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Como o HIV nos infecta: membranas mucosas, células dentríticas, e nodos linfáticos

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Transcrição de vídeo

RKA10GM - Olá, meu amigo ou minha amiga, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma aula de Ciências da Natureza. Nesta aula, vamos conversar sobre a forma como o HIV infecta as células. Por isso, quero começar este vídeo fazendo esta pergunta: como o HIV realmente infecta nossas células? O que, exatamente, acontece quando temos uma infecção por HIV? Para descobrir, vamos seguir uma pequena partícula de HIV, um vírus real, através do que ele faz e para onde vai para infectar um humano. Vamos começar desenhando um pouco de pele. Na verdade, vamos dizer que isto seja uma membrana mucosa. Boa parte dessas áreas não são tão bem protegidas como outros lugares do corpo, que costumam ser cobertos pela pele normal. Seria possível encontrar essas membranas mucosas dentro da boca ou na garganta, ou ainda dentro da vagina, na ponta do pênis ou no reto, ou em qualquer outro lugar do trato digestivo. Em todos esses lugares, teremos membranas mucosas. E lembre-se: isso é relevante, porque a forma mais comum de propagação do HIV é por contato sexual, que é quando algumas dessas áreas entram em contato com fluidos sexuais infectados um do outro. E apenas para refrescar sua memória, lembre-se que a segunda forma mais comum de propagação do HIV é quando uma agulha que, por acaso, esteve em contato com o sangue de uma pessoa infectada pelo HIV é colocada diretamente no sangue de alguém. E como se sabe, podemos ver intuitivamente como o HIV pode atacar os glóbulos brancos, tais como as células auxiliares T CD4 ou os macrófagos. Isso quando ela é colocada diretamente na corrente sanguínea. Sei que isso é um pouco óbvio, mas o que é menos óbvio é como o HIV consegue entrar nos corpos através das membranas mucosas. O que quero dizer é que essas membranas se parecem com barreiras. Por isso que, intuitivamente, achamos que o HIV não vai penetrar os nossos corpos através dessas membranas. Bem, acontece que temos essas pequenas células muito interessantes do sistema imunológico, embutidas dentro e ao longo das membranas mucosas. Essas são as células dendríticas. Elas são realmente muito importantes na infecção pelo HIV, já que o que elas fazem é projetar seus pequenos membros até a superfície das membranas mucosas, porque o trabalho dessas células é classificar o ambiente para procurar por bactérias ou vírus, ou qualquer outra ameaça para a saúde. O que elas fazem, na prática, é agarrar partículas que estão nas membranas mucosas. E aí essas células vão puxar as partículas através da membrana para verificá-las e ver se encontram uma boa razão para ativar o sistema imunológico ou não. Um detalhe é que essas células têm a capacidade de gerar uma reação imunológica muito grande, dependendo do tipo de partícula que elas encontram. Então o que elas fazem, em um cenário normal, caso encontrem algo que cause uma preocupação, talvez um vírus, uma bactéria ou algo assim, é que elas vão absorver e, depois, meio que cortar essas partículas em algumas partes. E aí vão apresentar esses pequenos pedaços, que neste momento são chamados de antígenos, para que eles possam chamar a atenção de outras células imunes. Então, basicamente, elas estão dizendo o seguinte: "ei, pessoal, olha o que eu encontrei! Vamos trazer algumas células do sistema imunológico para esse alvo aqui? Para esses pequenos pedacinhos? Vamos limpar essa coisa?" É realmente muito importante fazerem isso. O que essas células fazem é algo muito importante. Elas fazem isso: quebram a partícula, apresentando esses antígenos invasores estrangeiros. E um detalhe: elas fazem isso e se movimentam através do corpo. Elas meio que pegam o invasor e se movimentam através da corrente sanguínea ou do sistema linfático, a caminho de um dos muitos linfonodos. Normalmente essas células vão para os mais próximos. A propósito, os linfonodos formam uma parte muito importante do sistema imunológico, no qual muitas das células imunológicas, particularmente, os linfócitos são liberados, formando uma espécie de filtro através dos fluidos corporais, apresentando uma resposta para qualquer patógeno que encontrar. Podemos pensar nesses gânglios linfáticos como se fossem delegacias de polícia, nas quais muitos desses policiais estão esperando serem informados para a próxima tarefa. Esperando apenas um cartaz mostrando o objetivo. Essa é uma prática padrão para as células dendríticas, a propósito. O tipo normal de vida diária para esses caras é como se saíssem na superfície mucosa, procurassem patógenos. E aí eles carregam esses patógenos até os nódulos linfáticos, para alertar os linfócitos. Isso é apenas um dia normal para essas células nesse momento. O problema com o HIV, no entanto, é o fato de não ser bem como os outros patógenos, bactérias ou vírus. Quero dizer, alguns deles são degradados, cortados e apresentados para os linfócitos e os gânglios linfáticos aqui. Mas parte do HIV é transmitido para o nódulo linfático, o que não é bom. Vou dizer como isso acontece. Existem três formas principais que as células dendríticas meio que levam, equivocadamente, o HIV para os gânglios linfáticos. Uma maneira é pelo que chamamos de sinapse infecciosa. Nesse caso, a célula dendrítica agarra partículas de HIV usando sua membrana plasmática, e depois uma proteína nessa membrana vai carregar o HIV para o nódulo linfático. Em seguida, vai entregar a pequena partícula de HIV para uma célula T para que ela possa lidar com isso. O problema é que geralmente isso faz com que a célula T fique infectada. Outra maneira ocorre quando a célula dendrítica realiza a endocitose de um grupo de partículas de HIV, levando esse grupo para o nódulo linfático, onde todas as outras células imunológicas são expostas a esse grupo. Assim, as células podem se identificar também. A terceira maneira é que o HIV também pode infectar diretamente a célula dendrítica em algum momento durante o contato inicial ou ainda na membrana mucosa, ou durante o período de tempo em que a célula dendrítica está viajando para o nódulo linfático. E, claro, colocar uma célula dendrítica infectada em um nódulo linfático é geralmente uma ideia terrível. Provavelmente a pior ideia que alguém poderia ter, porque depois de ficar infectada, a célula dendrítica começará a bombear cópia atrás de cópia das partículas de HIV, que são tão infecciosas quanto a primeira. Mas você deve estar se perguntando agora: como a infecção de uma célula imune pelo HIV resulta em mais cópias do HIV sendo feitas? É uma ótima pergunta. Essa realmente é a maneira padrão de como os vírus funcionam. Eles meio que usam uma técnica para criar lotes de cópias de si mesmos, que podem, então, sair da célula infectada, continuar infectando mais outras células e, assim, repetir todo o processo. A única diferença que o HIV tem dos demais vírus é o fato de ser um pouco mais furtivo do que os outros. O HIV é um pouco diferente dos outros vírus porque é um pouco mais furtivo que os demais. E, além, disso eles fazem isso buscando infectar os seus alvos preferidos, que são as células T auxiliares. Espero que tenha gostado deste vídeo e, aproveitando o momento, quero deixar um grande abraço e até a próxima!