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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 1
Lição 12: Introdução ao sistema reprodutivo- Bem-vindo ao sistema reprodutor
- Anatomia do sistema reprodutor masculino
- Transporte de esperma através de ereção e ejaculação
- Espermatogênese
- Noções básicas do desenvolvimento do ovo
- Ciclo ovariano
- Gráfico de ciclo reprodutivo - fase folicular
- Gráfico de ciclo reprodutivo - fase luteal
- Estrógeno
- Mudanças maternas na gravidez
- Trabalho de parto
- Anatomia da mama e lactação
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Trabalho de parto
Versão original criada por Vishal Punwani.
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Transcrição de vídeo
RKA10GM - E aí, pessoal, tudo bem? Quando a gravidez chega ao seu tempo previsto, que é cerca de 38 semanas e meia, é hora do bebê nascer. Então nós temos o parto,
que também é conhecido como nascimento, e isso ocorre com cerca de aproximadamente
uma semana dentro da data prevista. A data prevista é
de aproximadamente 38 semanas e meia, e quando ela vai se aproximando, isso significa que muitas mudanças fisiológicas
foram acontecendo com a mãe para prepará-la para dar à luz ao seu bebê. Por exemplo, os níveis de progesterona começaram
a cair um pouco por volta de 37 semanas. Ou seja, os níveis de progesterona
aumentaram bastante, depois foram caindo, porque lembre-se, nós temos progesterona
para relaxar o músculo liso do útero, e isso impede que ele contraia e expulse
o bebê antes da sua data prevista. Então, o nível de progesterona começa
a cair por volta de 37 semanas. Agora, o nível de estrogênio fica bem alto, e temos uma maior proporção de estrogênio para a progesterona. Isso faz com que o músculo uterino
seja mais sensível a outros hormônios, e algumas mulheres sentem contrações fracas
no final da gravidez devido à diminuição dos níveis de progesterona. Isso não significa
que ela está realmente em trabalho de parto. O que quero dizer é que essas contrações acontecem
devido aos níveis menores de progesterona, o que é chamado
de falsas contrações de trabalho de parto, ou então contrações de Braxton Hicks. Bem, então vamos olhar no interior
da pélvis da mãe e seu útero? Vou colocar uma imagem aqui. Este é o útero... esta é a placenta interior... e esta estrutura laranja
é chamada de saco amniótico. Esta parte é o colo do útero, só que normalmente é mais próximo, então vou desenhar aqui que é mais próximo,
mais ou menos assim. Mas vou apagar aqui
só para você ter uma visão melhor. Este osso aqui do lado direito e também este do lado esquerdo são chamados de ossos do quadril, ou, então, ossos pélvicos. Quando juntamos os dois,
temos os ossos da pélvis. Este é um dos ossos da coxa da mãe ou seu fêmur,
e este é o canal vaginal, que é por onde o bebê nasce. Então quando a mãe vai chegando perto da data prevista, o bebê começa a sair do útero, ou seja, ele começa a cair,
pois está ficando mais pesado. Quando ele chega aqui perto do colo do útero,
a mãe começa a ter contrações uterinas, e aí ele começa a empurrar o colo do útero,
estimulando essas contrações. Também há uma dilatação
do colo do útero mais um afinamento Vamos criar um pequeno mecanismo
para entender isso? A queda de fetos no útero força o seu colo
e, com isso, a mulher tem contrações uterinas. E com isso, a placenta começa a secretar um hormônio
em alto nível que não tínhamos falado antes, que é a relaxina. Aqui posso colocar: secreta relaxina. Esse é um hormônio
que foi nomeado de acordo com o que faz, ou seja, a relaxina faz
com que estes ossos pélvicos relaxem, fazendo com que se desfaçam um pouco,
relaxem um pouco, isso para apoiar o útero em expansão. Talvez mais importante que isso é o fato deles
abrirem a saída pélvica, e, com isso, solta a articulação da sínfise pública
entre os lados esquerdo e direito da pélvis, ou seja, junta a sínfise pubiana. Esses eventos de relaxamento
são importantes por duas razões principais: a primeira é para acomodar o feto
em crescimento um pouco melhor. E o segundo é para facilitar um pouco
para o bebê sair através dessa saída pélvica. Isso porque a saída pélvica agora está mais larga. Mas a relaxina ajuda ainda mais no parto,
também ajuda a dilatar o colo do útero durante o parto. Agora que entendemos como o corpo da mãe
funciona durante o trabalho de parto, vamos voltar de fato para o trabalho de parto. Existem três etapas principais: a dilatação
do colo do útero, a saída do bebê e a placenta. O trabalho de parto pode levar de sete a vinte horas, dependendo de quão rápido esses estágios acontecem. Agora no trabalho de parto, vou colocar uma visão sagital da mãe
para você ver o que está acontecendo no interior dela. Vamos começar com o primeiro estágio,
que é o estágio de dilatação do colo do útero. Temos o colo do útero que ainda não está dilatado,
e isso provavelmente vai atrapalhar este parto. E acontece que para um parto normal ocorrer, o colo do útero tem que se dilatar
aproximadamente dez centímetros de diâmetro, o que é suficiente para que o corpo ou a cabeça do bebê
possa se espremer e passar. Precisamos que o colo do útero se dilate,
mas como podemos fazer isso? Existem algumas maneiras diferentes disso acontecer: a primeira é que, nesse momento, temos uma grande concentração de oxitocina da hipófise posterior sendo liberada,
e isso causa contrações uterinas. Essas contrações fazem com que a membrana
que está cercando o feto libere outros hormônios, que são chamados de prostaglandinas. Eles amolecem o colo do útero
e causam mais contrações uterinas. Basicamente, o que está acontecendo aqui é que temos grandes contrações
que estão causando a liberação desses hormônios, e isso causa contrações, que causam prostaglandinas, que causam contrações e, assim, sucessivamente. Quanto mais contratações acontecem,
mais hormônios são liberados. E isso se torna o que chamamos
de ciclo de feedback positivo. E aí as contrações vão ficando
cada vez mais fortes. E, claro, devíamos estar falando
sobre a dilatação do colo do útero, mas aqui estamos falando da contração dele,
e vamos ver como isso está relacionado. O útero se contrai
de uma maneira bastante interessante: os lados se contraem, puxando o colo do útero
mais fino e faz com que ele se abra um pouco. As contrações também empurram
o feto contra o colo do útero, que é uma espécie de gatilho que faz com que ele se dilate ainda mais como já vimos em nosso mecanismo. Vou colocar tudo isso aqui
em nosso mecanismo... Então, quando o colo do útero se dilata,
este pedaço de muco, que chamamos de tampão mucoso, preso na abertura
do colo do útero para selar durante a gravidez, ou seja, isto é expulso da vagina. E, claro, isso pode acontecer a qualquer momento
a alguns dias do trabalho de parto real. Isso serve como um sinal
de que o trabalho de parto está progredindo. Também temos este saco membranoso
que envolve o feto chamado de saco amniótico, que se rompe durante o parto,
liberando o líquido amniótico. Essa ruptura é o que ouvimos falar
como "a bolsa estourou", que se refere à bolsa amniótica arrebentando,
que desenhei na cor laranja. Voltando para o colo do útero, uma vez
que ele se move por volta de quatro centímetros, o corpo da mãe se move de uma fase
chamada trabalho real para trabalho ativo. Nesse trabalho ativo, as contrações da mãe se tornam
mais fortes e em intervalos de tempo menores. Isso porque agora o colo do útero
se dilata para cerca de dez centímetros, e, com isso, a mãe começa
a ter o desejo de empurrar, e aí nós temos o início da segunda fase,
que é a de saída do bebê. Então o estágio de saída começa quando a cabeça do feto entra no canal do parto e termina quando ele nasce. Durante essa fase,
o útero continua a contrair bastante para ajudar a empurrar o bebê
para fora do corpo da mãe. E você pode até pensar que o canal do parto
é um pouco pequeno para a cabeça do bebê. Ou você não está pensando nisso? O que acontece é que os ossos do crânio
do recém-nascido realmente ainda não se fundiram, então eles meio que se deslizam, e isso é suficiente para comprimir o crânio do bebê,
fazendo com que ele passe pelo canal do parto. Uma vez que a cabeça do bebê aparecer, ou seja, a cabeça ficar acessível, os profissionais
da saúde começam a assistir esse parto. Eles começam a virar o bebê para o lado
para pegar o restante do corpo dele, o que torna a saída mais fácil
tanto para a mãe quanto para o bebê. Observe esta imagem
na qual o bebê está aparecendo. A cabeça está acessível e, uma vez que o bebê sai,
o cordão umbilical que o conecta à placenta é cortado. E aí limpam o bebê . Então temos o nascimento. Essa etapa já aconteceu
e também a segunda etapa. A etapa final do trabalho de parto
é a placenta e suas membranas associadas. Depois que o bebê é entregue,
o útero continua a se contrair e, com isso, expulsa a placenta
do corpo da mulher pela vagina. A segunda parte é a entrega da placenta. Na verdade, é a placenta e as membranas. Depois disso, o útero começa a se contrair
para voltar ao seu tamanho normal. Essa contração é chamada de involução,
na qual o útero se contrai. Essa involução também permite
que os outros órgãos da mãe retornem para os seus locais normais após a gravidez. Uma última coisa que tenho para falar é que, às vezes, a cabeça do bebê sai primeiro do colo do útero, e chamamos isso de apresentação de vértice. E em menos de 5% dos partos o bebê
está orientado ao contrário, ou seja, com as suas regiões glúteas ou as suas pernas
para saírem primeiro do colo do útero, e essa orientação é chamada
de apresentação de culatra. Então glúteos/pernas primeiro, temos a apresentação
de culatra, e isso ocorre em menos de 5%. Claro, isso traz mais riscos
para a mãe e para o bebê, e quando isso acontece, os médicos
optam pelo parto chamado de cesariana, feito por meio de incisões embaixo do ventre
e do útero para pegar o bebê desse jeito, ou seja, através da parede anterior
da abdomino pélvica. As cesarianas são um pouco mais arriscadas
do que os partos normais. Isso em termos de risco para a mãe para o bebê, e, por isso, a equipe médica só recomenda a cesariana
quando os benefícios superam os riscos. É isso aí, pessoal, até a próxima aula!