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Saúde e medicina
Curso: Saúde e medicina > Unidade 18
Lição 2: Gripe- O que é a gripe?
- Contraindo e espalhando a gripe
- Quando os vírus da gripe atacam!
- Três tipos de gripe
- Mutação genética na gripe
- Eficácia da vacina contra gripe
- Deriva e mudança da gripe
- Duas Vacinas contra a Gripe (TIV e LAIV)
- Como fazer a vacina da gripe todos os anos
- 5 desculpas comuns para não tomar a vacina contra gripe
- As vacinas e o mito do autismo - parte 1
- As vacinas e o mito do autismo - parte 2
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Como fazer a vacina da gripe todos os anos
Saiba mais sobre como a vacina da gripe é produzida todos os anos e como se dão os nomes das cepas colocadas ali dentro. Rishi é médico de Infectologia Pediátrica e trabalha na Khan Academy.
Estes vídeos não fornecem orientação médica e são apenas para fins informativos. Os vídeos não pretendem substituir o conselho, diagnóstico ou tratamento de um médico profissional. Procure sempre o conselho de um profissional da saúde qualificado com qualquer dúvida que você possa ter em relação ao seu estado de saúde. Nunca desconsidere um conselho médico profissional ou demore para buscá-lo por causa de algo que você leu ou viu em algum vídeo da Khan Academy. Versão original criada por Rishi Desai.
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Transcrição de vídeo
... A história começa com a OMS, a Organização Mundial de Saúde. E a OMS trabalha com alguns
laboratórios regionais. Na verdade, são cinco laboratórios
espalhados pelo mundo. E esses laboratórios coletam
amostras de centenas de países. Então, centenas de países observam atentamente para
descobrir qual o tipo de gripe está afetando a sua população
em particular. E eles mandam essas informações para esses cinco laboratórios regionais. Vou desenhar rapidamente aqui onde estão os cinco laboratórios regionais. Tem um aqui nos Estados Unidos, também um aqui na China, outro aqui no Japão, o quarto está no hemisfério sul,
na Austrália, e o quinto está aqui no Reino Unido. Este é o último. São cinco no total. Então a OMS analisa as
diferentes variantes que vieram desses cinco laboratórios
espalhados pelo mundo. E eles tentam decidir qual a escolha mais sensata. Porque a gripe normalmente
viaja ao redor do mundo de uma maneira bem previsível. De modo que eles podem estimar quais as cepas devem incluir na vacina para melhor protegerem a população. Algumas vezes eles usam as cepas dos anos anteriores. Outras vezes, usam uma nova cepa. Então vamos analisar as três cepas que foram mais utilizadas nas vacinas produzidas em 2012 - 2013. Vou começar pelos
tipos de vírus colocados. Geralmente são de
dois tipos A e um tipo B. Essa é a fórmula usual. É a recomendação da OMS
para a vacina trivalente. E essa recomendação escolhida pela OMS, pode ser seguida exatamente igual. Eles normalmente a nomeiam
com base na localização. Por exemplo, dizem que
uma vacina tem tipo A, E que a localização, neste caso, o primeiro veio da Califórnia,
Estados Unidos, o segundo veio de Vitória,
Austrália, e o último veio de Wisconsin,
nos Estados Unidos. Estão essa é a localização das três cepas. Se você vir essa nomeação, perceberá que tem uma barra
entre esses dois, desse jeito. Depois, vem o número da cepa. Eles fornecem um número e
a que ele se refere. Mas não tem muito significado para nós. Só vou coloca-los aqui porque fazem parte do nome. O número de cepa então é 7
para o primeiro. Este é 361. E esta cepa tem número 1. Depois disso, colocam o ano no qual identificaram a cepa. Então, o ano de identificação. Este primeiro, do tipo A, na verdade foi identificado em 2009. Mas os outros dois são mais recentes. Identificados em 2011 e 2010. Então, é isso que vem depois
do número da cepa. Finalmente, a última coisa que inserem é se o tipo do vírus for A, a informação de H e N. Por exemplo, esta primeira cepa
vinda da Califórnia. Esta é tipo H1N1. E esta segunda é um H3N2. Já o terceiro,
por ser do tipo B, não recebe esse tipo de
classificação de H e N Vou apenas por um traço aqui
para mostrar que não tem. Então, se você se deparar com isso
em algum documento, pelo menos agora você sabe o que essas palavras e números significam. Essa é literalmente a forma
como se nomeiam as cepas. E, só para sabermos,
essa primeira aqui é uma cepa antiga. Então, na verdade, fez parte de
vacinas anteriores. Esta não é uma nova cepa que foi incluída. Mas as outras duas abaixo,
essas duas aqui, são na verdade novas cepas. Não fizeram parte de vacinas
dos anos anteriores. Essas são adições novas
ou mudanças das vacinas Apenas para lembrar,
sempre são incluídos dois tipos A e um tipo B, e, do tipo A, uma é
H1N1 e outra é H3N2. Assim que são feitas as
vacinas recentemente. Agora deixe-me limpar a tela, porque quero falar sobre
o que acontece, exatamente, quando a OMS decide que essas serão as cepas a utilizar. E essa decisão foi feita
no início de fevereiro de 2012. Então, meses antes de descobrirmos quais cepas vamos usar. E essa informação segue
para o próximo grupo de pessoas, os fabricantes. Os fabricantes pegam essas informações e começam a juntar as peças. Começam o processo de fabricação. E uma parte crucial e bastante
impressionante deste processo, da qual muita gente não tem conhecimento, é que você precisa de milhões, na verdade centenas de milhões, de ovos. O mesmo tipo de ovo que você
provavelmente come de café da manhã. Mas esses ovos devem seguir
padrões de laboratório. E são necessários para
esse processo de fabricação. Feito isso, o próximo passo
chave desse processo, e que envolve também muitas pessoas,
é a segurança. É preciso garantir que
tudo isso seja seguro. Então vários testes são realizados para garantir que as vacinas
produzidas sejam seguras. Em seguida, depois dessas
pessoas afirmarem que é uma vacina segura,
começa a distribuição. O próximo passo é a distribuição. Então vamos passar por
todos esses passos e pensar nas pessoas envolvidas em todos esses passos. Mas quero definir todos os passos antes, para que você tenha uma noção
de quantos agentes estão envolvidos e quantas etapas existem antes
da vacina chegar até você. Assim, a vacina vai, é claro
da distribuição às clínicas. E, finalmente, chega até uma pessoa. Poderia ser você. Este é você recebendo a vacina, e deve estar feliz porque agora está protegido contra a gripe. Vou desenhar um pequeno escudo em volta, para representar uma pequena proteção. Mas vou deixar claro que você
não está completamente protegido, vou desenhar pequenos buracos no escudo. Para mostrar que não é
uma proteção perfeita, mesmo sendo muito boa. De fato, este ano, em termos de
quão bem a vacina funciona, não em estudos, mas na realidade, em termos de como está se saindo conforme
as pessoas são vacinadas, é de cerca de 62% de eficiência. O que é muito bom, na verdade. Em estudos sempre vemos
algo entre 60% e 70%. E, agora, na vida real,
vemos uma eficiência de 62%. Em termos de eficiência da vacina. A palavra eficiência se refere
aos dados reais, enquanto a palavra eficácia
é mais usada em estudos. Essa é a diferença do uso
dessas duas palavras. Então deixe-me listar algumas
pessoas ou entidades envolvidas em cada etapa do caminho. Assim, em termos de seleção das cepas, dissemos que é de
responsabilidade da OMS em conjunto com todos os grupos,
laboratórios e cientistas relacionados com esse tópico da
saúde pública, nos mais diferentes países. Já em termos de fabricação,
aqui você deve pensar na indústria de
produção de vacinas Aqui existem vários agentes. Envolve grandes negócios em termos de produção
das doses de vacinas. Aqui a indústria de vacinas
é o agente principal. Então, vamos pensar nos
os outros grupos envolvidos. Como eu disse, são necessários
centenas de milhões de ovos para que o processo ocorra. Assim, é claro, você precisa do
trabalho de fazendeiros. E, se em algum ano houver uma gripe que estiver afetando muito a
população de galinhas, então vai ser muito difícil porque haverá menos ovos para contribuir
com a produção de vacinas. Então, na verdade, é um
processo bem difícil. A gripe obviamente afeta tanto
as galinhas quanto os seres humanos. Assim, se as populações de aves
começam a morrer, então até os seres humanos sofrem
por não terem as vacinas. Agora, a segurança é imensa. Pense em todos os diferentes países que têm organizações que se
preocupam com a segurança. Por exemplo, nos Estados Unidos tem a FDA, ou Administração de
Alimentos e Drogas. Então, cada país tem seu modo de pensar sobre a segurança. E, obviamente, esses grupos
também se envolvem com a produção das vacinas. Depois, é preciso pensar na
logística de toda a operação. Quer dizer, se você produz
centenas de milhões de vacinas, então precisa distribuí-las por todo o mundo. Você precisa pensar nos aviões
para transporte dessas vacinas pelo mundo. Você precisa pensar na refrigeração. Talvez navios para transpor oceanos. Talvez caminhões para
o transporte em terra. O que for mais barato. Então, são muitas as questões de logística
para que as vacinas sejam distribuídas. E, por último, você tem
enfermeiras e doutores nas clínicas, que precisam ser informados. Eles precisam saber quando
começar a marcar horários para atendimento dos pacientes, como administrar a aplicação
das vacinas à população. E, por fim, temos você. Você é o fim dessa cadeia. E, não só você, mas cerca de
250 milhões de pessoas são vacinadas. Então 250 milhões de doses são produzidas. E isso é um grande esforço. Você pode perceber os países envolvidos, coletando a informação de
todos esses diferentes grupos, envolvidos para que essa produção seja possível. Então, para mim, essa é uma das
mais impressionantes proezas que existem. E é realmente uma prova do que a ciência pode
fazer pela humanidade.
[Legenda: Melyssa Rodrigues]