If you're seeing this message, it means we're having trouble loading external resources on our website.

Se você está atrás de um filtro da Web, certifique-se que os domínios *.kastatic.org e *.kasandbox.org estão desbloqueados.

Conteúdo principal

Células T helper

Introdução às células T auxiliares e seu papel na ativação das células B. Versão original criada por Sal Khan.

Quer participar da conversa?

Você entende inglês? Clique aqui para ver mais debates na versão em inglês do site da Khan Academy.

Transcrição de vídeo

RKA2JV - Na conversa sobre o sistema imune adaptativo, nós já vimos que existe uma dupla de atores. Existe a resposta celular. Sistema imune adaptativo. Ela responde contra coisas que estão circulando pelos fluidos do corpo, e não necessariamente contra aquelas que se infiltraram no corpo. Para isso, você tem a resposta celular mediada. Resposta celular mediada. Na resposta humoral, e estamos falando sobre resposta humoral específica, é onde as células B ou linfócitos-B estão mais ativos. E o que eles fazem? Você tem um linfócito-B. É um anticorpo bem específico. Esse linfócito-B é único, não um linfócito-B geral. Se acontecer desse ser um dos bilhões de linfócitos-B que possuem uma chave adaptada, melhor eu dizer a fechadura, pois chave é o patógeno intruso, ele vai ligar a esse linfócito-B. Ele pode ser um vírus, ou talvez uma bactéria, e então o linfócito-B será ativado. E vamos falar sobre isso neste vídeo, porque a ativação nem sempre acontece. De fato, isso não acontece só aqui. Mas já dissemos que ela é ativada, então, ela vai para a memória, que são múltiplas versões desse mesmo linfócito-B original. Apenas dizendo, vamos ter múltiplas versões dele porque eles reconhecem esse vírus. Então, no futuro, se pegarmos esse vírus, essas múltiplas versões, essas células de memória, estarão lá para fazer essa interação. Essa interação será mais provável de acontecer no futuro quando possuírem mais dessa variedade de linfócito-B. E, então, existem as células efetoras. E estas são, também, linfócitos-B no indivíduo. Uma vez que ela foi ativada, ela prolifera. Segue se dividindo e se clonando. As células de memória apenas ficam por perto, esperando serem ativadas no futuro. Estou só desenhando um desses anticorpos ligados à membrana, mas na verdade existem mais de 10 mil deles. Poderíamos desenhar muitos, eu não tenho que desenhar só um. As memórias ficam guardadas para o futuro, e existem mais delas agora. No futuro, se pegarmos esse vírus de novo, essa interação vai acontecer mais rapidamente e elas serão ativadas mais rápido. Os linfócitos-B efetores vão se tornar verdadeiras fábricas de anticorpos. Esta célula vai e diz: "Deixe eu me reproduzir! Eu fui ativada! Deixe-me produzir muito mais versões desse exato anticorpo!" Então, elas se dividem. Eu desenhei este errado. Então, esse anticorpo exato é criado para desativar os antígenos-alvo. Não qualquer antígeno, apenas este antígeno aqui. E podemos ver que a outra coisa que o linfócito-B faz é se tornar uma célula apresentadora de antígeno. O que ela faz é o seguinte: ela o reconhece pois ela tem essa interação com esse antígeno, que se encaixa na porção variável desse anticorpo ligado à membrana. Ela o "endocita", ela o move para a membrana. Sua membrana facilita isso. É como se o puxasse para dentro, o despedaçasse e, então, apresenta um pedaço dele em uma molécula de MHC classe 2. Nós vimos isso no último vídeo. Ela o corta e apresenta um pedaço dele bem ali. E por isso a chamamos de célula apresentadora de antígeno. Agora, neste vídeo, nós vamos falar sobre por que temos essas moléculas de MHC classe 2, por que nós apresentamos esses antígenos. Vamos começar a falar sobre mediação celular, e mais ainda do que a mediação celular, nós falaremos sobre linfócito-T. Eu disse no primeiro vídeo que eles se chamam linfócitos-T porque são maturados no timo. Maturados no timo. Há dois tipos de linfócitos-T. E isso tudo é muito confuso porque temos linfócitos-T, linfócitos-B, mas depois existem dois tipos de linfócitos-T. Você tem linfócitos-T auxiliadores, temos aqui linfócitos-T auxiliadores, temos também os linfócitos-T citotóxicos, ou linfócitos-T que matam as outras células. Linfócitos-T citotóxicos. Agora você tem uma ideia bem abrangente do que são os linfócitos-B. Quando são ativados, eles geram anticorpos. Esse é o melhor resumo do que um linfócito-B ativado faz: realmente geram anticorpos. Esses anticorpos se ligam a vírus, bactérias e outros tipos de patógenos, e os desativam, como também os marcam de tal forma que os macrófagos podem comê-los, jogar todos os seus anticorpos na superfície desse patógeno. Isso pode desativá-los ou embrulhá-los todos juntos, o que vai tornar mais fácil para os macrófagos pegá-los. Mas isso apenas funciona para coisas que estão circulando, coisas circulantes. Anticorpos livres circulantes só são efetivos para coisas que estão circulando. Linfócitos-T citotóxicos, que vou falar em mais detalhes em um vídeo futuro, na verdade, atacam células que foram infiltradas. Atacam e matam as células infiltradas. E, quando eu digo "infiltrada", é uma célula onde um vírus entrou, ou que alguma bactéria tenha penetrado. E, quando eu digo "infiltrada", não necessariamente significa algo vindo de fora. Pode ser uma célula cancerosa que se mostra anormal de alguma forma, e linfócitos-T citotóxicos vão, pelo menos, tentar matá-las. Mas o que eu quero focar fora dos três tipos de linfócitos, lembre-se: tudo que nós falamos foi sobre leucócitos, as células brancas do sangue. Linfócitos são um subconjunto delas. E estas três são linfócitos. Elas são assim chamadas porque começam seu desenvolvimento na medula óssea. Então eles, na verdade, fazem coisas. Eles geram anticorpos que se ligam a patógenos circulantes, atacam diretamente células que estão, de alguma forma, anormais. Se elas foram infiltradas, se estão anormais, se estão cancerosas, quem sabe mais o quê? Eu vou fazer um vídeo sobre isso, mas isso nos leva a uma pergunta muito óbvia: o que este indivíduo faz? O que os linfócitos-T auxiliadores fazem, se eles não interagem diretamente com patógenos, não produzem coisas que interagem com patógenos ou ele próprio não vai e diretamente mata as células? A resposta é que o linfócito-T auxiliador é um tipo de alarme do sistema imune. E, de alguma forma, é quase o mais importante. Já conversamos, no último vídeo, sobre as células apresentadoras de antígeno. Quando um macrófago ou uma célula dendrítica pega coisas e ela as corta e as apresenta na sua superfície como essas proteínas de MHC classe 2, ou em complexos com estes, ou proteínas de MCH classe 2. Assim fazem os linfócitos-B, são mais específicos. Agora, uma vez que algo é apresentado, os linfócitos-T podem entrar em cena. Então, vou fazer uma célula dendrítica. E eu estou fazendo de propósito porque células dendríticas são, na verdade, as melhores células na ativação do linfócito-T. Vamos falar já, sobre o que acontece quando um linfócito-T auxiliador é ativado. Digamos que eu tenha esta célula dendrítica. Ela se chama "dendrítica" porque parece que ela tem dendritos dentro. Então, eu tenho aqui esta célula dendrítica. Ela é um fagócito. Digamos que ela já tenha consumido um tipo de bactéria, ou vírus. Esse foi cortado e ela está apresentando partes do corpo desse vírus no complexo de MHC 2. Certo? Então, é uma forma de ela dizer: "Ei, eu achei esta coisa estranha circulando nos tecidos do corpo. Talvez alguém devesse acionar um alarme. Talvez seja parte de alguma coisa maior acontecendo e algum sinal de alarme deve ser acionado!" E é isso que os linfócitos-T auxiliadores fazem. Digamos que este indivíduo esteja apresentando isso. Ele diz: "Achei esta coisa, eu a matei, aqui está uma parte dela." Os linfócitos-T auxiliadores possuem um receptor de linfócitos-T neles. Digamos que este é um linfócito-T auxiliador. E receptores deste linfócito-T ligam-se a algo. E eu serei bem específico aqui. Então, este é o receptor de linfócito-T. Isto é uma proteína, mas com anticorpos ligados à membrana dos linfócitos-B. E cada linfócito-B, ou quase todo linfócito-B, possui uma versão diferente, uma cadeia variável, o que também é verdade para os linfócitos-T auxiliadores, que, assim como os linfócitos-B, possuem uma variação em relação a onde eles se ligam. Então, isto aqui vai variar de um linfócito-T para outro. Por exemplo, eu posso ter outro linfócito-T auxiliador aqui. Ele também possui um receptor de linfócito-T, mas a porção variável deste receptor é diferente da porção variável do receptor do outro linfócito-T. Então, este linfócito-T auxiliador não vai se ligar à célula dendrítica, ou ao complexo MHC 2 dessa célula dendrítica. Apenas este poderia. E o mecanismo de como você obtém essa variação é bem similar ao mecanismo de como você obtém a variação nos anticorpos e nos linfócitos-B. Durante a produção dos linfócitos-T, em algum momento, os genes que codificam a parte desse receptor foram misturados. E eles são misturados intencionalmente, de modo que cada linfócito-T possua certa especificidade a uma combinação com um complexo MHC 2, com um polipeptídeo, ou com uma certa parte de um vírus. Então, apenas este indivíduo será ativado, e não este. Isso é o porque chamamos isto de sistema imune específico. Então, o que esse linfócito-T auxiliador faz neste ponto? Ele diz: "Eu sou o único linfócito-T que pode se ligar a este indivíduo, a este antígeno que está apresentado!" E ele se torna ativado. Eu não vou entrar em detalhes mas, em geral, as células dendríticas são as melhores para ativá-los, sobretudo linfócitos-T virgens. Em geral, quando falamos sobre um linfócito-T virgem, ou um linfócito-T auxiliador virgem, essas células não são de memória, não são efetoras. Mas elas nunca foram tocadas, nunca foram ativadas. Nunca foram ativadas por algo que se liga ao seu linfócito-T auxiliador, não efetor, não têm memória e que nunca esteve ligado a ele. Se esta célula é virgem, ela finalmente vai reagir com essa célula apresentadora de antígeno, tornando-se não virgem. Ela se torna ativada e, quando ativada, duas coisas podem acontecer. Duas coisas podem acontecer. Como os linfócitos-B, ela prolifera em muitas, muitas cópias dela mesma e alguns subconjuntos dessas cópias se diferenciam em células efetoras. E "efetoras" apenas significa que elas fazem alguma coisa. Ela faz alguma coisa agora em vez de salvar na memória. E, então, um subconjunto delas se torna linfócitos-T auxiliadores após serem ativadas. Os linfócitos-T de memória fazem você ter mais cópias deles. Em 10 anos, se alguma coisa assim acontecer, essa interação será mais provável de acontecer. Esses indivíduos possuem o mesmo receptor de linfócitos-T que os seus pais. Isso porque os linfócitos-T de memória, assim como os linfócitos-B de memória, duram muito tempo. Eles não se matam, vão durar anos. Então, se, 10 anos depois, alguma coisa assim começa a acontecer, você terá mais desses indivíduos colidindo com este, tal que você possa acionar os sinais do alarme. Este indivíduo terá a mesma cadeia aqui. Então, você pode estar dizendo: existem essas células de memória. Elas vão ficar por aqui para que essa reação possa ocorrer no futuro. Mas eu ainda não respondi à questão: o que os linfócitos-T efetores fazem? O que os linfócitos -T efetores fazem é acionar o alarme. Então, há um linfócito-T efetor. Foi ativado. Lembre-se: isso é muito particular. Apenas esta versão dos linfócitos-T. Uma vez ativados, eles produzem muitas cópias de si mesmos. Porque eles dizem: "Ei, eu estou respondendo a um tipo particular de patógeno!" Então, este é um linfócito-T auxiliador e este é um efetor. E o que eles fazem é começar a liberar essas moléculas chamadas citocinas. Então, começam a liberar citocinas. Eles começam a liberar citocina. Há muitos tipos diferentes de citocinas, e eu não vou entrar no detalhe disso, mas o que as citocinas fazem é que são elas que realmente acionam o alarme. Se você tem outras células linfáticas ativadas, ou outras células imunes ativadas, quando as citocinas entrarem nessas células, lembre-se: citocinas são apenas proteínas, quando as citocinas ou polipeptídeos entrarem nessas células, elas vão fazer com que essas células entrem em funcionamento. Fazem com que se multipliquem mais rápido, ou que fiquem mais ativas na sua resposta imune. Então, elas agem. Estas citocinas, você pode ver como campainhas químicas, ou campainhas peptídicas de alarme, que avisam a todos para entrarem em funcionamento. Essa é uma função. E você pode ver que esta é uma função bem central, que vai dizer aos linfócitos-T citotóxicos ativados para funcionar isso, ainda, nós não falamos, e ela também vai avisar os linfócitos-B para continuarem proliferando. Quando um linfócito-B ativado recebe um pouco de citocina, ele se torna um linfócito-B ativado. Quando ele recebe algumas citocinas, que podem vir de um linfócito-T auxiliador local, eles vão dizer: "Divida-se mais rápido, mais rápido!" Apenas se ele já tiver sido ativado. Vamos falar mais sobre por que tem que ser, neste caso, por que você não quer que todos os linfócitos-B sejam ativados. Há outra coisa que as células efetoras fazem. Na discussão sobre o linfócito-B, eu disse: "Tudo bem, o linfócito-B possui o seu anticorpo ligado à membrana." Seu anticorpo ligado à membrana. E lembre-se: esta é uma versão particular. Ele possui sua cadeia variável particular aqui. Este indivíduo se liga a um patógeno. Ele se liga a um patógeno. Pode ser um vírus. Até agora eu disse que esta célula era ativada. E ela vai, quando ligada ao patógeno, levá-lo para dentro e vai pegar parte dele. Vai cortar e colocar em uma molécula de MHC 2. E vamos dizer: "Ah, então, ele vai ser ativado! Ele vai se proliferar e se diferenciar em linfócitos-B de memória e linfócitos-B efetores!" Mas isso não é bem verdade. Esta primeira etapa acontece, este indivíduo se liga. Este linfócito-B será específico para este vírus. Ele corta o vírus, chega na superfície e apresenta as partes do antígeno. Mas, na maioria dos casos, esse linfócito-B ainda não está ativado. Você pode vê-lo como em repouso, pronto para ser ativado, mas ele ainda não começou a proliferar e se diferenciar em efetores e de memória. E, para que isso aconteça, para ser ativado, para que ele seja ativado realmente, ela também é específica para este mesmo vírus. Podemos imaginar que, em algum lugar, esse vírus foi engolido por uma célula dendrítica. Então, esse vírus, essa mesma espécie de vírus, é engolida por essa célula dendrítica. Ela o engloba, ela o corta, e apresenta as partes. É uma célula apresentadora de antígeno. Então, ela o apresenta assim. Isso vai ativar um linfócito-T bem específico, talvez este. Um linfócito-T, também específico, virá e vai colidir com este. Não qualquer linfócito-T, mas sim o que possui a porção variável correta. Então, pense sobre o que está acontecendo. A porção variável para este linfócito-T se conecta a esta parte do vírus, mais o MHC 2. Ela reage com o mesmo vírus. Talvez seja uma parte diferente. A pequena parte que foi cortada pode estar em algum lugar dentro do vírus, enquanto o epítopo para o linfócito-B pode estar em algum lugar do lado de fora do vírus. Mas ambos são específicos para o mesmo vírus. Agora, uma vez que esta célula é ativada, começa a produzir células de memória efetoras. Células descendentes de uma dessas células efetoras específicas para este vírus são necessárias para virem a se ligar neste indivíduo. Então, essa célula pode seguir e colidir e, eventualmente, acabar aqui. E ela também é específica para este vírus. Então, este sítio de ligação aqui é o mesmo deste sítio de ligação. Esta é uma combinação de antígeno com o MHC 2. Quando este indivíduo se liga, e lembrem-se: este sítio de ligação é o mesmo deste. E se liga a esta combinação bem aqui. E é isso que ativa o linfócito-B na maioria dos casos. Esta é uma ativação T-dependente, que é normalmente o caso. Às vezes, tudo o que se precisa é o início, mas, em geral, a primeira coisa que você precisa de um linfócito-T para vir e ativá-lo, e apenas assim o linfócito-B será ativado, e vai começar a se proliferar, se dividir, se diferenciar e produzir essas células efetoras que produzirão um monte de anticorpos. E então, temos uma pergunta natural: por que os sistemas biológicos, ou porque nós, temos esse sistema duplo? Pelo menos minha noção disso é que esse é um mecanismo seguro. Se, toda vez que um vírus vier e se ligar a isto, essa célula começar a ficar louca e a produzir anticorpos contra ele, há uma chance de, talvez, depois da produção, esta cadeia aqui, ou os genes geradores dessas cadeias, tornem-se específicos. Não para patógenos estranhos, mas se tornem específicos para moléculas próximas, moléculas que são naturalmente produzidas dentro desse corpo. Isso é uma mutação aleatória mas, se ela começou a enlouquecer, seus anticorpos irão começar a atacar moléculas que são normalmente do corpo, e isso pode ser maléfico. Isso é o caso das doenças autoimunes, onde as próprias células imunes começam a se ativar contra elas mesmas. Mas, se você possui esse sistema duplo atuando só onde isso deve acontecer, a probabilidade de esses indivíduos, depois de saírem da fase de produção, tornarem-se específicos para uma proteína, uma célula ou uma molécula própria, é muito pequena. Isso impede que este indivíduo se torne selvagem, mesmo se ele possuir um tipo de mutação. Enfim, espero que isso explique um pouco o que os linfócitos-T auxiliadores fazem. Falaremos mais sobre isso. Eu sei que isso pode ser meio confuso. No vídeo seguinte vamos falar sobre linfócitos-T citotóxicos. Aqui estão: citotóxicos. Fui!