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A importância das vacinas

Nesta videoaula explicamos porque as vacinas são tão importantes.

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RKA2JV - Alô, alô, moçada! Sabemos que as vacinas impedem doenças e suas sequelas. Mas elas são tão importantes assim? Para responder a essa pergunta, vamos dar uma olhadinha na história do Brasil sob a ótica da Saúde. O Brasil foi acometido por surtos de doenças como, por exemplo, febre amarela e varíola, ao longo dos séculos 18 e 19. A febre amarela é causada por um vírus transmitido por mosquitos do gênero Aedes. Ela tem como sintomas: febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Mas pode evoluir, provocando insuficiência hepática e renal, icterícia, hemorragias e até mesmo morte em um período entre 7 e 10 dias. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra o vírus. A prevenção da febre amarela é feita a partir do controle do mosquito, ou seja, o vetor, e também pela imunização com uma vacina muito eficaz, que garante imunidade em 99% das pessoas vacinadas com uma única dose. Apesar disso, o Ministério da Saúde do Brasil recomenda fortemente duas doses em regiões que são criticamente afetadas pela febre amarela, a fim de evitar surtos e epidemias. A varíola é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma das doenças mais devastadoras de toda a história da humanidade. Isso porque ela tem uma alta taxa de contaminação e uma alta taxa de letalidade. Esse reconhecimento, gente, não é à toa. Isso porque, no final do século 18, ela matava 400 mil europeus a cada ano. E a chegada da varíola no México junto com os espanhóis matou cerca de 3 milhões de nativos. Não é brincadeira, não. O contato com pessoas com o vírus da varíola, ou com objetos manuseados por pessoas contaminadas, é suficiente para ocorrer a transmissão do vírus, que consegue sobreviver, gente, acredite: fora do organismo, esse vírus sobrevive por até 24 horas. Ela é causada pelo vírus Orthopoxvirus variolae, e provoca pústulas (feridas) que são características, entre outros sintomas, como febre, dor de cabeça, mal-estar, dores musculares e, em casos mais graves, cegueira e morte. A varíola não tem cura, e os tratamentos apenas aliviam os sintomas. A melhor forma de prevenir essa doença, sem dúvida alguma, é com a vacina. A campanha mundial de vacinação contra a varíola na década de 70 mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. Em 1972 ocorreu o último caso de varíola no Brasil, e em 77 o último caso no mundo, mais precisamente lá na Somália. Assim, no dia 8 de maio de 1980, ela foi dada como erradicada pela OMS. A partir desse exemplo com a vacina da varíola, ficou muito evidente que campanhas de vacinação são extremamente eficazes. Essas duas histórias mostram que as vacinas podem, sim, tanto controlar uma doença, como no caso da febre amarela, quanto erradicar uma doença, no caso da varíola, quando pensamos em saúde pública. Mas cabe ressaltar que elas têm o poder de salvar vidas, principalmente no caso de doenças letais como as duas tratadas aqui. A vacinação em massa da população é considerada, então, como um dos melhores investimentos em saúde pública quando se considera, por um lado, o custo das vacinas e das campanhas, e, por outro, os benefícios que trazem. E, certamente, este foi um dos motivos que levou à campanha mundial de vacinação em massa contra o Coronavírus nos anos de 2021 e 2022. Infelizmente, o controle de doenças pelas vacinas desencadeou um novo movimento antivacina, pois as pessoas passaram a se questionar se elas realmente são necessárias, visto que não se vê mais epidemias. Por exemplo, as pessoas agora procuram o SUS para se vacinar contra a febre amarela apenas quando surge um pico da doença, como aconteceu no surto de 2017, que provocou 200 mortes. O sucesso da vacinação pode ser o responsável pela subsequente quebra da cobertura vacinal. Isso pode acabar trazendo de volta doenças como a pólio, que não existe mais no Brasil, mas ainda é encontrada em outros países. Foi exatamente isso o que aconteceu com o sarampo. Em 2016 o Brasil tinha recebido a certificação da eliminação do vírus do sarampo. Mas ela foi revogada em 2019, após o país ter confirmado 10.346 casos da doença em 2018. Desde então, o Brasil vem registrando dezenas de milhares de casos a cada ano, infelizmente, porque o sarampo é uma doença aguda e extremamente grave. Outra questão é que, no Brasil, existe um calendário vacinal também para jovens, adultos e idosos, não só para bebês e crianças. E muita gente não sabe disso e acaba não tomando as doses de reforço. Se a população adulta não for vacinada, pode acontecer o deslocamento de faixa etária. Ou seja, a doença deixa de ser comum em crianças e passa a ser frequentemente vista em adultos, como no caso da caxumba. Aqui, abordamos dois casos que mostraram que as vacinas são importantes. Mas existem muitos outros. Por isso, não deixe de se proteger e de proteger aqueles que você ama. Vacine-se! Bons estudos e até a próxima!