Patógenos e o ambiente

[RKA20C] E aí, pessoal, tudo bem? Nesta aula, vamos estudar os patógenos e como o meio ambiente pode ajudar ou prejudicar no seu desenvolvimento. Mas, antes disso, vamos entender o que é um patógeno. "Pato" vem do grego "patos" e refere-se a doenças, e "geno" vem de "gerar" ou "genética", que significa "produzir". Então, patógenos são algo que produz doença. E um bom exemplo disso, que ainda enfrentamos no nosso planeta, é a malária, uma doença muito desagradável. Ela envolve o ataque aos glóbulos vermelhos. Com isso, causa febre, calafrios, suor, fortes dores abdominais, vômitos e dores de cabeça. Além disso, uma pessoa que pega malária fica mais suscetível a outras doenças. E o pior: se não for tratada, pode até levar à morte. O patógeno que cria ou produz essa malária é conhecido como Plasmodium falciparum. É um nome um pouco complicado, mas você vai entender como ele age no corpo humano, fazendo com que uma pessoa adoeça. Nesta imagem, temos um atacando os glóbulos vermelhos. Para efeito de comparação, um glóbulo vermelho saudável é mais ou menos assim. Quando o glóbulo vermelho é atacado pelo patógeno, ele fica com esta cor mais forte aqui. Isso faz com que os glóbulos vermelhos sejam destruídos e leva a todos os sintomas de que já falei. Mas aí vem a pergunta da aula: Como o meio ambiente pode contribuir para que a malária se espalhe? Primeiro, sabemos que esse patógeno da malária só pode passar por seu ciclo completo de vida em um ambiente muito quente. Ou seja, ele precisa estar em um meio ambiente com uma temperatura maior que 20°C, que é a mesma coisa que 68°F. Além disso, sabemos que a malária é transmitida por mosquitos. Em particular, este aqui, que é conhecido como Anopheles. O que um mosquito gosta de fazer? Beber nosso sangue. Com isso, para se desenvolverem, eles precisam de ambientes com muitos seres humanos. Isso porque eles precisam espalhar o patógeno da malária. Ou seja, além de alta temperatura, esses mosquitos precisam de alta densidade populacional. Além disso, eles gostam de um ambiente quente e úmido. Então, se você tiver uma temperatura menor do que esta, o patógeno da malária não vai sobreviver. Geralmente, sobrevivem em regiões próximas ao Equador. Este mapa aqui mostra bem essa propagação. Nas regiões que estão em laranja, você tem maior aparição de malária. Nas regiões em amarelo, você pode encontrar a malária, mas não tanto quanto nas laranjas. E, nas regiões em azul, você não vai encontrar malária. Se traçarmos uma linha do Equador aqui, você pode ver que as regiões mais próximas a ela têm maior probabilidade de encontrar malária. Isso porque é mais quente ao seu redor. Ou seja, você não tem grandes quedas de temperatura. Além disso, você tem regiões com clima quente e úmido e, nesta parte aqui, onde fica o deserto do Saara, mais ou menos aqui na parte de cima, não tem um local tão bom para o mosquito, já que é muito seco. Agora, na parte de baixo, você tem alta probabilidade de aparição de malária. Uma coisa preocupante é que, à medida que a Terra vai ficando mais quente, nós teremos malária em regiões em que não era muito comum. Ou seja, não apenas regiões tropicais ou regiões equatoriais, mas outras regiões em que não era comum a aparição de malária. Você pode ter, por exemplo, regiões que são tradicionalmente subtropicais ou temperadas ficando cada vez mais quentes, a ponto de, agora, o patógeno da malária conseguir sobreviver. O que quero dizer é que, conforme a Terra vai ficando mais quente, você vai ter uma maior propagação de malária para outras regiões. Além disso, a malária e seu patógeno não são os únicos que podem se espalhar. Você tem, por exemplo, o Zika vírus, que também é transmitido por mosquitos. Com isso, à medida que o mosquito consegue sobreviver melhor, essa doença vai se desenvolver mais. Enfim, o que quero falar é que o meio ambiente pode, de fato, influenciar em diversas outras doenças. Espero que esta aula tenha lhe ajudado. Até a próxima, pessoal!