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Gráfico de ciclo reprodutivo - fase luteal

Versão original criada por Vishal Punwani.

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Transcrição de vídeo

Vamos olhar para a primeira metade do gráfico, é a fase folicular, sabemos que a fase folicular é relativa ao estímulo do crescimento dos folículos nos ovários para eventualmente provocar a liberação de um óvulo. A estimulação dos folículos é causada pela liberação de vários hormônios: FSH (hormônio folículo estimulante), LH (hormônio lúteo), estrógeno entre outros. A 2ª metade, após a ovulação, é chamada de fase lútea. É chamada assim por causa do desenvolvimento dessa estrutura amarela, conhecida como corpo lúteo. Vamos falar sobre ele. Aqui, após a ovulação, temos um óvulo expelido pelo folículo. Assim temos os resíduos do folículo. Nessa hora o hormônio lúteo (LH) é muito alto. Juntos, LH e FSH irão induzir o folículo maduro a se tornar uma estrutura conhecida como corpo lúteo (corpus luteum). Em latim significa 'corpo amarelo'. Na verdade é amarelado, porque tem alguns pigmentos amarelos. Lembre-se que o folículo liberou estrógeno a partir das células granulosas. Como não é mais um folículo, a quantidade de estrógeno que produz é reduzida e na verdade começa a produzir grande quantidade de progesterona. Ele ainda produz algum estrógeno. Só não é mais seu produto principal. A progesterona que é. Por isso que se vê uma queda no estrógeno e um pequeno aumento na progesterona produzida. Vamos pensar um pouco nisso. Quando ovulamos, há uma chance do óvulo ser fertilizado pelo esperma. Uma vez fertilizado, ele precisa de um lugar para se fixar e crescer. Ele precisa se implantar no revestimento do útero chamado como endométrio. O que será muito útil agora é se tivéssemos um revestimento uterino vascularizado e hospitaleiro onde o óvulo fertilizado poderia se implantar e garantir a gestação do novo embrião. A propósito, neste estágio de implantação, o embrião é chamado de blastocisto. Vou escrever isto aqui. Então vem a progesterona. Vamos analisar um pouco esta palavra. 'PRO' significa 'a favor', 'GEST' se refere à gestação. Esta última parte já dá uma dica que se trata de um hormônio. Assim, a progesterona é um hormônio pró-gestação. É o principal estimulante do revestimento uterino que se prepara para a implantação e gestação. Esta fase é chamada de secretora. Nesta fase secretora, a progesterona tem algumas funções. Ela aumenta o fluxo sanguíneo para o endométrio estimulando o desenvolvimento de artérias especiais no endométrio, chamadas artérias espirais. Elas estão em vermelho. Essas artérias espirais permitem que o embrião tenha uma boa fonte de nutrientes a partir do fluxo sanguíneo da mãe. A progesterona também aumenta as secreções uterinas de glândulas especiais no endométrio. São secreções importantes para a nutrição do embrião. Finalmente, a progesterona reduz a contração dos músculos uterinos. Lembrem-se, o útero possui vários músculos lisos em sua parede. A progesterona na verdade diminui a contração desses músculos de modo que o embrião não seja perturbado e não seja expelido pelo corpo da mãe prematuramente pela contração desses músculos. Como desejamos um ambiente calmo e hospitaleiro para a gestação, o corpo lúteo produz uma grande quantidade de progesterona. Há ainda uma quantidade razoável de estrógeno no sistema, e a combinação desse pouco estrógeno mais um monte de progesterona, que ajudará o endométrio a se preparar para a gravidez. Os hormônios do corpo lúteo estão fazendo outras coisas. A progesterona e o pouco de estrógeno produzido pelo corpo lúteo, vão inibir a produção de FSH e LH pela pituitária anterior, pelo processo de retroalimentação negativa. Então vemos esses níveis diminuírem bastante. Além do estrógeno e da progesterona retroalimentarem negativamente a liberação de FSH e LH, o corpo lúteo também está produzindo inibina. Vemos o pico de inibina aqui quando o corpo lúteo atinge o máximo do seu tamanho. A inibina atua na inibição da liberação de FSH pela pituitária anterior. Infelizmente para o corpo lúteo, pois ele precisa de FSH e LH para sobreviver. Uma vez que eles são suprimidos pela produção de hormônio do próprio corpo lúteo, o corpo lúteo começa a atrofiar. Ele começa a murchar e morre. Quando ele morre, os níveis de estrógeno e progesterona caem. E quando a progesterona e o estrógeno começam a cair, duas coisas acontecem: A 1ª coisa é ativar o fim da fase lútea. Vemos que atingimos o fim do gráfico aqui. Basicamente, ativamos o fim da fase lútea, porém o inicio da próxima fase folicular. Neste ponto, a menstruação se inicia e o revestimento endomentrial que se formou e se preparou para a implantação começa a se soltar, e sairá através do canal vaginal no que chamamos de período menstrual, ou menstruação. Repare que isso acontece no início de cada ciclo reprodutivo. De modo geral, a menstruação é um sinal de que não houve gravidez. Este período pode durar de 2 a 7 dias. Uma curiosidade, geralmente as mulheres perdem cerca de 40 ml de sangue por período menstrual. A 2ª coisa que ocorre quando os níveis de estrógeno e progesterona caem, é que eles param os efeitos da retroalimentação negativa na liberação de FSH e LH pela pituitária anterior. Então os níveis de FSH e LH começam a subir novamente. Este aumento no FSH ajuda a estimular um maior desenvolvimento folicular nos ovários iniciando um ciclo completo novamente ao longo de outros 28 dias. Agora, o que foi dito sobro o corpo lúteo murchando e morrendo só é válido quando não ocorre a gravidez. O que é o caso da maioria dos ciclos reprodutivos e por isso foi explicado primeiro. Porém é importante saber que isso é diferente se acontece uma gravidez e o óvulo será implantado no endométrio. Foi dito que o corpo lútuo libera estrógeno e progesterona que decai o FSH e o LH, e a suspensão do FSH e do LH, por sua vez, causa a atrofia do corpo lúteo, certo? Isso acontece porque o corpo lúteo precisa de LH para sobreviver. Quando o blastocisto se implanta no endométrio e se fixa lá, o embrião resultante do blastocisto, começa a produzir um hormônio especial chamado de gonadotropina coriônica humana ou HCG. Este HCG é estruturalmente, tão similar ao hormônio luteinizante (LH) que os níveis produzidos pelo embrião são suficientes para manter o corpo lúteo vivo. Lembrem que foi dito que o corpo lúteo precisa do LH para se manter vivo. Então, agora com o corpo lúteo se mantendo vivo, ele continua a produzir o estrógeno e a progesterona que são necessários para manter o revestimento endometrial para garantir uma gravidez segura. Há alguma implicações disso. Primeiro, por causa da produção de HCG ser única para o embrião, a maioria dos testes de gravidez funciona pela decteção da presença de HCG no sangue ou na urina. Segundo, o corpo lúteo não produz progesterona durante todo o período da gravidez. Ele produz a maior parte da progesterona pelos primeiros 2 ou 3 meses, e depois disso, um orgão de troca compartilhado entre a mãe e o feto, chamado placenta, que começa a agir como o maior produtor de progesterona. 3º, o corpo lúteo sendo salvo, ou mantido vivo, significa que ele continua a liberar hormônio mantendo o revestimento endomentrial. Dessa forma o revestimento não é perdido como a menstruação. Ele é mantido para ajudar a gravidez. Para relembrar: se a gravidez não acontecer, então o corpo lúteo murcha e o ciclo reprodutivo continua a se repetir por cerca de 28 dias. E se a gravidez ocorrer, o embrião implantado começa a produzir HCG, que evita o corpo lúteo de atrofiar e o endométrio é assim mantido. Nenhuma menstruação acontece porque vôce não está perdendo o endométrio e o ciclo reprodutivo é suspenso durante a gravidez.