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Biblioteca de Biologia
Curso: Biblioteca de Biologia > Unidade 21
Lição 4: Metabolismo- Introdução ao metabolismo: anabolismo e catabolismo
- Visão geral do metabolismo
- Energia celular
- Estrutura e catálise enzimáticas
- Revisão sobre enzimas
- pH e velocidade de reação enzimática
- Impactos ambientais na função enzimática
- Variação molecular
- Fitness
- ATP sintase
- Respiração celular
- Evolução da fotossíntese
- Revisão sobre fotossíntese
- Fotossíntese
- Receptores acoplados à proteína G
- Junções célula-célula
- Ativação e inibição das vias de transdução de sinal
- Transdução de sinal
- Mudanças nas vias de transdução de sinal
- Comunicação celular
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Variação molecular
Como a variação molecular nas células ajuda os organismos a se adaptarem a diferentes ambientes e estágios de desenvolvimento.
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Transcrição de vídeo
RKA12MC - Neste vídeo, nós vamos discutir
as variações moleculares nas células. Vocês provavelmente estão familiarizados com a ideia de que existem variações de
características genéticas em uma população. Mas, mesmo dentro de um organismo, existem variações nos tipos de moléculas
que um organismo pode produzir, e quando elas são produzidas. Então, por exemplo, nós sabemos
que todos nós temos DNA. Todos os seres vivos conhecidos
atualmente possuem DNA. Nós sabemos que nós
temos genes no nosso DNA, que codificam do DNA para o RNA mensageiro,
que depois vai para os ribossomos para serem traduzidos em proteínas. E essas proteínas são a forma de
expressar o que está codificado no DNA. Agora acontece que o nosso DNA
codifica não apenas várias proteínas, mas vários tipos da mesma proteína. E ele pode codificar mais de um tipo dessa
proteína dependendo das circunstâncias, e mais de outro tipo em outras circunstâncias, baseado em fatores ambientais. Esses fatores ambientais podem influenciar qual parte do DNA vai ser
transcrita em RNA mensageiro, que será traduzido em proteínas
em momentos diferentes. E existem exemplos bem interessantes disso. A hemoglobina é o complexo proteico que transporta
o oxigênio dos nossos glóbulos vermelhos. O tipo de hemoglobina predominante muda
quando nós deixamos o útero de nossas mães e nos tornamos seres independentes. Então, esta é uma imagem
de uma molécula de hemoglobina. Você pode ver aqui quatro grupos férricos, e cada um transporta dois oxigênios. E, quando você é um feto, o tipo principal
de hemoglobina é a hemoglobina F. E, quando nós saímos do útero das nossas mães, a hemoglobina F para de ser produzida e
nós começamos a produzir a hemoglobina A. Agora, você deve estar se perguntando: por que nós temos essa
variação no tipo de hemoglobina? E a resposta é: esses são
dois ambientes diferentes. Quando o feto está no útero da mãe,
ele não está respirando diretamente; ele ganha seu oxigênio
a partir do sangue da mãe. O sangue da mãe não entra em contato
diretamente com o sangue do bebê, mas há uma membrana em
que, aqui, fica o sangue da mãe e, aqui, fica o sangue do bebê, e você tem a passagem de
gases por essa membrana. Então, o oxigênio vem daqui para cá, e o gás carbônico vem daqui para cá. E esse ambiente, em que os glóbulos vermelhos
do bebê precisam transportar o oxigênio, é um ambiente com concentração
de oxigênio relativamente baixa em comparação, por exemplo, com os pulmões, porque aqui tem sangue oxigenado e
desoxigenado misturados no mesmo lugar e não há um acesso direto aos pulmões. Então, nesse ambiente com
baixa concentração de oxigênio, as moléculas de hemoglobina têm que
ser muito boas em se ligar ao oxigênio. E nós podemos ver isso neste gráfico aqui, em que, no eixo horizontal,
é a pressão parcial de oxigênio e, no eixo vertical, é quão saturadas de oxigênio
essas moléculas de hemoglobina podem ficar. E você pode ver que a
hemoglobina fetal fica 60% saturada em uma pressão parcial de
oxigênio menor do que a hemoglobina adulta. Então, uma forma de pensar sobre
isso é que ela é mais forte. Ela se liga a esse oxigênio, ela consegue puxar bem melhor
esse oxigênio para fora do sangue, o que faz sentido por causa do
ambiente no qual o feto está. Mas, depois que sai do útero da
mãe, não precisa mais dessa força. E seria ruim também se ela continuasse porque seria mais difícil para o oxigênio
se soltar e ir para os tecidos do corpo. Por isso, nós temos essa transição
da hemoglobina F para a hemoglobina A. E não é só na hemoglobina que
nós temos essa variação molecular. Plantas e outros organismos que fazem
fotossíntese contêm múltiplos tipos de clorofila. A clorofila é uma molécula muito
importante para capturar a energia da luz que pode ser usada para
ajudar a sintetizar carboidratos em organismos como as plantas, por exemplo. E, aqui, nós vemos duas
moléculas de clorofila diferentes, ambas encontradas em plantas. E como vocês podem ver, elas
absorvem a luz em frequências diferentes. Então, você pode ver que a clorofila a é muito
boa em absorver a luz azul mais para esverdeada, enquanto a clorofila b é melhor em
absorver a luz em um verde amarelado. Aqui, temos outro pico da clorofila b, que mostra que ela é muito boa em
absorver essa luz amarela mais alaranjada. E a clorofila a, um laranja mais
quase chegando para o vermelho. E o motivo de isso ser vantajoso
é que a luz que a planta recebe, especialmente em horas diferentes do
dia, em diferentes épocas do ano, vai ter ondas luminosas diferentes. Então, isso permite à planta capturar mais
energia, que ela pode usar na fotossíntese. E estes são só dois exemplos
de variações moleculares. Nas nossas membranas celulares,
existem múltiplos tipos de fosfolipídios que formam a nossa bicamada lipídica. E esses diferentes tipos têm diferentes
níveis de fluidez em diferentes temperaturas. Estudos indicam que os
animais de sangue frio possuem uma membrana mais
fluida quando está muito frio, assim as membranas
não ficam muito rígidas. Mas eu vou parar por aqui. Este vídeo foi para mostrar a ideia de que nós temos muitos
tipos de variações moleculares dentro das células dos organismos. Isso permite a esses organismos
uma melhor adaptação ao ambiente ou aos diferentes estágios
de seu desenvolvimento.