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Curso: Biblioteca de Química > Unidade 10
Lição 1: Equação de estado do gás ideal- A lei dos gases ideais (PV = nRT)
- Exemplo resolvido: uso da lei dos gases ideais para o cálculo do número de mols
- Exemplo resolvido: uso da lei dos gases ideais para calcular uma alteração em volume
- Misturas de gases e pressões parciais
- Lei de Dalton das pressões parciais
- Exemplo resolvido: cálculo de pressões parciais
- Exemplo resolvido: pressão de vapor e a lei do gases ideais
- Lei dos gases ideais
- Cálculos utilizando a equação do gás ideal
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Exemplo resolvido: cálculo de pressões parciais
Em uma mistura de gases ideais, cada gás se comporta de forma independente dos outros gases. Como consequência, podemos usar a lei dos gases ideais para calcular a pressão parcial de cada gás na mistura. Uma vez que saibamos as pressões parciais de todos os gases, podemos somá-las usando a lei de Dalton para encontrar a pressão total da mistura. Versão original criada por Sal Khan.
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- Como ele calcula a constante?(3 votos)
- Se eu Quisesse usar o R 0,08206 L atm/mol K, teria algum problema?(1 voto)
- Olá, Angelista. Não, problema nenhum. Na verdade, atm é uma unidade de pressão mais utilizada aqui no Brasil e me dá uma noção melhor em comparação à pressão atmosférica. O Prof. também sugere resolver usando essa constante. Bons estudos(1 voto)
- sem querer ser chato, mas como é um canal de ensino. Seria melhor dizer "quatrocentos gramas", em vez de "quatrocentas gramas".(0 votos)
Transcrição de vídeo
RKA2JV - Olá! Tudo bem com você? Você vai assistir agora a mais uma
aula de Ciências da Natureza. Nesta aula, vamos resolver um exemplo
sobre o cálculo da pressão parcial. Esse exemplo diz o seguinte: "Um cilindro de 10 litros contém 7,60
gramas de argônio na forma gasosa e 4,40 gramas de nitrogênio molecular,
que está na forma gasosa também, a 25 graus Celsius. Calcule a pressão parcial de cada
gás e a pressão total no cilindro." Antes de fazer com você,
que tal você pausar este vídeo e tentar resolver isso sozinho ou sozinha? Ok, vamos fazer aqui agora. Será que a lei dos gases ideais
é aplicável aqui? Sim! É aplicável tanto no caso
das pressões parciais de cada gás quanto também na pressão total. A gente já sabe que a lei dos gases ideais nos diz que a pressão vezes o volume é igual ao número de mols vezes
a constante dos gases ideais vezes a temperatura. O que a gente precisa fazer aqui
é resolver esta equação para a pressão, seja ela a parcial ou a total. Para resolver a pressão aqui, podemos
simplesmente dividir os dois lados por V. Assim, a gente chega à conclusão que
a pressão é igual ao número de mols, vezes a constante dos gases ideais,
vezes a temperatura, e tudo isso dividido pelo volume. A gente pode utilizar esta expressão para calcular a pressão parcial
de cada um destes gases. Sendo assim, podemos dizer que
a pressão parcial do argônio é igual ao número de mols de argônio, vezes a constante dos gases ideais, vezes a temperatura do gás, que é a mesma temperatura
para ambos os gases aqui, dividido pelo volume. Também podemos dizer que a pressão
parcial do nosso nitrogênio molecular é igual ao número de mols
do nitrogênio molecular, vezes a constante dos gases ideais,
vezes a temperatura, e tudo isso dividido pelo volume. Temos informações aqui sobre
várias dessas coisas, e a gente pode pesquisar
a constante dos gases ideais com as unidades apropriadas aqui. Enfim, foi informado aqui a temperatura, pelo menos em termos de graus Celsius, que, inclusive, teremos que
converter para Kelvin, e também foi informado o volume. Sendo assim, a única coisa que
precisamos encontrar aqui é o número de mols
de cada um destes gases. Como o problema nos informou
a massa de cada um deles, a gente vai precisar encontrar
a massa molar, porque, com essas duas informações, a gente consegue determinar
o número de mols. Vamos buscar na tabela
periódica dos elementos a massa molar do argônio e a massa
molar do nitrogênio molecular. A massa molar do argônio é igual a quanto? Olhando aqui na tabela periódica, percebemos que a massa atômica
média do argônio é igual a 39,95 que, em gramas, corresponde à massa molar. A gente também pode determinar aqui
a massa molar do nitrogênio molecular. Inicialmente, a gente procura
o nitrogênio aqui. Ele tem uma massa atômica média de 14,01. Ao observar esse valor,
provavelmente você ficou tentado a dizer que a massa molar do
nitrogênio molecular é 14,01 g/mol. Mas temos que nos lembrar
que o nitrogênio molecular é composto por dois átomos de nitrogênio. Dessa forma, a massa molar será
o dobro, ou seja, 28,02 g/mol. Então, isto é igual a 28,02 g/mol. Agora sim, podemos aplicar
as equações para a pressão. A pressão parcial do
argônio vai ser igual a: o número de mols de argônio, eu vou fazer isto com outra cor para que você saiba que todo cálculo
que eu fizer nesta parte inicial vai se referir ao número
de mols de argônio. E, para determinar o número
de mols de argônio, a gente vai pegar a massa
que temos no enunciado, que é 7,60 g, vezes 1
sobre a massa molar, ou seja, vezes (1/39,95) mol/g. Repare que os gramas se cancelam aqui, aí teremos apenas o número
de mols de argônio. E aí multiplicamos isto pela
constante dos gases ideais. Mas qual o valor que vamos utilizar?
Estamos lidando com litros. Repare que, dentre todos
os valores que temos aqui, dois deles têm litros em suas unidades. Porém, quando observamos a pressão, uma está em termos de atmosferas
e a outra está em termos de torr. Sendo assim, se a gente quiser as
pressões em termos de atmosferas, utilizamos o primeiro valor. Mas, se a gente quiser
as pressões parciais e a total sendo medidas em torr, podemos usar o segundo valor. Neste caso, vamos usar o segundo valor
para a constante dos gases ideais. Então, colocamos aqui: 62,36 litros vezes torr por mol Kelvin. Aí, precisamos multiplicar
isto pela temperatura. Temos 25 graus Celsius, que precisamos converter para Kelvin. Para fazer isso, basta adicionar
273 a este valor. Com isso, teremos aqui 298 Kelvin. Aí, dividimos tudo isso pelo
nosso volume, que é 10 litros. Perceba que as unidades funcionam: já falamos sobre estes
gramas se cancelando. Este mol cancela este outro mol, este Kelvin se cancela com este Kelvin e este litro se cancela
com este outro litro. Aí ficamos apenas com o torr,
que é o que nos interessa. Estamos pensando em uma pressão,
neste caso, uma pressão parcial. Vamos utilizar a calculadora
para fazer esse cálculo. Temos 7,60 dividido por 39,95, isto vezes 62,36, vezes 298, e aí dividimos isto por 10,0. Portanto, chegamos à resposta. Mas ainda precisamos pensar sobre os
algarismos significativos que temos aqui. Aqui temos 3, temos 4 aqui,
3 aqui e 3 aqui. Então, quando a gente multiplica
e divide esses valores, vamos ter a resposta com o menor
número de algarismos significativos que temos em nossos dados. Neste caso, serão apenas três
algarismos significativos. Logo, isto vai ser igual a 354 torr. Sendo assim, a pressão parcial
do argônio é igual a 354 torr. Essa não é uma unidade de medida
muito utilizada no Brasil. Então, que tal você pausar este vídeo
e fazer o mesmo cálculo, mas utilizando a constante que possui
o valor em termos de atmosferas? Vai ser legal para você treinar isso. Agora podemos fazer a mesma coisa
para o nitrogênio molecular. Portanto, a pressão parcial do nosso
nitrogênio molecular será igual a, eu vou fazer isso com uma
cor diferente também. Para descobrir o número de mols, precisamos multiplicar a massa
de nitrogênio molecular que temos aqui, que neste caso é 4,40 g, com 1 sobre a massa molar,
que é 28,02 g/mol. Aí, isto vezes a constante
dos gases ideais, na verdade, o restante aqui vai
ser idêntico ao que fizemos antes. Então, é só copiar. Colocamos aqui 62,36 litros
vezes torr por mol Kelvin, vezes 298 Kelvin, tudo isso dividido por 10,0 litros. Mais uma vez, as unidades funcionam aqui: grama cancela grama,
mol cancela mol, litro cancela litro
e Kelvin cancela Kelvin, sobrando, com isso, apenas
a unidade de medida da pressão. Agora é só a calcular na calculadora. 4,40 dividido por 28,02, isto vezes 62,36,
vezes 298, e isto dividido por 10,0. Isto é igual a este valor aqui. Só que, mais uma vez, precisamos trabalhar com os algarismos
significativos que temos. Precisamos, novamente ter um número
mais baixo de algarismos significativos que temos nas medidas, ou seja, 3. Dessa forma, arredondamos
o valor e chegamos a 292. Portanto, a pressão parcial do nitrogênio
molecular é igual a 292 torr. Novamente, que tal pausar este vídeo
e realizar o cálculo novamente utilizando a constante universal
dos gases em termos de atmosferas? Faça isso. Como eu já falei, vai ser
legal para você treinar. Bem, já calculamos a pressão parcial de
cada um dos gases que temos no recipiente. Agora, para calcular a pressão total,
basta somar as pressões parciais, pois a pressão total é igual
à soma das pressões parciais. Com isso, temos que a pressão total
é igual à pressão parcial do argônio, mais a pressão parcial
do nitrogênio molecular. E isso vai ser igual a, bem, eu posso fazer esse
cálculo de cabeça. Vai ser igual a 646 torr. E pronto, terminamos! Espero que você tenha
conseguido compreender tudo direitinho o que conversamos aqui e, mais uma vez, eu quero deixar
para você um grande abraço e dizer que te encontro na próxima!