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Curso: Cosmologia e astronomia > Unidade 3
Lição 1: Teoria tectônica de placas- Tectônicas de placas: Diferença entre crosta e litosfera
- Estrutura da Terra
- Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas
- Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas divergentes
- Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas convergentes
- Placas se movendo devido à convecção do manto
- Formação das ilhas havaianas
- Pangeia
- Camadas mecânicas e composicionais da Terra
- Como sabemos sobre o núcleo da Terra
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Camadas mecânicas e composicionais da Terra
Crosta, manto, núcleo, litosfera, astenosfera, mesosfera, núcleo externo, núcleo interno. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA2MP - E aí, pessoal, tudo bem? Nesta aula, nós vamos ter um entendimento
melhor a respeito da estrutura da Terra. Para isso, vamos pensar
em dois modos diferentes. Deixe-me desenhar aqui metade da Terra. E como eu disse, vamos pensar nisso
de duas formas. Do lado esquerdo, nós vamos ter
a composição de camadas, ou camadas químicas e, do lado direito, nós vamos estudar
as propriedades mecânicas da camada. E, quando eu estou falando disso,
eu estou falando de uma camada sólida, líquida ou uma camada intermediária. Ok, primeiro vamos pensar
na composição química. Esta aqui é a crosta, é a camada
mais externa e, obviamente, é sólida. Mas, claro, nós vamos ver isso
quando falarmos da composição mecânica. Aqui a crosta, que também é chamada
de camada mais fina. Essa crosta não é uniforme:
há uma crosta oceânica e uma continental. A crosta oceânica é mais fina. Eu posso até colocar uma crosta
mais grossa aqui, que é a crosta continental. Ela é mais grossa e menos densa
que a crosta oceânica. E, como eu disse, a crosta oceânica
é bem fina, está aproximadamente entre 5 e 10 km. Claro, uma coisa importante:
quando eu estou falando de crosta oceânica, eu não estou falando de oceano,
de líquido, de água. Eu estou falando da rocha
que pode armazenar água, é a rocha debaixo do oceano. A crosta continental tem, aproximadamente, entre 10 e 70 km de espessura. E claro, apesar desta ser mais grossa
do que esta, ambas são rochas sólidas. A camada mais próxima da Terra é o manto. E como podemos diferenciar isso da crosta? Simples: pela composição
de diferentes tipos de rocha. E tem uma profundidade:
o manto está abaixo da crosta, e essa profundidade é de 2.900 km. É uma camada muito mais grossa
do que a crosta. A crosta continental tem
entre 10 e 70 km de espessura, enquanto a crosta oceânica
tem entre 5 e 10. Por isso, esse manto tem uma espessura
muito grande. Só para você ter uma ideia, embora eu tenha desenhado
essa crosta fina, ainda não é necessariamente tão fina
se você comparar ao manto. O que estou dizendo é que este desenho
não está em escala. Agora, se formos ainda mais fundo,
vamos chegar à parte mais densa da Terra, que é o que chamamos de núcleo. Nesta camada, tem algumas coisas
interessantes, principalmente se pensarmos
nas propriedades mecânicas da Terra. Quanto mais fundo você vai,
elementos mais densos são encontrados, e também a pressão e o calor aumentam. A razão para isso é que, quando a Terra
estava se formando, se fundindo, os elementos mais densos afundaram
e os elementos mais leves subiram. Até mesmo os gases subiram,
formando assim a nossa atmosfera. Por isso, basicamente,
as coisas estão mais densas no centro e as menos densas, fora da atmosfera. Uma outra coisa importante
é que a composição desse núcleo é diferente da do manto e da crosta. Acreditamos que esse núcleo
seja formado essencialmente por metais, principalmente por ferro e níquel. Enfim, esta é a estrutura da Terra
do ponto de vista químico. Agora vamos pensar nessas mesmas camadas,
mas do ponto de vista mecânico. A camada mais externa da Terra, que pode ser a crosta oceânica
ou a crosta continental, é a parte mais fina do topo do manto. Esta camada em rosa é a parte do manto
que é rocha, que é sólida. Sua composição é diferente
da crosta continental, porém, ambas são sólidas. E, se você combinar esta parte superior
do manto com esta crosta, você vai ter o que chamamos de litosfera. Ou seja, tudo isto é a litosfera. E essa litosfera, dependendo de onde você
está na Terra, tem entre 10 e 200 km. Na maioria das vezes,
é essa espessura mais alta. O 10 só é encontrado em lugares do manto onde o calor é capaz de dissolver
partes da litosfera. Mas claro, nós vamos falar mais
a respeito disso quando conversarmos a respeito
de placas tectônicas. Essas camadas, que chamamos
de camadas litosféricas, estão indicando a litosfera
está se movendo acima das camadas mais baixas do manto. E essa litosfera é sólida. Isso porque ela é formada pela crosta
e pela parte superior do manto. Descendo mais um pouco,
as temperaturas e pressões aumentam. A temperatura subiu de modo que
esta camada não é exatamente líquida. Eu não vou nem chamá-la de líquida ainda. Isso porque tem uma textura
ainda parecida com uma massa, tem propriedades de fluidos,
ou seja, pode fluir, mas é mais viscoso do que associamos
com a maioria dos fluidos, mas também não chega a ser sólido. Pode ter convecção passando por ela,
mas, como eu disse, não é algo líquido. É o que chamamos de astenosfera.
É tipo uma camada de massa. É tão quente que a rocha,
de alguma forma, derreteu. E claro, essa astenosfera, obviamente,
começa abaixo da litosfera. E, quando falamos de placas tectônicas, essa é a camada pegajosa que permite
que a camada sólida se mova. Ela está baixo da litosfera,
cerca de 660 km. A partir daqui, a pressão é tão grande que, embora a temperatura seja maior
do que essa pressão, o mesmo material
não consegue mais se mover. Por exemplo, você pode imaginar
algo meio líquido aqui, o que significa que as suas de moléculas podem passar uma pela outra,
talvez bem devagar. Se você aumenta a pressão sobre
essas moléculas, elas vão se espremer. É isso que acontece
na próxima camada do manto. Todas as camadas do manto
são feitas da mesma coisa. A diferença são as pressões
e as temperaturas. A próxima camada é o que chamamos
de mesosfera. E claro, esta é a mesosfera, mas também tem uma camada
da nossa atmosfera, abaixo da estratosfera, que é chamada de mesosfera,
por isso é importante você não confundir. São mesosferas diferentes. Nesta camada, a pressão é tão grande
que agora as coisas estão sólidas de novo. As moléculas não conseguem se movimentar
porque a pressão é muito grande. E, se você descer um pouco mais,
chegando no núcleo, a temperatura é muito grande
e a pressão também. E, mesmo que a mesosfera
faça uma pressão muito grande, os metais nessa temperatura podem ser
fluidos e, com isso, podem ser líquidos. Então, o núcleo exterior é líquido. E o núcleo, nós sabemos que é composto
do mesmo material. Apenas a parte externa, onde a temperatura é alta o suficiente
para derreter os metais, mas as pressões não são altas o suficiente
para solidificá-los. E aí você pode continuar descendo,
e as temperaturas continuam aumentando, e a pressão é tão forte
que os mesmos metais são sólidos. Portanto, o núcleo interior é sólido. E aí nós temos o que chamamos
de núcleo interno sólido. Se você olhar, o manto,
que tem uma profundidade de 2.900 km, termina aqui, quando termina a mesosfera. Isso porque a mesosfera
é uma espécie de manto inferior, ou seja, isto tem 2.900 km, e esse núcleo exterior líquido
tem cerca de 5.100 km de profundidade. E depois você tem o centro da Terra. O raio da Terra é de cerca de 6.400 km. E, quando você ouvir as pessoas falando
a respeito de litosfera ou do manto, elas estão falando da composição mecânica
e da composição química. A mecânica é: sólida, líquida e gasosa. Ou seja, a litosfera, a astenosfera,
a mesosfera e esses dois núcleos. E a composição química:
da crosta, do manto e do núcleo. Eu espero que esta aula tenha te ajudado.
Até a próxima, pessoal!