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Curso: Saúde e medicina > Unidade 2
Lição 3: Controle da pressão arterialVisão geral do sistema SRAA – Células e hormônios
Aprenda sobre as células e os hormônios importantes que estão trabalhando juntos para controlar sua pressão arterial! Rishi é médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
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Transcrição de vídeo
O organismo tem uma jeito muito
maneiro de controlar a pressão sanguínea. Vamos falar sobre o SRAA, que significa Sistema Renina
Angiotensina Aldosterona. Vamos discorrer sobre
esse SRAA, numa visão geral. Vamos observar o local de partida e
chegada, em termos de células e hormônios. Quero distinguir
esses dois. O sistema SRAA começa
com um conjunto de células. Vou representar as células como
pequenas casinhas azuis. Os hormônios que elas liberam
vão ser mensageiros na cor laranja. Vou desenhar um pequeno
mensageiro, esta pequena pessoa. A pessoa é o hormônio e
a casinha azul, a célula. A célula-chave do sistema SRAA é a
célula justaglomerular, a célula JG. As células JG ficam nos rins, mas
em local específico, nos vasos sanguíneos. De perto, as células JG não são nada além
de células musculares lisas bem especiais. Se observarmos os vasos sanguíneos,
eles são como células musculares lisas Vou escrever músculo liso apenas para
nos recordar onde são encontradas Claro que estão nos rins. Pode não parecer um rim, mas
é isso que representa. As células JG liberam um
hormônio chamado renina Quando fazem isso? A renina nos ajuda a elevar
a pressão sanguínea. Se as células justaglomerulares, notarem
que a pressão sanguínea está baixa, isso é o gatilho para a
liberação da renina. Este é o primeiro gatilho,
pressão sanguínea baixa. Não é o único,
existem mais três. Deixe-me escrever dois e três e vamos entender quem são eles. O segundo gatilho é uma célula vizinha,
uma célula nervosa simpática. Sabemos que células nervosas simpáticas
disparam quando algo grande vai acontecer. Por exemplo, se fugimos de um urso,
se tentamos ganhar uma briga, ou se começamos a sangrar
em um acidente de carro. Qualquer tipo de grande estresse pode
ativar as células nervosas simpáticas. Quando são ativadas, as células
JG começam a liberar renina, logo o segundo gatilho
são as células simpáticas, ou melhor, os nervos simpáticos. Se as células simpáticas são vizinhas,
pois terminam nas células JG, então mais distantes e ainda nos rins, mas sem tocar
as JG estão as células da mácula densa. Me acompanhem, essas células
da mácula densa também estão nos rins, mais especificamente nos túbulos distais
do néfron, na porção contorcida e sua habilidade mais interessante é
a de ser sensível ao sódio. Quando a pressão sanguínea está baixa,
pouco sangue passa pelos glomérulos e consequentemente pouco
sangue atravessa o néfron. Muito do sal é reabsorvido. No momento que se chega
aos túbulos contorcidos distais, às células da mácula densa, elas testam
ou sentem o líquido que está passando e dizem "há pouco sal aqui". Chegam a conclusão de que a razão para
ter pouco sal é a pressão baixa. Quando sentem que há pouco sal, dizem
"Olá? células JG, acordem"! "Façam algo a respeito, aumentem
a pressão sanguínea para nós"! Então enviam uma mensagem na
forma de prostaglandinas. As prostaglandinas são
mensageiros locais. Ao contrário da renina, que é mensageiro
de longas distâncias, as prostaglandinas agem localmente e várias células do nosso
organismo as usam para mensagens locais. O terceiro gatilho, para resumir, é o
sal baixo nos túbulos contorcidos distais, especificamente, as células da
mácula densa dos túbulos contorcidos. Portanto, esses são os três principais
gatilhos de liberação de renina. Tudo isso acontece nos rins. É lá que toda esta ação acontece. Sabemos que há outros órgãos envolvidos
no controle da pressão sanguínea. O próximo na nossa lista são
células do fígado. As células hepáticas-- com a casinha para
células-- também produzem um hormônio. Ele vai se encontrar com a renina
e é chamado de angiotensinogênio. O angiotensinogênio é como um sonâmbulo,
se víssemos a cara dele, estaria dormindo. Vou desenhá-lo dormindo. Ele está circulando pelo organismo, mas
não está ativo, o que é uma questão chave. Ele precisa da renina que vai literalmente
lhe arrancar um grande pedaço dele. Se isso não for capaz de te
acordar, não sei o que será. O angiotensinogênio vira angiotensina I
depois de encontrar a renina. A renina é uma enzima que corta grande
parte da proteína angiotensinogênio. O resultado é a angiotensina I.
Se víssemos sua cara, estaria acordado. Talvez até sorrindo. A angiotensina I viaja nos vasos
sanguíneos, que têm revestimento celular. Deixe-me então desenhar a casinha. Estas são as células endoteliais, que
revestem os vasos sanguíneos por dentro. Acreditava-se que elas
ocorriam apenas nos pulmões, mas cada vez mais sabe-se que elas
ocorrem também em outros vasos. Células endoteliais em várias partes
do organismo, incluindo pulmões, são capazes de converter
angiotensina I em angiotensina II. Assim a angiotensina II é formada. Ela também é um hormônio,
então vou desenhar a pessoinha. A angiotensina II é feliz como
um palhaço, pois tem bastante atividade. É um hormônio muito, muito ativo,
que faz vários tipos de coisas. Vou desenhar esta atividade. A angiotensina II vai
para diferentes locais, por isso vou desenhar quatro setas,
1, 2 e duas no meio, 3 e 4. Ela vai para quatro locais diferentes,
afetando quatro tipos de células Tenham em mente que no começo de tudo
queríamos elevar a pressão sanguínea. Quatro tipo de células são
afetadas e aqui estão elas. O primeiros são as células
musculares lisas nos vasos sanguíneos. Essas células musculares lisas estão
por todo corpo, não só nos rins. Elas vão contrair por todo organismo, levando ao aumento da resistência. Lembrem-se que quando ocorre a
vasoconstrição, há aumento da resistência. Este é um efeito. Ao mesmo tempo, em um tipo diferente
de célula, nas células dos rins, a angiotensina II faz com que elas
retenham mais água. Há maior volume. Ela faz com que os rins retenham
mais água e mais volume. Se pensarmos em termos de
volume sistólico, ocorre um aumento. Então temos o aumento da resistência
e o aumento do volume sistólico. Esses são os dois tipos de células
sobre as quais a angiotensina II age. Ela também atua
sobre algumas glândulas. Vou tentar desenhar
a glândula hipófise. A hipófise se encontra
na base do cérebro. Esta glândula também secreta
hormônios, também envia mensageiros. Aqui está outro hormônio, de novo em
laranja, todos eles estão dessa cor. Este é chamado de ADH,
hormônio antidiurético. No fim das contas, o ADH faz algumas
coisas que a angiotensina II faz. Ele aumenta a resistência
nos vasos sanguíneos e também aumenta o volume fazendo
com que os rins retenham mais água. O quarto tipo de célula é
a glândula adrenal. A glândula adrenal está aqui. Ela chama-se ad-renal porque está
situada em cima dos rins. A adrenal também produz um
hormônio, pois é uma glândula. Este hormônio vai atuar nos rins. Este é o mensageiro, que
é chamado aldosterona. Temos a aldosterona e o ADH atuando
nas mesmas células-- devo corrigir-- não sobre as mesmas células, mas sobre
os mesmos órgãos que a angiotensina II. A aldosterona atua sobre as
células renais para aumentar o volume. O ADH, como eu disse antes, atua
sobre os rins e músculos lisos. Deixe-me rolar a tela para mostrar desde
lá de cima alguns pontos interessantes. Lá em cima temos toda a ação,
lembrem-se que começando nos rins. Começou nos rins com as células da mácula
densa, células JG e terminações nervosas. Os rins também são uns dos
órgãos alvo, aqui de baixo. Portanto, as coisas estão começando
mas também terminam nos rins Podem questionar sobre as células
musculares lisas de todo organismo. Sim, também são afetadas, mas quero enfatizar que os rins são
uns dos principais elementos deste jogo. Este é um ponto. O outro ponto é que quando falam do
sistema SRAA, falam de certos caminhos. Falam especificamente, por exemplo,
desta seta aqui, deste hormônio renina e do angiotensinogênio e
angiotensina I. Também se referem à
angiotensina II e seus alvos, a angiotensina II afetando as células
musculares lisa, duas glândulas, hipófise e glândula adrenal,
assim como os rins. Portanto estão se
referindo a tudo isso. Pelo menos quatro tipos de
células são afetadas, são células alvo. Por fim a aldosterona que também
tem grande efeito sobre os rins. Estes são pontos importantes
a serem extraídos desta visão geral: que há vários hormônios envolvidos para os
quais mantive na cor laranja, de forma que pudéssemos
rastreá-los, além do fato de que os rins têm papel principal
no controle da pressão sanguínea. [Legendado por: LolaMalei]
[Revisado por: Claudia Alves]