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Curso: Cosmologia e astronomia > Unidade 3
Lição 1: Teoria tectônica de placas- Tectônicas de placas: Diferença entre crosta e litosfera
- Estrutura da Terra
- Tectônica de Placas – Evidência do movimento das placas
- Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas divergentes
- Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas convergentes
- Placas se movendo devido à convecção do manto
- Formação das ilhas havaianas
- Pangeia
- Camadas mecânicas e composicionais da Terra
- Como sabemos sobre o núcleo da Terra
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Tectônica de placas: características geológicas dos limites de placas divergentes
Tectônica de Placas – Características geológicas de limites de placas divergentes. Versão original criada por Sal Khan.
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Transcrição de vídeo
RKA2MP - Neste vídeo, quero pensar um pouco em por que vemos as características geológicas
que vemos nos limites das placas. Quero focar principalmente nas características
que vemos em placas divergentes, onde as placas estão se afastando uma da outra,
onde um novo solo está sendo criado. Como vemos na dorsal Meso-Atlântica, onde vemos novas terras sendo criadas
bem no meio e se movendo para longe dela. Para fazer isso, vamos pensar
nas diferentes camadas. Então, nós temos a crosta e depois
nós temos a parte sólida do manto. E a combinação entre a crosta
e essa parte sólida é a litosfera. Depois temos a parte líquida, a parte super quente do manto
aqui embaixo, que é o magma. Ainda não solidificou, está quente
o suficiente para estar em estado líquido. E toda esta parte nós consideramos
como manto. Digamos que nós temos uma área de magma aqui que é particularmente quente,
que é mais quente. Existe um debate de por que esses pontos
se formam, mas nós não vamos entrar nessa discussão
neste vídeo. Se você aquecer o mesmo material,
ele vai se tornar menos denso, pois partículas aquecidas vão se chocar
com mais energia cinética e terão mais espaço entre elas. Então, esse magma quente
vai se mover para cima. Por ser menos denso,
terá uma flutuabilidade. E, conforme ele for subindo,
vai aquecer tudo ao redor e, eventualmente, abrir seu caminho
até a litosfera, e é capaz de atravessar
a litosfera derretendo tudo no caminho. Vamos avançar um pouco. Este é o passo 1. No passo 2, o magma quente está subindo
pela litosfera. E aí vai criar pontos de calor.
Vai criar um domo na crosta. Então, a crosta vai ficar mais ou menos assim. E essa litosfera vai estar quase rachando. Ela vai estar mais ou menos assim. Ainda não chega a rachar,
mas já está quase rachando. E o magma quente vai estar
logo aqui embaixo, empurrando. Aqui é o magma quente. Se você pegar qualquer material rígido, como a crosta e a litosfera,
e puxá-lo ou empurrá-lo, Ele não vai se esticar
como um balão de borracha. Ele vai rachar, será quebrado. Então, esta crosta começará a rachar. Na verdade, o melhor exemplo
que temos disso é o pão. O pão tem uma casca muito dura.
E ele tem estas fissuras na superfície. Isso porque a casca externa do pão
é muito dura. Se o interior for aquecido
e a superfície se expandir, esse tipo de fenda se formará no pão
para que essa capa externa se expanda. A mesma coisa acontece com a crosta
(na verdade, com toda a litosfera). Até agora, o nosso ponto de calor
chegou até aqui. Então, aqui está o magma quente. E, se avançarmos mais um pouco,
a crosta começa a se partir. Então, agora a litosfera já está rachada,
está mais ou menos assim. Aqui está o magma quente. E toda a crosta agora foi separada
para cobrir esta parte da superfície. Então, ela vai estar mais ou menos assim. Agora, está se separando.
E, conforme vai se separando, aqui no meio vai ficando mais fino,
como você pode imaginar. É como a analogia do pão:
quando você vê um pão como este, as fissuras ou depressões são visíveis. Na verdade, são mais finas e não são
tão duras quanto as partes que se moveram. E você vê acontecendo exatamente
a mesma coisa na superfície terrestre. Tudo isso começa a ser empurrado
continuamente para fora, para dar espaço para este ponto de calor. Neste ponto aqui,
você pode ter um vulcão ou dois. Agora, vamos assumir que não estamos
abaixo do nível do mar, ou que esse tipo de depressão
que vemos na terra ainda não teve contato
com outro corpo d'água, de modo que se tornará apenas
um pequeno vale entre as terras mais altas. Na verdade, você vê isso na Terra. O mais famoso é o Vale do Rifte africano, que está bem aqui, nesta região. Toda esta região é, na verdade, um grande vale criado
por um ponto de calor bem ali. Agora, como o ponto de calor
continua maturando, eventualmente, algumas fissuras vão ficar
tão fundas que vão ficar abaixo do nível do mar. Lembre: todo este solo está sendo esticado. Então, deixe-me ir para o próximo passo. O próximo passo será este.
Aqui, a litosfera continua rachada, nós temos o ponto de calor,
que é magma quente, e aqui a crosta, que já formou um vale. Agora, esse ponto está abaixo do nível
do mar e encontrou um corpo d'água. Então, a água começa a preencher
esta parte aqui. E, mais uma vez,
nós vemos isso nas fissuras formadas entre a Placa Africana
e a Arábica. O Mar Vermelho, na verdade,
é um exemplo disso. A Placa Arábica está se afastando da Placa Africana
por causa do ponto de calor. Isso está empurrando o solo
para fora daqui, então cria estas depressões
onde a água pode fluir. No Mar Vermelho, ocorreu exatamente isso. O Oceano Índico está correndo por esta fenda
que se formou no ponto de calor. Em um futuro próximo,
o magma cobrirá a superfície. Agora, vamos bem à frente.
Imagine que este solo foi muito empurrado e já se passaram milhares de anos. O que vai acontecer é que
este ponto de calor vai continuar ativo. E, assumindo que tudo está debaixo da água,
já que a depressão ficou bem baixa, começam a surgir vulcões subaquáticos e começa a criar, no que agora
é um corpo d'água suficientemente grande, o que podemos chamar
de cadeia meso-oceânica. Na verdade, começa criando
uma cadeia de vulcões. É por isso que vemos as coisas
como o Vale do Rifte, na África, o Mar Vermelho e a dorsal Meso-Atlântica, pois, quando o solo é empurrado, ele se achata
e a água é capaz de correr por ele. Voltando à analogia do pão, esta é a parte
em que o pão estava assando e parte da crosta está sendo empurrada,
e há esta fenda sendo formada. E, se tivesse alguma água no pão,
ou estivesse chovendo sobre ele, ou ele estivesse em um corpo d'água,
a água poderia facilmente fluir por ele. E, se esse pão continuasse crescendo
e crescendo, essa fenda também continuaria crescendo, eventualmente do tamanho
do Oceano Atlântico, neste pão teórico. Assim, é por isso que existe
essa enorme depressão onde um oceano pode se formar. Mas há, no meio dela, esta cadeia
de vulcões submersos, onde o solo sobe um pouco por causa
do magma saindo dela. Espero ter sido clara.