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Tipos de receptores de neurotransmissorores

Versão original criada por Matthew Barry Jensen.

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Transcrição de vídeo

Neste vídeo quero falar sobre os tipos de receptores de neurotransmissores. Frequentemente dizemos que neurônios são excitatórios ou inibitórios, no entanto, é a sinapse que é excitatória ou inibitória e ainda mais especificamente, é a combinação do neurotransmissor liberado na sinapse e o receptor a que ele se liga na membrana pós sináptica. Já que muitos neurotransmissores podem se ligar a múltiplos tipos de receptores, os neurotransmissores podem ser às vezes excitatórios e às vezes inibitórios para a célula alvo. Portanto, esta terminação do axônio pode liberar na sinapse um neurotransmissor que ao se ligar a este receptor roxo causa um potencial excitatório na célula alvo, mas, quando se liga ao receptor laranja na membrana pós sinaptica causa inibição da célula alvo, possui potencial inibitório. Quando a célula alvo é outro neurônio, sinapses excitatórias ou inibitórias podem estar dispersas por toda a superfície do neurônio. De outra forma, há muitos neurônios cujos dendritos recebem sinapses predominantemente excitatórias, tal que pode acontecer de um grande número de neurônios fazendo sinapses com esses dendritos, liberando neurotransmissores que vão causar despolarização no dendrito. Deixe-me desenhar sinais de mais roxos para representar que estas são sinapses excitatórias. Muitos neurônios como este vão ter mais sinapses inibitórias no corpo celular. Então desenharei sinais de menos na cor laranja para representar que podem ser sinapses inibitórias no corpo. Com frequência, os neurônios fazem sinapses nas terminações do axônio, assim outras terminações de axônios fazem sinapse nesta terminação do neurônio alvo e isso resultará numa mistura entre sinapses excitatórias e inibitórias. Há uma grande variedade na forma e disposição das sinapses nos neurônios e pode haver uma mistura das sinapses excitatórias e inibitórias em todos esses locais. Mas, para neurônios com esta disposição, uma forma geral de pensar sobre como a informação flui para eles é que recebem muitos sinais excitatórios através dos dendritos, fazendo com que as despolarizações se disseminem dos dendritos para o soma. Contudo se esses neurônios estiverem inibindo o soma, podem impedir as despolarizações de alcançar a zona de gatilho que dispara o potencial de ação. Quando os potenciais de ação são conduzidos da zona de gatilho ao longo do axônio até a terminação, as sinapses excitatórias e inibitórias da terminação podem aumentar ou diminuir a quantidade de neurotransmissor a ser liberada quando o potencial de ação alcança a terminação do axônio. Portanto pode ocorrer a calibragem da liberação de neurotransmissores em vários níveis, desde os dendritos, passando pelo soma até as terminações individuais dos axônios modulando o sinal, aumentando ou diminuindo respondendo à informação que vem através de todas essas sinapses. Uma forma de classificar as sinapses é se elas são predominantemente excitatórias ou predominantemente inibitórias. Existem outras grandes diferenças nos receptores de neurotransmissores e da forma como eles passam a informação dos neurotransmissores na sinapse química para a célula alvo. Deixe-me desenhar uma grande terminação de axônio liberando neurotransmissor na fenda sináptica. Esta será a membrana pós sináptica da célula alvo. Vou desenhar dois grandes tipos de receptores de neurotransmissores Este aqui em cinza com seu pequeno receptor para se ligar ao neurotransmissor. Vou desenhar ainda este outro em amarelo com seu pequeno receptor para se ligar ao neurotransmissor. Este primeiro tipo de receptor de neurotransmissor é chamado de ionotrópico. Receptores ionotrópicos de neurotransmissores são canais iônicos controlados por ligantes. Eles têm íon até no nome. Quando o ligante se liga a seus receptores, neste caso o ligante é o neurotransmissor, eles se abrem permitindo a passagem de certos íons e quando o neurotransmissor deixa os receptores, eles se fecham e não mais permitem a passagem dos íons. Os receptores ionotrópicos de neurotransmissores induzem gradientes de potencial quando estão ativados, os quais têm um rápido efeito sobre o potencial da membrana adjacente, que será breve e localizado. As células alvo geralmente ficam excitadas quando o receptor ionotrópico de neurotransmissores é ativado permitindo a passagem dos íons de sódio ou cálcio, pois esses íons fluem para dentro do neurônio levando suas cargas positivas e causando despolarização. Por outro lado, o receptor ionotrópico de neurotransmissores geralmente causa inibição da célula alvo quando permite a passagem de íons de cloro ou potássio. Íons de cloro usualmente fluem para dentro do neurônio levando cargas negativas, tornando o meio interno mais negativo, já os íons de potássio fluem para fora do neurônio, levando suas cargas positivas, também fazendo com que o meio interno fique mais negativo. A outra grande classe de receptores de neurotransmissores é chamada metabotrópico. Estes não são canais de íons, em vez disso, quando o neurotransmissor se liga ao receptor, ele ativa mensageiros secundários dentro do neurônio. Existe uma variedade de tipos de sistemas de mensageiros secundários que podem ser ativados por receptores metabotrópicos de neurotransmissores. Esses mensageiros secundários podem fazer diferentes coisas, podem afetar o comportamento dos canais de íons, deixando-os menos ou mais ativos. Podem ainda alterar a atividade das proteínas dentro do neurônio ou mesmo afetar a atividades de genes, alterando o padrão de expressão gênica dentro dos neurônios. Quando os receptores metabotrópicos de neurotransmissores estão ativados, a resposta das células alvo ocorre mais lentamente do que com a ativação de receptores ionotrópicos de neurotransmissores, mas os efeitos podem ser maiores e mais disseminados, já que pode haver amplificação através dos sistemas de mensageiros secundários. Os efeitos da ativação desses sistemas de mensageiros secundários por receptores metabotrópicos podem envolver desde a breve excitação ou inibição da célula alvo ou podem causar mudanças mais duráveis em como a célula se comporta, tanto quando está em repouso quanto respondendo a um estímulo. [Traduzido por: LolaMalei] [Revisado por: Claudia Alves]