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Impactos das práticas agrícolas

As práticas agrícolas que podem causar danos ambientais são as lavouras, a agricultura de corte e queima, e o uso de fertilizantes. Versão original criada por Khan Academy.

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RKA10JV - E aí, pessoal! Tudo bem? Hoje vamos estudar os impactos das práticas agrícolas. E para isso, vamos pensar em um delicioso café da manhã. Como assim? Digamos que aqui temos uma caixa de cereal, uma caixa de leite de arroz, que é um leite vegetal feito de arroz, e um pijama bastante confortável. Algumas coisas que utilizamos às vezes, não é? E você sabia que todos esses itens estão ligados com práticas agrícolas? Em particular, lavrar, cortar e queimar. Agricultura e fertilizantes. Então, vamos entender cada um desses itens? Vamos começar com os cereais. Se você não sabe, a maioria dos cereais é composto de grãos como aveia, milho e cevada. E o cultivo de grãos geralmente começa com o cultivo em solo de boa qualidade com muitos nutrientes. Mas o que é lavrar? Ou seja, o que é esse cultivo? Resumidamente, é o processo de revolvimento do solo. Ou seja, um processo de inverter as camadas do solo com o uso de arado para que esse plantio seja feito. Isso é muito importante porque permite aos agricultores controlarem facilmente as ervas daninhas e outras pragas na superfície do solo. Isso ajuda a preparar o solo para a semeadura. E, às vezes, em áreas fortemente cultivadas, o solo pode ficar compactado com o tempo. Aqui o cultivo pode ajudar a quebrá-lo em pedaços menores que chamamos de agregadores de solo. E isso permite o plantio mais fácil. Agora, a lavoura é feita há milhares de anos, mas mudou muita coisa em relação ao passado, quando usávamos, por exemplo, seres humanos e grandes animais de tração, para cultivar pequenos campos geralmente uma vez por ano. E hoje em dia, na era da agricultura industrializada, os agricultores em grande escala usam equipamentos mecanizados e pesados que podem cultivar milhares de hectares várias vezes por ano. Ok, agora estamos crescendo mais, estamos cultivando mais, muito mais, e embora o preparo do solo possa ajudar a soltá-lo e arejá-lo, o que você acha que acontece quando o maquinário pesado passa sobre a terra e rasga a superfície várias vezes por ano? Essa prática de arado de cultivo intensivo repetido compacta as camadas inferiores do solo, e faz com que ele perca a capacidade de reter água ou nutrientes do local. Além disso, o preparo do solo também reduz qualquer resíduo de colheita restante, como estoques de plantas. Assim, por sua vez, a superfície exposta desse solo torna-se realmente vulnerável ao vento e à chuva. Isso porque nada está o segurando, e fornecendo cobertura. E o que acontece a seguir? O solo solta e pode começar a se acumular no escoamento superficial e ser deslocado pela erosão. E quando isso acontece, esse solo, a matéria orgânica e os nutrientes são literalmente lavados ou destruídos. Quem poderia imaginar que uma caixa de cereal causaria tanto dano assim, não é? Mas calma! Têm coisas boas acontecendo também. Felizmente, as alternativas de cultivo de baixa ou nenhuma colheita, podem aliviar alguns desses impactos. Em Palouse, por exemplo, que está a oeste nos Estados Unidos, temos uma grande área agrícola onde muitos grãos são cultivados. É realmente importante porque os campos são muito íngremes, e montanhosos e, com isso, o vento e a chuva podem causar muita erosão quando o solo é arado pesadamente. E ao não cultivar os campos, os agricultores podem evitar a erosão do solo, e o mais importante, do meu ponto de vista, garantir que eles possam plantar muitos grãos para o cereal. Mas esses cereais não estão totalmente prontos sem leite, correto? E muitas pessoas utilizam leite de arroz porque são sensíveis à lactose. E aí entra uma outra necessidade que é o cultivo de arroz. E geralmente são cultivados em regiões temperadas e tropicais, muitas vezes em áreas onde a qualidade do solo não é a melhor. E, por causa disso, faltam nutrientes. Então como esses agricultores fazem os nutrientes irem para o solo? E mais importante ainda, como eles cultivam arroz para o cereal, e tantas outras coisas em que esse alimento é utilizado? Eles costumam utilizar o que chamamos de agricultura de corte e queima, e como o nome já diz, partes da floresta são cortadas, ou seja, árvores e plantas, e depois são deixadas para secar. E depois os agricultores pegam os cortes e queimam. E para que isso serve? Simples, as cinzas que sobram desses cortes são utilizadas para fertilizar o solo. Mas esse é um benefício temporário. Após cerca de três a cinco anos, a produtividade das cortadas e queimadas começa a diminuir rapidamente devido à perda de nutrientes, e à medida que as ervas daninhas começam a crescer novamente. E se você não sabe, uma erva daninha é uma planta que nasce espontaneamente em local e momentos indesejados e que pode interferir negativamente na agricultura. Quando isso acontece, os agricultores simplesmente abandonam a terra se movem para uma nova área e repetem todo o processo. E o principal impacto disso é que pode levar décadas para que esses lotes se recuperem depois de cortados, queimados e cultivados. E essa prática pode se tornar um ciclo vicioso. Na Amazônia, por exemplo, as pessoas nas áreas rurais dependem do corte e queimada para ganhar dinheiro vendendo as safras que cultivam, ou então criar pastagens abertas para os animais pastarem. Nesse processo, milhares de hectares são queimados a cada ano e à medida que essas árvores e plantas queimam, enormes quantidades de gases de efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono, são produzidos, o que contribui para mudanças climáticas. E às vezes, os incêndios não conseguem ser bem geridos, e podem queimar fora do controle o que causa grandes impactos ambientais e caros de se resolver. Mas calma, nem tudo é tristeza quando estamos falando do nosso saboroso leite de arroz. Existem alternativas a essa prática de cortar e queimar que incluem a aplicação de fertilizante animal, como o estrume, em parcelas usadas para adicionar nutrientes de volta ao solo ou o uso de cultivos em alamedas em que árvores ou outra vegetação são plantadas em lavouras para ajudar a manter os nutrientes e a umidade do solo. Por fim, digamos que eu já tomei o meu café da manhã, e agora estou relaxando no meu pijama de algodão super confortável. Mas se você não sabe, o algodão é muito difícil de crescer. Ele requer muitos fertilizantes, e fertilizantes ajudam as plantas a crescer. Mas isso não é algo ruim, correto? De fato não é. Na verdade, utilizamos fertilizantes há milênios. Por milhares de anos, as pessoas utilizaram fertilizantes naturais para repor ou aumentar os nutrientes no solo e promover o crescimento das plantas. Os fertilizantes naturais significam que os agricultores usam coisas como sobras de safras, estercos, cinzas de madeira, ossos moídos, peixes ou partes de peixes, fezes de pássaros e morcegos. No entanto, no início de 1.800, os cientistas descobriram que o nitrogênio, o fósforo e o potássio eram essenciais para o crescimento das plantas. E com o tempo, muitos agricultores começaram a mudar de fertilizantes naturais para fertilizantes artificiais, e que têm concentrações mais altas desses nutrientes. E isso aumentou a produtividade das plantações. Em outras palavras, os agricultores poderiam cultivar mais, o que significa mais algodão e mais pijamas confortáveis. Mas tem um porém, agora os agricultores estão cultivando mais as safras do que em qualquer outro momento da história, e como já vimos, o uso excessivo de fertilizantes causa grandes impactos ambientais. Aplicar fertilizantes pode poluir a água de escoamento, e poluir as águas superficiais locais, e à medida que materiais ricos em nutrientes como fertilizantes chegam aos rios, lagos e oceanos próximos, eles causam um desequilíbrio de nutrientes nos ecossistemas marinhos. Então quando muitos nutrientes dos fertilizantes saturam o corpo da água, temos o que chamamos de eutrofização, em que esses nutrientes alimentam o rápido crescimento das algas. E essa enorme proliferação de algas pode sugar todo o oxigênio dos corpos da água e elevar a uma enorme mortandade de peixes, formando o que chamamos de zonas mortas. E é um enorme impacto ambiental, não é? Mas claro, existem maneiras de reduzir a quantidade de fertilizantes lançados nas águas. Os agricultores podem, por exemplo, limitar a quantidade que aplicam ou então utilizarem compostos de matéria orgânica decomposta. E, diferentemente dos fertilizantes, esses compostos tendem a ter níveis mais baixos e seguros de nitratos e fosfatos. Enfim, essas são algumas práticas do nosso cotidiano que se utilizam de agricultura e causam impactos ambientais. Eu espero que esta aula tenha lhes ajudado. E até a próxima, pessoal!