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Curso: Cosmologia e astronomia > Unidade 3
Lição 1: Teoria tectônica de placas- Tectônicas de placas: Diferença entre crosta e litosfera
- Estrutura da Terra
- Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas
- Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas divergentes
- Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas convergentes
- Placas se movendo devido à convecção do manto
- Formação das ilhas havaianas
- Pangeia
- Camadas mecânicas e composicionais da Terra
- Como sabemos sobre o núcleo da Terra
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Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas
Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA2MP - Vamos pensar um pouco
nas pistas que nos levam a concluir que nós temos placas litosféricas
se movendo. A primeira pista é que parece
que os continentes se encaixam. Isso fica bem claro quando olhamos
esta parte aqui da nossa América do Sul e como ela parece se encaixar
perfeitamente nesta parte aqui da África. Parece que um dia esta parte estava
encaixada aqui, que elas estavam conectadas. E, se você for um pouquinho mais criativo, tem outras partes do mundo
que você pode imaginar como poderiam se encaixar com outras
no passado. Essa é uma pequena pista. Mas nós podemos imaginar que,
se eles já estiveram conectados, eles se moveram para longe um do outro
em algum momento. Mas isso não diz que ainda estamos
nos movendo, ou o que pode ter causado esse movimento. Na verdade, isso não nos dá certeza
de que nos movemos, pode ser uma coincidência,
de que esta costa da América do Sul é parecida com esta da África. A próxima pista é a dorsal Meso-Atlântica, que é uma cordilheira que existe
bem no meio do Oceano Atlântico. Tem como se fosse um conjunto de montanhas
que cruzam o meio do Oceano Atlântico. Isso, sozinho, não te diz que existem
essas placas que estão se movendo, mas é uma coisa curiosa de se ver. Além dessa cordilheira, também tem
muita atividade vulcânica embaixo da água. Você tem magma saindo para a água, formando essa cordilheira que literalmente
cruza o Oceano Atlântico. Existem outras cordilheiras submarinas
no mundo. Você tem uma aqui no Oceano Pacífico
e uma aqui no Oceano Índico. Essa é uma pequena pista, mas, sozinha, não diz que essas placas
estão se afastando da cordilheira. O que tornou isso conclusivo
foi a descoberta da separação. Se você olhar uma rocha magnética
em diferentes períodos do tempo, aqui nós temos uma rocha nova;
aqui, velha e, aqui, uma mais velha. Este é um corte transversal da rocha. Então, a superfície da rocha se encontra
bem aqui. Os geólogos perceberam algo interessante: uma rocha magnética feita de lava fundida, por ser magnética, vai se alinhar
com os polos da Terra. Então, vamos imaginar que aqui
nós temos lava. Se essa lava for magnética, todas as suas
moléculas vão se alinhar com o Norte. E quando ela congelar, formando uma rocha,
todo esse alinhamento vai ser congelado. Se o campo magnético da Terra
fosse constante o tempo todo, quando você olhasse para rochas magnéticas
de qualquer período, você esperaria que todas estivessem
alinhadas na mesma direção. Vamos dizer que o alinhamento
para o Norte é assim, como se fosse uma flecha perfurando
a nossa tela. E o alinhamento para o Sul é assim,
como se fosse uma flecha apontando para nós. Você esperaria que o alinhamento
de uma rocha nova fosse assim, e de uma rocha velha fosse assim, e de uma rocha ainda mais velha
também fosse assim. Esta seria a situação
e um campo magnético constante. Mas nós vemos que isso não é o caso. Quando você olha para rochas magnéticas novas, você vê o alinhamento apontando
para o Norte. Agora, quando você vê rochas velhas,
você vê o oposto: o alinhamento está apontando para o Sul. E quando nós vemos as rochas
ainda mais velhas, elas voltam a apontar para o Norte. Então, a única conclusão razoável
que nós podemos tirar é que o campo magnético da Terra
muda com o tempo. Mas você deve estar pensando: como isso
é relevante para as placas tectônicas? Uma vez que você aceitar que esse campo
magnético muda com o tempo, existe outra observação interessante
que você pode fazer sobre a rocha que está no fundo do oceano. Você não apenas tem essa cordilheira
no meio do Atlântico, você tem esses vulcões cuspindo
novas rochas no oceano, criando essas montanhas submarinas mas também as rochas que formam
o fundo do oceano contêm muita magnetita, que é magnética, o que é muito interessante. Vamos imaginar que esta
é a dorsal Meso-Atlântica. Quando olhamos para as rochas
que estão muito próximas à cordilheira, elas estão alinhadas com o campo magnético
atual, apontando para esta direção. Isso nos dois lados da dorsal. Mas, se você se afasta um pouco,
você tem outra rocha magnética, que está indo na direção oposta. E o que é mais legal é que há
uma listra simétrica de rocha magnética à mesma distância,
apontando para a mesma direção. E, se você olhar um pouco mais longe, você vai achar uma outra rocha
que está apontando para a direção original, um outro grupo de rochas apontando
para a direção original. E melhor ainda:
se você for para o outro lado, você vai achar outro grupo de rochas,
fazendo exatamente a mesma coisa. Se você aceitar que o campo magnético
da Terra se inverte de tempos em tempos, a única conclusão razoável
a que os geólogos conseguiram chegar é que isto e isto foram formados
no mesmo período. Isso veio de lava magnética e se alinhou
com o campo magnético da Terra. É por isso que parece igual.
E assim, você chega à conclusão de que a única forma de isso ter se formado é que, em algum ponto,
eles estavam mais perto um do outro. Então, se nós voltarmos no tempo
na dorsal Meso-Atlântica, você teria a rocha roxa surgindo
desses vulcões submarinos. E nessa época, o campo magnético
da Terra era o oposto de hoje. Isso aparece uma explicação lógica: que esta rocha e esta rocha,
em algum momento, se tocaram, foram formadas no mesmo local
e ao mesmo tempo. Se isso é o caso, nós concluímos
que elas se afastaram. E obviamente, nesse momento,
as rochas azuis estavam aqui. E houve um momento em que as rochas azuis
também estavam juntas E, se nós temos placas
que se distanciam umas das outras, também temos placas que se aproximam
umas das outras. Eu tenho uma outra imagem
dessas listras magnéticas. Talvez seja melhor que o meu desenho. Hoje, nós temos uma tecnologia de GPS
que pode medir o movimento das placas. Esta é uma imagem da Nasa
mostrando os vetores dos movimentos em locais diferentes na superfície
do planeta. Podemos ver que temos muitos vetores
nos Estados Unidos. É quase difícil de ler, mas podemos ver,
aqui no Havaí, que a Placa Pacífica está indo
para Noroeste, como medido pelos satélites. Só para deixar claro:
esse movimento é lento, é mais ou menos a velocidade
do crescimento das nossas unhas . Mas, se você for contar com milhões de anos, há um deslocamento de milhares de quilômetros, mais ou menos 1 centímetro por ano
na maioria das placas. Algumas placas podem se mover
um pouco mais rápido, talvez de 10 a 15 centímetros.
Até o próximo vídeo!