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Conteúdo principal

O ciclo de Calvin

Como os produtos das reações à luz, ATP e NADPH, são usados para fixar o carbono em açúcares na segunda fase da fotossíntese.

Introdução

Você, assim como todos os organismos na Terra, é uma forma de vida baseada em carbono. Em outras palavras, as moléculas complexas de seu corpo incrível são construídas em alicerces de carbono. Você já poderia saber que você é à base de carbono, mas você já tinha imaginado onde vem todo esse carbono?
Acontece que os átomos de carbono em seu corpo já fizeram parte de moléculas de dióxido de carbono (CO2) no ar. Átomos de carbono terminam em você e em outras formas de vida, graças à segunda fase da fotossíntese, conhecida como ciclo de Calvin (ou fase escura).

Resumo do ciclo de Calvin

Nas plantas, o dióxido de carbono (CO2) entra no interior de uma folha através de poros chamados estômatos e difunde-se no estroma do cloroplasto — o local das reações do ciclo de Calvin, onde o açúcar é sintetizado. Estas reações são também chamadas de fase escura porque não são conduzidas diretamente pela luz.
No ciclo de Calvin, os átomos de carbono do CO2 são fixados (incorporados nas moléculas orgânicas) e utilizados para formar açúcares de três carbonos. Este processo é abastecido e dependente do ATP e NADPH das reações luminosas. Ao contrário das reações luminosas, que ocorrem na membrana tilacoide, as reações do ciclo de Calvin ocorrem no estroma (espaço interno dos cloroplastos).
Esta ilustração mostra o ATP e NADPH produzidos nas reações luminosas sendo utilizados no ciclo de Calvin para fazer açúcar.
Crédito da imagem: "The Calvin cycle: Figure 1," por OpenStax College, Concepts of Biology CC BY 4.0

Reações do ciclo de Calvin

As reações do ciclo de Calvin podem ser divididas em três etapas principais: fixação do carbono, redução e regeneração da molécula inicial.
Aqui está um diagrama básico do ciclo:
Diagrama do ciclo de Calvin, ilustrando como a fixação de três moléculas de dióxido de carbono permite que uma molécula líquida de G3P seja produzida (isto é, permite a saída de uma molécula de G3P do ciclo).
3 moléculas de CO2 se ligam a três moléculas aceptoras de cinco carbonos (RuBP), produzindo três moléculas de um composto instável de seis carbonos, que se divide para formar duas moléculas de um composto de três carbonos (3-PGA). Esta reação é catalisada pelo enzima rubisco.
No segundo estágio, seis ATP e seis NADPH são usados para converter as seis moléculas de 3-PGA em seis moléculas de um açúcar com três carbonos (G3P). Esta reação é considerada uma redução porque, para produzir G3P, o NADPH deve doar seus elétrons para um intermediário com três carbonos.
  1. Regeneração. Uma molécula de G3P deixa o ciclo e entra na produção de glicose, enquanto cinco G3Ps devem ser reciclados para regenerar o aceptor RuBP. A regeneração envolve uma sequência complexa de reações e requer de ATP.
  1. Fixação do carbono. Uma molécula de CO2 se combina com uma molécula receptora de cinco carbonos, 1,5-ribulose-bisfosfato (RuBP). Nesta etapa um composto de seis carbonos se divide em duas moléculas de um composto de três carbonos, o 3-ácido fosfoglicérico (3-PGA). Esta reação é catalisada pela enzima RuBP carboxilase/oxigenase, ou rubisco.
  2. Redução. Na segunda etapa, o ATP e NADPH são usados para converter as moléculas de 3-PGA em moléculas de açúcar de três carbonos, o gliceraldeído-3-fosfato (G3P). Nesta fase, recebe esse nome porque o NADPH doa elétrons, ou reduz, para um intermediário de três carbonos para formar G3P.
  3. Regeneração. Algumas moléculas de G3P irão fazer glicose, enquanto outras devem ser recicladas para regenerar o receptor RuBP. A regeneração requer ATP e envolve uma rede complexa de reações, que meu professor de faculdade chamava de "emaranhado de carboidratos." 1
Para que um G3P saia do ciclo (e vá para a síntese de glicose), três moléculas de CO2 devem entrar no ciclo, fornecendo três novos átomos de carbono fixo. Quando as três moléculas de CO2 entram no ciclo, são produzidas seis moléculas de G3P. Uma delas sai do ciclo e é usada para produzir glicose, enquanto as outras cinco são recicladas para regenerar as três moléculas do receptor RuBP.

Resumo dos reagentes e produtos do ciclo de Calvin

São necessárias três voltas do ciclo de Calvin para fazer uma molécula de G3P que pode sair do ciclo e formar glicose. Vamos resumir a quantidade das moléculas importantes que entram e saem do ciclo de Calvin para a formação de um G3P. Nas três voltas do ciclo de Calvin:
  • Carbono. 3 CO2 se ligam a 3 aceptores RuBP, produzindo 6 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (G3P).
    • 1 molécula de G3P deixa o ciclo e é direcionada para a produção de glicose.
    • 5 moléculas de G3P são recicladas, regenerando 3 moléculas aceptoras de RuBP.
  • ATP. 9 ATP são convertidos em 9 ADP (6 durante a etapa de fixação, 3 durante a etapa de regeneração).
  • NADPH. 6 NADPH sāo convertidos em 6 NADP+ (durante a etapa de reduçāo).
Uma molécula de G3P contém três átomos de carbono fixo, por isso é preciso dois G3Ps para construir uma molécula de glicose de seis carbonos. Levaria seis voltas do ciclo, ou 6 CO2, 18 ATP e 12 NADPH para produzir uma molécula de glicose.

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  • Avatar aqualine seed style do usuário geovannagsa.alcantara
    Qual a principal razão para que ocorra o ciclo de calvin?
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    • Avatar aqualine tree style do usuário mari costa
      Nessa fase, a energia contida nos ATP e os hidrogênios dos NADPH2, serão utilizados para a construção de moléculas de glicose. A síntese de glicose ocorre durante um complexo ciclo de reações (chamado ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin-Benson), do qual participam vários compostos simples.
      Durante o ciclo, moléculas de CO2 unem-se umas as outras formando cadeias carbônicas que levam à produção de glicose. A energia necessária para o estabelecimento das ligações químicas ricas em energia é proveniente do ATP e os hidrogênio que promoverão a redução dos CO2 são fornecidos pelos NADPH2.

      Veja com mais detalhes o ciclo de Calvin



      O Ciclo de Calvin

      O ciclo começa com a reação de uma molécula de CO2 com um açúcar de cinco carbonos conhecido como ribulose difosfato catalisada pela enzima rubisco (ribulose bifosfato carboxilase/oxigenase, RuBP), uma das mais abundantes proteínas presentes no reino vegetal.

      Forma-se, então, um composto instável de seis carbonos, que logo se quebra em duas moléculas de três carbonos (2 moléculas de ácido 3-fosfoglicérico ou 3-fosfoglicerato, conhecidas como PGA). O ciclo prossegue até que no final, é produzida uma molécula de glicose e é regenerada a molécula de ribulose difosfato.Note, porém, que para o ciclo ter sentido lógico, é preciso admitir a reação de seis moléculas de CO2 com seis moléculas de ribulose difosfato, resultando em uma molécula de glicose e a regeneração de outras seis moléculas de ribulose difosfato.

      A redução do CO2 é feita a partir do fornecimento de hidrogênios pelo NADH2 e a energia é fornecida pelo ATP. Lembre-se que essas duas substâncias foram produzidas na fase clara.

      O esquema apresentado é uma simplificação do ciclo de Clavin: na verdade, as reações desse ciclo se parecem com as que ocorrem na glicólise, só que em sentido inverso.

      É correto admitir, também, que o ciclo origina unidades do tipo CH2O, que poderão ser canalizadas para a síntese de glicose, sacarose, amido e, inclusive, aminoácidos, ácidos graxos e glicerol.
      (9 votos)
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