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Biblioteca de Química
Curso: Biblioteca de Química > Unidade 8
Lição 2: Tendências da tabela periódica- Propriedades periódicas
- Propriedades periódicas: raio atômico
- Raios atômicos e iônicos
- Vídeo rápido sobre o tamanho dos íons
- Tendências da energia de ionização
- Energia de ionização: tendência periódica
- Primeira e segunda energia de ionização
- Afinidade eletrônica: tendência de período
- Eletronegatividade
- Eletronegatividade e ligação
- Características metálicas
- Propriedades periódicas e a lei de Coulomb
- Exemplo resolvido: identificação de um elemento a partir de sucessivas energias de ionização
- Energia de ionização: tendência de famílias
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Eletronegatividade
A eletronegatividade é uma medida da habilidade de um átomo de atrair elétrons compartilhados para si. Na tabela periódica, a eletronegatividade geralmente aumenta quando você vai da esquerda para a direita em um período e diminui à medida que você vai para baixo em um grupo. Em consequência disso, os elementos mais eletronegativos encontram-se no canto superior direito da tabela periódica, enquanto os elementos menos eletronegativos são encontrados no canto inferior esquerdo. Versão original criada por Sal Khan.
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- Qual a diferença ente eletronegatividade e eletroafinidade?(5 votos)
- Não sei porquê... Mas prefiro a voz do outro professor.(5 votos)
- Eletronegatividade é uma propriedade periódica que indica a tendência do átomo para atrair elétrons. Ela acontece quando o átomo está numa ligação química covalente.(4 votos)
- Como faço pra mudar o idioma do vídeo?(2 votos)
- como o hidrogenio possuindo apenas um próton requer dois eletrons para sua estabilidade? taí acho que não...(2 votos)
- A eletronegatividade fala sobre quanto um átomo quer atrair um elétron pra si próprio.
Diferentemente das ligações covalentes onde o elétron é compartilhado entre dois átomos, a eletronegatividade esta relacionado as ligações iônicas. Onde um átomo tem mais afinidade em doar e outro quer receber.
Como, por exemplo, no caso do NaCl. Onde o Na tem um elétron livre que pode ser doado e o Cl tem um elétron faltando para atingir a estabilidade. Desse jeito o Cl quer aquele elétron livre do Na para si. Portanto Cl é mais eletronegativo que o Na.
Quanto mais um pra direita da tabela periódica um átomo estiver mais eletronegativo ele será. A mesma coisa acontece no sentindo vertical da tabela periódica, quanto mais para cima um átomo estiver mais eletronegativo ele será, quanto mais para baixo da tabela um átomo estiver menos eletronegativo ele vai ser.(1 voto) - a eletroafinidade varia de acorda se esta estável ou não?(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA4MB - Neste vídeo, vamos
tratar de duas ideias próximas, que são: eletronegatividade e
afinidade eletrônica ou eletroafinidade. E o que isso significa? Bom, a afinidade eletrônica indica
quanto um átomo quer, gosta de atrair elétrons para ele, ou seja, o quanto um átomo
quer ter mais elétrons. Eletronegatividade é uma ideia parecida,
mas é um pouquinho mais específica. A eletronegatividade indica o quanto um
átomo, que está em uma ligação covalente, quer monopolizar os elétrons
que estão sendo compartilhados. Então, afinidade eletrônica tem a ver com
quanto o átomo quer receber mais elétrons, e eletronegatividade indica,
em uma ligação covalente, o quanto aquele átomo quer ou não monopolizar
os elétrons que estão sendo compartilhados ali. Essas duas noções são
bastante relacionadas. Para exemplificar e tentar entender um pouco
melhor, vamos usar um exemplo mais típico de ligação covalente: a água.
Você sabe que a água é H₂O. A molécula de água é composta por 1 átomo de oxigênio, que tem 6 elétrons na sua última camada, e 2 átomos de hidrogênio, que tem 1 elétron
na sua última camada (e única, nesse caso). Você sabe que o hidrogênio gostaria de ter mais
1 elétron para atingir a condição de estabilidade, já que a primeira e única camada do hidrogênio
requer 2 elétrons apenas para estabilidade. As outras camadas requerem 8. O oxigênio, tendo 6 elétrons na última camada, gostaria de receber mais 2 elétrons para atingir a estabilidade, como, por exemplo, o neônio. Com 8 elétrons
na última camada, vai ficar estável. Então, o que acontece é que o oxigênio e
os hidrogênios compartilham os elétrons. Aqui, este elétron pode ser compartilhado e o hidrogênio teria 2 elétrons na última
camada, atingindo a estabilidade, como o hélio. A mesma coisa aconteceria aqui
nesse outro elétron compartilhado, e este átomo de hidrogênio
também teria 2 elétrons. Do mesmo modo, os elétrons que temos aqui no hidrogênio são compartilhados com o oxigênio. Então, o oxigênio, entre aspas, "ganha"
2 elétrons e atinge a estabilidade como ele gostaria de ser, como o neônio: 8 elétrons na última camada. Entretanto, há algo a que se deve prestar atenção: o oxigênio é mais eletronegativo do que o hidrogênio. O oxigênio gosta mais de monopolizar os
elétrons que estão sendo compartilhados. Então, os elétrons que estão
sendo compartilhados aqui do hidrogênio para o oxigênio vão ficar mais tempo
em torno do oxigênio do que em torno do hidrogênio. Neste meu desenho, parece que
os elétrons estão estáticos aqui, mas você sabe que eles estão se movimentando
em torno dos núcleos dos hidrogênios e do oxigênio. E esses dois átomos que estão sendo compartilhados aqui ora estão circulando em torno do hidrogênio, ora em torno do oxigênio. É isso
que caracteriza a ligação covalente. E eles vão gastar mais tempo circulando em torno
do oxigênio do que em torno do hidrogênio. E isso porque o oxigênio é mais
eletronegativo que o hidrogênio. Essa é uma ideia extremamente
importante em química, especialmente mais adiante, quando
você for estudar química orgânica. E já que os elétrons ficam mais tempo em torno
do oxigênio do que em torno do hidrogênio, nesta parte, aqui, nós temos
uma carga parcialmente positiva, e, aqui, temos uma carga
parcialmente negativa no oxigênio. E estas cargas, assim, justificam boa parte
das propriedades que a água apresenta, mas isso vai ser estudado
mais a fundo em outros vídeos. Em química orgânica, mais adiante, uma série
de reações e de ligações que se formam podem ser previstas e justificadas
através destas ideias que temos aqui, ou seja, através da eletronegatividade. Agora que já temos uma ideia
sobre eletronegatividade, o que podemos dizer da tendência da
eletronegatividade se compararmos os átomos dos elementos em uma mesma
linha da tabela, começando aqui, pelo grupo 1, começando aqui, e indo diretamente até
a coluna amarela aqui, que é o grupo 17. Qual vai ser a tendência
da eletronegatividade? Podemos, primeiro, pensar nos extremos. Vamos pensar, aqui, sobre o sódio
e vamos pensar sobre o cloro. Sugiro que você pause o vídeo
e pense um pouco sobre isso. Temos, aqui, uma ideia parecida
à ideia de energia de ionização. Um elemento como o sódio tem
apenas 1 elétron na última camada. É difícil ele ganhar os elétrons
que faltam, ou seja, 7, para completar a última camada e ganhar a estabilidade. É mais fácil que ele doe esse elétron. Como vimos no vídeo sobre energia de ionização,
o sódio, então, tem uma baixa energia de ionização. Ou seja, não se gasta muita energia para
retirar 1 elétron do sódio no estado gasoso, mas o cloro é justamente o oposto. Para o cloro, falta apenas 1 elétron
para completar a sua última camada. Então, a última coisa que ele quer é doar os
seus elétrons. Ele prefere receber elétrons. Então, a lógica aqui é que o sódio não
se importa muito em doar o elétron para que fique com uma camada completa, enquanto o cloro realmente adoraria ganhar
mais 1 elétron e completar a sua última camada. Então, o cloro é muito mais
tendencioso a monopolizar elétrons. Ou seja, quando vamos nessa linha da esquerda
para a direita, nós temos maior eletronegatividade. Agora, outra pergunta: o que acontece se nós
formos de cima para baixo em um mesmo grupo? Pense sobre o raio atômico. Pause o vídeo e pense: de cima para baixo,
nós teremos maior ou menor eletronegatividade? Bem, assim como vimos
no vídeo sobre o raio atômico, de cima para baixo, no mesmo grupo, o raio
atômico vai ficando maior, maior e maior porque temos mais e mais camadas. Neste grupo 1, já sabemos que todos os elementos
têm apenas 1 elétron na última camada. Mas o elétron da última camada do césio
está muito mais distante do centro do átomo do que o elétron da
última camada do lítio, ou mesmo do hidrogênio. E a consequência dessa ideia
é que o césio aqui tem uma tendência muito maior a doar elétrons
do que, por exemplo, o lítio, ou que o hidrogênio. Em outras palavras, de cima para baixo,
nós temos menor eletronegatividade. Baseado nessa ideia, qual será, então, o mais eletronegativo dos átomos que temos aqui? Naturalmente, vamos procurar na parte do
topo e do lado direito da tabela periódica. Portanto, estes aqui tendem a ser os
mais eletronegativos da tabela periódica. Nós não iríamos pensar nos gases nobres
porque eles são pouco reativos, como já sabemos. Eles não formam ligações covalentes porque eles já estão felizes e satisfeitos
com a última camada completa. Mas estes aqui, às vezes, vão formar ligações covalentes e eles têm uma tendência muito mais forte a monopolizar os elétrons que
estão sendo compartilhados. Quem seria, então, menos eletronegativo, ou
então também chamado mais eletropositivo? Seriam estes elementos aqui na parte
de baixo à esquerda da tabela periódica. Nestes aqui temos poucos
elétrons na última camada. Por exemplo, o césio tem apenas 1 elétron.
É mais fácil que ele doe esse elétron, ou, aqui, o bário que tem apenas 2. E eles são átomos muito
grandes, então, a atração dos prótons que são positivos no núcleo do
átomo sobre eles é relativamente mais fraca. Portanto, fica mais fácil que estes aqui doem
seus elétrons, não os monopolizando tanto. Então, a tendência para maior eletronegatividade
na tabela periódica é da parte de baixo à esquerda para a parte de cima à direita. E é isso aí. Até o próximo vídeo!