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Curso: Saúde e medicina > Unidade 2
Lição 12: Mudança no loop PVElasticidade arterial (Ea) e pré-carga
Entenda como a Ea é afetada pelas alterações na pré-carga e, por sua vez, como o loop PV pode mudar. Rishi é um médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
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Vamos falar sobre a curva pressão-volume para saber como a pré-carga entra na história. O volume aumenta para direita e a pressão
para cima. Desenharei umas linhas que representam a relação pressão sistólica final e volume algo assim na mesma cor para mostrar a relação pressão diastólica final e volume Observem esta linha que será de nosso interesse no estudo atual É a relação pressão diastólica final e
volume. E também vou desenhar a elasticidade arterial. Lembra da elasticidade arterial? É o "Ea" na fórmula e que significa a pressão no final da sístole dividida pelo volume de ejeção. Vou desenhar o local desses pontos e aqui seria a pressão sistólica final e o volume de ejeção seria basicamente a projeção desse ponto no eixo. Aqui seria o volume de ejeção. Esses dois valores são importantes porque
definem a inclinação que é a elasticidade arterial Podemos usar também para desenhar a curva pressão-volume. Basicamente ela desce até atingir algum ponto da curva ela cruza a linha roxa e continua até a mesma marca no eixo do volume e sobe e a contração ocorre aqui o coração está se contraindo a contração continua e finalmente o sangue é ejetado seguindo para a aorta. Esta é a curva pressão-volume. Vou destacar alguns pontos importantes Este aqui é o ponto final da diástole Quando falamos sobre o final da diástole devemos nos lembrar da pré-carga vou anotar a equação da pré-carga A pré-carga é definida pela Lei de Laplace Aqui é o estresse na parede no final da
diástole. vou anotar a equação completa nesta página para lembrar a equação que é pressão vezes o raio no final da diástole dividida pelo dobro da espessura da parede no final da diástole. Então tudo isso está acontecendo naquele ponto da seta amarela Eu pergunto: o que acontece se a pressão aumentar? Ou seja, se no final da diástole aumentássemos a pré-carga? Eu poderia dizer que a pressão está em algum lugar por aqui Aqui é a pressão no final da diástole Se eu aumentar um tanto assim o desenho ficaria algo assim Imediatamente podemos ver o que ocorre há um aumento evidente no volume de ejeção porque agora tem mais sangue entrando a contração só ocorre nesse ponto aqui farei o trajeto da contração a seguir mas antes vamos rever a equação da elasticidade para acompanhar o raciocínio matemático e ajudar no entendimento evitando uma confusão mental Esta é a equação da elasticidade arterial Havíamos dito que a taxa cardíaca vezes a resistência produzem um valor igual, certo? É o que está escrito. Eu não citei nenhuma modificação na taxa cardíaca nem a resistência pois os valores eram os mesmos mas se eu manter esses valores, e agora aumentar o volume de ejeção, adivinhem o que acontece com a pressão? Considerando que a equação é a mesma e será mantida, o único jeito é aumentar também a pressão Não há outro jeito é a matemática, a beleza dos números que nos ajuda a entender os acontecimentos Se a pressão aumenta posso colocar isso na equação e achar o ponto onde está nova pressão. Esta é a nova pressão no final da sístole Vou repetir porque algo vai acontecer Eu havia falado que o volume de ejeção estava subindo. E se o volume de ejeção sobe e a taxa cardíaca ou resistência não alteram sei que a pressão no final da sístole terá que subir também. A explicação é matemática mas também quero certificar que intuitivamente faz sentido Ou seja, se colocar mais sangue na aorta faz sentido a pressão no final da sístole que era a mesma pressão da aorta, agora ser maior. Quanto mais sangue na aorta mais pressão será criada. Isso faz sentido. Porque tem mais moléculas sanguíneas se agitando é claro que a pressão subirá. É muito interessante porque temos a tendência em achar que se há um aumento como esse a tendência é achar que é só o volume de ejeção que está subindo e ponto final. De fato, vejo bastante desse desenho que confunde as pessoas Na verdade, está errado o desenho não deveria ser assim na verdade o volume de ejeção aumenta e aumenta também a pressão sistólica final A forma correta de desenhar é uma linha subindo até o ponto onde ocorre a ejeção e vai diminuindo a partir daquele ponto até se cruzar aqui. Sabemos que, se o volume de ejeção sobe por causa disso tudo será que o volume de ejeção diminuiria um pouco se diminuir o volume de ejeção deste lado? E a resposta é sim. Sim, temos menos volume de ejeção devido a esta perda aqui. Porém, por causa do grande ganho no outro lado na verdade há uma compensação No total o volume de ejeção ainda aumenta O antigo volume de ejeção aqui é ainda menor que o novo volume de ejeção aqui. devemos sempre lembrar disso Há também outras mudanças ocorrendo que é um aumento na pós-carga. Vejam. Quero mostrar que se ocorre uma variação causada somente pela pré-carga, se esta for a principal alteração o trajeto mudará totalmente Mas a inclinação da linha roxa será praticamente a mesma. Vou tentar fazer igual Esta é a nova linha da pré-carga. Agora podemos inferir que se a pré-carga aumentar esta linha se desloca dessa forma. Se a pré-carga diminui, ocorre o contrário com deslocamento na direção oposta. É o que acontece ao aumentar e diminuir a pré-carga provoca na linha Não altera a elasticidade ou inclinação que permanece a mesma mas o ponto onde a linha se localiza no eixo do volume que se altera Legendas: Liliana Kawase