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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 2
Lição 6: Rigidez arterialConformidade – Diminuição da pressão arterial
Descubra como a conformidade permite que artérias armazenem energia elástica (e menor pressão). Rishi é médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
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Transcrição de vídeo
Vamos começar comparando duas pessoas. Uma pessoa tem vasos sanguíneos
complacentes, tornando-a muito feliz. Já a outra pessoa tem vasos
não-complacentes, tornando-a muito triste. O ciclo cardíaco é dividido em duas
partes: sístole e diástole. Vamos analizar cada uma destas partes. Vou escrever para deixar bem claro as
diferenças entre um indivíduo com vasos complacentes
e outro com vasos não-complacentes. Lembrando que vasos não-complacentes
são rígidos. Vasos podem ficar não-complacentes por
causa de processos como arteriosclerose em vasos largos, ou arteriolosclerose,
em vasos menores. Vamos separar com uma linha. O que acontece com a pessoa de vasos
complacentes, caso esteja em sístole. Aqui está o coração e a aorta esticada. Não é o que parece na realidade, mas quero
exagerar um pouco, para enfatizar como é uma pessoa
com artérias flexíveis. Seria algo parecido com isso. Uma pessoa com vasos não-complacentes
teria coração e vasos sanguíneos assim. Quero lembrar que fica assim, logo após
o coração empurrar o sangue para fora. Sabemos o sentido que o sangue está indo. Vou dar um exemplo de vasos rígidos, veja
estas placas arterioscleróticas, ficam dentro das artérias endurecendo-as. Dessa forma, ficam impossibilitadas
de esticar. Vou mostrar como fica um vaso sanguíneo
todo esticado. Estamos vendo como fica o interior do
vaso, é o que parece se o vaso não
estivesse esticado, mas esticou. Vamos escolher um ponto, aqui e aqui, é o local onde vamos medir a pressão
energética. Vamos falar em energia agora. É neste local que estamos detectando
pressão energética. Esta barra representa quanto energia
realmente podemos detectar. Esta é a representação do nível da pressão
energética neste local. Apesar de estarmos olhando para duas
pessoas, vamos assumir que o coração
das duas são iguais. Ambos estão trabalhando duro e colocando
a mesma energia nestes vasos sanguíneos. Sabemos que a pressão energética,
partindo do coração, deve ser bem semelhante entre os dois Também sabemos que o sangue está se
movendo para fora. Vou desenhar uma
barra para isso. Em amarelo, temos energia de movimente,
e em roxo, pressão energética. Aqui, vemos energia de movimento, digamos que é semelhante nas duas pessoas,
portanto barras com mesmo tamanho. Na verdade pessoas com arteriosclerose
sofrem compensação, por isso começam
a ficar diferentes. Vamos imaginar que neste momento, tiramos
uma foto, logo que o vaso começou
a endurecer. Então isto é a energia de movimento,
vou chamar de movimento. Em roxo, temos a pressão energética. Ainda não falei sobre algo importante,
o vaso está todo esticado. Imagine um balão ou um elástico, quando esticados irão armazenar um pouco
de energia elástica. A energia elástica parece com isso. Iria
ser um bom pedaço da pressão energética. É a pressão do sangue que faz com que
os vasos estiquem. Esta é a energia elática que pegou um
pedaço da energia de pressão. O que sobra são restos de
pressão energética, Este lado não estica, então realmente
é só pressão energética. É claro que no consultório do médico não
medimos a energia de movimento
nem elástica. O médico mede a pressão e fala:
"Sua pressão está tanto por tanto". Vou dar exemplos com números
para ficar claro. Esta pessoa pode ter uma pressão de 160, a pessoa fica feliz com
vasos complacentes, pode ter pressão sanguínea de 120. Porque isso ocorre? Parte da pressão
energética foi retida e armazenada como energia elástica. Agora podemos ver como energia
elástica é importante, ajuda a diminuir a pressão. O que acontece na diástole? O coração está descansando. O coração fica
em repouso rapidamente para poder encher. Os vasos já não estão mais repletos
de sangue, pois muito sangue já saiu e foi para o pé,
rosto, e outras partes do corpo. Isso é como o interior dos vasos parecem,
quero que fique bem claro. Nos vasos da pessoa não-complacente, são
bem parecidos. Não haverá diferenças. Você ainda tem arteriosclerose. Isso não vai embora. Estamos apenas
olhando em partes diferentes da batida do coração, uma em repouso
e uma parte ativa. Nada disso some. Vamos fazer um experimento. Onde pego X roxo e vejo quanta pressão
energética nós temos. Sabemos que vamos ter menos do que antes,
pois o coração está em repouso. Isto é tudo residual, o quer que tenha
sobrado da sístole. Tenho uma barrinha roxa, digamos que
esta barra tem o mesmo tamanho. Também temos pressão energética. Lembra que na primeira figura aprendemos que ainda temos um pouco de energia
elástica aqui, é possível ver isso. Senão, os dois vasos teriam o mesmo
aspecto, porém é possível ver alguns locais que
estão esticados. Vamos desenhar isso aqui. Existe um pouco de energia elástica ainda.
Ainda não saiu completamente. Já conseguimos ver que na diástole minha
pressão irá diminuir. Temos menor pressão durante a diástole
igual na sístole. Esta é a pressão sanguíneo na diástole
não-complacente. Posso inventar alguns números. Digamos que
isto é 100 e aqui é 80. Deve ser um pouco menor. Veja isso. É bem interessante. A energia elástica é igual à
quantidade aqui? A resposta é obviamente não. Não é
igual, existe menos. Outro fato interessante sobre energia
elástica, é que além de diminuir a pressão, pode ser
convertida em energia de movimento. Isso não é legal? Você pode aproveitar a energia elástica
armazenada para mover o sangue. Pode usar para energia de movimento. Você consegue ver que isso tudo é somado. A energia elástica de antes é
aproximadamente igual a energia elástica somado com a energia de movimento
de depois. Temos 2 fatos importantes aqui. Primeiro, a energia elástica ajuda a
diminuir a pressão. Vimos isso aqui e aqui. Segundo, ajuda a gerar energia para
movimentar o sangue. Durante a diástole é possível mover
o sangue adiante, por causa da energia elástica que faz com
que o vaso retraia como um elástico, e a energia tem que ir para algum lugar. Está levando o sangue para frente. Está pegando um pouco de sangue e levando
adiante. Este fenônemo, super interessante e legal,
não acontece aqui em baixo. Isso não acontece na pessoa
não-complacente. É sobre isso que eu queria falar, e mostrar porque é tão importante termos
artérias flexíveis. [Traduzido por: Claudia Alves]