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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 1
Lição 12: Introdução ao sistema reprodutivo- Bem-vindo ao sistema reprodutor
- Anatomia do sistema reprodutor masculino
- Transporte de esperma através de ereção e ejaculação
- Espermatogênese
- Noções básicas do desenvolvimento do ovo
- Ciclo ovariano
- Gráfico de ciclo reprodutivo - fase folicular
- Gráfico de ciclo reprodutivo - fase luteal
- Estrógeno
- Mudanças maternas na gravidez
- Trabalho de parto
- Anatomia da mama e lactação
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Gráfico de ciclo reprodutivo - fase folicular
Versão original criada por Vishal Punwani.
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Transcrição de vídeo
RKA2MP - Bem-vindos a mais uma aula
da Khan Academy Brasil! Vamos iniciar nossa aula sobre
a fase folicular do ciclo reprodutivo. Sabemos que os óvulos femininos
se desenvolvem nos ovários e que, conforme eles se desenvolvem,
ocorrem também flutuações nos hormônios sexuais femininos
que são liberados pelos ovários. Temos estrogênio, progesterona
e inibina liberados pelos ovários enquanto os óvulos estão se desenvolvendo. Mas por que isso está acontecendo? O que esses hormônios realmente
fazem no corpo feminino? E por que seus níveis variam? Veja este gráfico, que é chamado
de gráfico do ciclo ovariano. Este gráfico é bem informativo
e muito útil para entender e visualizar o que exatamente está acontecendo
no corpo feminino durante cada ciclo reprodutivo. Esta é uma espécie de "esqueleto"
do gráfico, tem apenas os eixos. Primeiro vamos ver os eixos e depois veremos
quais informações o gráfico nos mostra. No eixo "x" temos o tempo;
e o tempo está restrito a 28 dias, porque essa é a duração
de cada ciclo reprodutivo. Vemos que está 28/0 aqui, porque o 28º dia
é o mesmo dia que o dia zero. Deu para entender? Em outras palavras,
quando chegamos no dia 28 de um ciclo, estamos no dia zero do próximo ciclo. Não há nenhum tipo
de intervalo entre eles. É preciso lembrar que a ovulação
acontece no dia 14. O ciclo reprodutivo é dividido
em duas fases principais: a fase folicular e a fase lútea. E você verá por que
elas são chamadas assim. No eixo "y", vamos acompanhar
algumas coisas diferentes ao mesmo tempo. Isso acontece porque elas estão
todas relacionadas e acontecem ao mesmo tempo no corpo. É por isso que vamos ver todas juntas
de uma vez, em um mesmo gráfico. Neste gráfico, elas estão listadas
em uma ordem específica. Primeiro, temos os hormônios
gonadotróficos: FSH e LH Lembre-se que eles são liberados
pelo lobo anterior da hipófise, a adeno-hipófise. A hipófise é uma glândula que também
é conhecida como glândula pituitária, e está localizada na base do cérebro. Esses hormônios afetam o desenvolvimento
dos folículos do ciclo ovariano. Vamos olhar para o ciclo ovariano aqui. À medida que os folículos se desenvolvem,
os hormônios são liberados dos ovários. Aqui embaixo vemos
os níveis dos hormônios. Por fim, temos a fase do ciclo uterino,
que é influenciada pelos níveis dos hormônios sexuais
liberados pelo ovário. De modo geral, a fase uterina do ciclo,
ou menstruação, é quando ocorre a descamação
e eliminação da parede do endométrio. A fase proliferativa é quando ocorre
a formação de uma nova camada de endométrio. A última fase é a fase secretora. É quando o endométrio fica pronto para
a implantação de um óvulo fertilizado. Mesmo se não houver óvulo fertilizado,
o endométrio ainda fica pronto para isso. Falaremos sobre essas fases
um pouco mais tarde. Vou destacar o traçado em rosa aqui, onde aparecem os níveis
de hormônio ovariano. O rosa é o estrogênio.
A linha azul abaixo é a inibina. Aqui embaixo é progesterona. Estes são os três hormônios ovarianos
com os quais vamos lidar. Aqui temos este esquema, que é bem lógico e que facilita o entendimento
e o aprendizado. Vamos começar com a primeira metade
do gráfico, a parte da fase folicular do gráfico. Não ficaremos preocupados
com a fase lútea agora, então, vamos apagar por enquanto. No dia zero, a hipófise anterior está
liberando um pouco de FSH e de LH. Sabemos que o FSH estimula
o crescimento do folículo. Podemos ver que ele cresce
à medida que os dias passam. Ao crescer, o número de células
da granulosa aumenta. Elas estão representadas
por esta cor roxa aqui. Sabemos que as células da granulosa
secretam estrogênio. E aí, os níveis de estrogênio aumentam
cada vez mais no sangue, à medida que esses folículos crescem. Além da ação do FSH,
o hormônio luteinizante faz com que as células tecais
que circundam o folículo produzam um hormônio chamado
androstenediona. A androstenediona tem uma estrutura
muito semelhante à do estrogênio. As células da granulosa absorvem
androstenediona e a convertem em estrogênio, de forma que os níveis de estrogênio
fiquem bem elevados, como podemos ver aqui. À medida que os folículos crescem, o nível de estrogênio vai aumentando
cada vez mais. A propósito, se olharmos aqui para baixo, vamos observar o que está acontecendo
no endométrio do útero, que é o revestimento interno do útero. Podemos ver que ele está
na fase proliferativa. É chamada de fase proliferativa porque os níveis crescentes de estrogênio
que vemos aqui estão induzindo a formação
de uma nova camada do endométrio, uma vez que a antiga se descamou e foi eliminada durante a menstruação
da semana anterior. Neste ponto, coisas interessantes
começam a acontecer. Quando o hipotálamo e a hipófise anterior
começam a perceber que os níveis de estrogênio
estão super elevados, começam a liberar menos quantidades
de FSH e LH,. como podemos ver aqui,
quando começam a cair. Isso faz sentido, porque o objetivo
da liberação do FSH e LH primeiro era estimular o desenvolvimento
dos folículos. Os folículos produzem o estrogênio e, quando o cérebro detecta
muito estrogênio, entende que os folículos
estão se desenvolvendo. Por isso, não é necessário que continuem
a liberar tanto FSH e LH. É por isso que vemos estas quedas aqui
nos níveis de FSH e LH no sangue, porque os altos níveis de estrogênio
indicam ao cérebro que pode reduzir a produção e liberação
dos hormônios gonadotróficos. Neste momento, as células da granulosa
estão produzindo muito estrogênio e começam a produzir mais dois hormônios
em quantidades elevadas: começam a produzir progesterona
e outro hormônio chamado inibina. É bom saber que existem dois tipos
de inibina: a inibina A e a inibina B. Mas vamos considerar aqui a mesma coisa. O papel da inibina é inibir
a liberação do FSH, que é liberado pela hipófise anterior. Conseguimos ver que,
conforme a inibina aumenta, o FSH (em azul) começa a diminuir, porque a inibina está impedindo
a hipófise anterior de liberar FSH. Vamos continuar. Lembra que dissemos que,
conforme o estrogênio começa a aumentar, ele impede que o hipotálamo
e a hipófise anterior produzam mais FSH e LH por um processo de feedback negativo? Ocorre que, se o estrogênio atingir
um nível bem elevado, como aqui, ele faz com que o cérebro libere
mais FSH e LH. Parece um evento paradoxal. Quando atingimos
níveis muito elevados de estrogênio, o cérebro tenta, por sua vez, liberar
uma quantidade realmente alta de FSH e LH. Mas, no gráfico, estamos vendo
uma liberação elevada de LH, e não FSH. Então, por que isso acontece?
Acabamos de falar que células da granulosa
estavam liberando inibina, que reduz a liberação de FSH
da hipófise anterior. Veja aqui que os níveis de inibina
estão bem altos. Toda essa inibina reduz a quantidade
de FSH liberada da hipófise anterior, mas não afeta o LH que é liberado. Como resultado, nós temos a liberação de enormes quantidades de LH
a partir da hipófise anterior, em um processo chamado de pico lúteo. A grande quantidade de LH que é liberada,
junto à quantidade relativamente de FSH, impulsionam o desenvolvimento do folículo
para sua fase final: a ovulação. Podemos ver o óvulo saindo do folículo
no processo de ovulação, lembrando que isso acontece no dia 14. Estas foram a fase folicular
e a ovulação no gráfico. Assim, finalizamos a nossa aula
e até a próxima!