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Mecanismos celulares de ação hormonal

Saiba mais sobre a interação entre as mensagens químicas e suas células-alvo em um vídeo sobre a ação hormonal. Por Ryan Patton. . Versão original criada por Ryan Scott Patton.

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Transcrição de vídeo

RKA14C Alô, alô moçada! Tudo bem com vocês? Na aula de hoje, aprenderemos sobre o mecanismo de ação hormonal. Depois de percorrer os vasos sanguíneos de nossos corpos, o hormônio eventualmente encontra um receptor, o qual foi criado especificamente para ele pelas células alvo, as quais esse hormônio foi enviado para estimular. A forma como esse hormônio interage com o receptor acontece de duas maneiras muito características, e hoje nós veremos como isso acontece. O primeiro mecanismo de ação hormonal é denominado mensageiro secundário. Aqui, estou desenhando para vocês uma célula e o seu receptor. Agora, um hormônio ligado a esse receptor. Quando ocorre essa ligação entre o receptor e o hormônio, ocorre o estímulo de uma reação em cadeia, fazendo com que os mensageiros secundários, ou seja, outras moléculas estimulantes, sejam produzidas dentro da célula e liberadas para fora. Vamos desenhar isso também para ficar mais fácil de visualizar. Não se esqueça que tudo isso que estou desenhando de maneira ampliada, na verdade, é bem pequeno dentro do nosso corpo. Vamos entender o esquema. Isso é um receptor. Aqui é a bicamada fosfolipídica da membrana celular. Lembre-se: há o lado interno da membrana celular e o lado externo, sendo o interno localizado dentro da célula, e o externo que comunica a célula com o exterior. Também na membrana celular, temos a proteína G. É chamada de proteína G porque ela se liga a moléculas que incluem nucleotídio guanina, aquela mesma guanina das bases de DNA. Mas aqui ela está ligada a uma molécula chamada difosfato de guanina. Temos também esta enzima aqui, a adenilato ciclase, que está na membrana celular. Você lembra que as enzimas aceleram as reações químicas? Vamos ver como a adenilato ciclase acelera essa reação. O que inicia esse processo é o hormônio que vai se ligar ao receptor. Então, vai ficar assim. Uma vez que o hormônio se liga ao receptor, vai mudar de forma, deste jeito aqui. Isso vai permitir que ele interaja com a proteína G. O que você viu acontecer foi que, conforme a proteína G interage com o receptor em um complexo hormonal, vai trocar aquele GT, ou seja, difosfatos de guanina, para um GTP, que significa trifosfato de guanina. Então, basicamente, ocorreu aqui a troca de uma guanina ligada a dois fosfatos por uma ligação de guanina de três fosfatos. Isso permite que a proteína G possa se mover através da membrana celular e interagir com a adenilato ciclase. E isso ativa a adenilato ciclase. Uma vez que a adenilato ciclase se encontra ativa, ela facilita a conversão de ATP, a moeda energética da célula, e de AMP cíclico, que significa adenosina monofosfato cíclico, ou abreviado em AMPc. Então, a adenilato ciclase ativa converteu o ATP em AMPc mais 2 PPI, ou seja, mais dois fosfatos, e isso ativa a proteína dentro da célula. Esse era o objetivo: ativar essa proteína dentro das células para que ela possa realizar a sua função desde o envio do hormônio que aconteceu no início deste processo por meio das reações que vimos aqui. Esse processo pode acontecer várias e várias vezes por meio da ativação de muitas enzimas de adenilato ciclase ao mesmo tempo, não de apenas uma, resultando na produção de muitos AMPc, o que chamamos de amplificação de sinal. Portanto, um hormônio, ao se ligar ao seu receptor, pode iniciar uma reação em cadeia, produzindo muito AMPc. Isso pode significar que menos hormônios são necessários para gerar o efeito desejado. Por fim, mensageiros secundários são o meio pelo qual os hormônios atuam nas células, tudo bem? Mas, só para a sua curiosidade, sabe-se que esse efeito acontece de forma diferente para cada tipo celular. A ciência ainda não sabe todos os mecanismos dos hormônios mensageiros secundários. De fato, estima-se que existem muitos mensageiros secundários além do AMP cíclico. Vamos tentar contextualizar isso que vimos? O hormônio se liga ao receptor na célula e ativa uma série de reações que respondem dentro da célula. Isso é como se fosse um serviço de telefonia celular. Imagine que este bonequinho aqui quer conversar com este outro aqui, mas eles não podem, por algum motivo, se comunicar diretamente por meio de uma ligação telefônica. Então, este primeiro bonequinho aqui envia uma mensagem de texto ao seu amigo, transmitindo a mensagem. Isso é muito semelhante aos mensageiros secundários. Exemplos que necessitam de mensageiros secundários são os hormônios peptídicos e catecolaminas, que não podem cruzar a membrana celular. Logo, eles usam mensageiros secundários para se comunicar com o interior da célula. Vamos entender agora o outro mecanismo de ação hormonal chamado de mensageiro primário. Certos hormônios, como os esteroides e hormônios da tireoide, podem atravessar a membrana celular. Logo, esses hormônios eliminam todo aquele sistema de comunicação por intermédio de mensageiros secundários que vimos antes. Vejamos! Este hormônio aqui atravessa a membrana celular e se liga a um receptor, localizado no citosol ou no núcleo. Então, podemos imaginar o núcleo aqui e o DNA dentro dele. Quando o hormônio se liga ao receptor, ele pode afetar o processo de transcrição, quando no núcleo, ou a tradução, quando no citoplasma, por meio da proteína que está sendo ativada por esse hormônio. É importante frisar que esses hormônios, que são capazes de atravessar a membrana plasmática, têm em sua constituição lipídios. Então, por conta de afinidades químicas, eles são capazes de atravessar a barreira da membrana plasmática, que é, em sua essência, lipídica. Bom, era isso o que tínhamos para aprender hoje. Bons estudos e até a próxima aula!