Conteúdo principal
Curso: Saúde e medicina > Unidade 2
Lição 11: Loops de pressão-volume- Pressão no lado esquerdo do coração - Parte 2
- Pressão no lado esquerdo do coração - Parte 3
- Pressão ventricular esquerda vs. tempo
- Volume ventricular esquerdo vs. tempo
- Desenho de um loop de pressão-volume
- Entendendo o Loop de Pressão-Volume
- Relação pressão-volume diastólica final (R-P/VDF)
- O que é pré-carga?
- Por que o coração não se rasga?
© 2024 Khan AcademyTermos de usoPolítica de privacidadeAviso de cookies
Pressão ventricular esquerda vs. tempo
Alguma vez você já se perguntou como exatamente a pressão do ventrículo esquerdo muda ao longo do tempo? Descubra neste vídeo codificado por cores! Rishi é médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
Quer participar da conversa?
Nenhuma postagem por enquanto.
Transcrição de vídeo
O mais importante que
quero mostrar neste vídeo é a marcação do tempo
das batidas do coração. Temos feito desenhos da
pressão ventricular esquerda, mas até aqui eram
apenas rascunhos. Agora quero tentar
ser um pouco mais cuidadoso para que
possamos fazer uma real apreciação de quanto
tempo dura cada evento . Estes números que vou
escrever são apenas estimativas. Não são números exatos. Sabemos que
muitas coisas podem alterar o quão rápido ou devagar
será a batida do coração, mas esses números dão uma
noção real do tempo. Vamos começar. Sabemos que o
ventrículo esquerdo começa com uma
pressão bem baixa, cerca de 50 mililitros
de mercúrio, digamos. Vamos estimá-la em 10
aproximadamente. A contração vai começar e temos que escolher
um ponto em algum lugar, então vou escolher
este ponto aqui. A contração começa com
uma pressão bem baixa, digamos que de cerca
de 10 mililitros de mercúrio. Lembremos que antes da contração
do ventrículo, o último evento é a sístole atrial. Ela faz uma "protuberância"
no gráfico da pressão A pressão sobe e em seguida
desce levemente. Isso ocorre em razão
da contração atrial. Antes disso-- dá pra perceber
que estamos indo para trás, né? Antes disso, o átrio
e o ventrículo estão se enchendo de
sangue lentamente, então a pressão
sobe lentamente. Esse é o primeiro passo
em termos de como a pressão ventricular se aparenta. Ela sobe discretamente e faz essa
pequena protuberância ao fim Neste momento ela deve ir deste
ponto até um ponto muito alto. Quando o ventrículo se contrai, a pressão dispara. Digamos que chegará
a cerca de 80. E não leva muito tempo, na verdade em 0,05 segundos a pressão dispara deste jeito. Enfim, a pressão dispara. Esse é o passo seguinte, ela dispara. Vamos discutir estes dois
pontos rapidamente, Estes dois pontos-- chamaremos
este de B e este de A. O que exatamente
acontece entre A e B? O grande evento em A
é o fechamento da valva mitral. Vou escrever aqui
mitral fechada. Em B o grande evento é a abertura
da valva aórtica. Vou escrever aórtica aberta. Quando escrevo aórtica, refiro-me à valva
e não à artéria, pois a aorta é apenas
uma artéria, então está sempre aberta. Porém , a valva aórtica
se abre neste momento. Entre os dois pontos--
e é uma coisa bem legal de imaginar-- entre os dois
pontos o que acontece? Quando a valva mitral
se fecha ao ponto em que a outra ainda vai começar a abrir, temos uma câmara, o ventrículo
esquerdo, como uma espécie de quarto com duas portas fechadas. Não há nada aberto
entre esses dois pontos, que destaquei em vermelho. Em razão de
estar tudo fechado e a contração já
ter começado, temos um nome especial
para essa situação. O ventrículo esquerdo
está contraindo, então temos a contração. No entanto, é uma câmara
com duas portas fechadas, o sangue não tem
por onde sair. O volume do sangue
não vai se alterar. Será o mesmo. O termo médico
para "o mesmo" é "iso". Portanto, isovolumétrico,
o mesmo volume. Isovolumétrico. Contração
Isovolumétrica. Significa que o
ventrículo esquerdo está contraindo e que o volume do
sangue não se altera, pois ele não tem por onde sair. É um termo sofisticado,
mas isso é que significa. Agora o sangue começará a entrar na aorta. Ele vai ter uma
pressão muito alta e sabemos que levará
pouco tempo para que todo esse sangue vá
para a aorta. De fato, leva-se
um quarto de segundo Ao final sabemos que
que a pressão estará aproximadamente 100. Será cerca de 100,
mas minha pressão sanguínea ainda vai atingir um
pico ainda maior que esse, cerca de 120. Sei disso porque toda
vez que vou ao médico checam minha
pressão sanguínea e me dizem: -- Ei, Rishi,
sua pressão sanguínea está 120/80. Isso está me ajudando a
desenhar o gráfico. Posso dizer que sei que
tem que chegar a 120, pois é o quanto meu
médico falou que estava. Em algum momento a pressão
vai descer até este ponto. Estou fazendo no 100
porque sabemos que a valva aórtica vai se fechar, e claro que
vocês se lembram da parte do nó dicrótico. Farei de forma um
pouco grosseira, de fato vou
usar a cor amarela, e o amarelo nos lembra
que aqui neste ponto o sangue está
entrando na aorta. Esse pedaço amarelo representa
o sangue entrando na aorta. Chegamos em outro
ponto importante, vamos chamá-lo de C. Aqui a valva
aórtica se fecha. Neste momento a valva diz:
ei, já é o suficiente, vamos fechar
porque a pressão está indo para o outro lado. . Então a pressão
sanguínea vai cair. Vai cair ao longo do tempo. leva-se cerca de 0.15 segundos. E vai descer até-- estou fazendo um rascunho--
digamos que até aqui. Neste ponto, digamos ela vai cair, cair,
cair, cair, cair. Por que escolhi este ponto? Este é o ponto
onde perguntamos, o que acontece aqui? O que ocorre neste ponto? A valva mitral se abre. A valva mitral
se abre neste ponto. Claro que a pressão
continua a cair. Ela fica bem baixa e
eventualmente tem que voltar para
onde começou. Do contrário, a próxima batida
ainda não estará pronta. Então voltamos ao ponto inicial
discretamente enquanto o sangue entra e chegamos ao fim. Neste terceiro segmento, onde vou usar a cor verde, temos que novamente a valva
aórtica está fechada, e a mitral que também
continua fechada. O sangue tem para onde ir? Não tem. Mais uma vez está preso. Se o sangue está preso
no ventrículo esquerdo e o ventrículo esquerdo
está relaxando, acreditem, teremos um nome um nome chique para isso. Chamaremos de relaxamento-- esta parte não é a chique,
mas sim a outra que é "iso", de "mesmo" e
volumétrico. Mesmo volume. Relaxamento isovolumétrico,
é essa parte aqui. Novamente o sangue
não tem para onde ir e o ventrículo esquerdo
está relaxando. O último pedaço, farei em uma cor
diferente-- azul, é aonde o sangue
lentamente vai entrando no átrio esquerdo. E claro, já que a
valva mitral está aberta, também no
ventrículo esquerdo. Estes são os quatros segmentos. Vocês devem estar
se perguntando: e aquele primeiro segmento? Eu não o colori. O que vou fazer no lugar--
vou dizer que aqui é 0.2; farei o mesmo aqui, direi que é o 1.2, portanto são equivalentes; que pressão sanguínea
continuará a subir e que ocorre a
sístole atrial ou algo assim. Para manter
a continuidade, ao invés de desenhar dois
segmentos separados, acho que assim consigo
mostrar que são basicamente a mesma coisa. Isso está se aproximando
da próxima batida do coração, mas em relação ao tempo,
temos que concordar que é o mesmo segmento. Se eu fosse dividir, esta parte aqui-- vou desenhar no eixo
do tempo-- é de 0.5 segundos Vou tentar escrever grande. Eu disse 0.5, desculpe. É 0.05 segundos. Erro meu, perdão. 0.05 segundos. O próximo segmento-- este pedaço aqui--
é de cerca de 0.25 segundos Podemos dizer que
é um quarto de segundo. Dura cerca de um
quarto de segundo. Em seguida temos o
próximo segmento, que é de cerca de
0.15 segundos. Esses números não são
super importantes, pois quero apenas dar
uma noção de que este tempo não é tão curto
quanto o da contração, já que o relaxamento
leva mais tempo. Tenham essa intuição. Finalmente o último segmento. Obviamente é o mais longo. Ele vai, vai, vai, e chega a cerca de-- meu deus
é muito longo-- 0.55 segundos. Se somarmos esses
quatro números, se somarmos todos, eles
chegam a 1 segundo. A questão central
é que tudo isso ocorre em cerca de 1 segundo. Isso se assumirmos que
a frequência cardíaca é de 60 batidas por minuto. O que nem sempre
é verdade, claro. Certamente em algumas
vezes é muito mais rápido. Mas se assumirmos assim,
somente por uma questão de dar uma noção
sobre o assunto, então temos aí uma estimativa
grosseira de como acontece. Uma coisa que eu sempre
achei interessante é: ao olharmos para o gráfico, onde ocorre a sístole e
onde ocorre a diástole? Este dois aqui,
se forem somados, eles correspondem à sístole. É uma boa forma de raciocinar. Se acrescentarmos todo o resto,
todo este pedaço, esta é a diástole. Lembrem-se de
que conversamos sobre o fato de que a diástole
ocorre em cerca de 2/3 do tempo e a sístole em 1/3 do tempo. Aqui podemos ver como isso é
verdade basicamente. Para terminar,
na verdade algo que sempre me deixa
um pouco confuso é esse pedaço aqui. Sempre me pergunto por
que ele não faz parte da sístole. Ele certamente dá
a impressão de fazer parte do pico, desse
desenho parecendo uma montanha. Mas a verdade é que
temos que nos lembrar que o ventrículo esquerdo
está relaxando neste tempo e que diástole é o
relaxamento do ventrículo esquerdo. Portanto, em razão de
ser parte do relaxamento, na verdade ele tecnicamente
faz parte da diástole, apesar de parecer
fazer parte do pico. Tenham isso em mente.