Conteúdo principal
Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 1
Lição 10: Introdução ao sistema endócrinoMecanismos celulares de ação hormonal
Saiba mais sobre a interação entre as mensagens químicas e suas células-alvo em um vídeo sobre a ação hormonal. Por Ryan Patton. . Versão original criada por Ryan Scott Patton.
Quer participar da conversa?
- por que não foi traduzido tudo??(6 votos)
- Quando será que a Fundação Lemann irá traduzir isso? Eu sou bastante grato à essa organização sem fins lucrativos por tudo que ela fez até agora e também pelo Khan Academy por este site. Eu sou muito grato à todos vocês que me auxiliam e auxiliam outras pessoas na aprendizem e como dizem, continuar aprendendo.
Quero assistir todos os vídeos de Ciências da Khan Academy, eu comecei Biologia desde do início, na 1ª unidade kkkk, até esta (que é a 12ª).(3 votos) - A tradução não está aparecendo no vídeo completo...(2 votos)
Transcrição de vídeo
RKA14C Alô, alô moçada!
Tudo bem com vocês? Na aula de hoje, aprenderemos sobre
o mecanismo de ação hormonal. Depois de percorrer os vasos sanguíneos
de nossos corpos, o hormônio eventualmente
encontra um receptor, o qual foi criado especificamente
para ele pelas células alvo, as quais esse hormônio
foi enviado para estimular. A forma como esse hormônio
interage com o receptor acontece de duas maneiras
muito características, e hoje nós veremos como isso acontece. O primeiro mecanismo de ação hormonal é denominado mensageiro secundário. Aqui, estou desenhando para vocês
uma célula e o seu receptor. Agora, um hormônio ligado a esse receptor. Quando ocorre essa ligação
entre o receptor e o hormônio, ocorre o estímulo de uma reação em cadeia, fazendo com que
os mensageiros secundários, ou seja, outras moléculas estimulantes, sejam produzidas dentro da célula
e liberadas para fora. Vamos desenhar isso também
para ficar mais fácil de visualizar. Não se esqueça que tudo isso que
estou desenhando de maneira ampliada, na verdade, é bem pequeno
dentro do nosso corpo. Vamos entender o esquema. Isso é um receptor. Aqui é a bicamada fosfolipídica
da membrana celular. Lembre-se: há o lado interno
da membrana celular e o lado externo, sendo o interno localizado
dentro da célula, e o externo que comunica
a célula com o exterior. Também na membrana celular,
temos a proteína G. É chamada de proteína G
porque ela se liga a moléculas que incluem
nucleotídio guanina, aquela mesma guanina
das bases de DNA. Mas aqui ela está ligada a uma molécula
chamada difosfato de guanina. Temos também esta enzima aqui, a adenilato ciclase, que
está na membrana celular. Você lembra que as enzimas
aceleram as reações químicas? Vamos ver como a adenilato ciclase
acelera essa reação. O que inicia esse processo é o hormônio
que vai se ligar ao receptor. Então, vai ficar assim. Uma vez que o hormônio
se liga ao receptor, vai mudar de forma,
deste jeito aqui. Isso vai permitir que ele interaja
com a proteína G. O que você viu acontecer foi que, conforme a proteína G interage com
o receptor em um complexo hormonal, vai trocar aquele GT, ou seja,
difosfatos de guanina, para um GTP, que significa
trifosfato de guanina. Então, basicamente, ocorreu aqui a troca de uma guanina
ligada a dois fosfatos por uma ligação de guanina
de três fosfatos. Isso permite que a proteína G
possa se mover através da membrana celular e
interagir com a adenilato ciclase. E isso ativa a adenilato ciclase. Uma vez que a adenilato ciclase
se encontra ativa, ela facilita a conversão de ATP,
a moeda energética da célula, e de AMP cíclico, que significa
adenosina monofosfato cíclico, ou abreviado em AMPc. Então, a adenilato ciclase ativa
converteu o ATP em AMPc mais 2 PPI, ou seja, mais dois fosfatos, e isso ativa a proteína dentro da célula. Esse era o objetivo: ativar
essa proteína dentro das células para que ela possa realizar a sua função desde o envio do hormônio
que aconteceu no início deste processo por meio das reações que vimos aqui. Esse processo pode acontecer
várias e várias vezes por meio da ativação de muitas enzimas
de adenilato ciclase ao mesmo tempo, não de apenas uma, resultando na
produção de muitos AMPc, o que chamamos de amplificação de sinal. Portanto, um hormônio,
ao se ligar ao seu receptor, pode iniciar uma reação em cadeia,
produzindo muito AMPc. Isso pode significar
que menos hormônios são necessários para
gerar o efeito desejado. Por fim, mensageiros secundários
são o meio pelo qual os hormônios atuam nas células, tudo bem? Mas, só para a sua curiosidade, sabe-se que esse efeito acontece de forma diferente
para cada tipo celular. A ciência ainda não sabe
todos os mecanismos dos hormônios mensageiros secundários. De fato, estima-se que existem muitos mensageiros secundários
além do AMP cíclico. Vamos tentar contextualizar
isso que vimos? O hormônio se liga ao receptor na célula e ativa uma série de reações
que respondem dentro da célula. Isso é como se fosse
um serviço de telefonia celular. Imagine que este bonequinho aqui
quer conversar com este outro aqui, mas eles não podem, por algum motivo,
se comunicar diretamente por meio de uma ligação telefônica. Então, este primeiro bonequinho aqui envia uma mensagem de texto
ao seu amigo, transmitindo a mensagem. Isso é muito semelhante
aos mensageiros secundários. Exemplos que necessitam
de mensageiros secundários são os hormônios peptídicos
e catecolaminas, que não podem cruzar a membrana celular. Logo, eles usam mensageiros secundários para se comunicar
com o interior da célula. Vamos entender agora
o outro mecanismo de ação hormonal chamado de mensageiro primário. Certos hormônios, como os esteroides e hormônios da tireoide,
podem atravessar a membrana celular. Logo, esses hormônios eliminam
todo aquele sistema de comunicação por intermédio de mensageiros secundários
que vimos antes. Vejamos! Este hormônio aqui atravessa
a membrana celular e se liga a um receptor,
localizado no citosol ou no núcleo. Então, podemos imaginar
o núcleo aqui e o DNA dentro dele. Quando o hormônio se liga ao receptor, ele pode afetar o processo
de transcrição, quando no núcleo, ou a tradução, quando no citoplasma, por meio da proteína que está
sendo ativada por esse hormônio. É importante frisar que esses hormônios, que são capazes de atravessar
a membrana plasmática, têm em sua constituição lipídios. Então, por conta de afinidades químicas, eles são capazes de atravessar
a barreira da membrana plasmática, que é, em sua essência, lipídica. Bom, era isso o que tínhamos
para aprender hoje. Bons estudos e até a próxima aula!