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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 1
Lição 5: Introdução ao sistema imunológico- Papel dos fagócitos na imunidade inata ou inespecífica
- Tipos de resposta imune: inata e adaptativa, humoral vs. mediada por células.
- Linfócitos B (células B)
- Células apresentadoras de antígenos e os complexos MHC II
- Células T helper
- Células T citotóxicas
- Análise de células B, células CD4+ T e células CD8+ T
- Auto vs não-autoimunidade
- Como os glóbulos brancos se movem
- Resposta inflamatória
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Células T helper
Introdução às células T auxiliares e seu papel na ativação das células B. Versão original criada por Sal Khan.
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- Emhá um erro. O correto seria ''atacam ''infiltradas'' '' e não ''atacão ''infiltradas'' ''. 7:02(6 votos)
- Todas as celulas apresentadoras de antigenos,( linfocito b )são da segunda linha de defesa,correto?(1 voto)
- Fiquei com uma dúvida assistindo esses vídeos... Se entendi bem as células que podem ser chamadas de APCs são as células dendríticas, os macrófagos e os linfócitos B, desde que elas tenham o mhc exposto ... é isso?
se sim poderia dia dizer que uma APC poderia ser um fagócito ou não?(1 voto)- O que torna essas células APCs é o fato de terem o MHC de classe II na sua superfície. Além delas captarem astígenos e microrganismos potencialmente patogênicos de forma ativa e frequente. Mas nem todo fagócito é uma APC, neutrófilos, por exemplo, não são.(2 votos)
- Porque não consigo acelerar a reprodução do vídeo?(1 voto)
- aperta D, se você tiver a extensão: Video Speed Controller(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA2JV - Na conversa sobre
o sistema imune adaptativo, nós já vimos que existe
uma dupla de atores. Existe a resposta celular. Sistema imune adaptativo. Ela responde contra coisas que estão
circulando pelos fluidos do corpo, e não necessariamente contra
aquelas que se infiltraram no corpo. Para isso, você tem
a resposta celular mediada. Resposta celular mediada. Na resposta humoral, e estamos
falando sobre resposta humoral específica, é onde as células B
ou linfócitos-B estão mais ativos. E o que eles fazem?
Você tem um linfócito-B. É um anticorpo
bem específico. Esse linfócito-B é único,
não um linfócito-B geral. Se acontecer desse ser um
dos bilhões de linfócitos-B que possuem uma
chave adaptada, melhor eu dizer a fechadura,
pois chave é o patógeno intruso, ele vai ligar
a esse linfócito-B. Ele pode ser um vírus,
ou talvez uma bactéria, e então o linfócito-B
será ativado. E vamos falar sobre isso neste vídeo,
porque a ativação nem sempre acontece. De fato, isso não
acontece só aqui. Mas já dissemos
que ela é ativada, então, ela vai
para a memória, que são múltiplas versões
desse mesmo linfócito-B original. Apenas dizendo, vamos
ter múltiplas versões dele porque eles
reconhecem esse vírus. Então, no futuro,
se pegarmos esse vírus, essas múltiplas versões,
essas células de memória, estarão lá para fazer
essa interação. Essa interação será mais
provável de acontecer no futuro quando possuírem mais
dessa variedade de linfócito-B. E, então, existem
as células efetoras. E estas são, também,
linfócitos-B no indivíduo. Uma vez que ela
foi ativada, ela prolifera. Segue se dividindo
e se clonando. As células de memória
apenas ficam por perto, esperando serem
ativadas no futuro. Estou só desenhando um desses
anticorpos ligados à membrana, mas na verdade existem
mais de 10 mil deles. Poderíamos desenhar muitos,
eu não tenho que desenhar só um. As memórias ficam
guardadas para o futuro, e existem mais
delas agora. No futuro, se pegarmos
esse vírus de novo, essa interação vai
acontecer mais rapidamente e elas serão
ativadas mais rápido. Os linfócitos-B efetores vão se tornar
verdadeiras fábricas de anticorpos. Esta célula vai e diz: "Deixe eu me reproduzir! Eu fui ativada! Deixe-me produzir muito mais
versões desse exato anticorpo!" Então, elas se dividem.
Eu desenhei este errado. Então, esse anticorpo exato é criado
para desativar os antígenos-alvo. Não qualquer antígeno,
apenas este antígeno aqui. E podemos ver que a outra
coisa que o linfócito-B faz é se tornar uma célula
apresentadora de antígeno. O que ela faz é o seguinte: ela o reconhece pois ela tem
essa interação com esse antígeno, que se encaixa na porção variável
desse anticorpo ligado à membrana. Ela o "endocita", ela o move
para a membrana. Sua membrana
facilita isso. É como se o puxasse
para dentro, o despedaçasse e, então,
apresenta um pedaço dele em uma molécula
de MHC classe 2. Nós vimos isso
no último vídeo. Ela o corta e apresenta
um pedaço dele bem ali. E por isso a chamamos de
célula apresentadora de antígeno. Agora, neste vídeo,
nós vamos falar sobre por que temos essas
moléculas de MHC classe 2, por que nós apresentamos
esses antígenos. Vamos começar a falar
sobre mediação celular, e mais ainda do que
a mediação celular, nós falaremos
sobre linfócito-T. Eu disse no primeiro vídeo
que eles se chamam linfócitos-T porque são
maturados no timo. Maturados no timo. Há dois tipos
de linfócitos-T. E isso tudo é muito confuso
porque temos linfócitos-T, linfócitos-B, mas depois existem
dois tipos de linfócitos-T. Você tem linfócitos-T
auxiliadores, temos aqui linfócitos-T
auxiliadores, temos também
os linfócitos-T citotóxicos, ou linfócitos-T que
matam as outras células. Linfócitos-T citotóxicos. Agora você tem uma ideia bem
abrangente do que são os linfócitos-B. Quando são ativados,
eles geram anticorpos. Esse é o melhor resumo do que
um linfócito-B ativado faz: realmente geram anticorpos. Esses anticorpos se
ligam a vírus, bactérias e outros tipos de patógenos,
e os desativam, como também os marcam de tal forma
que os macrófagos podem comê-los, jogar todos os seus anticorpos
na superfície desse patógeno. Isso pode desativá-los
ou embrulhá-los todos juntos, o que vai tornar mais fácil
para os macrófagos pegá-los. Mas isso apenas funciona para coisas
que estão circulando, coisas circulantes. Anticorpos livres
circulantes só são efetivos para coisas que
estão circulando. Linfócitos-T citotóxicos, que vou falar
em mais detalhes em um vídeo futuro, na verdade, atacam células
que foram infiltradas. Atacam e matam
as células infiltradas. E, quando eu
digo "infiltrada", é uma célula onde um vírus entrou,
ou que alguma bactéria tenha penetrado. E, quando eu
digo "infiltrada", não necessariamente significa
algo vindo de fora. Pode ser uma célula cancerosa
que se mostra anormal de alguma forma, e linfócitos-T citotóxicos vão,
pelo menos, tentar matá-las. Mas o que eu quero focar fora
dos três tipos de linfócitos, lembre-se: tudo que nós falamos
foi sobre leucócitos, as células brancas do sangue. Linfócitos são um subconjunto delas.
E estas três são linfócitos. Elas são assim chamadas porque começam
seu desenvolvimento na medula óssea. Então eles, na verdade,
fazem coisas. Eles geram anticorpos que se ligam
a patógenos circulantes, atacam diretamente células que estão,
de alguma forma, anormais. Se elas foram infiltradas,
se estão anormais, se estão cancerosas,
quem sabe mais o quê? Eu vou fazer um vídeo sobre isso, mas
isso nos leva a uma pergunta muito óbvia: o que este indivíduo faz? O que os linfócitos-T
auxiliadores fazem, se eles não interagem
diretamente com patógenos, não produzem coisas
que interagem com patógenos ou ele próprio não vai
e diretamente mata as células? A resposta é que o linfócito-T auxiliador
é um tipo de alarme do sistema imune. E, de alguma forma,
é quase o mais importante. Já conversamos, no último vídeo, sobre
as células apresentadoras de antígeno. Quando um macrófago ou uma
célula dendrítica pega coisas e ela as corta e as apresenta
na sua superfície como essas proteínas
de MHC classe 2, ou em complexos com estes,
ou proteínas de MCH classe 2. Assim fazem os linfócitos-B,
são mais específicos. Agora, uma vez que algo é apresentado,
os linfócitos-T podem entrar em cena. Então, vou fazer
uma célula dendrítica. E eu estou fazendo
de propósito porque células dendríticas
são, na verdade, as melhores células
na ativação do linfócito-T. Vamos falar já,
sobre o que acontece quando um linfócito-T
auxiliador é ativado. Digamos que eu tenha
esta célula dendrítica. Ela se chama "dendrítica" porque
parece que ela tem dendritos dentro. Então, eu tenho aqui
esta célula dendrítica. Ela é um fagócito. Digamos que ela já tenha consumido
um tipo de bactéria, ou vírus. Esse foi cortado
e ela está apresentando partes do corpo desse vírus
no complexo de MHC 2. Certo? Então, é uma
forma de ela dizer: "Ei, eu achei esta coisa estranha
circulando nos tecidos do corpo. Talvez alguém devesse
acionar um alarme. Talvez seja parte de alguma
coisa maior acontecendo e algum sinal de alarme
deve ser acionado!" E é isso que os linfócitos-T
auxiliadores fazem. Digamos que este indivíduo
esteja apresentando isso. Ele diz: "Achei esta coisa, eu a matei,
aqui está uma parte dela." Os linfócitos-T auxiliadores possuem
um receptor de linfócitos-T neles. Digamos que este
é um linfócito-T auxiliador. E receptores deste
linfócito-T ligam-se a algo. E eu serei bem
específico aqui. Então, este é o receptor
de linfócito-T. Isto é uma proteína, mas com anticorpos
ligados à membrana dos linfócitos-B. E cada linfócito-B,
ou quase todo linfócito-B, possui uma versão diferente,
uma cadeia variável, o que também é verdade
para os linfócitos-T auxiliadores, que, assim como
os linfócitos-B, possuem uma variação
em relação a onde eles se ligam. Então, isto aqui vai variar
de um linfócito-T para outro. Por exemplo, eu posso ter
outro linfócito-T auxiliador aqui. Ele também possui
um receptor de linfócito-T, mas a porção variável
deste receptor é diferente da porção variável
do receptor do outro linfócito-T. Então, este linfócito-T auxiliador
não vai se ligar à célula dendrítica, ou ao complexo MHC 2
dessa célula dendrítica. Apenas este poderia. E o mecanismo de como você
obtém essa variação é bem similar ao mecanismo
de como você obtém a variação nos anticorpos
e nos linfócitos-B. Durante a produção dos
linfócitos-T, em algum momento, os genes que codificam a parte
desse receptor foram misturados. E eles são misturados intencionalmente,
de modo que cada linfócito-T possua certa especificidade a uma
combinação com um complexo MHC 2, com um polipeptídeo, ou com
uma certa parte de um vírus. Então, apenas este indivíduo
será ativado, e não este. Isso é o porque chamamos isto
de sistema imune específico. Então, o que esse linfócito-T
auxiliador faz neste ponto? Ele diz: "Eu sou o único linfócito-T
que pode se ligar a este indivíduo, a este antígeno
que está apresentado!" E ele se torna ativado. Eu não vou entrar em
detalhes mas, em geral, as células dendríticas são
as melhores para ativá-los, sobretudo linfócitos-T virgens. Em geral, quando falamos
sobre um linfócito-T virgem, ou um linfócito-T
auxiliador virgem, essas células não são
de memória, não são efetoras. Mas elas nunca foram tocadas,
nunca foram ativadas. Nunca foram ativadas por algo que
se liga ao seu linfócito-T auxiliador, não efetor, não têm memória
e que nunca esteve ligado a ele. Se esta célula é virgem,
ela finalmente vai reagir com essa célula apresentadora
de antígeno, tornando-se não virgem. Ela se torna ativada e, quando ativada,
duas coisas podem acontecer. Duas coisas podem acontecer. Como os linfócitos-B, ela prolifera em muitas,
muitas cópias dela mesma e alguns subconjuntos dessas cópias
se diferenciam em células efetoras. E "efetoras" apenas significa
que elas fazem alguma coisa. Ela faz alguma coisa agora
em vez de salvar na memória. E, então, um subconjunto
delas se torna linfócitos-T auxiliadores
após serem ativadas. Os linfócitos-T de memória
fazem você ter mais cópias deles. Em 10 anos, se alguma
coisa assim acontecer, essa interação será
mais provável de acontecer. Esses indivíduos possuem o mesmo
receptor de linfócitos-T que os seus pais. Isso porque os
linfócitos-T de memória, assim como os linfócitos-B de memória,
duram muito tempo. Eles não se matam,
vão durar anos. Então, se, 10 anos depois,
alguma coisa assim começa a acontecer, você terá mais desses
indivíduos colidindo com este, tal que você possa
acionar os sinais do alarme. Este indivíduo terá
a mesma cadeia aqui. Então, você pode estar dizendo:
existem essas células de memória. Elas vão ficar por aqui para que
essa reação possa ocorrer no futuro. Mas eu ainda não respondi à questão:
o que os linfócitos-T efetores fazem? O que os linfócitos -T efetores
fazem é acionar o alarme. Então, há um
linfócito-T efetor. Foi ativado. Lembre-se:
isso é muito particular. Apenas esta versão
dos linfócitos-T. Uma vez ativados, eles produzem
muitas cópias de si mesmos. Porque eles dizem: "Ei, eu estou respondendo
a um tipo particular de patógeno!" Então, este é um linfócito-T
auxiliador e este é um efetor. E o que eles fazem é começar a liberar
essas moléculas chamadas citocinas. Então, começam
a liberar citocinas. Eles começam
a liberar citocina. Há muitos tipos diferentes de citocinas,
e eu não vou entrar no detalhe disso, mas o que as citocinas fazem é que
são elas que realmente acionam o alarme. Se você tem outras
células linfáticas ativadas, ou outras células
imunes ativadas, quando as citocinas
entrarem nessas células, lembre-se: citocinas
são apenas proteínas, quando as citocinas ou polipeptídeos
entrarem nessas células, elas vão fazer com que essas
células entrem em funcionamento. Fazem com que se
multipliquem mais rápido, ou que fiquem mais ativas
na sua resposta imune. Então, elas agem. Estas citocinas, você pode
ver como campainhas químicas, ou campainhas
peptídicas de alarme, que avisam a todos para
entrarem em funcionamento. Essa é uma função. E você pode ver que esta
é uma função bem central, que vai dizer aos linfócitos-T
citotóxicos ativados para funcionar isso, ainda,
nós não falamos, e ela também vai avisar os linfócitos-B
para continuarem proliferando. Quando um linfócito-B ativado
recebe um pouco de citocina, ele se torna um
linfócito-B ativado. Quando ele recebe
algumas citocinas, que podem vir de um
linfócito-T auxiliador local, eles vão dizer: "Divida-se mais rápido,
mais rápido!" Apenas se ele já
tiver sido ativado. Vamos falar mais sobre por que
tem que ser, neste caso, por que você não quer que
todos os linfócitos-B sejam ativados. Há outra coisa que
as células efetoras fazem. Na discussão sobre
o linfócito-B, eu disse: "Tudo bem, o linfócito-B possui
o seu anticorpo ligado à membrana." Seu anticorpo ligado à membrana. E lembre-se: esta é
uma versão particular. Ele possui sua cadeia
variável particular aqui. Este indivíduo se liga
a um patógeno. Ele se liga a um patógeno.
Pode ser um vírus. Até agora eu disse que
esta célula era ativada. E ela vai, quando
ligada ao patógeno, levá-lo para dentro
e vai pegar parte dele. Vai cortar e colocar em
uma molécula de MHC 2. E vamos dizer: "Ah, então, ele vai ser ativado! Ele vai se proliferar
e se diferenciar em linfócitos-B de memória
e linfócitos-B efetores!" Mas isso não
é bem verdade. Esta primeira etapa acontece,
este indivíduo se liga. Este linfócito-B será
específico para este vírus. Ele corta o vírus, chega na superfície
e apresenta as partes do antígeno. Mas, na maioria dos casos,
esse linfócito-B ainda não está ativado. Você pode vê-lo como em repouso,
pronto para ser ativado, mas ele ainda não começou a proliferar
e se diferenciar em efetores e de memória. E, para que isso aconteça,
para ser ativado, para que ele seja
ativado realmente, ela também é específica
para este mesmo vírus. Podemos imaginar
que, em algum lugar, esse vírus foi engolido
por uma célula dendrítica. Então, esse vírus, essa
mesma espécie de vírus, é engolida por essa
célula dendrítica. Ela o engloba, ela o corta,
e apresenta as partes. É uma célula
apresentadora de antígeno. Então, ela o
apresenta assim. Isso vai ativar um linfócito-T
bem específico, talvez este. Um linfócito-T, também específico,
virá e vai colidir com este. Não qualquer linfócito-T, mas sim
o que possui a porção variável correta. Então, pense sobre
o que está acontecendo. A porção variável para
este linfócito-T se conecta a esta parte do vírus,
mais o MHC 2. Ela reage com
o mesmo vírus. Talvez seja uma
parte diferente. A pequena parte que foi cortada
pode estar em algum lugar dentro do vírus, enquanto o epítopo
para o linfócito-B pode estar em algum lugar
do lado de fora do vírus. Mas ambos são específicos
para o mesmo vírus. Agora, uma vez que
esta célula é ativada, começa a produzir células
de memória efetoras. Células descendentes
de uma dessas células efetoras específicas
para este vírus são necessárias para virem
a se ligar neste indivíduo. Então, essa célula pode seguir e colidir
e, eventualmente, acabar aqui. E ela também é
específica para este vírus. Então, este sítio de ligação aqui
é o mesmo deste sítio de ligação. Esta é uma combinação
de antígeno com o MHC 2. Quando este indivíduo
se liga, e lembrem-se: este sítio de ligação
é o mesmo deste. E se liga a esta
combinação bem aqui. E é isso que ativa o linfócito-B
na maioria dos casos. Esta é uma ativação T-dependente,
que é normalmente o caso. Às vezes, tudo o que
se precisa é o início, mas, em geral, a primeira coisa
que você precisa de um linfócito-T para vir e ativá-lo, e apenas assim
o linfócito-B será ativado, e vai começar a
se proliferar, se dividir, se diferenciar e produzir
essas células efetoras que produzirão um
monte de anticorpos. E então, temos uma
pergunta natural: por que os sistemas
biológicos, ou porque nós, temos esse sistema duplo? Pelo menos minha noção disso é que
esse é um mecanismo seguro. Se, toda vez que um vírus
vier e se ligar a isto, essa célula começar a ficar louca
e a produzir anticorpos contra ele, há uma chance de, talvez,
depois da produção, esta cadeia aqui, ou os genes geradores
dessas cadeias, tornem-se específicos. Não para
patógenos estranhos, mas se tornem específicos
para moléculas próximas, moléculas que são naturalmente
produzidas dentro desse corpo. Isso é uma mutação aleatória
mas, se ela começou a enlouquecer, seus anticorpos irão começar a atacar
moléculas que são normalmente do corpo, e isso pode
ser maléfico. Isso é o caso das
doenças autoimunes, onde as próprias células imunes
começam a se ativar contra elas mesmas. Mas, se você possui esse sistema duplo
atuando só onde isso deve acontecer, a probabilidade de esses indivíduos,
depois de saírem da fase de produção, tornarem-se específicos
para uma proteína, uma célula ou uma molécula
própria, é muito pequena. Isso impede que este
indivíduo se torne selvagem, mesmo se ele possuir
um tipo de mutação. Enfim, espero que isso explique um pouco
o que os linfócitos-T auxiliadores fazem. Falaremos mais
sobre isso. Eu sei que isso pode
ser meio confuso. No vídeo seguinte vamos falar
sobre linfócitos-T citotóxicos. Aqui estão: citotóxicos. Fui!