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Curso: Saúde e medicina > Unidade 2
Lição 8: Despolarização cardíaca- Potenciais da membrana – Parte 2
- Potenciais de membrana e permeabilidade
- Potenciais de ação em células marcapasso
- Potenciais de ação em miócitos cardíacos
- Ondas de despolarização que fluem através do coração
- Pensando sobre batimentos cardíacos
- Nova perspectiva sobre o coração
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Ondas de despolarização que fluem através do coração
Tenha uma ideia mais clara sobre que a "onda de despolarização" significa e como ela vai de célula a célula através de todo o coração! Rishi é médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
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Transcrição de vídeo
. Vou fazer um diagrama de um
coração em formato de caixa. Um esquema simples dividido na metade. Vou dividir na metade
mais uma vez, pois sabemos que o coração
possui quatro câmaras. O sangue entra no
átrio direito, desce para o ventrículo direito, segue para os pulmões, volta para o átrio esquerdo
e ventrículo esquerdo e segue para o corpo. Este é o fluxo sanguíneo. Sabemos que o coração é uma bomba que contrai de maneira
muito bem coordenada e que o local de onde parte o sinal
para contrair é este aqui. No átrio direito, se pudéssemos aproximar e
analisar com cuidado, veríamos um pequeno grupo de células, que chamamos de nodo SA. Este nodo SA é apenas um grupo de células que emite um sinal muito
rapidamente, após o início da onda de despolarização, para o átrio esquerdo, através do que chamamos de
Feixe de Bachmann. Este é o nome para esta
faixa de tecido. Logo, feixe de Bachmann
é essa faixa de tecido que segue para o átrio esquerdo. Há também algumas faixas que seguem nesta direção
para este nodo de tecido, portanto um segundo nodo de células. Estes percursos são chamados de
tratos inter - que significa entre - internodais. Temos três tratos internodais levando a mensagem ou a
onda de despolarização para o nodo atrioventricular. Portanto, temos um esquema
básico ou uma imagem de como o sinal elétrico é
enviado através do coração. Se esses são vias rápidas,
lembremos que também existe sinal sendo enviado através do próprio músculo. Portanto, esta é a parede do músculo. Se pudéssemos aproximar. veríamos que os tratos estão imersos
dentro das células musculares. Há células musculares
cardíacas por toda volta que também recebem o sinal. Logo, temos sinal passando
nesta direção-- vou demonstrar com setas amarelas-- sinal que passa nesta direção e através do tecido de condução elétrica. Além disso, há sinal que passa
por aqui, por dentro do próprio músculo. Há sinal que deixa
o nodo SA para entrar no músculo. Podemos ver como
realmente há sinal que entra no músculo, além do sinal que passa por essas linhas azuis claras, que representam o tecido de condução. A questão central é que o sinal, ou a onda de despolarização que viaja pelo tecido de condução, é muito mais rápido. O que faz sentido, pois se
viajasse mais devagar, ou na mesma velocidade
que no músculo, por que seria necessário? Não seria. Teríamos apenas o músculo. É fato que o sinal pode ser enviado
muito mais rapidamente por isso usei a analogia de "via" nas faixas em azul, pois este é o
motivo de existirem, queremos que o sinal atinja
rapidamente o lado esquerdo de forma que os dois átrios
contraiam ao mesmo tempo. Queremos também que o
sinal alcance rapidamente o nodo AV. Esta é uma visão geral, mas
vamos aproximar. Na verdade, eu fiz este
desenho anteriormente, e podemos ver exatamente
o que representa. Em azul temos o nodo SA, e esses são os feixes de Buchmann. Estas são as células que vão levar o sinal até o outro átrio feixes de Buchmann. E temos os três tratos internodais. Tratos internodais que
vão levar a mensagem até o nodo AV. É um diagrama meio grosseiro. Do lado de fora temos as células
musculares cardíacas. As células musculares estão aí. Duas coisas que devemos notar logo: a primeira é que se olharmos com atenção,
estas são junções gap. Podemos ver junções gap
desenhadas por todo diagrama. Podemos ver esses pequenos
espaços e conexões entre as células, que significam que íons de dentro de uma célula começam a passar para a célula adjacente. Te tivermos íons positivos
em uma célula, eles passam para a célula adjacente e a tornam um pouco menos negativa, o que é essencial para a despolarização. A forma como demonstrarei
a despolarização é que todas essas células têm um pouco de carga negativa
em seu interior. Esta carga negativa representa o potencial da membrana. Por exemplo, sabemos que
a carga negativa na célula muscular
provavelmente é de cerca de noventa
milivolts negativos, pois é quanto a célula prefere. Dentro das células do nodo
é de cerca de sessenta milivolts negativos. Em ambos os casos a
carga é negativa. Quando se tornam positivas
chamamos de despolarização. Vou sombrear a célula
para assim sabermos como esta
célula em particular despolarizou. O fato de que todas
essas células estão interconectadas através das
junções gap demonstra que elas formam
um sincício funcional. Vou escrever isso aqui,
sincício funcional. Sincício é uma palavra
engraçada e é assim que que se escreve. Basicamente, sincício
funcional significa que essas células estão mecanicamente,
quimicamente e eletricamente
conectadas entre si. De certa forma,
começa a se assemelhar a uma enorme célula muscular. Não é, realmente, uma célula
única por que todas tem seus próprios núcleos e se comportam de outras maneiras
como células individuais. No entanto, essas
pequenas conexões lhes permitem agir,
em algumas situações, como uma grande unidade. É por isso que quando
observamos um coração, ele bate
quase como um todo. Por ser tão bem coordenado. Vamos focar agora na
onda de despolarização. O ponto mais importante é mostrar vou abrir um espaço a onda de despolarização,
como ela acontece. Vou escrever no topo. Onda de despolarização. Veremos como ela se propaga. Onda de despolarização. . Deixe me corrigir aqui. Digamos que uma das
células do nodo SA decide se despolarizar--
e sabemos que elas podem se despolarizar
automaticamente se quiserem. Digamos que esta célula se despolariza. É a nossa primeira
célula despolarizando. Vou sombreá-las ao despolarizarem. Sabemos que significa que passaram de negativas para positivas. Portanto, se esta célula despolarizou,
o que acontecerá em seguida? Estes íons positivos,
especificamente o cálcio vão passar para as células adjacentes através das junções gap. Se essas células já tiverem
carga sessenta negativa, essa começará a aumentar. O potenciais de membrana
começam a se alterar enquanto os íons positivos
entram na célula. Em algum tempo, elas chegaram ao limite
a ponto de "pegar fogo". As células "em chamas"
tornam-se despolarizadas. Quando digo "fogo", estou falando
de despolarização. As células se tornarão
despolarizadas, porque atingiram esse limite. Se tornam despolarizadas. Elas têm íons positivos. Despolarização significa que há íons positivos flutuando
dentro das células. Íons positivos começam a passar para as células vizinhas, com isso, mais células
começam a perceber os efeitos do início de uma onda de despolarização. Portanto, essas células também
vão se "pegar fogo". As células do nodo SA são
fantásticas para conduzir a onda. Onda de despolarização
significa, afinal, a condução de uma célula
para outra célula vizinha E elas são muito, muito rápidas. Mais células estão se
despolarizando. Faremos uma pausa rápida e mostrarei em breve o que acontecerá. Tão logo teremos algo assim: mais células despolarizadas
no nodo SA, além de que alguns
miócitos também estarão despolarizados. Eu sombreei quatro miócitos que foram despolarizados até agora. Podemos ver que o sinal
definitivamente atinge os miócitos, mas o que ocorre é que os miócitos não propagam a onda tão rapidamente quanto as
células condutoras de eletricidade. Veremos a diferença quando eu acelerar mais uma vez. Veremos como o sinal continua a se propagar pelo sistema
de condução elétrica, mas que miócitos não são tão velozes, não propagam tão rapidamente. Vou acelerar mais uma vez. A onda se moveu para mais longe e podemos ver que o sinal
está percorrendo o trecho de condução elétrica, mas ainda não vemos propriamente os miócitos propagando a onda. Quando eu acelerar uma última vez, veremos como exatamente
isso vai acontecer. Isto é o que veríamos se
deixássemos continuar, e pela primeira vez, temos algumas células aqui,
vou circulá-las em branco, e outras aqui em cima,
que estão recebendo o sinal de um miócito adjacente. Definitivamente ondas de despolarização
viajam através de miócitos. Não há dúvidas. O que quero mostrar é que
realmente pode-se mover para muito mais longe usando
apenas o sinal de condução elétrica nesta direção, e nesta direção e
para baixo pelos tratos internodais para todas
as direções, e não se deve apenas confiar
nas células musculares porque não propagam
tão rapidamente. A onda de despolarização
está viajando em todas as direções, mas está mais veloz em algumas direções
do que em outras. Devemos lembrar também que quando íons são trocados entre
as células do tecido de condução elétrica,
a maioria das células vai passar íons de cálcio
para suas vizinhas. Porém, em se tratando de
células musculares, os miócitos, teremos ... seria melhor desenhar em outra cor teremos o cálcio realmente, mas também sódio sendo liberado. Portanto, temos sódio passando
para essas células. Ambos, cálcio e sódio,
serão trocados entre os miócitos, enquanto no tecido de condução elétrica o cálcio é o principal. O íons positivos são um pouco
diferentes nos dois casos. Esta é a onda
de despolarização e acho que agora podemos entender
como ocorre "em câmera lenta" ou melhor, eu troquei "em câmera rápida"
eu acho bem legal. [Traduzido por Ana Carolina Macedo Leitão]
[Revisado por Valter Bigeli]