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Ciências e saúde
Curso: Ciências e saúde > Unidade 4
Lição 2: A importância da vacinação- A importância das vacinas
- Importância da vacinação
- Exemplo da importância da vacinação, a história da tuberculose no Brasil
- O sistema vacinal brasileiro
- As vacinas e o controle de pandemias
- As vacinas no Brasil
- Desenvolvimento e importância das vacinas
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A importância das vacinas
Nesta videoaula explicamos porque as vacinas são tão importantes.
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Transcrição de vídeo
RKA2JV - Alô,
alô, moçada! Sabemos que as vacinas impedem
doenças e suas sequelas. Mas elas são tão
importantes assim? Para responder a essa pergunta,
vamos dar uma olhadinha na história do Brasil
sob a ótica da Saúde. O Brasil foi acometido por surtos
de doenças como, por exemplo, febre amarela e varíola,
ao longo dos séculos 18 e 19. A febre amarela
é causada por um vírus transmitido por mosquitos
do gênero Aedes. Ela tem como sintomas:
febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor muscular,
náuseas e vômitos. Mas pode evoluir, provocando
insuficiência hepática e renal, icterícia, hemorragias e até mesmo morte
em um período entre 7 e 10 dias. A maioria dos infectados
se recupera bem e adquire imunização
permanente contra o vírus. A prevenção da febre amarela
é feita a partir do controle do mosquito, ou seja,
o vetor, e também pela imunização
com uma vacina muito eficaz, que garante imunidade em 99%
das pessoas vacinadas com uma
única dose. Apesar disso, o Ministério
da Saúde do Brasil recomenda fortemente
duas doses em regiões que são criticamente
afetadas pela febre amarela, a fim de evitar
surtos e epidemias. A varíola é considerada pela
Organização Mundial da Saúde como uma das doenças
mais devastadoras de toda a história
da humanidade. Isso porque ela tem uma
alta taxa de contaminação e uma alta taxa
de letalidade. Esse reconhecimento,
gente, não é à toa. Isso porque, no final
do século 18, ela matava 400 mil
europeus a cada ano. E a chegada da varíola no México
junto com os espanhóis matou cerca de
3 milhões de nativos. Não é brincadeira, não. O contato com pessoas
com o vírus da varíola, ou com objetos manuseados
por pessoas contaminadas, é suficiente para ocorrer
a transmissão do vírus, que consegue sobreviver,
gente, acredite: fora do organismo, esse
vírus sobrevive por até 24 horas. Ela é causada pelo vírus
Orthopoxvirus variolae, e provoca pústulas (feridas)
que são características, entre outros sintomas,
como febre, dor de cabeça, mal-estar,
dores musculares e, em casos mais graves,
cegueira e morte. A varíola não tem cura, e os tratamentos
apenas aliviam os sintomas. A melhor forma de
prevenir essa doença, sem dúvida alguma,
é com a vacina. A campanha mundial de vacinação
contra a varíola na década de 70 mostrou que a vacinação em massa
tinha o poder de erradicar a doença. Em 1972 ocorreu o último
caso de varíola no Brasil, e em 77 o último caso no mundo,
mais precisamente lá na Somália. Assim, no dia
8 de maio de 1980, ela foi dada como
erradicada pela OMS. A partir desse exemplo
com a vacina da varíola, ficou muito evidente que campanhas
de vacinação são extremamente eficazes. Essas duas histórias mostram
que as vacinas podem, sim, tanto controlar uma doença,
como no caso da febre amarela, quanto erradicar uma doença,
no caso da varíola, quando pensamos
em saúde pública. Mas cabe ressaltar que elas
têm o poder de salvar vidas, principalmente no caso de doenças
letais como as duas tratadas aqui. A vacinação em massa da
população é considerada, então, como um dos melhores
investimentos em saúde pública quando se considera, por um lado,
o custo das vacinas e das campanhas, e, por outro,
os benefícios que trazem. E, certamente,
este foi um dos motivos que levou à campanha mundial de
vacinação em massa contra o Coronavírus nos anos
de 2021 e 2022. Infelizmente, o controle
de doenças pelas vacinas desencadeou um novo
movimento antivacina, pois as pessoas passaram a se questionar
se elas realmente são necessárias, visto que não se vê
mais epidemias. Por exemplo, as pessoas
agora procuram o SUS para se vacinar contra
a febre amarela apenas quando surge
um pico da doença, como aconteceu no surto de 2017,
que provocou 200 mortes. O sucesso da vacinação
pode ser o responsável pela subsequente quebra
da cobertura vacinal. Isso pode acabar trazendo
de volta doenças como a pólio, que não existe
mais no Brasil, mas ainda é encontrada
em outros países. Foi exatamente isso o que
aconteceu com o sarampo. Em 2016 o Brasil
tinha recebido a certificação da eliminação
do vírus do sarampo. Mas ela foi
revogada em 2019, após o país ter confirmado 10.346
casos da doença em 2018. Desde então, o Brasil vem registrando
dezenas de milhares de casos a cada ano, infelizmente, porque o sarampo é uma
doença aguda e extremamente grave. Outra questão é que, no Brasil,
existe um calendário vacinal também para jovens, adultos e idosos,
não só para bebês e crianças. E muita gente
não sabe disso e acaba não tomando
as doses de reforço. Se a população adulta
não for vacinada, pode acontecer o deslocamento
de faixa etária. Ou seja, a doença deixa
de ser comum em crianças e passa a ser frequentemente
vista em adultos, como no caso da caxumba. Aqui, abordamos
dois casos que mostraram que as
vacinas são importantes. Mas existem
muitos outros. Por isso, não deixe
de se proteger e de proteger aqueles
que você ama. Vacine-se! Bons estudos
e até a próxima!