Vimos que podemos concorrer com outras espécies de seres vivos por espaço, alimentos, água e demais recursos naturais.

Mas será que, além disso, podemos impactar também o clima da Terra?

Você percebe alguma mudança no clima de sua cidade?

Como estão as estações do ano?

Em Curitiba, os verões parecem estar mais quentes, e o inverno está menor. Na verdade, o inverno parece estar se concentrando em menos dias extremamente frios, mas espalhado por uma quantidade maior de meses.

Em Arraial d'Ajuda, no sul da Bahia, a chuva tem se estendido ao longo de meses durante o segundo semestre.

Os noticiários têm mostrado muitas matérias sobre terremotos, chuvas, enchentes, deslizamentos de terra, furacões e outras catástrofes naturais.

Também têm feito muitas chamadas de alerta para tempestades e ventos fortes. Chega a ser assustador!

Será que o aumento da quantidade de terremotos, furacões, enchentes, secas extremas, erupções vulcânicas e tsunamis é natural?

E os terremotos e furacões que agora são sentidos em lugares onde eles não aconteciam como, por exemplo, no Brasil?

Todos esses fenômenos e mudanças são apenas parte do ciclo normal da Terra ou fruto das ações antrópicas?

Será que estamos vivendo uma etapa do ciclo natural da Terra em que várias espécies serão extintas, como já aconteceu antes?

O planeta Terra, ao longo de sua história, passou por eras vulcânicas e glaciais e conheceu catástrofes naturais que provocaram extinções em massa – por exemplo, o fim da era Terciária, que dizimou mais de 95% das espécies vivas.

O que chama a atenção nos dias de hoje, nas palavras do filósofo e sociólogo Edgar Morin, é a impressão de que:

Por outro lado, o consumo dos bens naturais como água, combustível, alimentos, madeira etc. tem crescido continuamente ao longo da história da humanidade.

A relação é direta: para produzir cada vez mais bens de consumo, é preciso usar cada vez mais bens naturais.

Assim, entre 1950 e 2005, a extração de metais cresceu 6 vezes, o consumo de petróleo aumentou 8 vezes e o de gás natural 14 vezes.

Essas informações ilustram o tipo de relação estabelecida entre os seres humanos e a natureza.

Além disso, justificam o esgotamento ao qual nosso planeta está sendo imposto.

Mas perguntas sobre se somos os responsáveis por todas essas catástrofes que lemos e ouvimos nos noticiários ou redes sociais e sobre o que nos espera no futuro têm gerado debates e manifestações acaloradas.

Por um lado, existem aqueles que afirmam que todo esse esgotamento é apenas um reflexo do aquecimento da Terra como resultado da ação do ser humano ao longo da história da humanidade.

Por outro, há os que acreditam que tudo faz parte do ciclo natural da Terra, inclusive o aquecimento global, e que o ser humano não tem essa força de atuação diante da natureza.

Quem será que está certo?

Figura 1: Desmatamento irregular