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Mudanças maternas na gravidez

Versão original criada por Vishal Punwani.

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RKA12 - Olá, meu amigo ou minha amiga! Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma aula de ciências da natureza. E, nesta aula, nós vamos conversar sobre as mudanças fisiológicas que ocorrem com a mulher durante a gravidez. A gravidez é o desenvolvimento da descendência dentro do útero de uma mulher. É também chamada de gestação. E durante a gestação muitas mudanças ocorrem com o corpo da mãe. A gravidez média dura cerca de 38 semanas. E, para facilitar a nossa discussão, quando estamos falando de gravidez, nós meio que falamos sobre isto como tendo três fases chamadas de trimestres. E, cada trimestre, dura cerca de 13 semanas. Se eu disser que o evento X aconteceu no primeiro trimestre, é importante que você saiba que eu quis dizer que isto ocorreu entre a primeira e 13ª semana de gravidez. Se o evento Y acontecer no segundo trimestre, isto seria entre a 14ª semana e a 26ª semana, e assim por diante. Ou seja, três trimestres. Então, durante o segundo e o terceiro trimestres, o feto está meio que ficando muito maior e mais desenvolvido. E, assim, o útero da mãe tem que se expandir para acomodar o feto em crescimento. E, na verdade, tanto o crescimento fetal como o crescimento uterino causa muitas mudanças fisiológicas na mãe. Então, antes de falarmos sobre a parte do sistema não reprodutivo, vamos falar sobre o crescimento uterino. Você deve estar se perguntando: "bem, como exatamente o útero cresce tanto?". Então, vamos dar uma olhada nisto aqui primeiro. É muito importante notar que basicamente todas as mudanças maternas que acontecem durante a gravidez, incluindo o crescimento uterino, podem ser atribuídas aos hormônios. Especialmente para aqueles que classicamente pensamos como hormônios sexuais femininos: o estrogênio e a progesterona. O HCG, ou a gonadotrofina coriônica humana do embrião, desempenha um papel muito grande também. Bem no início da gravidez até a 12ª semana, quase até o final do primeiro trimestre, o corpo lúteo e o ovário produzem a maior parte do estrogênio e progesterona que inicialmente apoiam o embrião e causam o desenvolvimento da placenta. Mas durante a primeira parte do segundo trimestre o corpo lúteo degenera e a placenta se torna a principal produtora de hormônios, sendo este o novo órgão endócrino principal da gravidez. E lembre-se: órgãos endócrinos secretam hormônios para regular funções do corpo. Então, a placenta acaba se tornando o maior órgão endócrino e começa a criar estrogênio. Isto vai realmente ter alguns efeitos importantes na mãe e no feto. Na verdade, a placenta se mantém bombeando estrogênio durante toda a gravidez. Então, os níveis de estrogênios aumentam continuamente até o final da gravidez, em torno ali da 18ª semana. Mas o que exatamente todo este estrogênio está fazendo? Por que isto é necessário? Bem, eu vou mencionar algumas razões aqui. Primeiro, ele está suprimindo a liberação de FSH e LH da hipófise anterior por meio de um feedback negativo. E isto é realmente importante? O que acontece quando FSH e LH estão flutuando no sangue? Bem, começamos a obter desenvolvimento de folículos e óvulos nos ovários, certo? E não podemos nos dar ao luxo de ter a ovulação acontecendo durante a gravidez. A mãe já tem muita coisa para se preocupar durante uma gravidez existente. Em segundo lugar, os altos níveis de estrogênio são realmente importantes na indução do crescimento dos sistemas orgânicos do feto, tais como os pulmões e fígado fetais. Em terceiro lugar, o estrogênio estimula o crescimento do tecido materno. Então, o útero aumenta para acomodar o feto em crescimento, e os ductos, as glândulas mamárias e os seios se expandem e se ramificam em preparação para a lactação e amamentação. Bem, isto é o estrogênio atuando durante a gravidez. A hipótese anterior também fica um pouco maior durante a gravidez, e começa a produzir mais tirotropina, entre outras coisas. A tirotropina afeta a glândula tireoide e aumenta a taxa metabólica da mãe, e isto aumenta o seu apetite e pode causar os afrontamentos associados com a gravidez. E a razão da taxa metabólica da mãe e seu aumento de apetite é porque é preciso muita energia para apoiar a gestação. E por isso é importante que a mãe receba comida suficiente para atender a estas necessidades crescentes de energia. Também existem algumas outras grandes mudanças fisiológicas que acontecem. Por exemplo, no sistema circulatório, onde o volume de sangue tem que aumentar em cerca de dois litros de sangue para se certificar de que o feto seja nutrido corretamente. Então, por causa deste volume extra de sangue, a pressão sanguínea e o pulso da mãe aumentam durante a gravidez. E, como o útero também cresce, isto acaba comprimindo os vasos sanguíneos pélvicos por baixo. E isto vai obstruir o retorno venoso ao coração da pélvis e das pernas. E, assim, entre outras condições, isto pode fazer com que sejam desenvolvidas veias varicosas (as varizes). Existem algumas alterações na pele também. O útero em expansão também estende a derme sobrejacente no abdômen. Lembre-se de que derme significa pele. E, quando a derme se estica além do que ela pode suportar, o tecido conjuntivo dentro e por baixo da derme pode se romper e causar estrias. Então, normalmente, você verá estas estrias em lugares que se esticam durante a gravidez. Além do abdômen, você pode ver estas estrias nos seios, nas coxas e nos quadris. No entanto, elas geralmente desaparecem alguns meses após o parto. Os pulmões têm um pouco mais de trabalho durante a gravidez também. Na verdade, eles precisam trabalhar cerca de 50% a mais. E isto é para fornecer oxigênio a todo este sangue extra que a mãe tem durante a gestação. Mas, para complicar um pouco as coisas, o útero crescente empurra o diafragma da mãe, impedindo-a de respirar totalmente. Então, ela pode desenvolver um pouco de falta de ar durante os últimos trimestres. O útero também coloca um pouco de pressão no estômago, e isto pode causar azia ou refluxo gástrico na mãe. Mas, felizmente, nas últimas semanas de gravidez o feto meio que desce um pouco na pelve e isto reduz a pressão aqui sobre o diafragma e, assim, a mãe pode respirar um pouco melhor. Além disso, a azia normalmente desaparece também. O outro lado disto, no entanto, é que o útero, porque caiu um pouco, coloca ainda mais pressão sobre a bexiga urinária, e isto leva à necessidade de urinar com muito mais frequência. Ah, um detalhe: a gente ainda não conversou aqui sobre o ganho de peso na gravidez, e há uma quantia justa de peso extra que a mãe adquire. E o ganho de peso durante a gravidez vem de algumas coisas diferentes. O feto em crescimento é geralmente a maior parte dele, cerca de 3,5 quilos. A placenta e o líquido amniótico adicionam cerca de 2,7 quilogramas, e o tecido mamário extra acrescenta cerca de 1,5 quilograma. O crescimento do útero em si acrescenta cerca de 1,8 quilograma, e o volume extra de sangue também acrescenta cerca de 1,8 quilograma. A gordura ou o tecido adiposo aumenta entre 2 a 5 quilogramas. Resumindo: o ganho de peso típico total aqui durante a gravidez é algo em torno de 12 a 16 quilogramas. Enfim, meu amigo ou minha amiga, estas aqui são algumas das principais mudanças no sistema do corpo que ocorre com a mãe durante a gravidez. Eu espero que você tenha compreendido tudo isto aqui direitinho. E, aproveitando o momento, eu quero deixar aí para você um grande abraço e até a próxima!