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Os vírus

Nesta videoaula explicamos o que são vírus, ressaltando suas características e modos de replicação. 

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Transcrição de vídeo

RKA2JV - Alô, moçada! Tudo bem com vocês? Você já deve ter ouvido falar sobre os vírus, não é? Eu imagino que sim, pois muitos deles estão constantemente nos noticiários. É vírus da gripe, vírus da dengue, vírus da AIDS, e, desde 2020, o Coronavírus. Mas você sabe o que é um vírus? Até o final deste vídeo, você com certeza vai ficar sabendo. Bora começar? A grande maioria dos cientistas consideram que os vírus não são seres vivos, pois não possuem estrutura celular e nem metabolismo próprio, dependendo de outros seres vivos para se reproduzir. Eles são, então, parasitas intracelulares obrigatórios, e podem infectar plantas, animais, seres humanos e até mesmo bactérias e fungos. Quero te contar um pouco como é a estrutura dos vírus. Acompanhe aí comigo. Os vírus são compostos, basicamente, por dois elementos: um ácido nucleico e um envoltório proteico, denominado capsídeo. O ácido nucleico dos vírus pode ser DNA ou RNA, podendo ser de fita dupla ou fita simples. Alguns vírus, chamados de retrovírus, têm os dois tipos de ácidos nucleicos, embora apenas um tipo de cada vez, alternando entre DNA e RNA dependendo da fase de replicação em que se encontra. Alguns vírus, após replicados em células animais, podem possuir um envelope fosfolipidico mais externo. Esse envelope, composto pelos fosfolipídios das células hospedeiras, é formado quando o vírus deixa a célula após o término de sua replicação. Os vírus podem ser classificados como envelopados ou sem envelope. Eles são muito pequenos, variando de aproximadamente 0,02 a 0,3 micrômetros. Mas existem alguns vírus com até 750 micrômetros, apesar de serem bem raros. Agora eu quero te contar como os vírus conseguem se multiplicar. O termo que utilizamos é "replicação", tudo bem? Podemos dividir o processo de replicação em etapas-chave para todos os vírus. São elas, acompanhe aí comigo: adsorção, liberação, expressão e replicação, montagem, liberação, e transmissão. Na adsorção acontece a entrada do vírus dentro da célula hospedeira, que contém as condições necessárias para que o vírus se replique. A escolha da célula hospedeira alvo é feita através da ligação de partes da célula hospedeira com partes do envelope ou do capsídeo do vírus. Na liberação é onde ocorre a separação dos ácidos nucleicos do capsídeo, com a liberação do DNA ou do RNA do vírus no interior da célula hospedeira. Já a expressão e replicação de ácidos nucleicos pode seguir caminhos ou ciclos distintos: o ciclo lisogênico e o ciclo lítico. No ciclo lisogênico, os vírus integram seu genoma ao genoma da célula hospedeira e se replicam conjuntamente com a célula hospedeira e suas filhas, netas, etc. Eles podem ficar escondidos e se replicando nas células hospedeiras por muito tempo, esperando uma baixa no sistema imunológico para infectar todo o organismo. Já no ciclo lítico, alguns vírus replicam seu genoma e se reestruturam. Assim que penetram na célula hospedeira, fazem com que ela se rompa para liberar os novos vírus para que estes, então, possam infectar novas células. Na etapa de montagem, nesta fase, os vírus se reestruturam, as proteínas se juntam para montar os capsídeos e encapsulam material genético. Na liberação e transmissão, ocorre o rompimento da célula hospedeira e a liberação e transmissão dos vírus. É durante esta fase que os vírus envelopados utilizam os fosfolipídios das membranas celulares para produzir os envelopes, quando estes o possuem. E você já ouviu falar sobre mutações? Devido à flexibilidade de seu genoma, que pode ser de DNA ou RNA, fita dupla ou fita simples, e pelo fato de usar o genoma da célula hospedeira para se replicar, os vírus estão sujeitos a mutações. Isso dificulta (mas não impede) o controle tanto de sua disseminação entre as populações quanto da intensidade de sua replicação dentro de um hospedeiro. E como tratamos as doenças causadas por vírus? O controle de uma infecção virulenta é feito através do impedimento de sua replicação, o que é conseguido impedindo que eles penetrem na célula hospedeira, ou bloqueando algumas proteínas importantes que participam desse processo de replicação do vírus. Uma estratégia é o desenvolvimento de vacinas e remédios antivirais, desde que a taxa de mutação dos vírus não seja muito elevada. O impedimento da replicação durante a infecção é o suficiente para controlar os vírus que atuam imediatamente pelo ciclo lítico. Mas, para controlar os vírus que atuam pelo ciclo lisogênico, é preciso também manter a imunidade do hospedeiro alta, de forma a prevenir futuras infecções provocadas pelos vírus escondidos. Isso é normalmente conseguido com o uso de coquetéis de remédios. Mas isso já é um assunto para outro vídeo, tudo bem? Muito obrigada, bons estudos e até a próxima!