Conteúdo principal
Física - Ensino Médio
Curso: Física - Ensino Médio > Unidade 6
Lição 1: Teorema trabalho-energiaTrabalho e princípio do trabalho-energia
Os físicos definem trabalho como a quantidade de energia transferida por uma força. Conheça a fórmula de cálculo do trabalho e como ela se relaciona com o princípio do trabalho-energia, que afirma que o trabalho resultante realizado sobre um objeto é igual à variação em sua energia cinética. Versão original criada por David SantoPietro.
Quer participar da conversa?
- Tem o mesmo assunto do video anterior(1 voto)
- O que aconteceu? O projeto acabou?(1 voto)
- Está totalmente em inglês(1 voto)
- voces poderiam traduzir este video ?(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA12 Para transmitir energia a um objeto,
você exerce uma força sobre ele. A quantidade de energia transferida para
esse objeto é chamada de trabalho da força. A fórmula para calcular
o trabalho de uma força é "τ" (tau) igual a "F"
vezes "d" vezes "cosθ", na qual "τ" é o trabalho
realizado pela força, ou seja, é a quantidade de energia que
a força "F" está dando para o objeto. "F" é a intensidade da força que
está sendo aplicada ao objeto, "d" é a distância que o objeto se
movimentou em função da aplicação da força, e "θ" (teta) é o ângulo formado entre a direção
da força e a direção do deslocamento do objeto. E o que este "cosθ"
está fazendo aqui? Ele significa que a única parte
da força "F" que realiza trabalho é a componente da força "F" na
direção do deslocamento do objeto. "F" vezes "senθ" estaria na vertical e não realiza
trabalho na direção do deslocamento do objeto. A unidade de medida para trabalho é obtida por
newton vezes metro, o que chamamos de joule. Joule é a mesma unidade utilizada para
a medida de energia, o que faz sentido porque o trabalho indica a quantidade de energia
que a força está transferindo para o objeto. O trabalho de uma força é positivo quando
esta força está tentando dar energia ao objeto. E o trabalho da força vai ser positivo quando a
força ou o componente dela tiver a mesma direção e o sentido do deslocamento do objeto. Por outro lado, o trabalho vai ser negativo se a
força estiver tentando retirar energia do objeto. Naturalmente, a força vai
gerar um trabalho negativo quando a componente dela tiver um sentido
oposto ao do deslocamento do objeto. Uma força que é aplicada perpendicularmente
à direção de deslocamento do objeto não está fornecendo, nem retirando, energia do objeto,
portanto o trabalho por ela realizado é zero. Outra maneira de o trabalho
de uma força ser zero é aquela situação em que não há deslocamento. Se o "d"
for zero, pela definição de trabalho, o resultado é zero. Uma força atuando simplesmente para segurar
um peso sem deslocamento não realiza trabalho. Esta é a definição de
trabalho de uma força. Mas e se nós quisermos saber o
trabalho total realizado em um objeto? Nós poderíamos somar os trabalhos
parciais que existem sobre o objeto. Mas existe um caminho mais curto
para isso, um pequeno atalho. Vamos analisar. Para fazer mais simples, vamos assumir todas as
forças paralelas ao deslocamento e no mesmo sentido do deslocamento do objeto. O trabalho total, então,
vai ser a força total multiplicada pelo deslocamento. Nós sabemos que a força
resultante (a força total) é massa vezes aceleração. Então, esta fórmula fica:
massa vezes aceleração vezes o deslocamento. Mas eu quero reescrever esta fórmula em termos de
velocidades, e não de acelerações vezes a distância. Para isso, vamos recorrer a uma
fórmula conhecida da cinemática: Velocidade final ao quadrado é igual
à velocidade inicial ao quadrado mais duas vezes a aceleração vezes a distância percorrida. Claro, isto vale considerando
que a aceleração é constante, e, como consequência, a força
resultante também seja constante. O fato de considerar a aceleração constante e
de considerar as forças paralelas ao deslocamento... não precisamos do "cosθ" na fórmula. Temos, aqui, uma maneira bastante
simples de trabalhar com esta situação, e vamos começar analisando que, naquela fórmula
dada, nós temos aceleração vezes deslocamento. Podemos isolá-lo na fórmula, ou seja, vamos ter
"Vf²" menos "Vi²" sobre 2 igual a "a" vezes "d". E isso pode ser substituído tranquilamente
na fórmula do trabalho total. E fazendo isso, substituindo o resultado de "a"
vezes "d" na fórmula do trabalho total, nós vamos ter que o trabalho total é
igual à massa vezes... no lugar de "ad"... "Vf²" menos "Vi²" sobre 2. Isto já é uma outra forma
de calcular o trabalho total. Distribuindo a multiplicação da massa, nós vamos
chegar em "1/2 ‧ m ‧ Vf²" menos "1/2 ‧ m ‧ Vi²". Resumindo, o trabalho total é a diferença
entre as metades de "m ‧ Vf²" e "m ‧ Vi²". Esta quantidade (1/2 de "m ‧ V²") é o
que chamamos de energia cinética, então o trabalho total é a energia cinética
final menos a energia cinética inicial. E por aí você vai encontrar, com frequência, que
o trabalho total é a variação da energia cinética. Isto é o que chamamos de
teorema da energia cinética. E este teorema relaciona o trabalho realizado
no objeto com a variação da energia cinética. Se o trabalho resultante é positivo, significa
que a energia cinética está aumentando, portanto o objeto está indo com
velocidade cada vez maior. Por outro lado, o trabalho negativo significa
que o objeto está perdendo velocidade. E, finalmente, se o trabalho total
(o trabalho resultante) for zero, quer dizer que a velocidade
do objeto é constante. Até o próximo vídeo!