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Anti-coagulação e trombólise

Anti-coagulação é o processo que impede a formação de coágulos. Trombólise é o processo de quebra dos coágulos depois que eles se formaram. Saiba como a antitrombina III interage com moléculas tipo heparina e como plasmina quebra a fibrina. Versão original criada por Gricelda Gomez.

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Transcrição de vídeo

Ok, aqui temos um vaso sanguíneo que foi danificado primeiro farei um panorama da hemostase que garante que, quando um vaso sanguíneo é danificado, que o sangue continue a fluir pelo vaso sanguíneo com o minimo extravasamento de sangue no local da lesão. Isso se consegue pela hemostase. A primeira parte da hemostase é a formação de um tampão plaquetário e ocorre na hemostase primária mas é frágil, precisa ser fortalecido. Ele se fortalece através da hemostase secundária que pegar esta proteína chamada de fibrina e agregá-la formando uma rede de fibrina sobre o tampão plaquetário. Esta rede de fibrina sobre o tampão plaquetário é o coágulo. Agora, o que aconteceria se nada interrompesse a hemostase? Teríamos um coágulo após outro coágulo. Percebam que isso seria um problema. O sangue que deveria fluir seria bloqueado por esse coágulo e não seguiria o seu destino Embora a hemostasia seja boa, muito coágulo pode ser ruim. O corpo precisa garantir um jeito de não formar muitos coágulos. Por isso apagarei alguns coágulos. A forma que o corpo faz isso é através de dois processos, a anticoagulação e trombólise Anticoagulação é processo que impede a formação de qualquer coágulo e a trombólise é o processo que desintegra o coágulo depois da sua formação. São desses dois processo que falarei hoje. Um cabo-de-guerra entre dois processos que ocorrem no nosso corpo. O corpo gosta de manter um certo equilíbrio, um meio termo, um estado normal e no dia-a-dia o corpo sempre busca formas de voltar ao estado normal. Peguemos a temperatura como exemplo O corpo gosta de ficar a 98,6 graus Fahrenheit que é em torno de 37 graus Celsius. Isso é o normal, o desejável. Claro que é uma média, pode ser um pouco mais ou um pouco menos, mas nada drástico As vezes pode ser tão baixa que podemos ter muito frio. Se estiver nevando e não tiver um casaco o corpo, para aumentar a temperatura, nos fará tremer Os músculos gerarão calor para o corpo restabelecer a temperatura adequada Ou quando o corpo fica muito quente, quando estamos com febre ou doente, ou se corremos num dia muito quente, nosso corpo, para se resfriar e baixar a temperatura começa a suar. O suor resfria o corpo e libera o calor excessivo, fazendo voltar à normalidade Vou apagar aqui. Vou mostrar algo similar que ocorre nos vasos sanguíneos. O ponto de equilíbrio, o meio-termo de um bom fluxo sanguíneo, e é importante ter um bom fluxo sanguíneo, para irrigar bem todos os nossos tecidos levando oxigênio e nutrientes carreados no sangue. Quando há alguma lesão no vaso sanguíneo começa o sangramento. É longe do que gostaríamos, que é um bom fluxo sanguíneo. Como resposta para recuperar o bom fluxo sanguíneo, fazemos a hemostase que possibilita a formação do coágulo, para o sangramento no local da lesão e restaurar o bom fluxo sanguíneo. Mas se tiver muita hemostase ou outro processo que cause muita coagulação, como já disse, o coágulo pode impedir a passagem do sangue nos vasos sanguíneos. A forma de controlar isso é através da anticoagulação e trombólise. Com a anticoagulação e trombólise rompemos qualquer coágulo e impede a formação de novos coágulos, assegurando o bom fluxo no vaso sanguíneo. Este é o equilíbrio entre hemostase e anticoagulação e trombólise. Vejamos o que o corpo faz exatamente para evitar coágulos ou romper coágulos. Vejamos primeiro a anticoagulação Na anticoagulação queremos evitar a formação de coágulos. Então temos que impedir a hemostase Na hemostase podemos evitar o tampão plaquetário ou podemos impedir a formação da rede de fibrina Vejamos primeiro o tampão plaquetário e como impedir a hemostase primária Aqui temos as plaquetas que estão boiando no sangue. Quero ter certeza de impedir a formação do coágulo. Como não há célula endotelial danificada não ocorre hemostase e as plaquetas não se aproximam. As células endoteliais saudáveis secretam duas moléculas com a mesma função: a primeira função é impedir as plaquetas de alcançarem e se grudarem nas células endoteliais Elas bloqueiam a aproximação das plaquetas A outra função é agir nas células da musculatura lisa do vaso sanguíneo causando vasodilatação. Isso é importante para se ter certeza de que o vaso sanguíneo fique aberto e que o sangue flua facilmente. Uma das moléculas é a prostacilina, que é um peptídeo. A outra é o óxido nitroso, uma substância química. Vejamos agora a hemostase secundária e como prevení-la. Na hemostase secundária, formamos uma rede de fibrina para tornar o tampão de plaqueta mais forte. o que novamente, neste caso não precisamos porque não há dano e por isso não precisamos formar o coágulo. O jeito de formar a rede de fibrina é ativando a cascata da coagulação Aqui temos os fatores da coagulação, a família de proteínas. Por fim, quando ativamos a cascata da coagulação que termina com a trombina. A fibrina ligada no topo do tampão plaquetário é o que cria a rede de fibrina e torna o tampão plaquetário mais forte A forma que os vasos sanguíneos impedem a hemostasia secundária é através de duas moléculas diferentes, de forma que as células endoteliais, as mesmas que revestem a parte interna dos vasos sanguíneos, e são as mesmas células que produzem prostaciclina e óxido nitroso, que citamos há pouco. Ela faz duas moléculas. Uma delas é molécula tipo heparina, que fica na superfície da célula endotelial, em comunicação com o sangue. A função dessa molécula é interagir com uma proteína circulante no sangue. Essa proteína é a antitrombina III. Vejam que na hemostase temos trombina e queremos formar coágulo. Na anticoagulação temos antitrombina III e queremos impedir a formação do coágulo. Então a antitrombina III irá interagir com a molécula tipo-heparina. A antitrombina III interage com a molécula tipo-heparina, o que inativará a trombina. Isso impedirá a trombina de formar fibrina a partir do fibrinogênio, e irá ativar também o fator de coagulação X A segunda molécula que a célula endotelial possui em sua superfície e se comunica com o sangue é uma proteína, a trombomodulina. "Trombo" significa coágulo e "modulina" significa modular, alterar. A trombina faz fibrina do fibrinogênio, mas como há trombina circulante no sangue e como não se deseja muita coagulação, é a trombomodulina que pega a trombina e a modifica. Normalmente a trombina formaria o coágulo É assim que funciona a anticoagulção, mas não é só a trombina e trombomodulina que atuam na anticoagulação. quando se tem a trombina e trombomodulina atuando em cojunto e interagindo, então a proteina C é ativada, com ajuda da proteína S. Uma vez ativada, interagirá no complexo trombina/trombomodulina. Essas três coisas ajudam na anticoagulação inativando dois fatores de coagulação específicos: o fator de coagulação V e o fator de coagulação VIII Agora que vimos a anticoagulação vamos conversar um pouco mais sobre a trombólise. Como eu disse, na trombólise rompemos o coágulo formado. A forma que temos para romper o coágulo é com a proteína plasmina. ela é como um pequeno tubarão que fica nadando na redondeza esperando atacar o coágulo. Vou representar como uma pequena serra Essa proteína é a plasmina. O papel da plasmina é romper a fibrina e fibrinogênio. Mas a plasmina não fica sobrenadando no sangue o tempo todo, ou não conseguiríamos formar coágulos porque a plasmina romperia a fibrina e fribrinogênio o tempo todo. Queremos garantir a plasmina sempre que precisar dela. Precisamos da plasmina sempre que não quiser a formação de um coágulo ou quando não precisar formar um coágulo. Então temos a plasmina do plasminogênio. Assim como o fibrinogênio, o plasminogênio é formado com uma parte extra de proteína. Obtemos a plasmina do plasminogênio das células endoteliais saudáveis também. As células endoteliais secretam e liberam o ativador plasminogênico Esse tecido ativador plasminogênico irá retirar a parte extra da proteína do plasminogênio transformando-o em plasmina. agora vamos olhar o desenho todo de como a anticoagulação e trombólise acontece. Legenda: Patrícia Kawase Revisão: Liliana Kawase Gonçalves