Conteúdo principal
Curso: Saúde e medicina > Unidade 2
Lição 8: Despolarização cardíaca- Potenciais da membrana – Parte 2
- Potenciais de membrana e permeabilidade
- Potenciais de ação em células marcapasso
- Potenciais de ação em miócitos cardíacos
- Ondas de despolarização que fluem através do coração
- Pensando sobre batimentos cardíacos
- Nova perspectiva sobre o coração
© 2024 Khan AcademyTermos de usoPolítica de privacidadeAviso de cookies
Nova perspectiva sobre o coração
Dê uma olhada no coração na seção cruzada, olhando de baixo para cima! Rishi é um médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
Quer participar da conversa?
Nenhuma postagem por enquanto.
Transcrição de vídeo
Nós nos acostumamos a desenhar
o coração com quatro câmaras. Vou desenhar com as quatro
câmaras, algo parecido com isso, com duas
câmaras na parte superior. Estes são os átrios. E então vou desenhar duas câmaras
um pouco maiores aqui. São os ventrículos. Vou colocar como RA (Átrio Direito)
escrito aqui, este seria o átrio esquerdo, o
ventrículo direito e o ventrículo esquerdo. É como nós geralmente vemos o
coração desenhado, olhando assim, de frente. Mas e se formos mudar um
pouco as coisas? Vamos apagar isso daqui. E ao invés de olhar o coração
de frente vamos desenhar um par de
olhos aqui. E desenhar assim. E vamos dizer que você
que você pode vê-lo ao invés de olhar de frente para ele,
olhar de cima para baixo. O que você veria? Se você estivesse olhando para
baixo e cortasse os átrios, o que você veria? Seria isso aqui. Se tirássemos uma foto ou
desenhássemos pareceria com isso. Daí você olha pra isso e pensa:
"Ai meu Deus! isso é muito diferente do coração
que eu conhecia!" A primeira coisa que precisa fazer
é se orientar. Vamos nos orientar. E pra isso, vamos seguir
umas dicas. Por exemplo, vamos começar com
essa válvula aqui. Nós sabemos que ela é tricúspide -
um, dois três. E que ela tem umas cordas, que
você pode ver aqui. Essas cordas bem finas, aqui aqui e ali. Pense que ela tem cordas. Os
cordões tendíneos. É assim que eles se chamam. Cordões tendíneos. Se tem esses cordões, você já sabe que só algumas válvulas tem cordões tendíneos. E são as válvulas atrioventriculares. Essa é uma delas. É uma das válvulas atrioventriculares. E uma das duas válvulas atrioventriculares tem três cúspides. Por isso chamamos de tricúspide. É isso que ela é. Uma válvula tricúspide. E a outra válvula atrioventricular também tem uns cordões tendíneos aqui. O que indica que esse é,
definitivamente, uma das duas válvulas
atrioventriculares. Essa é a segunda. E tem duas cúspides: uma, duas. Essa é, então, a válvula mitral o que significa que esses dois estão
à esquerda. Um deles é a válvula aórtica e a outra é a válvula pulmonar. Como descobrimos qual é qual? Bom, vamos precisar de outra dica. Você pode ver um pequeno buraco
pra passagem de sangue e realmente tem um fluxo de sangue
por aqui e que segue por aqui. E se o sangue está passando por essas
pequenas veias e essas veias passam em
volta do coração você lembra que elas são
as veias coronárias. Nesse caso, são artérias. As artérias coronárias. Essas artérias coronárias estão
recebendo sangue de algum lugar fora dessas válvulas. Pense bem. Eu desenhei em vermelho, e
quando eu uso vermelho é para indicar oxigênio. Então nós temos sangue oxigenado dentro dessas artérias. E de onde ela poderia estar vindo? Bom, se viesse da válvula pulmonar não faria o menor sentido, porque
este sangue ainda não estaria oxigenado E nós sabemos que este sangue
é oxigenado. Então deve ser da válvula aórtica. E a válvula aórtica tem três cúspides. Essa é a válvula aórtica. E eu não tinha desenhado a aórtica porque nós tínhamos cortado a aorta. Mas se você fosse desenhá-la, ou imaginar como seria, seria basicamente assim. Ela ficaria bem em cima, desse jeito e o sangue estaria saindo da aorta, certo? Mas eu não coloquei essa parte aqui. E agora, a última válvula também tem três
cúspides: um, dois, três. O que significa que a válvula mitral
tem somente duas cúspides geralmente. Todas as outras tem três. E essa é a nossa última válvula, a
válvula pulmonar. É bem legal. Foi possível nos orientarmos apenas usando algumas dicas que
estão desenhadas aqui. Agora que eu falei sobre as
artérias coronárias, você deve estar imaginando o que são
essas coisas em azul aqui. São as veias coronárias. E uma coisa legal sobre as veias
coronárias é que elas desembocam diretamente no átrio direito. Onde a maior parte das veias do nosso
corpo, como por exemplo do nosso rim, ou uma veia do nosso
dedão do pé, todas essas veias desembocam? Elas desembocam em uma das duas
grandes veias, a veia cava superior ou a inferior. Vou anotar como VC. Veia cava. E essas são as duas veias que coletam sangue do corpo inteiro. Mas um grupo único de veias, as
coronárias, são as veias que abastecem o coração. Elas, por si só, desembocam no
átrio direito. Este é o átrio direito, certo? Essa câmara que nós cortamos fora. Então elas desembocam dentro do
átrio direito. Eles não vão para nenhuma das outras
câmaras. O que é um recurso bem interessante e que pode ser visto aqui também. O que me traz ao ponto final
dessa imagem é que bem no centro, no
centro mesmo, tem um pequeno círculo azul. O que é isso? Isso é um pequeno pedaço de
tecido muito diferenciado. E é uma das coisas que falamos
que é diferente, diferente em várias formas. Isto é o nódulo atrioventricular. O nódulo AV vai conectar os dois átrios aos ventrículos e
vai enviar um sinal. Ele vai enviar um sinal de despolarização através deles. Se o seu átrio contrai - vou desenhar os átrios e os ventrículos
aqui - uma coisa que sempre acontece é que, quando o sinal sai do
nódulo sinoatrial, ele tem que passar pelo nódulo AV. E conforme o sinal desce, vai se
espalhando pelo lado direito e esquerdo. E, é claro, envia um sinal para o
outro átrio. Isso é um esqueminha do que
acontece. Mas tenha isso em mente. Nós estamos
olhando diretamente para essa caixinha bem no meio. E se você pudesse
mudar a direção do sinal por exemplo, se pudesse
fazer um sinal elétrico ir para... Não sei, talvez atravessar
as paredes, da parede do átrio para a parede
do ventrículo, ou talvez atravessar a válvula. Vamos imaginar atravessando
a válvula Então, seu nódulo AV não está fazendo
um bom trabalho porque o objetivo do nódulo é
criar um intervalo. Lembre-se, é uma das coisas interessantes
que o nódulo faz: criar um intervalo de cerca de 1/10
de segundo. Esse "atraso" não aconteceria se
pudéssemos enviar o sinal de outra maneira; ou se desse para driblar o nódulo. Mas o fato é que isso tudo, essa área toda que eu estou mostrando,
tudo isso aqui, não consegue mandar sinal elétrico algum. Nenhum sinal consegue passar aqui. Não vai haver nenhuma despolarização
através de nenhum desses lugares, muito menos
nas válvulas. E isso é um ponto importante
porque se ele não existisse, os sinais acabariam indo em qualquer direção. Mas como todas essas coisas
em volta no nódulo AV são inertes, não deixa nenhum sinal
atravessá-lo, o nódulo AV é o único meio de
passar dos átrios para os ventrículos. E você pode ver isso claramente quando
fazemos o corte dessa maneira. Mas a grande pergunta final
que você fazer é do que isso é feito? Essa coisa inerte é feita do que? Uma parte disso é colágeno. Uma boa parte dessa coisa inerte
é colágeno. Onde eu escrevo isso? Vou escrever nesse espacinho aqui. A maior parte é colágeno. Então você tem colágeno aqui, e
os anéis das válvulas são feitos de fibras. São anéis fibrosos. Entre os anéis fibrosos e o colágeno não está passando nenhuma condução
elétrica. Não é feito de miócitos, ou de tecido
de condução elétrica, nenhum desses dois
tipos de células. É praticamente só proteína. E é por isso que nenhum sinal passa
por aqui [Legendado por: Laís Yamada]
[Revisado por: Claudia Alves]