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Física médica

Neste artigo você irá conhecer a Física Médica e as contribuições do uso das radiações na Medicina.
Você já fez um exame de raio X para verificar se quebrou algum osso ou para saber como estão seus pulmões? Sentiu alguma coisa durante o raio X?
Normalmente, não sentimos nada, e isso é incrível. Imagine, é possível obter informações de seu corpo sem ter de abri-lo e sem causar/sentir dor.
Isso se tornou possível quando os conceitos da Física começaram a ser aplicados na Medicina, o que deu origem à área denominada física médica.
A Medicina esteve ligada à radiação desde a descoberta dos raios X – por Röntgen, em 1895 –, quando foi também descoberta a capacidade desses raios de imprimir imagens de estruturas internas de vegetais e do corpo humano em papéis fotográficos.
Já os primeiros tratamentos radioterápicos contra o câncer de que se tem notícia foram realizados na Suécia, em 1899. Desde então, a área de atuação da física médica só tem crescido, tanto na função diagnóstica quanto na terapêutica.
A radioterapia é hoje um poderoso tratamento na cura do câncer, principalmente quando usada em conjunto com intervenções cirúrgicas. No entanto, ela é indicada apenas em casos de tratamentos mais localizados; para cânceres com alto poder de metástase, os tratamentos quimioterápicos são mais indicados.
Na área de diagnóstico, além dos conhecidos raios X usados na radiologia, foram desenvolvidos radiofármacos com o intuito de observar o funcionamento de determinados órgãos e sistemas do corpo humano. Esse tipo de exame é realizado pelo que chamamos de medicina nuclear.
Os radiofármacos são átomos radioativos produzidos em reatores nucleares ou aceleradores, que são diretamente usados pelo corpo humano ou se ligam a elementos ou organelas específicas. Seguem, abaixo, alguns exemplos de radiofármacos e sua aplicação.
  • Iodo radioativo: administrado por via oral para realizar exames do funcionamento da glândula tireoide, visto que essa glândula usa o iodo para produzir hormônios e não faz distinção entre o iodo radioativo e o iodo não radioativo.
  • Oxigênio radioativo: aplicado via nasal, o paciente respira o oxigênio radioativo, que adentra nos pulmões, mostrando seu alcance e a fisiologia da respiração pulmonar – por exemplo, se o paciente está com os alvéolos fechados ou inundados de líquido, o oxigênio radioativo não consegue adentrá-los.
  • Tecnécio radioativo: aplicado por via intravenosa. O tecnécio tem afinidade pela hemoglobina, ligando-se aos glóbulos vermelhos do sangue. Dessa maneira, é possível verificar se existe algum impedimento à passagem do sangue no corpo do paciente ou algum ponto de derrame.
Figura 1: Sequência de imagens mostrando a evolução de um enfisema pulmonar.
No Brasil, os radiofármacos são produzidos pelo Instituto de Pesquisas em Energia Nuclear, pelo Instituto de Engenharia Nuclear, pelo Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear e pelo Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste. Os radiofármacos produzidos nesses centros são o Gálio-67, Tálio-201, Iodo-123 e Flúor-18. Os radiofármacos que não são produzidos no Brasil são importados.
A utilização da radiação com finalidades diagnósticas e terapêuticas tem beneficiado centenas de milhões de pessoas anualmente no mundo todo.
Figura 2: Imagem de um câncer metastático ganglionar.
Diariamente, são realizados, em média, mais de 10 milhões de procedimentos de radiologia diagnóstica (raios X) e 100 mil procedimentos de diagnóstico de medicina nuclear (radiofármacos). Realizam-se também algo em torno de 14 mil sessões de radioterapia na busca da cura de cânceres.
Hoje, os raios X são utilizados nas mais variadas técnicas de diagnóstico por imagem, do simples raio X aos procedimentos de alta complexidade, como a mamografia, a tomografia computadorizada e a radiologia intervencionista.
É fácil perceber que a área médica ganhou ferramentas poderosas na análise do corpo humano, bem como na verificação e no tratamento de problemas de saúde, com o advento da física médica.

Referências das figuras

Figura 2: PET scan image

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