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As vacinas e a imunidade adquirida

Nesta videoaula explicamos como as vacinas atuam no sistema imunológico de forma a nos proteger por longos períodos.

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - Alô, alô, moçada! Hoje nós conversaremos sobre as vacinas e a imunidade adquirida. Existem dois tipos de imunidade: a imunidade inata e a imunidade adquirida. E o que difere entre elas é o grau de especificidade. Vamos relembrar rapidamente os dois tipos de imunidade antes de focarmos no fortalecimento da resposta imune adquirida pelas vacinas. Bora lá? Comecemos pela imunidade inata. A imunidade inata atua sobre qualquer patógeno ou antígeno que seja julgado uma ameaça ao organismo. Ela atua tentando barrar a entrada deles e, para isso, ela conta com algumas barreiras, que podem ser: barreiras mecânicas, como o muco, a pele, e cera; barreiras microbiológicas, como a flora intestinal, a flora bucal, a flora epidérmica e, por fim, a flora vaginal; e barreira química, que é feita por enzimas encontradas nas lágrimas, na saliva e na secreção nasal, o pH ácido encontrado na vagina e no estômago, e os ácidos graxos encontrados no suor. A imunidade inata conta também com neutrófilos, macrófagos e células chamadas de "naturais killers", abreviada como NK, que defendem o organismo quando um patógeno ou antígeno consegue atravessar as barreiras. Neste caso, é desencadeado um processo inflamatório, com dor, inchaço e febre localizada. quando o processo inflamatório é causado por antígenos resistentes, que geram um processo infeccioso generalizado, a resposta imune adquirida será acionada. A imunidade adquirida, adaptativa ou específica envolve linfócitos T e linfócitos B, que ficam armazenados nos linfonodos e no baço, de prontidão para atuar no caso da entrada de um microrganismo ou antígeno já conhecido. Os linfócitos T participam da resposta imune celular; já os linfócitos B participam da resposta imune humoral, que é mediada pelos anticorpos. Ambos os linfócitos são avisados da invasão por meio das células dendríticas, que capturam antígenos e alguns macrófagos, neutrófilos ou células NK, e os levam até os linfonodos. A resposta imune celular é iniciada pela análise do antígeno que acaba de chegar e pela produção e liberação de células T efetoras, células T efetoras armadas e células de memória específicas para cada caso. A resposta imune humoral é iniciada quando os linfócitos B passam a se multiplicar e a produzir anticorpos, que podem ficar dissolvidos nos fluidos corporais como plasma, lágrimas, saliva, muco, bile, no leite materno e na placenta; ou ainda, presos na membrana plasmática dos próprios linfócitos B. Cada linfócito B produz anticorpos e células de memória específicos para um determinado antígeno. O anticorpo pode tanto neutralizar os antígenos quanto marcá-los para que sejam fagocitados e destruídos pelos macrófagos e neutrófilos mais rapidamente. Quando a infecção tiver sido controlada e eliminada, os linfócitos T e B sofrem apoptose. Mas não os linfócitos de memória. Estes sobrevivem por anos, para garantir a resposta rápida no caso de uma futura reinfecção. Caso isso ocorra, os linfócitos de memória se reproduzem muito rapidamente e combatem a infecção antes mesmo dela se instalar, impedindo a manifestação da doença ou tornando-a super branda. E sabe por que eu quis revisar tudo isso com vocês? Porque o mecanismo das vacinas está diretamente relacionado com a produção destes linfócitos de memória. As vacinas desenvolvem imunidade e são eficientes pois estimulam a produção dos linfócitos de memória sem causar a doença. São vários os tipos de vacinas disponíveis no mercado. Entre elas temos as chamadas "vacinas vivas", que são normalmente dadas em uma dose única. São exemplos: as vacinas de vírus atenuados, como a da pólio de Sabin, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, hepatite A e febre amarela; e vacinas de bactérias atenuadas, como a da tuberculose ou a BCG. Gente, muito importante: pessoas que são imunodeprimidas, ou seja, com certas condições clínicas onde o sistema imunológico não trabalha muito bem, não são recomendadas a tomar esse tipo de vacina. Neste caso, é melhor usar as vacinas produzidas com parte dos antígenos, mesmo precisando de doses de reforço. São exemplos: as vacinas de partes de vírus como a vacina contra a pólio (a vacina Salk), e a de influenza; as vacinas de proteínas antigênicas clonadas, como a vacina da hepatite B; as vacinas de bactérias mortas, como as vacinas para tifo, cólera, peste bubônica e coqueluche; as vacinas de paredes celulares de bactérias, como as vacinas de meningococos e pneumococos; e as vacinas de RNA, que são mais recentes, como a do coronavírus. Em 2021, a pandemia do coronavírus deixou clara a dificuldade de produzir vacinas eficientes para vírus que sofrem mutações em uma alta taxa. Mas também mostrou que a união de pesquisadores em todo o mundo, em torno de um único objetivo comum, faz a ciência dar grandes saltos. E é isso por hoje, moçada. Eu espero que vocês tenham compreendido um pouco mais sobre como a nossa imunidade funciona e como as vacinas contribuem com a nossa saúde. Bons estudos e até a próxima!