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Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas

Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA2MP - Vamos pensar um pouco nas pistas que nos levam a concluir que nós temos placas litosféricas se movendo. A primeira pista é que parece que os continentes se encaixam. Isso fica bem claro quando olhamos esta parte aqui da nossa América do Sul e como ela parece se encaixar perfeitamente nesta parte aqui da África. Parece que um dia esta parte estava encaixada aqui, que elas estavam conectadas. E, se você for um pouquinho mais criativo, tem outras partes do mundo que você pode imaginar como poderiam se encaixar com outras no passado. Essa é uma pequena pista. Mas nós podemos imaginar que, se eles já estiveram conectados, eles se moveram para longe um do outro em algum momento. Mas isso não diz que ainda estamos nos movendo, ou o que pode ter causado esse movimento. Na verdade, isso não nos dá certeza de que nos movemos, pode ser uma coincidência, de que esta costa da América do Sul é parecida com esta da África. A próxima pista é a dorsal Meso-Atlântica, que é uma cordilheira que existe bem no meio do Oceano Atlântico. Tem como se fosse um conjunto de montanhas que cruzam o meio do Oceano Atlântico. Isso, sozinho, não te diz que existem essas placas que estão se movendo, mas é uma coisa curiosa de se ver. Além dessa cordilheira, também tem muita atividade vulcânica embaixo da água. Você tem magma saindo para a água, formando essa cordilheira que literalmente cruza o Oceano Atlântico. Existem outras cordilheiras submarinas no mundo. Você tem uma aqui no Oceano Pacífico e uma aqui no Oceano Índico. Essa é uma pequena pista, mas, sozinha, não diz que essas placas estão se afastando da cordilheira. O que tornou isso conclusivo foi a descoberta da separação. Se você olhar uma rocha magnética em diferentes períodos do tempo, aqui nós temos uma rocha nova; aqui, velha e, aqui, uma mais velha. Este é um corte transversal da rocha. Então, a superfície da rocha se encontra bem aqui. Os geólogos perceberam algo interessante: uma rocha magnética feita de lava fundida, por ser magnética, vai se alinhar com os polos da Terra. Então, vamos imaginar que aqui nós temos lava. Se essa lava for magnética, todas as suas moléculas vão se alinhar com o Norte. E quando ela congelar, formando uma rocha, todo esse alinhamento vai ser congelado. Se o campo magnético da Terra fosse constante o tempo todo, quando você olhasse para rochas magnéticas de qualquer período, você esperaria que todas estivessem alinhadas na mesma direção. Vamos dizer que o alinhamento para o Norte é assim, como se fosse uma flecha perfurando a nossa tela. E o alinhamento para o Sul é assim, como se fosse uma flecha apontando para nós. Você esperaria que o alinhamento de uma rocha nova fosse assim, e de uma rocha velha fosse assim, e de uma rocha ainda mais velha também fosse assim. Esta seria a situação e um campo magnético constante. Mas nós vemos que isso não é o caso. Quando você olha para rochas magnéticas novas, você vê o alinhamento apontando para o Norte. Agora, quando você vê rochas velhas, você vê o oposto: o alinhamento está apontando para o Sul. E quando nós vemos as rochas ainda mais velhas, elas voltam a apontar para o Norte. Então, a única conclusão razoável que nós podemos tirar é que o campo magnético da Terra muda com o tempo. Mas você deve estar pensando: como isso é relevante para as placas tectônicas? Uma vez que você aceitar que esse campo magnético muda com o tempo, existe outra observação interessante que você pode fazer sobre a rocha que está no fundo do oceano. Você não apenas tem essa cordilheira no meio do Atlântico, você tem esses vulcões cuspindo novas rochas no oceano, criando essas montanhas submarinas mas também as rochas que formam o fundo do oceano contêm muita magnetita, que é magnética, o que é muito interessante. Vamos imaginar que esta é a dorsal Meso-Atlântica. Quando olhamos para as rochas que estão muito próximas à cordilheira, elas estão alinhadas com o campo magnético atual, apontando para esta direção. Isso nos dois lados da dorsal. Mas, se você se afasta um pouco, você tem outra rocha magnética, que está indo na direção oposta. E o que é mais legal é que há uma listra simétrica de rocha magnética à mesma distância, apontando para a mesma direção. E, se você olhar um pouco mais longe, você vai achar uma outra rocha que está apontando para a direção original, um outro grupo de rochas apontando para a direção original. E melhor ainda: se você for para o outro lado, você vai achar outro grupo de rochas, fazendo exatamente a mesma coisa. Se você aceitar que o campo magnético da Terra se inverte de tempos em tempos, a única conclusão razoável a que os geólogos conseguiram chegar é que isto e isto foram formados no mesmo período. Isso veio de lava magnética e se alinhou com o campo magnético da Terra. É por isso que parece igual. E assim, você chega à conclusão de que a única forma de isso ter se formado é que, em algum ponto, eles estavam mais perto um do outro. Então, se nós voltarmos no tempo na dorsal Meso-Atlântica, você teria a rocha roxa surgindo desses vulcões submarinos. E nessa época, o campo magnético da Terra era o oposto de hoje. Isso aparece uma explicação lógica: que esta rocha e esta rocha, em algum momento, se tocaram, foram formadas no mesmo local e ao mesmo tempo. Se isso é o caso, nós concluímos que elas se afastaram. E obviamente, nesse momento, as rochas azuis estavam aqui. E houve um momento em que as rochas azuis também estavam juntas E, se nós temos placas que se distanciam umas das outras, também temos placas que se aproximam umas das outras. Eu tenho uma outra imagem dessas listras magnéticas. Talvez seja melhor que o meu desenho. Hoje, nós temos uma tecnologia de GPS que pode medir o movimento das placas. Esta é uma imagem da Nasa mostrando os vetores dos movimentos em locais diferentes na superfície do planeta. Podemos ver que temos muitos vetores nos Estados Unidos. É quase difícil de ler, mas podemos ver, aqui no Havaí, que a Placa Pacífica está indo para Noroeste, como medido pelos satélites. Só para deixar claro: esse movimento é lento, é mais ou menos a velocidade do crescimento das nossas unhas . Mas, se você for contar com milhões de anos, há um deslocamento de milhares de quilômetros, mais ou menos 1 centímetro por ano na maioria das placas. Algumas placas podem se mover um pouco mais rápido, talvez de 10 a 15 centímetros. Até o próximo vídeo!