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Biblioteca de Química
Curso: Biblioteca de Química > Unidade 11
Lição 4: Separação de misturas e soluçõesCromatografia em camada delgada (CCD)
A cromatografia em camada delgada (CCD) é uma técnica usada para separar misturas de compostos com base em diferenças de polaridade. Na CCD, uma placa de vidro revestida com uma fase estacionária (normalmente, sílica-gel) é manchada com a mistura a ser separada. A placa é, então, colocada em uma fase móvel (solvente), que sobe na placa por capilaridade. A taxa na qual cada composto da mistura sobe na placa depende de suas atrações relativas às fases estacionária e móvel. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA8JV - Olá! Bem-vindos à nossa videoaula. Vamos começar? Digamos que eu tenha um frasco
com um líquido misterioso bem aqui e quero descobrir o que tem nele. O primeiro passo seria pensar
se o que tem aqui é apenas uma substância ou é uma mistura de várias substâncias. O foco desta aula é uma técnica
para separar as substâncias, para entender pelo menos quantas existem. A técnica é chamada de cromatografia, mas vamos nos concentrar
na cromatografia de camada fina, que é a mais comum que
você pode encontrar. Mas outras variações da cromatografia, como a cromatografia em papel, operam em princípios muito semelhantes. O que vamos fazer é colocar
uma fina camada de uma substância polar sólida
sobre algo como vidro ou plástico. Agora, o que você normalmente faz é colocar uma fina camada de sílica gel, que é a substância sólida polar mais comum que as pessoas
usam e também é porosa. O fato de ser porosa
é muito importante, porque vamos querer que
o líquido tenha ação capilar e se desloque e por ela. Como mencionei,
a sílica gel é bem polar, e o que vamos fazer é pegar um pouco de nossa
substância misteriosa e colocar um ponto dela
naquela sílica gel, e depois mergulhar apenas uma
extremidade dela em uma solução. O que é realmente importante aqui é que a solução é menos polar
do que a sílica gel. Vamos falar um pouco sobre
o que acontece dependendo de quão polar isso é. Geralmente, isso vai ser uma
quantidade muito pequena de uma solução que,
como veremos, será uma espécie de solvente. Você vai colocar isso em
um ambiente fechado, para que este fluido aqui embaixo
não evapore. E então, o que você
acha que vai acontecer? Bem, como mencionei,
esta substância aqui é porosa, e, então, você terá ação capilar. Este fluido no fundo
vai subir pela sílica gel e por aqueles pequenos poros
da sílica gel. Esta é a fase estacionária. E por que chamamos assim? Porque não está se movendo, e você pode imaginar
que chamaríamos esse solvente menos polar
de fase móvel, porque ele está se deslocando
através da sílica gel e está pegando parte dessa
substância misteriosa e a movendo também. Digamos que essa substância misteriosa seja composta por duas coisas diferentes. Se algo é mais polar, isso significa que será mais atraído
pela fase estacionária, que é muito polar, e isso não vai se movimentar
para muito longe, enquanto as partes de nossa
substância misteriosa que são menos polares não serão
atraídas tanto pela sílica gel. Portanto, eles percorrerão uma
maior distância com o solvente. Talvez seja assim. Isso seria executado até que a fase móvel fizesse um caminho
para o topo da sílica gel bem aqui. Vamos olhar para isto. A razão pela qual foi
chamado de cromatografia é que quando isso foi feito originalmente, foi através de uma tentativa
de separar vários tecidos vegetais e que tinham cores diferentes. O croma se refere às várias cores, mas não necessariamente precisa se referir às coisas que têm cores diferentes, ou, às vezes, você pode precisar de uma
luz ultravioleta para vê-los. Mas quando for executada
a cromatografia de camada fina, será visto que o ponto original terá se deslocado em vários
graus com o solvente, e isso será mostrado em vários pontos, dependendo de quantas coisas
estavam na mistura original. Esta substância menos polar
vai percorrer maior distância do que a substância constituinte
mais polar, porque a substância mais polar é mais atraída pela sílica gel
que é estacionária. Há uma maneira de quantificar a distância que essas substâncias se movimentam
em relação ao seu solvente, e isso é chamado de fator de retenção. Usa-se a abreviatura "Rf", assim, porque vem do termo em inglês. Esse fator é definido como a distância
percorrida pelo soluto dividida pela distância
percorrida pelo solvente. Precisamos ser claros, não é a distância percorrida
pelo solvente no total, é a distância percorrida pelo solvente
a partir desta origem, de onde aplicamos este
ponto bem aqui. Vou rotular isto aqui como a origem. Então, o que teríamos nesta situação? Para nos ajudar nisso,
vamos usar uma régua. O fator de retenção para
a substância "A" bem aqui, vou colocar neste ponto
o rótulo de "A", e seu "Rf" seria igual à distância
percorrida pelo soluto, que podemos ver, ele percorreu 1 cm sobre a distância percorrida
pelo solvente após a origem. E assim vemos que ele percorreu
5 cm além da origem, portanto, 1 cm sobre 5 cm
é igual a 0,2. O fator de retenção do substância "B"
será igual à distância que ela percorreu. Neste caso aqui, 3 centímetros, e temos um total de 5 cm percorridos
pelo solvente a partir da origem, de onde colocamos a amostra bem ali. Esta equação, então,
é igual a 0,6. Observe, neste exemplo,
a substância mais polar tinha um fator de retenção menor
do que a substância menos polar. E isso faz sentido, porque nossa fase estacionária
é mais polar do que o nosso solvente. Assim, as substâncias que são
mais polares são mais difíceis de se mover pelo solvente menos polar. É isso, finalizamos a nossa aula. Até a próxima!