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Física - Ensino Médio
Curso: Física - Ensino Médio > Unidade 14
Lição 2: Calor- Transferência de calor
- Calor específico e calor latente de fusão e de vaporização
- Exemplo de calor específico, de fusão e de vaporização
- Calor específico e calor latente
- Capacidade de calor específico
- Qual panela é melhor?
- Compreensão: termodinâmica
- Aplicação: termodinâmica
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Capacidade de calor específico
A capacidade de calor é uma propriedade que descreve a quantidade de energia necessária para alterar a temperatura de um material. Objetos com uma alta capacidade de calor específico precisam de uma variação maior na energia para que sua temperatura se altere, e o contrário é válido para objetos com uma baixa capacidade de calor específico. Medida em unidades de joules por quilograma e por kelvin, a capacidade de calor específico do material pode ser usada para calcular a variação na energia térmica quando um objeto sofre uma variação de temperatura. Versão original criada por Khan Academy.
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Transcrição de vídeo
RKA3JV - E aí, pessoal,
tudo bem? Nesta aula, vamos estudar
a capacidade térmica que também é conhecida
como capacidade calorífica e que nada mais é do que
a quantidade de calor necessária para mudar a temperatura
de um material. Sabendo destas informações, qual é
a unidade de medida que você espera? Calor é uma
forma de energia, estamos descrevendo o quanto disso
é necessário para mudar a temperatura. Então, a nossa unidade precisa
ter energia, dividida pela temperatura. No "SI", energia,
representamos por joules (J), e temperatura
por Kelvin (K). Então, a unidade
de medida é J/K. E se pensarmos na
variação de temperatura, a variação de 1 grau Celsius
é equivalente à variação de 1 Kelvin. Agora que já temos uma ideia
do que é a capacidade térmica, vamos dizer que você
tenha duas panelas aqui que estão no mesmo fogão,
com a mesma intensidade de fogo. Sendo que a primeira
está cheia de água e a outra
pela metade. Qual das duas você acha
que vai ferver primeiro? A que possui
menos água, correto? Isso é devido
à capacidade térmica. Isso acontece porque uma das coisas
que a capacidade térmica depende é a massa do objeto
ou do sistema. Menos água
é menos massa, é uma capacidade
térmica menor. Outra coisa que essa capacidade
depende é do material. Por exemplo, digamos que você
vá a um churrasco em um dia muito quente e tem duas cadeiras dobráveis,
abertas para escolher. Uma é feita de metal
e a outra de plástico, ambas estão
expostas ao Sol. Você, provavelmente,
escolheria a de plástico, pois a de metal vai
estar mais quente. E a razão para isso é que apesar
de ambas estarem expostas ao Sol, o metal é um material
diferente do plástico. Isso significa que eles têm
capacidades térmicas diferentes. Então, sabemos que
a capacidade calorífica ou térmica de um
objeto ou um sistema, depende tanto da massa
quanto do material que é feito. E podemos
até combiná-los em algo que é chamado
de capacidade de calor específico. E o que
isso significa? Nada mais é do que a
capacidade de calor por massa. E essa capacidade de calor específico
independe da massa do sistema. Portanto, é constante para
um determinado material. Ou seja, será necessária
a mesma quantidade de energia para elevar a temperatura
de 1 kg em qualquer material, será necessária uma
quantidade diferente de energia. Sabendo disso, qual é
a unidade de medida de capacidade
de calor específico? Estamos trabalhando com calor
dividido pela temperatura. Mas, desta vez, temos
uma massa aqui também, por isso, vezes
a massa do material. No "SI", isso significa que
é joules por Kelvin, por quilograma. Então, temos uma
relação interessante aqui. A capacidade de calor específico,
vezes a massa é igual à
capacidade térmica. Nesta relação, podemos descobrir
qualquer uma das três grandezas. Se você tem a capacidade
de calor específico e deseja obter a capacidade
térmica total do objeto ou sistema, basta multiplicar pela massa
do objeto ou sistema. Por outro lado, se tivermos
a capacidade térmica e a massa e quisermos descobrir a capacidade de calor específico
de um determinado material, basta dividir a capacidade
térmica pela massa. No entanto, como a
capacidade de calor específico é uma propriedade
constante de um material, geralmente, é um valor
tabelado, pois já foi medido. Por exemplo,
a água líquida pura tem uma capacidade de calor
específico de 4.184 J / K · kg. E lembre-se, que materiais diferentes
possuem capacidades de calor diferentes. Se pegarmos as nossas
duas cadeiras de novo, a cadeira de metal é mais quente
do que a cadeira de plástico, correto? E se você
não sabe, a maioria das cadeiras
de metal são feitas de alumínio, que tem uma capacidade
de calor específico de 897 J / K · kg. Já o plástico, tem uma capacidade
de calor específico de 1.670 J / K · kg. E como você pode ver, o Sol está
fornecendo a mesma quantidade de energia para as duas
cadeiras, correto? Mas a temperatura
da cadeira de metal está aumentando
muito mais rápido, porque ela precisa
de menos energia para aumentar
a sua temperatura. Isso porque tem uma capacidade
de calor específico menor. E agora que já vimos como o material
altera a capacidade térmica, vamos falar um
pouco mais da massa. Para isso, vamos voltar
ao nosso exemplo das panelas. Em ambas temos
água líquida pura, que sabemos que tem uma capacidade
de calor específico de 4.184 J / K · kg. As panelas também têm uma
capacidade de calor, só que vamos ignorar
para este exemplo. Digamos que esta panela contém
dois quilogramas de água. Podemos calcular quanta
energia será necessária para alterar a temperatura
dessa água. E digamos que a temperatura
inicial seja de 300 Kelvin, que é aproximadamente
a temperatura ambiente. E supondo que queremos
fazer um chá nesta panela, onde a temperatura final
da água vai ser 355 Kelvin. Com base no
que já estudamos, podemos descobrir
quanta energia é necessária para elevar a água
de 300 Kelvin para 355. Neste caso, temos a capacidade
de calor específico e a massa do objeto, e quando multiplicamos isso,
encontramos a capacidade térmica. Mas sabemos que essa
é a capacidade térmica necessária por temperatura, o que
significa que temos que multiplicar pela
variação de temperatura para encontrarmos
a energia necessária. Esta relação é muito
importante na termodinâmica, o "c" minúsculo é usado para
representar calor específico, o "Q", para calor. Ou seja, "Q"
é a energia necessária, o ΔT é a mudança
na variação da temperatura, o "M" é a massa,
e o "c", como eu já disse, a capacidade
de calor específico. E podemos substituir esses valores
onde temos que a massa é 2 kg, a capacidade de calor
específico é 4.184 J / K · kg, e a variação na temperatura
vai ser 355 menos 300 Kelvin. Se multiplicarmos, podemos
cancelar este quilograma com este aqui, e este Kelvin
com este aqui. Esta diferença
vai ser igual a 55, e multiplicando tudo isso,
vamos ficar com 460.240 J. Agora, a outra panela,
tinha metade da água, lembra? Se quisermos calcular
a energia necessária para elevar a temperatura da água,
o que podemos fazer? A metade disso vai ser
1 kg de água, correto? E como temos
o mesmo material, vamos ter a mesma
capacidade de calor específico. A capacidade térmica
vai diminuir pela metade, porque a massa
é a metade. Com isso, a energia necessária
será dividida pela metade, ou seja,
230.120 J. Dessa forma, conseguimos
ver que a massa do material afeta na energia necessária
para elevar a temperatura. Recapitulando,
nesta aula, falamos a respeito de
capacidade térmica ou calorífica, aprendemos que é a
quantidade de energia necessária para mudar a temperatura
de um material, e que é medida em
joules por Kelvin (J/K). E que depende tanto
da massa do objeto ou sistema quanto do material
do mesmo. E fizemos alguns exemplos que nos
ajudaram a entender esses conceitos. Eu espero que esta aula
tenha lhes ajudado. E até a próxima,
pessoal!