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Contratilidade ventricular crescente – efeito inotrópico

Descubra como os nervos simpáticos aumentam a força de contração e a velocidade de relaxamento do coração! Rishi é médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.

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Transcrição de vídeo

Vou começar esse vídeo apresentando o potencial de membrana de uma célula cardíaca. E eu sei que você já deve ter visto isso algumas vezes, e deve estar se cansando dele, ou ele já pode até parecer familiar, e isso é bom. E é bom que você já reconheça isso. Mas vamos passar por ele de novo, para se relembrar. Então se você pegar uma célula cardíaca, e vamos ter certeza que estamos falando a mesma língua, essa é uma célula muscular do coração, ou um Miócito. Se você pegar uma célula dessas, e observá-la, geralmente ela tende a se encontrar com um potencial de membrana negativo. Significando assim que ela é negativa em relação ao seu meio. E ela meio que fica assim por um tempo. E então sabemos que, em algum momento, ela irá adquirir carga positiva de uma célula vizinha. E assim gerará um potencial de ação. Ela ficará bastante positiva, e então ela tenderá a decair um pouco, enquanto os canais de potássio, liberam potássio. E então teremos uma espécie interessante de plateau, onde o cálcio está entrando, ao mesmo tempo que o potássio sai, e finalmente o potencial tornará a decair ao vermos o potássio prevalecer. O potássio de certa forma abaixa-o a sua espécie de lugar feliz onde gosta de permanecer. Ao redor de -90mV. Então essas são as etapas do potencial de ação. E sabemos que elas são numeradas. Essa é a fase 4. Essa é a fase 0. estas são a 1, 2 e 3. Então essas normalmente são as fases que contamos e como elas se parecem. O que eu quero que você faça agora é se concentrar no coração. E não vamos nos esquecer de como esse órgão se parece. E esse é nosso órgão de quatro câmaras, esse é o nosso músculo cardíaco. Com dois ventrículos abaixo e dois átrios acima. E esse é o átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito, e o ventrículo esquerdo. Então é assim que ele se parece, certo? E ainda tem nervos que chegam e se alocam em várias partes daqui. Então terá um dos nervos que virá e ficará bem aqui. E esse deve ser um nervo parassimpático. Então vou escrever "P" de parassimpático E nervos parassimpáticos ainda vem até o átrio esquerdo. Eles se estabelecem no tecido do átrio esquedo também. E você também tem nervos simpáticos que vem e ficam por aqui- e aqui nesse lado também. Agora falando dos ventrículos, você apenas encontrará nervos simpáticos aqui embaixo. Então isso é interessante, e eu queria te mostrar isso. Então você realmente só encontrará estimulação simpática. Você não verá muito de acão parassimpática por aqui embaixo. Então agora eu vou me focar em uma coisa. O resto desse vídeo realmente só irá ser focado nos ventrículos. Eu vou meio que ignorar o que acontece no átrio porque, o meu objetivo aqui é apontar que a atividade simpática nos ventrículos irá aumentar a contratilidade, sendo assim você poderá causar um aumento na força da contração. E por que eu não ligo tanto para a força de contração do meu átrio? Bom, isso é porque os átrios vão ser usados para ajudar a preencher o ventrículo. Mas a força de contração do ventrículo é realmente importante e isso porque ela irá afetar como o sangue chegará em todo resto do corpo, e nos pulmões, e por isso quero focar exclusivamente nos ventrículos durante todo resto do vídeo. Então agora eu vou desenhar uma célula ventricular. Uma célula muscular do ventrículo. Digamos que ela fique aqui. Ela estará por aqui nesse "x". Então essa célula ventricular -- Na verdade eu serei até mais específico aqui, focarei no que acontece na fase 2 e na fase 3 dessa célula. Então a célula ventricular irá na fase 2, ter alguns canais. Terá alguns canais de potássio. Canais voltagem dependentes. Com potássio saindo. E teremos alguns canais de cálcio. Alguns canais dependentes de voltagem de cálcio, deixando entrar cálcio. E você se lembra que, na verdade, assim que o cálcio entrar, nós falamos de que existe um retículo sarcoplasmático. Esse aqui é o retículo sarcoplasmático. E esse retículo sarcoplasmático é como uma bolsa de cálcio. E o retículo sarcoplasmático irá esperar pacientemente para o cálcio chegar e se ligar ao seu canal. E assim que isso acontecer, o cálcio começará a sair. Então essa coisa aqui é cheia de cálcio. E começará a atirar cálcio para dentro da célula. Para o citoplasma da célula. Então essas vão ser as mudanças que acontecem durante a fase 2 e 3. Você terá o cálcio entrando, e o retículo sarcoplasmático o jogando para fora. E você também terá-- aqui quando eu digo fora é fora do retículo, na célula-- e aqui você tem o potássio saindo da célula por inteiro. Agora, se você tem nervos simpáticos. Vamos dizer que esse é o nervo simpático. Vou escrever um "S" de simpático. Bom, vou só escrever para garantir que não haja confusão. Esse é meu nervo simpático. Meu nervo simpático terá alguns-- vou abrir um espaço aqui-- o nervo terá alguns neurotransmissores nesse espaço aqui. E eles irão se ligar a um receptor. Daí um receptor irá enviar a mensagem para o resto da célula. E é o neurotransmissor que está passando a mensagem. e aqui nós teremos-- quase que eu troquei aqui. Eu ia escrever acetilcolina, mas o que eu quis escrever é norepinefrina. E acetilcolina, só para ter a referência, é o neurotransmissor usado pelos nervos parassimpáticos. Então só vamos garantir que não haja confusão. A norepinefrina vai para célula, qual é sua função? Ela terá um efeito aqui. Ela irá fazer com que o cálcio saia com ainda mais força. Irá ativar esses canais fazendo com que eles passem mais cálcio quando eles forem capazes de fazer isso. Então essas são duas grandes mudanças, correto? Elas irão ativar o cálcio vindo, ou basicamente ativar os canais para que mais cálcio possa passar. E irá deixar ainda mais cálcio sair do retículo sarcoplasmático. Então minha curva começará a ficar assim. Cálcio fará com que ela suba. E lembre-se que ela irá subir porque o cálcio quer que o potencial de membrana aumente. E a razão que ele descerá, eventualmente, é por conta do potássio. Então se você tem mais cálcio entrando, ele começará a ganhar essa batalha pouco a pouco. Então não será mais um plateau. Começará a ficar mais assim como eu desenhei. Agora a segunda coisa que acontece com o simpático, e aqui vemos algo bem interessante, é que temos esses canais controlados por ATP, ou proteínas mesmo, que permitem que o cálcio volte. Então esses transportadores que farão com que o cálcio volte. E é claro, isso acontece assim que o retículo sarcoplasmático está pronto para reunir todo cálcio e deixá-lo entrar no interior do "RS", o retículo sarcoplasmático. Então quando isso ocorre, você geralmente vê um declínio como o que desenhei aqui na fase 3. Mas se você vai estimular isso, e é exatamente o que os simpáticos farão, então repentinamente o cálcio será capaz de reentrar rapidamente no retículo sarcoplasmático E se ele reentra rapidamente, então a corrente do cálcio também cai rapidamente. E a potência de potássio predomina ainda mais do que em condições normais. Então o que acontece é, ao invés de ter uma fase 3 mais lenta, você terá uma rápida fase 3. E isso é graças ao aumento da capacidade do retículo sarcoplasmático de captar o cálcio e de trazê-lo para dentro mais rápido e mais eficientemente. Então acabamos vendo algumas coisas interessantes. Você vê que é possível chegar rapidamente a linha basal. E como resultado disso, a distância diminui. Então você tem uma contração reduzida, o que eu quero dizer é, para não te confundir, não se tem uma contração menor, e sim uma mais curta, em termos de tempo. Mas você vê mais cálcio entrando para dentro da célula. Estas são as duas grandes mudanças que eu quero apontar. O fato que mais cálcio está entrando, mas por um período de tempo menor. Então esses são os efeitos dos nervos simpáticos na célula muscular do ventrículo. Então podemos ver agora que haverá uma mudança na inotropia. E inotropia simplesmente significa uma mudança na força de contração. Aqui estamos falando especificamente dos ventrículos, porque essas são as câmaras que eu disse que são mais importantes nesse cenário. Então dá para ver que a inotropia é afetada- bem aqui. Você vê então mais cálcio, e mais cálcio significa mais força. Mais força de contração. E isso acontece porque o cálcio afeta diretamente o mecanismo que a célula usa para se contrair. E vamos falar sobre isso em próximos vídeos, exatamente como esse mecanismo funciona. O aumento do cálcio então é uma demonstração do efeito inotrópico de um nervo simpático. O que esse efeito mostra é que os ventrículos podem se repolarizar mais rapidamente. Então ela é- digamos que, uma rápida repolarização ventricular. Assim os ventrículos se reestabilizam e ficam prontos rapidamente para serem estímulados de novo. Repolarização rápida. Essas são as duas maiores mudanças decorrentes de nervos simpáticos nas células ventriculares do coração.