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Curso: Biblioteca de Biologia > Unidade 21
Lição 1: Mais sobre DNA e RNA- Estrutura do DNA e do RNA
- Introdução aos ácidos nucleicos e nucleotídeos
- Estrutura molecular do RNA
- Estrutura antiparalela das fitas de DNA
- Replicação semiconservativa
- Revisão sobre estrutura e replicação de DNA
- Replicação
- O código genético
- DNA e regulação da cromatina
- Introdução à expressão gênica (dogma central)
- Especialização celular (diferenciação)
- Transcrição do gene eucariótico: indo do DNA ao RNAm
- Regulação de transcrição
- Transcrição e processamento de RNA
- RNA não codificante (ncRNA)
- Regulação da expressão gênica e especialização celular
- Regulação pós-transcricional
- Tradução
- Diferenças de tradução entre procariontes e eucariontes
- Estrutura procarionte
- Retrovírus
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Diferenças de tradução entre procariontes e eucariontes
Versão original criada por Efrat Bruck.
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Transcrição de vídeo
RKA21MC - Alô, alô, moçada!
Tudo bem com vocês? Hoje nós vamos conversar sobre algumas diferenças sobre
como a tradução ocorre em células procarióticas, e como acontece em células eucarióticas. Eu quero focar principalmente no RNA mensageiro
logo antes de estar pronto para ser traduzido, então nós vamos começar com
o RNA mensageiro procariotico. Vamos olhar primeiro
na região cinco linha. Então, nós temos essa parte em amarelo aqui,
que é a região não codificante, e é assim denominada porque o
ribossomo não vai ler aquela parte, então logo após a região não codificante
temos a sequência de Shine-Dalgarno. que é o local onde o ribossomo
irá reconhecer e se ligar. Vamos colocar um
ribossomo bem aqui. Então, aqui é onde o
ribossomo procariótico irá se ligar, e depois da sequência de Shine-Dalgarno
temos outra região não codificante. eu irei abreviá-la como RNC,
região não codificante. Então, teremos nosso códon inicial,
o que normalmente é a trinca AUG, adenina, uracila, guanina,
e isso sinaliza o início do processo. Então, o cromossomo
vai começar a traduzir, lendo essa seção inteira, juntando as
cadeias de polipeptídeos correspondentes até atingir o códon de finalização
que diz para parar de traduzir. Então, temos outra
região não codificante. Certo, agora a gente vai ver
o RNA mensageiro eucariótico. Ele é bastante similar, mas você
pode ver aqui algumas diferenças. Então, vamos começar nessa
região aqui, cinco linha, vou colocar um "G" aqui dentro
para sinalizar que é uma guanina, e o CAP cinco linha é o local de ligação
do ribossomo nos eucariotos. Isso significa que nos eucariotos o ribossomo vai
reconhecer essa parte específica e se ligar a ela. Então, após o CAP cinco linha teremos
outra região não codificante que o ribossomo
não irá traduzir. Então o ribossomo vai encontrar o
códon de início, AUG, e começará a tradução. Ele vai traduzir essa seção inteira
até atingir o códon de finalização, e aí teremos outra
região não codificante e aqui temos algo de
diferente dos procariotos. Essa sessão com nucleotídeos azuis que eu estou
ilustrando aqui é chamada de cauda poli-A. A cauda poli-A é um monte de
nucleotídeos que são todos adeninas, então desenharei vários "A" dentro de
todos esses nucleotídeos, tudo bem? A cauda poli-A é um tanto comprida, tem entre
100 e 250 nucleotídeos, mais ou menos. Lembre-se de que eu não desenhei todos na escala
correta porque estou só ilustrando, tudo bem? O propósito tanto do CAP cinco linha
quanto da cauda poli-A é impedir esse RNA mensageiro
de ser degradado por enzimas, então agem como uma espécie de sinal que não permite
que enzimas quebrem esse RNA mensageiro ou degradem suas extremidades. Então, você pode estar imaginando:
e o RNA procariótico? Ele não tem nada parecido para
impedir que sejam degradados? A resposta concisa para essa pergunta
é que nas células procarióticas, tanto a transcrição como a tradução
ocorrem no mesmo local, ou seja, no citosol, e de forma simultânea, já que as células procarióticas
não possuem exatamente o núcleo bem definido. Portanto, ao mesmo tempo que o
RNA mensageiro vai sendo transcrito, o ribossomo já se liga a esse RNA mensageiro
e já vai traduzindo a poliproteína nos procariotos. Na célula eucariótica a transcrição ocorre no
núcleo e a tradução ocorre no citoplasma, que é onde estão os ribossomos. O RNA mensageiro, depois de transcrito, deve viajar do
núcleo para o citoplasma, para onde estão os ribossomos. E apenas porque está viajando essa
distância relativamente longa, ele vai encontrar várias coisas diferentes, incluindo
algumas enzimas que podem degradá-lo. Ele precisa de proteção extra para impedir que
seja danificado de alguma forma. Ah, e eu lembrei de mais uma diferença que preciso
ensinar a você antes de terminarmos a nossa aula. Eu quero falar sobre o primeiro aminoácido que é sintetizado
na tradução para os organismos procariontes e eucariontes. Em células procarióticas, o primeiro aminoácido na
cadeia é sempre formil metionina, que nada mais é que um aminoácido metionina
com um grupo formil ligado a ele. Caso você tenha se esquecido de como é um
grupo formil, ele é desse jeito, assim. Em células eucarióticas, o primeiro aminoácido em todas
as cadeias de polipeptídeos é simplesmente metionina, sem o grupo formil. É interessante saber disso porque a formil metionina acaba
agindo como um sistema de alarme no corpo humano, então quando você tem células
de bactérias em seu corpo que foram danificadas de alguma forma, haveria
essas formil metioninas flutuando por ali, o que sinaliza o sistema imunológico
de que há bactérias naquele local. Não deixe de ver nossas
próximas aulas sobre o assunto! Bons estudos
e até a próxima!