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Biblioteca de Química
Curso: Biblioteca de Química > Unidade 9
Lição 4: Estruturas de Lewis e geometria molecular- Como desenhar a estrutura de Lewis
- Como desenhar estruturas de Lewis
- Exemplo resolvido: estrutura de Lewis do formaldeído (CH₂O)
- Exemplo resolvido: estrutura de Lewis do íon cianeto (CN⁻)
- Exemplo resolvido: estrutura de Lewis do difluoreto de xenônio (XeF₂)
- Exceções à regra de octeto
- Contar elétrons de valência
- Estrutura de Lewis
- Ressonância
- Ressonância e Fórmula de Lewis
- Carga formal
- Carga formal e Fórmula de Lewis
- Exemplo resolvido: uso de cargas formais para determinar estruturas de ressonância não equivalentes
- Ressonância e carga formal
- Teoria VSEPR para 2 eletrosferas
- Teoria VSEPR para 3 eletrosferas
- Mais sobre a fórmula de Lewis para dióxido de enxofre
- Teoria VSEPR para 4 eletrosferas
- Teoria VSEPR para 5 eletrosferas (parte 1)
- Teoria VSEPR para 5 eletrosferas (parte 2)
- Teoria VSEPR para 6 eletrosferas
- Polaridade molecular
- Teoria VSEPR
- Química Avançada 2015 - Discursiva 2d e 2e
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Exemplo resolvido: uso de cargas formais para determinar estruturas de ressonância não equivalentes
Quando uma molécula tem estruturas de ressonância não equivalentes, uma estrutura pode contribuir mais com o híbrido de ressonância do que outra. Em termos de carga formal, uma estrutura geralmente contribui mais quando (1) as cargas formais nos átomos estão minimizadas e (2) quando quaisquer cargas formais negativas estão em átomos mais eletronegativos e quaisquer cargas positivas estão em átomos mais eletropositivos. Neste vídeo, usamos estas diretrizes para determinar as estruturas de ressonância não equivalentes do SCN⁻. Versão original criada por Sal Khan.
Quer participar da conversa?
- Se eu tivesse que montar esse íon, como eu poderia saber qual é o átomo central só tendo a informação de que a molécula é formada por C, N e S sendo que o Carbono e o Enxofre tem o mesmo valor de eletronegatividade?(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA22JL - Olá, meu amigo ou minha amiga.
Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a
mais um vídeo da Khan Academy Brasil. E, nesse vídeo, vamos resolver um exemplo
sobre o cálculo da carga formal, e como podemos utilizá-la para dizer qual
é a estrutura de ressonância que mais contribui para
o híbrido de ressonância. E esse exemplo diz o seguinte: “Três estruturas de ressonância possíveis
para o íon tiocianato, SCN⁻, são mostradas abaixo”. Temos aqui essas três possibilidades. Baseado nas cargas formais, qual das três estruturas mais contribui
para o híbrido de ressonância do tiocianato? Foi dado aqui algumas
informações extras, que, no caso, é uma tabela de eletronegatividade da escala de Pauling
para os elementos que estão nessas estruturas. Talvez, isso aqui seja
útil de alguma forma. Enfim, qual dessas estruturas contribuem mais
para o híbrido de ressonância do tiocianato? Que tal você pausar esse
vídeo e tentar descobrir isso? Vamos trabalhar
nisso juntos agora? Existem realmente duas coisas que queremos observar
quando estamos pensando sobre qual dessas estruturas de ressonância contribui mais
para o híbrido de ressonância. A primeira é que queremos
descobrir qual das estruturas possui cargas formais dos átomos individuais
que sejam o mais próximo possível de zero. Então, vamos escrever isso aqui. Átomos individuais precisam ter uma carga formal
o mais próximo possível de zero. Observe que eu não estou falando
sobre a carga de todo o íon, eu estou falando sobre a carga formal
de cada átomo individual. E é essa carga que precisa ser
o mais próximo possível de zero. A segunda coisa está relacionada
com a eletronegatividade, porque também queremos ver que, se houver
alguma carga formal negativa em algum átomo individual, que seja no átomo mais eletronegativo. Então vamos escrever isso aqui também. Qualquer carga formal... novamente, não estamos falando sobre a carga
de todo o íon, ok? Então, qualquer carga formal negativa em um átomo
individual, o ideal é que seja no mais eletronegativo. Agora, com esses
dois princípios apresentados, Vamos descobrir qual dessas estruturas
chega mais perto desses ideais. Para fazer isso, vamos calcular as cargas formais
em cada uma dessas estruturas de ressonância. E a forma como fazemos isso é: para cada um desses elementos, nós temos que pensar
em quantos elétrons de valência cada um desses átomos teria
se eles fossem livres e neutros. Vamos fazer uma outra coluna aqui.
Nessa coluna, vamos colocar os elétrons de valência. Você pode procurar em uma tabela periódica dos elementos,
mas se você já souber, pode colocar aqui que um carbono neutro e livre
tem quatro elétrons de valência. Ele tem seis no total, mas quatro estão
na camada externa, na segunda camada. O nitrogênio neutro e livre tem cinco elétrons de valência.
Ele tem sete, mas cinco estão na camada externa. E o enxofre tem
seis elétrons de valência. Como eu estava falando, a forma de calcular
a carga formal dos átomos individuais em cada uma dessas estruturas de ressonância
é pegando a quantidade de elétrons de valência. Por exemplo, vamos pegar aqui o enxofre. Quantos elétrons de valência
o enxofre livre e neutro tem? Vimos aqui que são seis. A gente subtrai desse valor os elétrons que estão alocados
a esse átomo nessa estrutura de ressonância. Por esse diagrama de Lewis, percebemos que temos
um, dois, três, quatro, cinco. Então temos cinco elétrons
alocados a esse enxofre. Repare que são cinco elétrons contra seis elétrons
que são alocados normalmente ao enxofre livre e neutro. Sendo assim, temos uma
carga positiva +1 aqui, não é? Outra forma como você poderia pensar sobre isso
é que tipicamente temos seis elétrons de valência, mas estamos vendo apenas
cinco nessa estrutura de Lewis, então é daí que sai esse +1. Agora, podemos fazer o
mesmo exercício com o carbono. O carbono normalmente tem quatro elétrons de valência
quando é neutro e livre. E, nessa estrutura de Lewis,
nessa estrutura de ressonância, podemos ver que ele também tem quatro elétrons
de valência alocados a ele. Então a carga formal desse
carbono é igual a zero. Agora vamos ver o nitrogênio. Temos aqui um, dois, três, quatro, cinco,
seis, sete elétrons de valência alocados a esse nitrogênio. O nitrogênio neutro teria cinco elétrons de valência,
mas temos dois a mais do que isso. Então a carga formal aqui é
5 menos 7, ou seja, como temos dois elétrons a mais do que teria
em um nitrogênio livre e neutro, teremos uma
carga formal igual a -2. Agora, vamos para essa
outra estrutura de ressonância. Vamos fazer a mesma coisa. Temos um, dois, três, quatro, cinco,
seis elétrons de valência alocados ao enxofre. Isso é o mesmo número de elétrons de valência
que um enxofre neutro tem. Então, aqui não temos
uma carga formal. Você pode pensar nisso como sendo
6 menos 6, que é igual a 0. O carbono tem quatro elétrons de valência
alocados a ele nesse diagrama de Lewis. E isso é o número típico de elétrons de valência
que um carbono neutro e livre tem. Então, mais uma vez, teremos aqui 4 menos 4,
e a carga formal será igual a zero. Agora, vamos para esse nitrogênio. Temos um, dois, três, quatro, cinco,
seis elétrons de valência alocados a ele. O nitrogênio normalmente teria cinco.
5 menos 6 é igual a -1. Ou seja, temos um elétron de valência a mais
alocado a esse nitrogênio. Logo, isso dá a ele
uma carga formal igual a -1. Por último, mas não menos importante, nessa estrutura de ressonância,
temos um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete elétrons de valência
alocados a esse enxofre. O enxofre neutro teria
seis elétrons de valência. Temos um elétron extra, então 6 menos 7
nos dá uma carga formal igual a -1 para esse enxofre
nessa estrutura de ressonância. O carbono continua tendo os quatro elétrons de valência
típicos que ele costuma ter quando está livre e neutro. Então não temos
nenhuma carga formal aqui. Esse nitrogênio tem um, dois, três, quatro,
cinco elétrons de valência alocados a ele. que é o mesmo valor para
o nitrogênio neutro e livre. Então, a carga formal é
5 menos 5, que é igual a zero. Ou seja, esse nitrogênio
não tem carga formal. Bem, terminamos essa parte. A gente já calculou a carga formal de todos
esses átomos, agora vamos examinar esses dois princípios. Qual das estruturas possuem átomos individuais
com cargas formais o mais próximo possível de zero? Nessa primeira estrutura de ressonância, nós temos
dois átomos individuais, cujas cargas formais não são zero. E, de fato, o nitrogênio está muito longe de zero, enquanto
que, nessas outras duas estruturas de ressonância, nós temos apenas um átomo que não tem
uma carga formal igual a zero. Então, apenas se baseando nesse primeiro princípio,
eu acredito fortemente que essas duas estruturas de ressonância contribuem mais
para o híbrido de ressonância do que a primeira. Então, eu vou descartar
essa primeira aqui. Como a gente tem que escolher entre essas duas estruturas,
a gente precisa ir para o segundo princípio. Qualquer carga formal negativa em um átomo individual,
o ideal é que seja no mais eletronegativo. Repare que nessa estrutura de ressonância aqui
a carga formal negativa está no nitrogênio, enquanto que, nessa terceira,
a carga formal negativa está no enxofre. Podemos ver aqui nessa tabela que o nitrogênio
é mais eletronegativo que o enxofre. Portanto, nessa
segunda estrutura de ressonância, temos a carga formal negativa em um átomo
que é mais eletronegativo, que, nesse caso, é o nitrogênio. Nessa terceira estrutura de ressonância,
o negativo é o enxofre. Então, devido a esses dois princípios,
essa segunda estrutura de ressonância é a que tem maior probabilidade de contribuir
mais com o híbrido de ressonância. Eu espero que você tenha compreendido tudo
direitinho o que conversamos aqui, e, mais uma vez, eu quero deixar para você
um grande abraço e até a próxima!