá se unir completamente e desviar este patógeno assim e, é claro, tinha seus receptores, e quem sabe eles ainda estejam lá. Vamos apenas desenhá-los lá, para que você observe que esta parte é esta parte. Uma vez que ele é totalmente digerido, essa coisa é chamada de fagossoma, que é apenas uma vesícula que contém essa partícula estranha da qual você quer se livrar. Em seguida, outros fluidos e vesículas que contém coisas que podem comer até este fagossoma, se aproximam. Eles se aproximam e essas vesículas chamam-se lisossomas. Elas contém espécies de oxigênio reativos. Se isso realmente entrar em contato com quase todos os compostos biológicos, será para fazer algum dano. Mas, uma vez que o patógeno está completamente fundido dentro da célula, esta pequena vesícula vai se fundir por aqui e despejar seu conteúdo nesse fagossoma, ou seja, nessa vesícula contendo o patógeno e, em seguida, destruí-lo, digeri-lo. Então, a primeira função é apenas retirar o patógeno do caminho e matá-lo. Em seguida, a segunda função, e eu só vou dar uma pincelada nisso, vamos ver mais detalhadamente em vídeos futuros, é romper. Então, agora a coisa está toda partida. Deixe-me desenhar aqui. Esta coisa é quebrada em suas proteínas constituintes e outras moléculas. Então, é isso que acontece. Em seguida, o que o fagócito faz? Ele, realmente, vai pegar algumas partes destas moléculas, algumas partes das proteínas e ele vai desobstruí-las. As proteínas são sequências de aminoácidos. Normalmente, quando as pessoas dizem proteínas estão falando sobre longas sequências de aminoácidos. Quando falam sobre curta sequência de aminoácidos ou sobre uma proteína que está muito partida, se referem a ela como uma cadeia de peptídeos. Uma cadeia de peptídeos é uma cadeia de aminoácidos mais curta. Assim, este cara vai pegar algumas cadeias de peptídeos especiais, alguns fragmentos especiais do invasor que ele acabou de matar e uni-los a algumas outras proteínas. Então, ele vai pegar um pequeno fragmento desta bactéria, vai uni-la a outras proteínas que são chamadas de "complexo maior de histocompatibilidade". Se estivermos falando sobre os fagócitos, este será um complexo maior de histocompatibilidade do tipo 2. Soa muito estranho, é uma palavra estranha, mas vamos observá-la bastante. É um nome esquisito, mas vamos escrever aqui. Complexo maior de histocompatibilidade. Mas, é claro que a gente costuma abreviar este nome para facilitar, desta forma (MHC). Esta é uma proteína e ela se liga com este peptídeo, que foi um pedaço quebrado ou digerido deste patógeno invasor e, em seguida, este fagócito vai apresentá-lo à sua membrana. Neste caso, esta combinação do complexo maior de histocompatibilidade vai ser uma proteína de MHC2. A gente fala sobre o tipo 1 no futuro. Enfim, ele vai pegar este complexo e apresentá-lo em sua superfície. Vai apresentar na sua superfície. E eu vou, mesmo com toda essa dificuldade, explicar este processo. Aí você diz: "já nos livramos da coisa e a matamos!" "Por que está preocupado sobre o que fazemos com os peptídeos?" Isso é crucial para o nosso sistema imune, porque vamos observar outras partes específicas do nosso sistema imunológico. Lembre-se, até agora tudo é inespecífico. Este cara apenas disse: "ah, são invasores!" Ele não sabe o tipo de invasor, ele apenas disse: "deixe-me unir a esta coisa e matá-la!" "É uma dessas coisas que eu sei que são estranhas para o meu organismo!" Então, ele a mata, mas ele pode deixá-la em sua superfície. E agora, as células específicas, as células que realmente tem memória e atacam coisas específicas podem dizer: "oh senhor fagócito, você matou alguma coisa, vou ver se eu tenho algumas reações específicas que podem ser acionadas por essa coisa que você está apresentando!" Então, muitos fagócitos também são chamados de células apresentadoras de antígeno. Células apresentadoras de antígeno. E eu vou entrar mais detalhadamente sobre o que é exatamente um antígeno. Eu chamei esta coisa de patógeno. Um antígeno você pode vê-lo como uma proteína ou uma cadeia de peptídeo que será acionada ou que pode ser tratada dentro do sistema imunológico. Eu vou falar um pouco mais sobre o sistema imunológico específico, vou enfatizar um pouco mais tudo isso. Eu vou fazer um vídeo inteiro sobre antígenos e anticorpos, mas agora você pode apenas vê-lo como uma cadeia de peptídeo. Um antígeno é apenas uma proteína ou parte de uma proteína. O fagócito está apresentando um antígeno em sua superfície, que mais tarde pode ser usada por outras células. Agora, existem muitos tipos de fagócitos. E só para dizer que quando você vir palavras diferentes, não vai se confundir pelos diferentes tipos de fagócitos. Eu vou fazer uma pequena revisão sobre eles agora. Você tem os neutrófilos, neutrófilos são realmente os fagócitos mais comuns, e eles reagem mais rapidamente e são numerosos, então eles chegam ao local de infecção muito rápido. Então, eles são rápidos e numerosos. Os fagócitos não necessariamente têm apenas que matar, quer dizer, eles são chamados de fagócitos porque eles englobam, desta forma. Podem liberar substâncias químicas ou mesmo redes de DNA, enganar os patógenos, mas os neutrófilos são rápidos e abundantes. E em seguida, você tem os macrófagos, que estão lá também. Eles são mais versáteis e fazem o trabalho pesado, mas eles também são fagócitos. Em seguida, as células dendríticas. E quando você vê pela primeira vez células dendríticas, você pensa: "de alguma forma isso diz respeito a dendritos do sistema nervoso?". Não! Eles não têm nenhuma relação com o sistema nervoso. A razão pela qual elas são chamadas de células dendríticas é porque elas parecem ter dendritos. Então, elas se parecem com neurônios em algum nível, mas elas não participam do sistema nervoso de modo algum. Elas tendem a ser as melhores ativadoras do sistema imunológico específico, sobre as quais a gente fala mais para frente. Então, em todo o caso, eu vou deixar você e vamos falar mais sobre tudo isso nos vídeos futuros!